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5. DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADE E ANÁLISE DOS DADOS

5.2 Análise da produção dos minicontos na ferramenta Padlet

Segue nesse tópico uma análise mais acurada dos cinco textos que foram realizados pelos grupos da escrita colaborativa, esses textos soam como denúncia, e também são as vivências desses alunos, que em sua maioria sofrem situações de racismo, usaram a escrita de minicontos, com personagens fictícios, para denunciar sua própria condição de pessoa que sofre o racismo na pele, e que por muitos momentos não se deram conta dessa questão. São textos que permitem um encantamento, e deslumbramento por essas vozes, que representam o chão da escola pública.

Com isso, a pretensão na análise desses textos, não é levar em consideração critérios gramaticais, pois não foram corrigidos à risca, tal trabalho pode vir a acontecer em um momento posterior, mas não é foco para essa abordagem. O que tem valia nesse trabalho é a ideia dos alunos e o conteúdo para produção dos minicontos. Então segue uma análise minuciosa dos dizeres dos grupos que escreveram sobre o racismo e suas consequências na vida das pessoas.

Os textos ficaram disponíveis para os alunos na plataforma Padlet, e sempre que achavam necessário editavam informações pertinentes para a melhoria de seus dizeres. Nesse caso, houve em todo o processo a conexão entre os grupos, e discussões importantes sobre a temática do racismo que se transformaram nos minicontos coletivos.

As discussões, ainda no momento de produção do texto, foram variadas sobre o tema, situações como expor a problemática do racismo presente nos estabelecimentos comerciais,

97 lugares frequentados pelos alunos e o mais agravante, ao ver deles, a questão do cabelo Black Power ainda visto de uma maneira deturpada, carregada de preconceito e esse preconceito já tinha causado marcas na autoestima de muitas alunas, que manifestaram suas insatisfações por não terem cabelos lisos.

Ainda nessa perceptiva, oralmente relataram a questão da necessidade que muitas alunas tinham de alisar os cabelos para serem aceitas pelas amizades e em grupos sociais definidos, e que era um processo muito difícil não ter muitos amigos por conta da cor da pele.

Esse fato fez surgir a reflexão de que o trabalho sobre diversidade cultural é emergente na escola, como atesta Munanga (2005) e é preciso tratar esse tema de maneira séria e reflexiva com os alunos, pois as brincadeiras e piadas racistas, mesmo de forma velada ainda são uma constante no espaço educacional.

Nesse sentido, esses textos muito mais do que só a escrita de um gênero, eles são escritos de denúncia e pedidos de socorro, sem identidades, de alunos que sofrem racismo, mas não sabem o que fazer com essa questão, por vezes não sabem o que dizer ou até como se defender.

Desse modo, alguns grupos, se utilizaram da escrita dos minicontos para trazer uma realidade que vivenciam, ou a realidade que podem observar, como espectadores dos casos de preconceito racial, pois a partir dos encontros ministrados, percebemos de maneira mais latente as evidências de preconceito como uma questão social recorrente.

Seguimos a abordagem das análises por grupos da escrita colaborativa. O grupo 1, produziu o miniconto de título “Luta por igualdade”, segue à imagem do texto.

98 Figura 12- Miniconto do Grupo 1

Fonte: Pesquisa direta, 2021.

Lutar por igualdade

Certo dia uma criança chamada Maria com 6 anos de idade, negra e com cabelos cacheados, alegre e otimista, filha de educadores deu um forte exemplo de vida a seus colegas.

Foi na sala de aula de sua escola que Maria percebeu a intolerância e o preconceito. Alguns de seus colegas duvidavam de seu potêncial e fazia piadas preconceituosas envolvendo seu nome, tentando diminuila com atitudes grosseiras.

De repente a professora solicitou aos seus alunos que produzisse um texto. E em seguida fizessem uma leitura da sua produção textual. Maria contou sua história de vida,

destacando a importância de ajudar o próximo e acreditar no seus sonhos.

Dessa forma Maria mostrou o quanto somos capazes quando acreditamos em nós mesmos e não permitimos que outras pessoas tirem o brilho de nosas vidas. Precisamos ser autêntico e decididos para construir um mundo justo, com igualdade e mais amor.

Grupo 1

99 É percebível que no texto do grupo 1, há um tom de positividade na história, o que geralmente não era muito percebido em histórias de pessoas negras, os alunos relatam que a criança da trama sofre a questão do racismo, sendo essa uma realidade, mas ela não se deixa afetar pelo preconceito, pelo contrário, é visível no texto que através da educação e de uma conscientização sobre a sua história, a menina consegue se sobressair de uma maneira positiva.

Tal miniconto, mostra-nos que os alunos entenderam a proposta de não só ver a questão do negro de uma maneira inferiorizada como costuma acontecer nas histórias, a situação de racismo é desconsiderada, sem haver uma intervenção ou um ponto de destaque para a luta desses povos. No texto da figura 12, vê-se que a personagem Maria demonstra entendimento da questão e consegue passar uma mensagem para as pessoas, de ser autêntica e capaz, e isso já é uma vertente positiva para ser encarada pelos alunos.

A escrita desse grupo, são de alunos brancos, que se sentiram abertos ao tema, e falaram da necessidade de escrever sobre o assunto, pois relataram nunca ter escrito nada que envolvesse o tema do racismo ou da cultura africana, na verdade nem sabiam como seria uma escrita partindo dessa temática.

E dessa forma, faz-se pertinente destacar a importância dos materiais que foram trabalhados com os alunos, pois eles deram um suporte importante para que essa escrita colaborativa de minicontos viesse a acontecer, já que como o relatado, muitos alunos não têm um contato mais aprofundado com essa literatura de temática africana, o que dificulta até mesmo o posicionamento de como se referir a essa pauta, sendo importante manter essa discussão como parte dos conteúdos que se trabalha na escola.

Seguindo a abordagem de análise dos textos, o segundo grupo escreveu o miniconto de título “O racismo no Brasil”, esse texto apresentado na figura 13, é formado por um grupo de predomínio de pessoas negras.

A escrita desse texto foi inédita, devido a situação vivenciada por esses alunos, por se tratar de uma escola pública a maioria das crianças, estudantes da instituição, são de famílias carentes. Esse grupo em específico, já haviam relatado as situações de racismo que sofriam, e tal questão ficou mais evidente na produção do texto. É um miniconto que desperta o leitor para uma reflexão sobre as práticas racistas, e possibilita ver que tais questões são danosas para aqueles que vivenciam o preconceito.

100 Figura 13- Miniconto do Grupo 2

Fonte: Pesquisa direta, 2021.

O racismo no Brasil.

Era uma vez uma menina chamada ana , ana era negra era uma menina muito educada respeitava todo mundo , as menina na escolar chamava ela de cabelo de pichuim e de feia, Ana ficol muito triste e falou com a professora Bia , -ana fala o que foi?

Ana respodeu: - as menina disse que não

Quer brincar com migo porque eu tenho cabelo de pichuim e sou feia porcausa da minha Pele.

Bia falou -vou falar com elas Ta bom.

Ela falou com as meninas e foi tudo resolvido e as meninas nuca mais fizeram racismo e fim.

Grupo 2

Esse grupo, representado no texto da figura 2, decidiu por trazer a pauta do preconceito na escola devido as situações de racismo que muitas vezes presenciam ou são vítimas, foi um texto realizado por pessoas que tinham uma afinidade pela questão da cor da pele, e levantar essa questão é uma forma de dizer que o racismo ainda existe, incomoda as pessoas e algo precisa ser feito para que esse quadro seja modificado. Nisso, foi bem

101 interessante perceber a escrita desse texto, dispensando a ortografia, por não ser pertinente para esse momento, mas atento as questões do conteúdo marcante e da fala de denúncia que possui esse miniconto.

O grupo traz que “Ana” a personagem, era uma menina educada, respeitava as pessoas, mas não era respeitada, suas colegas diziam que ela tinha o cabelo “pichuim”, uma forma popular de dizer que o cabelo era “crespo” tratado como um cabelo “feio” ou “ruim”, diferente do cabelo liso, que é o padrão almejado. Esse grupo traz imbuído na linguagem uma denúncia do preconceito presenciado em seu cotidiano, uma questão muito marcante e que ao ser lida na sala de aula, causou uma espécie de reflexão do quão latentes ainda são as situações de racismo.

Ainda com relação à estrutura do texto, é visível, que as regras gramaticais e a escrita das palavras não estão de acordo com a norma ortográfica da Língua Portuguesa, mas esse miniconto tem a escrita de alunos que formaram um grupo por afinidade, e por uma questão de pele, ele denuncia as opressões sofridas por quem é negro, em uma sociedade altamente racista, ele apresenta com clareza que o preconceito existe, mas que precisa ser denunciado.

A veracidade desses escritos nos traz uma reflexão de que o tema do racismo precisa ser levado à sério e debatido para que não passe despercebido. A essas crianças vítimas de preconceito foi dada a voz, para que elas pudessem se expressar e trazer a sua percepção. No final do texto, é relatado que “tudo foi resolvido” e que nunca mais “fizeram racismo”, esse seria o objetivo almejado, a conscientização para que à prática de racismo não aconteça mais nesse ambiente, é o que está muito bem explícito na finalização do texto, que um dia a cor da pele não seja motivo de exclusão e de inferiorização de uma pessoa.

Seguindo com as abordagens dos minicontos, o miniconto representado na figura 14 possui o seguinte título “O racismo na loja”, nesse texto, o grupo quis evidenciar a questão do preconceito nos estabelecimentos de vendas, fazendo uma analogia de que o negro não pode entrar em lojas mais conceituais devido à associação da pessoa negra, aquela que não dispõe de recursos financeiros para comprar certos itens, e também à questão estereotipada de que o negro ao chegar em uma loja cara, seria uma ameaça, como podendo ser alguém que vá furtar o estabelecimento.

102 Figura 14- Miniconto do Grupo 3

Fonte: Pesquisa direta, 2021.

O racismo na loja

Certo dia um rapaz chamado Miguel entrou em uma loja para comprar algumas camisas que viu no manequim,mas por ele ser negro , nenhuma vendedora quis atendê-lo

Então Miguel perguntou:

-Será que alguém pode me

atender?Disse Miguel.Mas ninguém respondeu,nesse momento veio a gerente e respondeu-lhe:

-Você poderia se retirar da nossa loja,por que além de ser negro não tem dinheiro.

Foi então que Miguel ficou muito triste,e decidiu se retirar, quando de repente entrou um homem negro e bem vestido e perguntou:

-O que está acontecendo na minha loja?

Miguel responde-lhe:

-Suas funcionárias estão se negando a me atender por que sou

103 negro.

O senhor dono da loja ficou muito triste com o comportamento das suas funcionárias e resolveu ele mesmo atender o Miguel, e falou para elas que não devemos jugar ninguém pela cor da pele,que para Deus somos todos iguais,e Miguel comprou suas camisas e saiu satisfeito da loja.

Grupo 3

Essa perspectiva foi debatida por esse grupo, que por vezes disseram nos encontros de intervenção da sequência, nos momentos de discussão, que já haviam vivenciado a questão de entrar em uma loja com seus pais, e de serem seguidos o tempo todo pela funcionária, e tal situação causar um mal estar, por perceberem que o motivo de estarem sendo seguidos era pelo fato de serem negros, e que poderiam ser uma ameaça para aquele estabelecimento.

Foram impactantes os depoimentos, durante a construção desse miniconto, pois muitos dos alunos revelaram que essa situação de adentrar em uma loja e ser seguido pelo funcionário já era uma vivência corriqueira, ou até mesmo a negação do atendimento.

Relataram também que até já haviam se acostumado, de que os pais para poderem entrar em alguma loja, ao perceberem que estavam “chamando atenção”, diziam “moça vim comprar um tênis, e esse menino é meu filho certo, não se preocupe”, tais relatos foram marcantes, por apresentar o racismo estrutural, presente na sociedade.

Seguindo com o conteúdo dos textos, podemos evidenciar que o cenário é uma loja, e que Miguel, personagem da história, não é atendido por nenhuma vendedora que atesta não o atender pelo fato de ser negro e não dispor de recursos financeiros, sendo esse um estereótipo apregoado nas pessoas negras, situação essa que vem da formação de uma história de preconceito e de racismo, que passa de geração para geração, dessa maneira, sem se importar com os danos que pode causar nas pessoas. E tal perspectiva foi bem evidenciada no miniconto.

No texto, ainda se percebe que ao chegar o dono da loja, o cliente fica surpreendido, pois o proprietário do estabelecimento era negro, e nesse caso vem mais uma problemática a ser ressaltada que são as pessoas negras ocupando cargos importantes, e isso foi bem apresentado no texto, quando o dono do estabelecimento faz uma reflexão da situação, afirmando que não se deve julgar as pessoas pela cor da pele.

Os alunos que produziram esse texto, também trouxeram o caso da loja Zara, como reflexão, apresentando o absurdo que foi colocar um sensor para identificar pessoas negras, ao

104 entrarem na loja, tal situação também foi ponto de discussão, e ainda trouxeram que o ideal seria que mais pessoas negras ocupassem cargos de gerência nas empresas, pois são tão capazes quanto as pessoas brancas, tal fato também seria uma vertente importante para dar mais oportunidades as pessoas de cor, que ainda sofrem para conseguir um emprego formal no mercado de trabalho.

Seguindo com o texto da figura 4, de título “A menina que sofria racismo na sua própria loja”

Figura 15- Miniconto do Grupo 4

Fonte: Pesquisa direta, 2021.

A menina que sofria racismo na sua própria loja

Era uma vez uma menina que Se chamava Adriana ela tinha 12 anos e era Negra ajuda na loja com sua mãe ela tinha o cabelo crespo Black Power. Ela ama ir à escola mas o que não tem é amigos.

um certo dia chega uma cliente onde sua mãe trabalha e olha para Adriana com olhar de nojo e fala : - nossa o que é essa mendiga está fazendo dentro da loja!!!!! . Á mãe falou : - ela trabalha comigo e outra responde por favor minha filha não fez mal para você. Adriana ficou muito triste com aquela sena e

105 nunca mais quis ajudar sua mãe

naquela loja a menina ficou traumatizada e nunca quis ajudar a sua mãe naquela loja e ficou muito triste com que que aconteceu. Fim Grupo 4

Esse texto mais uma vez demonstra o preconceito dentro de um estabelecimento de vendas, nesse caso específico, a loja era da mãe da personagem Adriana, que estava ali para ajudar sua mãe, e é surpreendida por uma cliente, que pergunta “o que essa mendiga está fazendo dentro da loja”, mais uma vez a evidência do estereótipo da pessoa negra ser associada a alguém com uma condição social inferior ao branco, isso é bem colocado e exposto no texto.

Como dito anteriormente, parte desses minicontos são as vivências dos alunos, produtores desses textos, como uma espécie de relatos de suas vidas, das situações de preconceitos das quais são expostas diariamente. Para produção desse texto, os alunos trouxeram em seus relatos que o que mais os incomodavam era a questão do tratamento para com as pessoas negras nas lojas, pois na maioria das vezes essas pessoas eram inferiorizadas, seja por funcionários, ou até mesmo pelos clientes.

Outros relataram a questão de que mesmo tendo uma pessoa negra na empresa ocupando um cargo de gerência, isso não exime que o preconceito exista, mostrando que mesmo tendo uma certa condição financeira, aquela pessoa é negra, e por isso ela vai sofrer preconceito mesmo estando em lugar de privilégio.

E com isso, surgiram as indagações, “professora, se as pessoas negras que estão formadas e tem um emprego bom estão nessa, imagina as que não chegam nesses cantos aí”, essa foi uma problematização pertinente, pois mostra que o racismo atinge as pessoas negras pela cor da sua pele, e essa vertente se torna ainda mais cruel com as pessoas que não têm oportunidades, que não têm uma condição social plausível. E por isso, abrir um debate para essas questões importantes, pois os alunos, mesmo do quinto ano, já podem refletir sobre esse assunto, devido também vivenciam o racismo.

O último texto, representado na figura 5 tem o seguinte título “Jovem vítima de racismo”, esse texto, trata também do preconceito racial no estabelecimento comercial, cujo estudante, personagens da trama, é o gerente da farmácia, que atende uma pessoa e é vítima de racismo, pois a pessoa se nega a ser atendida por um funcionário negro.

106 Figura 16- Miniconto do Grupo 5

Fonte: Pesquisa direta, 2021.

Jovem vítima de racismo Luiz Henrique é um jovem negro que trabalha de dia na farmácia, e de noite ele estuda.

A pouco tempo recebeu uma promoção no trabalho de atendente para gerente.

Até que em um dia ele estava em um turno sozinho na farmacia, e entra uma mulher de meia idade, que olhou diferente para ele, com nojo, mas ele ignorou, então ela foi até ele e falou:

- Eu não quero ser atendida por você! Disse a senhora.

- senhora, eu sou o único atendenteno estabelecimento.

-Eu quero falar com o gerente então, por deixar gente como você

trabalhar aqui!

- Eu sou o gerente.

- Meu Deus! Essa farmácia já contratou pessoas melhores.

- Se a senhora não mudar seu comportamento, terei que pedir que a senhora se retire. Falou Luiz Foi então que ela chamou ele de vagabundo e foi embora. Mais o que ela não sabia, é que Luiz tinha um

107 arquivo com todos os clientes

antigos, e ela fazia parte desses. E então ele prestou queixa. Depois que ele prestou queixa ela teve que pagar uma indenização.

Mais ele não queria o dinheiro, ele queria também, respeito das

pessoas.

Isso tudo aconteceu por ele ser negro, porque se fosse um atendente branco ela não teria feito isso.

Grupo 5

Foi interessante os três grupos quererem tratar esse tema, do preconceito no ambiente comercial, com diferentes perspectivas, e até foram indagados sobre a razão dessa abordagem, relatando que por ser um lugar que eles frequentam com seus pais, e até sozinhos, percebem os olhares dos atendentes quando chega uma pessoa negra ao estabelecimento.

Nesse caso, são as vivências desses alunos que estão presentes nesses textos, que denunciam espaços de racismo, que estão presentes em seu cotidiano, como as lojas que ainda julgam a presença de pessoas negras como alguém que representa perigo ou até mesmo como pessoas sem condições econômicas para estarem nesses ambientes.

Nesse sentindo, o grupo 5, trouxe um jovem negro que era estudante, e além disso gerente da loja, e quando vai atender a senhora, ela se nega a ser atendida por ele ser negro. A trama bem estruturada traz o jovem como gerente da farmácia, e por isso quando se pede a presença do gerente, a surpresa ao saber que a pessoa negra (que está ali também como vendedor) é o responsável pelo lugar.

E a rejeição ao dizer que “essa farmácia já contratou pessoas melhores”, passagem essa que demonstra a situações de racismo explicita na fala da senhora, que além de não querer ser atendida pelo rapaz, por ele ser negro, ainda menospreza sua atuação profissional, devido a cor da pele, associada a um cargo que provavelmente não deveria ser assumido pelo rapaz que lá está, mas sim, ao ver da cliente, o ideal seria um funcionário de pele branca.

Destacamos o final do miniconto, como uma situação que deve existir para os casos de preconceitos. Os alunos tratam da denúncia como uma forma de ser cumprida à lei que estabelece o racismo como um crime. E por isso no miniconto a vertente da lei surge, como uma necessidade de ser mais bem apresentada as pessoas, para que se promova uma consciência de que o racismo é uma prática criminosa, e ainda a analogia de que se talvez fosse uma pessoa branca, tal fato não estivesse acontecido, trazendo que, as pessoas negras