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4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

4.1 ANÁLISE DO DEBATE DIAGNÓSTICO

O debate diagnóstico foi fundamental para que pudéssemos identificar os conhecimentos dos alunos quanto ao gênero textual – debate público regrado –, à argumentação e à variação lexical utilizada em suas falas. Isso porque não houve explicação sobre tais tópicos anteriormente ao debate, justamente para que fosse possível diagnosticar os conhecimentos prévios da turma e, a partir disso, planejar ações posteriores em vista a minimizar as lacunas identificadas. Também, durante a realização do debate, não houve qualquer intervenção da PP, de modo que a turma ficou encarregada de organizar e promover a discussão, ou seja, ficou a cargo dos alunos a distribuição de tempo para os turnos de fala, bem como a organização da sala. No entanto, o que percebemos foi que, provavelmente, em virtude do desconhecimento acerca do gênero e da argumentação, a sobreposição de vozes, entre outros fatores, foi frequente.

Por isso, iniciamos esta seção justificando a ausência da transcrição desse debate. Sabemos da importância de tal material não só para a análise, mas, principalmente, para a visualização dos leitores sobre os aspectos elencados aqui. Pensando nisso, por muito tempo, discutimos tentando encontrar uma maneira de transcrever a produção oral da turma. Porém,

haja vista que o texto se torna incompreensível devido às falas simultâneas de muitos alunos, o que dificulta o processo de transcrição, não chegamos a uma solução para esse impasse.

Além disso, lembramos que nessa seção de análise, bem como nas demais, discorremos, especialmente, acerca da participação do nosso sujeito de pesquisa – “S22” –, e, por essa razão, não nos deteremos a aspectos específicos de outros estudantes. No entanto, no Apêndice F (p. 305), referente às oficinas dinamizadas com a turma, comentamos sobre a atividade de maneira geral, pontuando aspectos positivos e negativos observados em todos os alunos.

O debate diagnóstico (doravante, DD) foi realizado na terceira oficina dinamizada com a turma, no dia 30 de agosto de 2017, e caracteriza-se como a primeira produção do gênero textual pelos alunos. Sendo assim, essa atividade insere-se na etapa chamada Diagnóstico de nossa SD, conforme apresentamos na subseção 3.3.2 (p. 134). Com isso, objetivava-se averiguar os conhecimentos da turma em relação não apenas ao funcionamento de um debate e suas características, mas também à argumentação. Dessa forma, a partir dos dados gerados, foi possível planejar as oficinas posteriores, em vista a minimizar as fragilidades apresentadas.

Todavia, para que pudéssemos, de fato, gerar tais dados, foi solicitado que os alunos realizassem o debate partindo dos conhecimentos prévios que tinham, uma vez que não foi dada qualquer explicação sobre aspectos inerentes ao gênero e à argumentação. Nesse primeiro momento, nosso foco voltava-se para aspectos funcionais e organizacionais inerentes ao debate, bem como para a utilização de argumentos, pois compreendemos serem fundamentais para a realização de um debate.

Anteriormente ao início da atividade, PP e alunos escolheram o tema sobre o qual eles gostariam e deveriam debater, a saber: pena de morte. Para isso, a turma tinha à disposição 1 período de 55 minutos, dos quais utilizaram em torno de 25 minutos. A fim de organizar esta seção e tornar a análise mais clara para o leitor, seguimos a seguinte disposição:

Quadro 61 – Encaminhamento para a análise do debate diagnóstico

1ª etapa Avaliação realizada pela PP acerca do desempenho de S22 quanto ao gênero textual.

2ª etapa Avaliação realizada pela PP acerca do desempenho de S22 quanto à argumentação.

3ª etapa Primeira autoavaliação realizada por S22 quanto ao seu desempenho no debate.

4ª etapa Segunda autoavaliação realizada por S22 quanto ao seu desempenho no debate.

Para esse debate, S22 realizou duas autoavaliações, uma anterior às explicações sobre o gênero e a argumentação e outra, posteriormente. A primeira foi realizada na oficina 05 (p. 312), ao passo que a segunda, na oficina 20 (p. 343). Assim sendo, apresentamos os quadros autoavaliativos seguindo essa cronologia, a fim de que possamos compará-los e verificarmos se o olhar avaliativo de S22, em relação ao DD, sofreu mudanças de um momento para outro. O primeiro tópico a ser analisado e avaliado pela PP está relacionado às questões inerentes ao gênero textual. Essa avaliação foi realizada após o debate, com base nas observações em sala e nas gravações de áudio e vídeo. Apresentamos, a seguir, o quadro avaliativo preenchido com as avaliações da PP em relação ao gênero textual.

Quadro 62 – Avaliação realizada pela PP quanto ao desempenho de S22 em relação ao gênero textual no debate diagnóstico

A - GÊNERO TEXTUAL: DEBATE Atendeu ao critério?

Sim Em Parte Não

1. Administrou seu papel no debate com competência X

2. Respeitou o momento de fala do outro X

3. Manteve postura de respeito durante sua fala X

4. Manteve postura de respeito durante a fala do outro X

5. Utilizou linguagem adequada à situação X

6. Respeitou o tempo estabelecido para cada fala 7. Respeitou as decisões do mediador

8. Participou ativamente X

9. Falou de forma clara e em bom tom de voz X

10. Preparou-se previamente para a discussão Fonte: Organizado e preenchido pelas autoras desta dissertação.

Antes de tecermos nossos comentários acerca dos critérios, pensamos serem necessários alguns esclarecimentos. Primeiro: no critério 1, como não havíamos apresentado nem distribuído os papéis a serem assumidos pelos alunos, consideramos todos como debatedores. Segundo: os critérios 6 e 7, nesse momento, não serão avaliados por dois motivos: a) nenhum aluno assumiu o papel de mediador. Entretanto, compreendemos que esse papel, mesmo que não houvesse sido explicado ainda para a turma, poderia ter sido incluído na atividade, caso delegassem a um colega a função de organizar e manter a ordem da discussão; b) como não havia alguém para organizar o debate, não havia qualquer aluno responsável por controlar o tempo de fala dos demais. Terceiro: o critério 10 também não será avaliado, haja vista que a turma não tinha como se preparar previamente, já que o tema do debate foi escolhido minutos antes de sua realização.

Em relação ao primeiro critério, Administrou seu papel no debate com competência, compreendemos que S22, cujo posicionamento era contrário à pena de morte, atende-o “em parte”, uma vez que, apesar de manter sua fala pautada no senso comum em grande parte do debate, o sujeito cita que há casos, nos Estados Unidos, em que pessoas foram executadas erroneamente e que vivemos em um país cristão, ou seja, que é regido pelos ensinamentos de Deus sobre a importância do perdão. Apesar de não apresentar fontes para tais afirmações, percebemos que S22 traz em suas falas informações provenientes de leituras e conhecimentos prévios, de maneira que não possamos avaliá-lo como desprovido totalmente de argumentos.

Ademais, durante o debate, algumas vezes o sujeito questiona os debatedores favoráveis, isto é, com base na fala dos colegas, S22 elabora perguntas, como: “tu é a favor da pena de morte, né? Como tu defenderia a pena de morte falando que ela realmente funciona?”. Lembramos que uma das funções delegadas aos debatedores era a elaboração de perguntas, o que justifica, também, nossa avaliação como “em parte”.

Nos três próximos critérios – 2, 3 e 4 – o sujeito de pesquisa foi avaliado com “não”. No que tange ao segundo aspecto Respeitou o momento de fala do outro”, observamos, ao longo do debate, que diversas vezes S22 interrompia a fala do outro ou falava ao mesmo tempo que o colega, o que caracteriza a sobreposição de vozes. Já em relação ao terceiro e quarto critérios, Manteve postura de respeito durante sua fala e Manteve postura de respeito durante a fala do outro, respectivamente, percebemos que, durante sua fala, S22 levantava, irritado, e sentava de maneira desleixada na cadeira, assim como nos momentos em que os demais colegas falavam. Já durante a fala dos outros, fossem do grupo contrário, fossem do seu grupo, o sujeito ria, fazia caretas, levantava e caminhava pela sala, o que demonstra o desrespeito ao turno de fala do outro. Apesar disso, ressaltamos que não houve falta de respeito direcionada a determinado colega, como insultos e xingamentos verbais, por meio do uso de palavras de baixo calão ou gestos agressivos considerados inadequados e desrespeitosos, fato que consideramos positivo. Acreditamos que isso poderia ter ocorrido, pois, como a turma não tinha conhecimento quanto às características do gênero, problemas pessoais entre os alunos poderiam interferir na relação entre eles enquanto debatedores, de modo que, devido à exaltação por causa da discussão, questões pessoais surgissem também.

Quanto ao quinto critério, Utilizou linguagem adequada à situação, avaliamos S22, novamente, com “não”. Isso porque seu discurso apresentou alta frequência de gírias, principalmente “tipo”, e frases com caráter informal para a situação de um debate.

Conforme já posto, não abordaremos os dois próximos aspectos – 6 e 7 – e, por isso, passamos direto para a análise e avaliação do critério 8. Em relação ao oitavo critério,

Participou ativamente, consideramos que “sim”, pois, dentre os alunos integrantes do grupo contrário à pena de morte, foi um dos que mais falou e interagiu durante a discussão. Inclusive, foi S22 que deu início ao debate, participando de forma ativa até o seu encerramento.

Já no que tange ao nono critério, Falou de forma clara e em bom tom de voz, compreendemos que o sujeito atendeu-o “em parte”, pois, algumas vezes, quando a discussão atingia um patamar de maior exaltação, percebemos que S22 também se exaltava e, em função disso, elevava seu tom de voz. Ademais, em alguns momentos, o sujeito atrapalhava- se na exposição de suas ideias, de modo que sua fala não fosse muito clara para os demais. A avaliação referente ao décimo critério não foi realizada, conforme já explicitamos e justificamos anteriormente.

O segundo tópico a ser analisado e avaliado pela PP está relacionado às questões inerentes à argumentação. Essa avaliação foi realizada após o debate, com base nas observações em sala e nas gravações de áudio e vídeo. Apresentamos, a seguir, o quadro avaliativo preenchido com as avaliações da PP em relação à argumentação.

Quadro 63 – Avaliação realizada pela PP quanto ao desempenho de S22 em relação à argumentação no debate diagnóstico

B - ARGUMENTAÇÃO Atendeu ao critério?

Sim Em Parte Não

1. Manteve o foco no tema a ser discutido X

2. Defendeu seu ponto de vista de forma embasada X

3. Para defender seu ponto de vista, utilizou:

3.1. falas de especialistas no assunto; X

3.2. dados estatísticos comprovados; X

3.3. exemplificações concretas que reafirmem sua posição; X

3.4. exemplos fictícios que ilustrem o que foi dito; X

3.5. possíveis consequências; X

3.6. ideias opostas, comparando momentos distintos da história; X 3.7. outros tipos de argumentos que não os citados acima. X

4. Apresentou contradições na sua fala X

Fonte: Organizado e preenchido pelas autoras desta dissertação.

No que se refere ao primeiro critério, Manteve o foco no tema a ser discutido, entendemos que S22, em alguns momentos, foge do tema em pauta. Isso porque, durante a discussão, o sujeito aborda, além da questão do aborto, outros assuntos em conversas paralelas com os colegas.

O segundo critério, Defendeu seu ponto de vista de forma embasada, está relacionado com o terceiro aspecto referente à argumentação. Conforme mencionado anteriormente, os alunos não tiveram tempo para a preparação prévia e, provavelmente por isso, não apresentaram argumentos em seus momentos de fala. Por essa razão, compreendemos que S22 não atendeu ao critério 2, ainda que saibamos que a falta de preparo pode ter influenciado no desempenho da turma em relação à utilização de argumentos consistentes para embasar os posicionamentos assumidos.

A análise e a avaliação do terceiro critério, o qual corresponde aos tipos de argumentos utilizados na defesa do ponto de vista, estão estritamente relacionadas com o aspecto anterior. Desse modo, entendemos que o sujeito não apresenta argumentos que reforcem seu posicionamento e, por isso, em grande parte do quadro marcamos “não”. Entretanto, conforme já mencionamos, S22 cita a existência de equívocos praticados nos Estados Unidos quando a pena de morte é autorizada, bem como o ensinamento de Deus acerca do perdão, já que vivemos em um país predominantemente cristão. Apesar de não apresentar fontes para tais argumentos, entendemos que “em parte” o sujeito atendeu ao critério 3, mais especificamente ao aspecto 3.3, pois traz exemplificações concretas que reafirmam e justificam sua posição.

Por fim, no que tange ao quarto critério, Apresentou contradições em sua fala, compreendemos que S22 atende-o “em parte”, pois há um momento durante o debate que, em decorrência da fala de um colega, nosso sujeito troca de grupo, integrando o grupo dos favoráveis à pena de morte. Sabemos que o propósito do debate é justamente este: persuadir o outro, de modo a levá-lo a aderir nosso posicionamento. Caso o sujeito percebesse que seu ponto de vista estava equivocado e, com base nas falas dos outros colegas, mudasse seu olhar acerca do assunto, nossa avaliação seria positiva, pois compreenderíamos não haver contradições, mas uma reflexão e, consequentemente, uma troca de posicionamento. Todavia, logo após concordar com o grupo oposto e integrá-lo, S22 retorna para o seu grupo anterior, assumindo, novamente, sua posição contrária à pena de morte. Em vista disso, desse “vai e volta”, acreditamos que há contradições, uma vez que, no debate, não é característico essa constante mudança de posicionamento.

Por essas razões, nosso quadro avaliativo, devidamente respondido, configura-se como apresentado anteriormente – Quadro 62 e Quadro 63 –, ainda que, nessa seção, nós o tenhamos dividido por tópicos: gênero textual e argumentação. Relembramos que, para que essa avaliação mais detalhada fosse possível, recorremos às gravações de áudio e vídeo feitas pela PP, por meio de gravadores e um aparelho celular. Desse modo, reiteramos nossa

afirmação, exposta na subseção 3.3.3 (p. 141), de que não é necessário, ao professor que deseja inserir em suas práticas o trabalho com a oralidade, a aquisição de instrumentos de última geração.

Na sequência, retornando à análise e avaliação, apresentamos o quadro autoavaliativo preenchido por S22. Lembramos que esse primeiro quadro foi respondido na oficina 05 (p. 312), após a turma assistir ao filme “O Grande Desafio”, e antes de receber qualquer explicação seja sobre o gênero seja sobre a argumentação.

Imagem 1 – Quadro autoavaliativo realizado por S22, no dia 06 de setembro de 2017, em relação a sua participação no debate diagnóstico

Fonte: S22.

Antes de analisarmos a autoavaliação de S22, justificamos as sinalizações em azul e vermelho. Destacamos em azul, os critérios que não foram analisados e avaliados por nós cuja justificativa já apresentamos na página 181. Já em vermelho, sinalizamos o aspecto que não foi analisado pelo sujeito, provavelmente, por esquecimento e falta de atenção. Optamos por, ainda assim, mantê-lo como nosso sujeito de pesquisa, pois sabemos que essa é uma realidade do contexto escolar.

Percebemos, nessa primeira autoavaliação realizada por S22 sobre o DD, que seu olhar foi mais positivo em relação ao gênero do que à argumentação. No que tange ao gênero, dos 7 critérios considerados nesse primeiro momento, somente dois – 1 e 9 – foram avaliados com “não” pelo sujeito. Em relação ao critério 1, talvez, isso tenha-se dado em função da falta de conhecimento sobre os papéis, uma vez que ainda não haviam sido explicados e apresentados para a turma. Os demais critérios foram avaliados com “sim” ou “em parte”, o que decorre, provavelmente, do fato de os alunos ainda não conhecerem as características do gênero.

Já em relação à argumentação, observamos que S22 percebe a ausência de argumentos em sua fala, ainda que a PP não tenha trabalhado com os tipos de argumentos e a argumentação. Isso nos revela que, possivelmente, o sujeito tivesse ideia do que seriam argumentos. Ademais, é possível notarmos que S22 concorda conosco de que, durante sua participação, houve contradições em suas falas, visto que avalia esse aspecto marcando “sim”. Conforme mencionado na subseção 3.3.2 (p. 134), na qual abordamos as etapas que constituem a nossa sequência didática, realizamos, após a produção final, um momento de Reflexão avaliativa, no qual os alunos, após todo o processo de trabalho, refletiram acerca de suas produções e, novamente, avaliaram-se. Assim, apresentamos a autoavaliação referente ao DD realizada por S22 ao final do período de estudo. Igualmente ao anterior, nesse quadro, destacamos os aspectos não considerados por nós para análise e avaliação nesse primeiro contato com o gênero – em azul – e os critérios não assinalados por S22 – em vermelho.

Imagem 2 – Quadro autoavaliativo realizado por S22, no dia 13 de dezembro de 2017, em relação a sua participação no debate diagnóstico

Fonte: S22.

Inicialmente, observamos que o número de aspectos não avaliados por S22 cresceu. Isso pode ser consequência do cansaço resultante de um ano letivo, visto que essa atividade foi realizada na penúltima semana de aulas, oficina 20 de nossa SD, ou apenas esquecimento.

Percebemos que, nessa segunda autoavaliação, algumas alterações ocorreram. No que se refere ao critério 2, S22, possivelmente, percebeu que houve momentos em que a fala do outro não foi devidamente respeitada, passando de “sim” para “em parte”. Outro aspecto que deve ser ressaltado diz respeito à linguagem utilizada, pois, na primeira avaliação, o sujeito assinalou como “sim”, ou seja, considerou sua linguagem adequada à situação comunicativa do debate. Em contrapartida, na segunda avaliação, S22 avalia como “não”, demonstrando compreensão acerca da variedade da língua mais apropriada para o gênero em questão.

No que tange à argumentação, S22 avalia que suas falas se constituíam de argumentos cuja efetividade não pôde ser observada por nós, como o item 3.1 que corresponde a falas de especialistas. Já o tipo de argumento que aponta possíveis consequências pode ter sido

considerado como presente no debate por S22, pois os alunos, inclusive nosso sujeito de pesquisa, citavam possíveis consequências dos atos praticados, mas todos pautados no senso comum, ou seja, não apresentavam as fontes de suas informações.

Por fim, percebemos que, em relação à contradição na fala, S22 permanece afirmando haver contradições em suas falas, mas não mais durante todo o debate, conforme sinalizava o “sim”. Nesse momento, o sujeito acredita que, em alguns momentos, suas falas foram contraditórias e, por essa razão, assinala “em parte”, o que vai ao encontro da avaliação realizada por nós.

Salientamos que, para essas avaliações, a turma não teve acesso à transcrição do debate, devido a impossibilidade de transcrevê-lo, conforme já mencionamos anteriormente. No entanto, na primeira avaliação, realizada no dia 06 de setembro de 2017, os alunos assistiram à gravação em vídeo do debate, a fim de que pudessem observar e avaliar, principalmente, os aspectos não-verbais. Na segunda avaliação, por sua vez, optamos por não apresentar o vídeo novamente por conta do tempo que tínhamos disponível, visto que eles precisavam além de refletir acerca da participação nos 3 debates realizados, responder ao questionário final. Ademais, pensamos ser desnecessário, uma vez que eles já o haviam assistido. Assim, acreditamos que a ausência da transcrição justifica as avaliações de S22, especialmente, no que diz respeito aos aspectos verbais, como a apresentação de argumentos e os termos utilizados, pois, provavelmente, o sujeito não lembrava claramente de todas as suas falas no debate, de modo que muitas passagens talvez tenham sido esquecidas.