O Equador de 1941 buscou, diante da ameaça de uma invasão do Peru e através
do uso do Soft Power e sua diplomacia, alcançar o apoio do sistema internacional para
que se respeitasse seus direitos territoriais históricos. As autoridades governamentais
assumiram uma postura idealista e o Estado, como tal, não tinha uma capacidade de
dissuasão real. Suas Forças Armadas foram negligenciadas, privilegiando-se o
controle dos protestos internos, o governo fortaleceu a polícia pretoriana, chamada
“Carabineros”. Quanto ao desempenho das fronteiras, estas foram abandonadas e a
visão geopolítica de Alfaro, em 1910, de chegar aos afluentes da Amazônia em linha
férrea para permitir o acesso direto através da via fluvial não foi executada, tornando
o Oriente e suas riquezas um mito. Alfaro promoveu o projeto das ferrovias ao Leste
desde Patate até o Curaray, e do Riobamba até Morona. Os políticos e suas ambições
pessoais não permitiram que essa visão inclusiva fosse consolidada.
Desde o nascimento da república até a revolução de Alfaro, muito pouco havia
sido feito para integrar fronteiras ao país e trazer desenvolvimento para essas regiões.
Em 1941 nada havia mudado, os políticos continuavam em suas ambições pelo poder,
gerando instabilidade e até mesmo guerras internas que enfraqueceram o
posicionamento internacional e consumiram as poucas capacidades operacionais das
forças militares. Galo Plaza Lasso foi o Presidente do Equador que descreveu
claramente como os políticos tratavam a Amazônia. Ele chamou o Oriente de “como
um mito”; e os equatorianos fizeram o mesmo, porque não reconheciam seus povos
aborígenes e tornaram suas riquezas no paraíso e no inferno do país (FLACSO, 2003).
Um aspecto muito interessante dessa investigação permitiu identificar a
preocupação que existia no âmbito internacional, pela proximidade que tinham vários
políticos equatorianos com os governos próximos ao Eixo – Itália e principalmente
Alemanha –, uma vez que haviam desenvolvido comunidades nas principais cidades
do país, Quito, Guayaquil e Cuenca. Chama a atenção que o principal meio de
informação da costa do País, o telégrafo, informou, em 19 de janeiro de 1938, que o
Chefe Supremo do Estado decretou a expulsão dos judeus do país, que deveriam
deixá-lo em 30 dias (NÚÑEZ, 2013).
Carlos Alberto Arroyo del Río assumiu a presidência do Equador em 1940 e onze
meses depois enfrentou o dilema entre manter a soberania nacional e permanecer no
130
governo. Pesaram suas aspirações pessoais mais que as nacionais, e preferiu
fortalecer sua guarda de “carabineiros” a adotar uma posição corajosa e defender o
território de uma invasão estrangeira na fronteira. Um exército negligenciado por
muitos anos não podería reagir a uma invasão avisada e não ouvida pelo governo. O
país enfrentava anos de más decisões políticas, que foram transformadas pela perda
de mais de 200.000 quilômetros quadrados de território nacional. A legitimidade de
um governo depende de sua capacidade de manter os limites territoriais contra
ameaças externas, e a imposição do Protocolo do Rio de Janeiro afetou o governo de
Arroyo, mas afetou ainda mais a dignidade e a autoestima do povo equatoriano.
O código adotado em 1941 – “O Equador apoiado pelo Sistema Internacional
pede respeito aos seus direitos históricos” – e principalmente a estratégia empregada
de Soft Power, não permitiram assegurar os interesses do Estado, desconsiderando
uma perda territorial e grande impacto na identidade nacional.
A assinatura traumática do Protocolo do Rio, erroneamente denominada Paz,
Amizade e Limites, foi o início de um complexo processo de estabelecimento de limites
fronteiriços, que não pôde continuar devido à dificuldade de aplicação por conta de
erros geográficos. O maior deles na Cordilheira do Condor, impedindo que a
demarcação continuasse e deixando 78 km sem demarcação.
Vários confrontos ocorreram ao longo dos anos quando se aproximava de 29 de
janeiro, data da assinatura do Protocolo do Rio de Janeiro. Os maiores conflitos
ocorreram em 1981, em 1991 e em 1995, quando a Guerra do Cenepa foi iniciada; a
última guerra sul-americana.
O presidente do Equador, Sixto Durán Ballén, enfrentou com grande coragem o
desafio de liderar o país e, com vontade, adotou a tomada geopolítica de não ceder
às aspirações peruanas e defender, no campo de batalha, a história e a dignidade de
seu povo. Em seu discurso diante do povo equatoriano, ele afirmou que o Equador
não cederia “nem um passo atrás”. O país havia perdido muito ao longo de sua
história, havia cedido demais e nunca mais o faria. O povo equatoriano, por uma
decisão soberana, organizou seus soldados para defender suas posições que
estavam sendo atacadas, e para despejar ocupações, no caso de surgirem.
O objetivo político estabelecido passou a ser lema militar no campo de batalha e
assim os soldados do Equador assumiram a responsabilidade histórica de reescrever
a história equatoriana com uma vitória militar na Guerra do Cenepa. Um país pequeno,
com uma Força Militar dissuasiva, mas com grande convicção e profissionalismo,
131
superou uma Força Militar superior diante do espanto do sistema internacional e do
mundo.
O código geopolítico usado em 1995, de “Nem um passo atrás” tornou-se o
código da vitória, o código da dignidade e a mais clara mensagem de esperança e de
orgulho nacional. O Equador venceu no campo da honra, e venceu uma história
determinista, cheia de fracassos e fraquezas políticas, marcada pelo regionalismo e
da falta de identidade.
A vitória do Cenepa se transformou no impulso para projetar o país para o futuro.
O Equador mudou a raiz da guerra de 1995, mostrando-se ser um país com futuro,
com esperança, com orgulho de sua bravura e de suas habilidades. Entendeu,
finalmente, que de forma unida se pode, sim, superar as ameaças e enfrentar os
desafios que vêm para o futuro.
Figura 9: Comparação gráfica dos fatores geopolíticos do Equador em 1941 e 1995.
Fonte: Elaborado pelo autor com base nos resultados da pesquisa. 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% HISTÓRICO FÍSICO ECONÔMICO PSICOSSOCIAL POLÍTICO MILITAR
FATOR GEOPOLÍTICO EQUADOR
1941 1995132
9 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A geopolítica está mais presente agora do que nunca. A dinâmica das relações
internas e internacionais exige uma perfeita compreensão das ações, dos atores, de
suas realidades e interesses. Os líderes devem levar em consideração a geopolítica
em sua análise para a tomada de decisões, especialmente porque ela permite
entender os detalhes dos conflitos e projetar soluções com uma visão estratégica que
considere os interesses nacionais.
O estudo da geopolítica oferece a possibilidade de enfrentar contingências com
planejamento estratégico, considerando os códigos gerados que projetam ações que
devem ser desenvolvidas utilizando meios e recursos nacionais. Ao longo da história,
pode-se observar que um dos fatores menos considerados na política equatoriana foi
o conhecimento e a aplicação da geopolítica, uma ciência que por sua natureza foi
aprofundada em centros de estudos relacionados a questões de segurança e
defesa. Sua ausência não lhe permitiu tomar medidas para proteger suas fronteiras
e seu território nacional.
A complexidade da operação do Estado exige que seu estudo seja abordado a
partir de uma visão sistêmica e multidimensional, que considere todas as variáveis
que interagem, permitindo que seus líderes orientem ações e decisões para alcançar
seus objetivos. Os tomadores de decisão e as elites estão formando a identidade dos
povos e são responsáveis por manter vivas suas tradições e cultura, mas também por
garantir seus interesses e objetivos permanentes. Se os líderes não considerarem
todos os aspetos da tomada de decisão, eles podem colocar em risco a soberania dos
países.
Desde a origem do Equador, as Forças Armadas tiveram uma participação ativa
na estruturação do Estado e têm sido protagonistas nos marcos significativos da vida
nacional. Um dos aspetos mais importantes no treinamento de militares é o
conhecimento geopolítico, que nos ensina a pensar em atingir o objetivo,
considerando o cenário, as ameaças, a estratégia e os meios que serão empregados.
A análise geopolítica nos permite entender a realidade do país, as ameaças que ele
deve enfrentar e, com base nesse projeto, uma visão estratégica do emprego para
enfrentar contingências, gerando códigos que governarão as ações da política externa
do país. Assim, um código incorpora interesses nacionais, ameaças e justifica a
resposta que será usada para enfrentá-lo.
133
O Equador tem uma história muito rica, mas a visão limitada dos líderes políticos
se concentrou na solução dos problemas atuais, sem a capacidade de visualizar além
de suas barreiras geográficas. Por outro lado, Peru e Colômbia projetaram suas forças
buscando expandir seus domínios e cultura. No Equador, os políticos reagiram aos
problemas, enquanto os países vizinhos geravam sua própria escola geopolítica,
através da qual procuravam impor seus interesses com base em suas teorias. Um
deles foi o utilizado pelo Peru, denominado “o compromisso territorial”, criado pelo
General peruano Mercado Jarrin, que evidenciava as intenções do Estado na
presença de um conflito, que seria resolvido com Hard Power, alcançando um
compromisso territorial e exigindo melhores condições na negociação.
Essa investigação estabeleceu claramente as diferenças entre o código usado
pelo Estado equatoriano na guerra de 1941, que levou a uma derrota militar e a perda
de uma grande extensão territorial, e o código usado em 1995, que levou à vitória
militar e a recuperação da dignidade nacional. Para identificar essas diferenças, foi
gerado um modelo próprio que permitiu a análise geopolítica, com base no estudo dos
fatores históricos, econômicos, psicossociais, políticos, militares e geopolíticos do
Equador e do Peru nos anos de 1941 e 1995.
Com base no resultado da análise detalhada dos fatores geopolíticos, foi
realizada uma análise FOFA que identificou as características do país em cada
momento histórico e as particularidades que apoiaram o uso da estratégia escolhida
para enfrentar os problemas que surgiram.
No Equador, as guerras internas da década de 1930 fizeram com que os poucos
recursos militares disponíveis fossem utilizados em lutas fracionárias. A escassez de
1941 não permitiu investimentos para fortalecer a capacidade militar, somada à
instabilidade política, e a falta de maturidade e compromisso entre as elites políticas
não permitiu a estruturação de um projeto nacional.
O Equador, em 1941, fracassou em sua estratégia por ser um país pequeno,
com grande instabilidade política e liderança governamental fraca, com poucos
recursos econômicos, sem visão geopolítica, com interesses limitados à sua
segurança e uma capacidade militar limitada. Ele enfrentou uma ameaça latente, com
a concessão de que o sistema internacional apoiaria sua posição e demanda por
respeito por seus direitos históricos de presença na margem norte do rio Amazonas.
A perda de uma grande extensão territorial afetou sua soberania, porque não é
apenas uma perda de terra, mas a perda de um espaço vital que afetou o
134
desenvolvimento nacional do projeto. Isso prejudicou o poder nacional, que foi afetado
por todos os recursos que perdeu.
Mas a experiência dolorosa permitiu que se usasse o aprendizado proveniente
dos erros de 1941 e 1981 para preparar uma defesa nacional. O Equador, em 1995,
estava certo em seu código e estratégia defensiva, pois sua situação política melhorou
em termos de estabilidade e desenvolvimento econômico e, com uma liderança forte
e unificadora, projetou a formação de um poder nacional baseado na integração
nacional e apoiado por uma força militar dissuasiva com a capacidade de defender a
soberania nacional. Assim, ela foi guiada pelo slogan “Nem um passo atrás para o
Equador defender sua soberania”. A vitória militar permitiu que o Peru se sentasse à
mesa das negociações e estabelecesse definitivamente a fronteira entre esses dois
Estados, mas recuperou principalmente a dignidade de um povo que havia perdido
muito ao longo de sua história e mostrou que um país unido pode quebrar o
determinismo e reescrever sua história.
O conflito do Cenepa para os equatorianos permitiu que se justificasse a sua
história. Um país que enfrentava a realidade de mapas mutilados aprendeu que os
Estados devem ter um poder de dissuasão com uma capacidade real de intervir e
defender os interesses nacionais. A história militar mostra que a guerra é um conflito
em potencial, e o país com o maior poder nacional tem uma vantagem significativa.
Por esse motivo, a guerra se justifica quando todas as expressões do Estado foram
utilizadas e não deram resultados, de tal maneira que não há outro recurso senão o
uso da força para defender a integridade territorial, os interesses vitais e a honra da
Pátria. Neste momento, então, a missão é entregue aos seus soldados.
O triunfo militar de Alto Cenepa constitui um dos eventos mais gloriosos da
história equatoriana, elevando a autoestima dos cidadãos e unindo o povo sob a
imortal frase “Nem um passo atrás”. Essa frase projetou ao mundo o espírito do
Equador.
No caso equatoriano, a ausência de coesāo nacional é históricamente evidente
e com ela o desenvolvimento de um caráter nacional, evasivo por aspectos políticos
agravados pelo determinismo geográfico e pela presença da cordilhera dos Andes.
Os piores momentos da história do pais permitiram que o espíritu nacional se
estrurasse gradativamente e ganhasse força e, como a invasāo militar de 1941, e a
consequente perda territorial, conseguiram despertar o orgulho nacional, permitindo a
coesāo de um Poder Nacional forte tornando-se invencivel em 1995.
135
A existência da pátria desde seu nascimento estava ligada à força de seu
exército e de seus soldados, porque é a força do Estado. Se o exército era fraco, o
Estado também o era. O exército é consubstancial à pátria, isso é demonstrado pela
história trágica dos limites do Equador, sendo a fraqueza do Exército também a causa
da grande perda territorial. Em 1995, as Forças Armadas, com o apoio de seu povo,
enfrentaram a agressão de um inimigo mais forte e mais numeroso; sem recuar,
obtiveram a vitória militar no conflito. Mas, fundamentalmente, isto deixou uma lição
de valor para o futuro: “unidade nacional”. O Equador é um povo corajoso, que unido
pode alcançar o impossível.
136
APÊNDICE A
Alfaro e seu trabalho
Figura 10: Pintura localizada no Museu da Escola Militar “Eloy Alfaro”, em Quito.
Fonte: Demetrio Salazar, 1998.
Para finalizar minha pesquisa, gostaria de interpretar este trabalho do meu ponto
de vista atual. Esta pintura reafirma a importância de uma visão geopolítica, da fusão
do homem e do solo. O território foi herdado dos aborígenes que povoavam os
territórios do Equador, encabeçado pelas culturas Valdivia e Chorrera, que eram a
base da identidade dos equatorianos. A colonização espanhola e sua influência na
história de Quito fortaleceram sua cultura e desenvolvimento projetado e a excursão
que descobriu o rio Amazonas começou em Quito. Muitas foram as lutas internas que
o país travou, muitas delas marcadas pelo regionalismo e pelas correntes políticas
radicais.
Também demonstra a liderança visionária de Alfaro, caracterizada por sua
bravura ao enfrentar ameaças, com sua reação imediata marchando diante de um
grupo de homens armados com facões, expressando sua vontade de defender o país
até a morte. Sua visão de integrar o país, combater o determinismo geográfico,
137
rompendo a cordilheira que une o litoral às montanhas e projetando a ferrovia a leste
com estações nas margens dos rios Curaray e Morona, que garantiam a instalação
de bases militares na Amazônia. Também a história dos povos é marcada por marcos
que descrevem as ações heroicas de seu povo em defesa de seus interesses. Os
códigos geopolíticos marcam os destinos dos povos, já sua ausência destrói sonhos
e visões; sua aplicação, então, gera vitórias, dignidade e orgulho nacional. A diferença
dos códigos utilizados pelo Equador em 1941 e 1995 gerou resultados diferentes que
marcaram o destino do país.
APÊNDICE B
Como um epílogo
Qual a importância do uso do Código Geopolítico? Inicialmente, essa
investigação deixou clara a importância de gerar códigos geopolíticos, analisando a
realidade dos países, que podem ser determinados pela análise dos fatores
geopolíticos, interesses e ameaças que o país apresenta naquele momento histórico
e, portanto, a prioridade de defesa e a possibilidade real de alcançar os objetivos
declarados. A primeira coisa é defender suas fronteiras, porque existe o risco de
perder a soberania.
Em segundo lugar está a importância da vontade de aplicar as ações que
implicam a adoção de um código, o que requer a total confiança da nação e a
convicção de que o resultado será o esperado e justifica-se o risco. Deve haver uma
relação estreita entre política externa, defesa de um país, diplomacia e Forças
Armadas, que devem falar a mesma língua e ter os mesmos objetivos. A geopolítica
deve estar sempre presente na análise da política de um país; ontem, hoje, amanhã
e sempre. A história é escrita dia a dia. Assim, a geopolítica é o passado, o presente,
mas, principalmente, o futuro dos Estados.
138
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