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ANÁLISE DOS FATORES DE RISCO E PRÁTICAS DE PREVENÇÃO DO CÂNCER DE COLO DE ÚTERO EM

No documento CATEGORIA PÓS-GRADUANDO E DOCENTE - ORAL (páginas 143-145)

MULHERES ATENDIDAS PELA ESTRATÉGIA SAÚDE

DA FAMÍLIA, NA CIDADE DE PARNAÍBA-PI

Anne de Aguiar Sampaio Ana Patrícia de Oliveira Gracyanne Maria Oliveira Machado Hercilio de Sousa Miranda Natânia Candeira dos Santos Vanessa Meneses de Brito Yuri Dias Macedo Campelo INTRODUÇÃO: O Câncer do Colo de Útero (CCU) é o terceiro tumor mais frequente na população feminina e a quarta causa de

morte no Brasil, tendo como principal causa a infecção persistente de alguns tipos oncogênicos do vírus HPV, que é sexualmente transmitido (INCA, 2014). A prevalência dessa patologia no Brasil ainda é muito alta quando comparada as outras neoplasias malignas, podendo ser facilmente evitada devido às possibilidades de detecção precoce através do exame de Papanicolaou, que é feito rotineiramente nas Estratégias de Saúde da Família, tendo praticamente 100% de cura quando tratada no início (Brandão, 2011). Por conta disso, um maior investimento preventivo deve ser feito, pois a cobertura do exame ainda é muito baixa. Também é de grande importância conhecer os principais fatores de riscos desta neoplasia na população feminina a fim de que estes sejam minimizados.

OBJETIVOS: Avaliar e conhecer os fatores de risco e as práticas preventivas para o câncer uterino realizadas por mulheres

atendidas em uma Unidade Básica de Saúde da cidade de Parnaíba-PI.

MÉTODOS: O presente estudo foi realizado na Unidade Básica de Saúde módulo 31 Broder Viller, no período de novembro

de 2014, no município de Parnaíba-PI, localizado na região norte do estado do Piauí. Trata-se de uma pesquisa de campo, do tipo descritivo, com abordagem quantitativa. Os dados foram obtidos através das respostas do questionário. Esses dados foram tabulados, dispostos em gráficos e tabelas e discutidos.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: As usuárias da UBS da cidade de Parnaíba estavam entre a faixa etária de 25 a 64 anos, sendo

que a maioria tinha entre 30 e 34 anos (24%), e em menor porcentagem com 4% as mulheres de 25 a 29 anos e 45 a 49 anos. É importante ressaltar que a maioria das mulheres entrevistadas estava na faixa etária de maior ocorrência das lesões de alto grau (30 a 39). Com relação ao nível de escolaridade, 37% não tinham concluído o ensino fundamental, 25% referiram ter concluído o ensino fundamental e 17% concluíram o ensino médio, em que 13% da amostra eram analfabetas. Sabe-se que o baixo grau de escolaridade pode dificultar a compreensão das usuárias quanto às orientações de saúde que são oferecidas, aumentando a falta de adesão ao exame preventivo do colo de útero (Lima; Palmeira; Cipolloti, 2006). Constatou-se que, quanto ao número de gestação, 58% das mulheres relataram ter entre 1 e 3 gestações, 4% tiveram entre 8 e 12 e 38% entre 4 e 7 gestações. No que se refere ao início da atividade sexual, observou-se que 17% tiveram sua primeira relação sexual entre os 10 e 15 anos de idade, 43% referiram que iniciaram as atividades sexuais entre 16 e 20 anos, 29% acima dos 20 anos e 12% mencionaram não se lembrar. O MS considera que o início da atividade sexual precoce é um fator de risco para o CCU, diante do fato que o epitélio cervical das adolescentes ainda apresenta uma vulnerabilidade significativa em relação aos fatores carcinógenos (BRASIL, 2002). Em relação aos outros fatores de risco, o fumo, 83% relataram não fumarem; quanto ao uso de contraceptivos orais, 92% afirmam não fazerem uso desse medicamento. Referente à quantidade de parceiros sexuais na sua trajetória de vida, 76% das usuárias relataram possuir apenas um parceiro fixo, 12% referiram que tiveram apenas dois e 12% disseram que tinham mais de dois parceiros sexuais. Levando em consideração os aspectos interligados à infeção pelo HPV, podemos ressaltar inúmeros fatores de riscos associados à imunidade, genética, comportamento sexual e a multiplicidade de parceiros. O uso de contraceptivos orais está associado à prevalência dessa infecção e sua classificação de alto risco encontra-se nos tipos 16 e

1 - FACULDADE MAURÍCIO DE NASSAU-CAMPUS PARNAÍBA - 2 - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ- UFPI - 3 - UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ - UVA-CE - 4 - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ-UFPI - 5 - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ-UESPI - 6 - FACULDADE MAURÍCIO DE NASSAU CAMPUS PARNAÍBA - 7 - FACULDADE MAURÍCIO DE NASSAU-CAMPUS PARNAÍBA.

18, principalmente presentes em 70% dos casos de CCU (Brasil, 2006; Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia, 2002). Quanto às atitudes preventivas das mulheres em relação ao câncer do colo de útero, percebeu-se que 33% destas não realizam nenhum tipo de prevenção, nem sabem como se prevenir. Todavia mais da metade (67%) afirma que realiza medidas preventivas. Quando questionadas sobre realização do exame preventivo do Papanicolau, mais da metade (83%) das entrevistadas relatou realizar o exame de prevenção, e destas 20% realizaram nesse ano, 30% há um ano, 20% há 2 anos, 25% há mais de 3 anos e as demais não lembram a última realização do exame. CONCLUSÃO: Desse modo, notamos a importância da

intensificação e promoção em educação em saúde a respeito do CCU nas mulheres atendidas em uma UBS da cidade de Parnaíba para que essas mulheres possam conhecer essa patologia a fim de aderirem ao exame preventivo de maneira regular visando a uma detecção precoce dessa neoplasia, visto que algumas destas apresentam um ou mais fatores de risco.

REFERÊNCIAS:

INCA. Instituto Nacional do Câncer. Controle do Câncer do Colo do Útero: detecção precoce. [Online], 2014. Disponível em: acesso em 20 Ago. 2015;

BRANDÃO, Camila Flávia Franco. Enfermagem. – São Paulo: DCL, 2011.;

LIMA A.L.; PALMEIRA J.A.V.; CIPOLLOTI R. Fatores associados ao câncer de colo uterino em Propriá, Sergipe, Brasil. Cad. Saúde Pública, v. 22, n. 10, p. 2151-156, 2006.;

BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional do Câncer. Falando sobre Câncer do Colo do Útero. – Rio de Janeiro: MS/INCA, 2002. ;

FEDERAÇÃO BRASILEIRA DAS SOCIEDADES DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA. Papilomavírus Humano (HPV): Diagnóstico e Tratamento. 2002.

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S A N A R E, Suplemento 3, ISSN:2447-5815, V.15 - 2016 - V COPISP

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