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TRABALHO PARA CONSEGUIR DINHEIRO

No documento Tratado dos 256 Odus de Ifá Brasil (páginas 148-156)

Oferece-se a Obatalá dois pratos brancos cheios de mel, deixa-se, por 16 dias diante do igbá, com duas velas permanentemente acesas.

Em osogbo assinala que tem-se que mandar rezar missa para um Egun conhecido. Em osogbo arun, deve-se fazer saraieiê com um abano de palha.

EBÓS EM ODIYEKÚ

1 - Um carneiro, ounkó metá, akukó metá, vários tipos de cereais cozidos, bogbo mamú, axé yarakó.

Depois do ebó corta-se o couro do carneiro em tiras e pendura-se na entrada da casa.

2 - Um galo, dois pombos, uma escadinha, mel, dendê, otí, efun, osun, ataré. Oferece-se a Elegbara. Os pombos são soltos depois de passados no corpo.

3 - Um galo, um etú, teias de aranha recolhidas dentro de casa, terra de casa, abití, etc.

I I I I I I I I I I I I ODIORÍ REZA DE ODIORÍ

Odiorí, Odi ofoyu nowá yení obá oyú lelé. Inle Alabanijó, omólogú Yekú, omó Inle sokun yeré ofujú ni ainá Iyá Inle lodafun. Axe axirí lelé ojueró. Obá aina oná, Obá Odé lodafun Inle. Kaferefun Osain.

Este Odu determina que a pessoa tenha que cultuar Yemanjá e Orunmilá. É filho de Odi e Iwori.

É o caminho, através do qual, Orunmilá quis impor a bondade no mundo. Determina que se faça orô aos ancestrais consangüíneos e da família espiritual. Neste Odu o barco não tinha onde atracar.

É o signo dos traficantes de drogas.

Assinala doenças na barriga e ao redor da cintura. Mostra guerras, fenômenos e transformações súbitas. A pessoa é enganada pelo cônjuge, mas está cega para isto.

Tem os olhos cerrados, crê em alguma coisa que é contrária à realidade. Existe traição em sua casa e entre seus amigos.

É irrequieta como um rio, mas encontrará o que deseja. Sua cabeça está confusa.

Existem pessoas vivendo às suas custa, desfrutando do que é seu e usufruindo o resultado do seu trabalho.

Seu caráter muda com o passar dos dias.

Este é o signo do tabaco. Quando o Awo encontra este Odu, fuma um cigarro e sopra a fumaça sobre Xangô.

Em cerimônia de atefá, akofá ou awofakan, quando surge este signo, todos os presentes devem fumar um cigarro.

O caráter da pessoa é como a flor-d’água, variando sempre, em alguns momentos tudo nega e em outros, tudo concede.

Existe um Egun que interfere na sorte da pessoa e que a deixa doente.

Neste Odu as árvores nascem e são dizimadas por pragas, só restando as raízes. A pessoa não deve colher folhas depois das 18 horas, pois isto lhe trará atraso de vida.

A pessoa teve muitas e diferentes ocupações durante a vida. Assinala sofrimento das hemorróidas.

Fala da disputa de um terreno em que dois irmãos mataram o pai ou a mãe pela posse da terra.

A pessoa padece de dores lombares e artrites. Não deve tomar chuva para não adoecer.

Para fortalecimento sexual, indica o uso de chá da raiz de milho branco, durante três meses. Durante este período, a pessoa não deve ingerir bebidas alcoólicas.

I I I I I I I I I I I I ODIROSO REZA DE ODIROSO

Odi Irosun awosé wewé adifafun ologbo, adifafun ona odifé okuté aiyajú koró adafé ajá, eiyele. lebó, ewefá lebó.

Resulta do encontro de Odi com Irosun.

As pessoas deste Odu não podem raspar a cabeça quando fazem Santo. Tesoura e navalha não lhes vão à cabeça.

A pessoa, depois de feita, abandona o Santo.

Tem a proteção de Xangô, foi criada por ele e deve cultuá-lo. É filha de Olokun.

Neste signo é Oxun quem provoca as quedas. A pessoa trabalha, luta, e depois que chega ao alto, é derrubada por Oxun.

Para evitar que isto aconteça tem que cuidar sempre de Oxun e de Orunmilá.

Aqui se aprende que, enquanto todo o corpo adormece, o nariz continua acordado e trabalhando.

Neste Odu nasceram os hemisférios cerebrais. A pessoa se desequilibra a partir da infância por assistir certas coisas que lhe traumatizam para sempre.

Os filhos deste Odu não podem cuidar de loucos para não ficarem abalados mentalmente.

Existe um Egun que os acompanha durante a noite.

São auto-suficientes e ninguém é capaz de exercer poder ou domínio sobre eles. Devem oferecer feijão fradinho aos seus Orixás, sejam quais forem e, por este motivo, não podem comer este tipo de feijão.

São pessoas altamente espiritualizadas.

Devem, sempre, deixar-se guiar pela própria intuição pois têm um Egun que lhes faz revelações através dos sonhos.

As filhas deste Odu têm que amarrar seus maridos para não serem abandonadas por eles.

Este Odu é regido pelo mar bravio, a pessoa sofre dos ouvidos. Têm que cultuar e oferecer sacrifícios a uma palmeira.

Têm que assentar Osain e tomar borí com um obí somente.

Devem banhar-se com omieró que tenha levado sangue de um pombo.

Para os homens o ire é viver em companhia de uma filha de Oxun e cuidar de Azawani.

Aqui nasceu a confusão dos sexos onde se acredita que tudo o que brilha é ouro. Os homens que não se excitam com mulheres é porque já se relacionaram com homossexuais que lhes fizeram um feitiço.

É preciso cuidado em não manter relações sexuais com efeminados ou com lésbicas para não serem prejudicados por um ato de traição.

Neste caminho faz-se ebó com qualquer coisa.

A folha seca se dobra. A pessoa, antes de morrer, terá as mãos retorcidas. É um signo de imoralidades. A pessoa tem maus sentimentos.

Enquanto se dorme o inimigo trabalha.

Odu de calúnias, de traições e de trabalho excessivo. Os filhos, depois de crescidos, atrapalham os pais.

Disse Ifá: "As mães, mesmo depois de mortas, continuam a proteger os seus filhos." Odiroso não conheceu a própria mãe.

I I I I I I I I I I I I ODIWÓNRIN REZA DE ODIWÓNRIN

Odi Owónrin awo faxé Ikú. Ikú omó Sarebakú faxé Ikú. Awo omó Ikú Aberere nilaye Inle. Awo faxé Ikú omó Oyeku obá ni Xangô.

Aqui nasceu o garrote.

É resultado do encontro de Odi com Owónrin. Assinala proteção de Xangô.

A pessoa é vaidosa e não cumpre o que promete. Perde tudo na vida por faltar com a verdade.

Pode ser processada por não saldar seus compromissos.

Sofre prejuízos morais e materiais por falar o que não deve acerca de outras pessoas.

Assinala perdas ocasionadas por menosprezo a outrem.

A pessoa esquece seus compromissos com Exú e com os Orixás, e isto lhe traz osogbo ofo.

Deve-se usar um colar de búzios.

A pessoa não é compreendida por ninguém, o que lhe causa muita tristeza. Possui caráter ambíguo.

Tem que assentar Osain.

Não deve fazer nada que não queira fazer mesmo sendo obrigada. Não deve dar garantias nem aval a ninguém.

As mulheres deste signo não têm sorte no casamento e, suas filhas, são iguais a elas.

Têm que fazer akofá.

Xangô come um galo junto com Elegbara. Sacrifica-se dois galos para Egun.

As pessoas deste signo, para terem sucesso na vida, não podem depender de ninguém. Têm que ter vida própria e lutar, de forma independente, por suas próprias conquistas.

Não podem reatar com uma mulher que, tendo vivido em sua companhia, separou-se por vontade própria.

Aborrecem-se muito e, quase sempre, sem motivo real. Sacrificam-se em favor de seus inimigos.

Gostam de tudo muito bem organizado e devem estar sempre atentos para não serem traídos por pessoas nas quais confiam muito.

Não cedem nada pela força, mas, por bem, abrem mão de tudo.

Independente do Orixá a que pertençam, devem contar sempre com a ajuda de Elegbara, Yemanjá e Obatalá, seus defensores naturais.

Neste signo nasceu a inimizade entre o tigre e o macaco.

Em osogbo arun indica enfermidade indefinida, provavelmente no peito ou na circulação sangüínea.

A pessoa trata bem a todo mundo, todavia, nem todos gostam dela por não conhecê- la suficientemente bem.

Disse Ifá: "É pelo caminho de subida que se desce."

Cuidado com Filhas-de-Santo ou clientes do sexo feminino, pois, uma delas, poderá se apaixonar por você.

I I I I I I I I I I I I I ODIBARÁ REZA DE ODIBARA

Adifafun Ekuekuyeye Oxá Odadra waye adafun adié orubó. Adié ekani odara.

Aqui nasceram os contratos matrimoniais e as cerimônias que os revestem. Resulta do encontro de Odi com Obara.

É um signo de superação. Aqui, o pato, que era o animal preferido pelos Orixás, foi substituído pelo galo e pela galinha.

Aqui nasceu o xeré4.

Aqui nasceu a rivalidade entre Obatalá e Ikú, a luta da vida contra a morte.

Enquanto o mundo existir os assassinos serão perseguidos por suas próprias consciências.

A pessoa deve assentar Orixá Okô e, enquanto não puder, tem que ter, em sua casa, uma telha pintada de vermelho e branco.

Deve ter cuidado par anão expor ao Sol, as partes de seu corpo onde a pele for mais sensível.

As mulheres deste Odu têm que ter atenção especial com os seus seios.

O ewe yeye, substitui qualquer outra folha na preparação do omi eró deste signo. Tem o poder de limpar e de afastar qualquer coisa ruim.

Quando o filho de Obatalá estava sendo perseguido por Ikú, o Orixá, para protegê-lo, escondeu-o entre as folhas yeye, salvando-o assim, da morte que o ameaçava

4 - Instrumento ritualístico consagrado ao Orixá Xangô. Espécie de chocalho de metal ou de cabaça, cheio de sementes sagradas e com cabo longo. Seu ruído, segundo se pretende, reproduz o som do trovão. Segundo uma lenda de Ifá, as sementes vermelhas e negras da ewe yeye (peonia) (planta leguminosa natural das Antilhas - Spondias cirunuella, Tussac), travaram um combate entre si. Incomodado com o barulho que faziam, Xangô aprisionou-as numa cabaça, tendo assim fabricado o primeiro xeré.

Da mesma forma, a pessoa ameaçada haverá de encontrar sempre uma erva, uma madeira, ou alguém para protegê-la de inimigos que, por inveja, ou motivados pela vingança, pretendam destruí-la.

O Awo deste Odu tem que ter um pé de ewe yeyé plantado na frente de sua casa, seja no solo ou num vaso, para defendê-lo de qualquer malefício.

Tem que ter um colar de sementes desta planta dentro de seu Ifá. Este signo fala de um jardim florido.

Conta que um Awo tinha três irmãos que, fingindo serem seus amigos, só queriam conquistar sua mulher.

A pessoa tem que cuidar muito bem de sua mulher, pois só ela pode derrotá-la.

No documento Tratado dos 256 Odus de Ifá Brasil (páginas 148-156)