Análise geral do curso de extensão

Ao final do curso, as cinco professoras participantes receberam um questionário (Apêndice I) na qual responderam a um questionário geral sobre a percepção do curso, bem como as atividades que realizaram e também o material disponibilizado para estudo como apresentamos a seguir.

A avaliação geral feita no último dia do curso revelou que as professoras cursistas ficaram satisfeitas com o conteúdo estudado e também com a metodologia empregada.

Na escala da avaliação, tivemos disponíveis os campos: Insuficiente, Bom e Excelente e realizamos as seguintes perguntas objetivas e discursivas. Na parte objetiva, dividimos em três etapas: expectativas; funcionamento do curso de um modo geral e resultados alcançados.

No que se refere as expectativas, todas as professoras avaliaram como excelente, afirmando que foi um ótimo curso que atendeu aos objetivos iniciais. No item funcionamento do curso de modo geral, a maioria avaliou como excelente, dizendo que o curso foi bem estruturado, que os objetivos estavam claros, que o conteúdo ajudou a repensar a prática docente, na qual foi possível utilizar as ferramentas tecnológicas apreendidas em sala de aula, bem como a troca de experiências umas com as outras e com a professora colaboradora Rosania, assim como os textos distribuídos foram adequados para o estudo, contando também com o apoio da equipe organizadora.

Apenas uma professora relatou como bom o item em que perguntava se o curso lhe ajudou a incorporar o que aprendeu na prática docente, pois ela relatou que as ausências na formação por motivos particulares impediu que ela aprendesse um pouco mais sobre as temáticas do curso.

Dentro desse item, tivemos a seguinte pergunta “A duração do curso, levando em consideração o seu conteúdo, foi adequada?”, tivemos que a maioria optou pela opção excelente e uma professora pela opção bom, revelando que acredita que poderia ter sido estendido para mais encontros, para haver maior aprendizagem.

No item resultados alcançados, todas optaram pela escala excelente, afirmando que a participação e o desempenho foram alcançados.

Quanto as perguntas discursivas, observamos um resultado positivo do curso de extensão, pois quando perguntamos sobre os pontos fortes do curso, tivemos os seguintes relatos:

“Conhecimento e execução do uso dos aplicativos da tecnologia”;

“Novos conhecimentos de aplicativos. Diálogos inerentes à realidade local. Práticas durante o curso e possibilidades de novos desafios para a escola”.

“Desafios a serem vencidos e aprendizagens significativas que nos fizeram repensar a prática docente”.

“Aprendemos a repensar a prática docente e a compartilhar o conhecimento apreendido com nossos estudantes”.

“As ferramentas tecnológicas apresentadas”.

Na avaliação de todas as professoras não houve pontos fracos, pois o curso estava bem estruturado, o que possibilitou muitas aprendizagens.

Perguntamos se esse curso fosse ofertado novamente, se cada professora indicaria para outro professor e pedimos que explicasse o porquê. Assim, obtivemos as seguintes respostas:

“Indicaria a todos os professores pelo fato de conhecer e aplicar os aplicativos na elaboração e execução das aulas, tornando-as interessantes”.

“Sim, por ser um curso de excelência e apresentar mecanismos de aprendizagens que abordam a prática docente”.

“Sim, porque o curso apresenta ferramentas que auxiliam o aprendizado de forma significativa aos estudantes”.

“Com certeza e participaria novamente, pois para mim é uma motivação aprimorar os conhecimentos e devido ao diálogo que tivemos, aprendemos muito com o outro, pois a metodologia do curso foi excelente”.

“Com certeza, pois trouxe aprendizagens significativas”.

Por fim, trouxemos uma pergunta para que elas pudessem trazer sugestões para uma nova oferta do curso, incluindo novos assuntos ou temas, assim obtivemos:

“Ofertar para todos os profissionais da rede municipal de educação de Domingos Martins, mostrando as formas de utilização de aplicativos de textos, planilhas, enfim, outros programas que possibilitam inovar as aulas para os estudantes”.

“Ofertar para todos os docentes da rede municipal de ensino de Domingos Martins, trazendo outros programas que incentivem o trabalho em sala de aula, motivando professores e estudantes”.

“Que o curso fosse ofertado a todos os professores da rede municipal. Ampliar com outros programas em prol do aprendizado dos estudantes”.

“Ampliar para todos os docentes da rede municipal, para que todos possam ter acesso a esse conhecimento que é tão valioso”.

“Gostaria de sugerir um curso com abordagens de jogos e aplicativos para os estudantes”.

Diante da avaliação do curso de extensão, observamos que a formação alcançou seu objetivo de proporcionar as professoras uma reflexão de sua prática docente, fazendo-as aprender sobre o uso de diferentes tecnologias e, de modo colaborativo, incentivá-las a fazer o uso em sala de aula com os estudantes por meio das atividades que foram propostas.

Como afirmamos, não temos o objetivo de instrumentalizar o professor, pelo contrário, queremos que haja um repensar da prática docente, que cada um perceba que estamos diante de uma geração que anseia por aprender e fazer uso da tecnologia dentro de sala de aula, nos processos de aprendizagem.

Quando lemos os relatos das professoras dizendo que repensaram sua prática, que o curso possibilitou pensar a realidade da escola, em como meu aluno e aluna irá aprender por meio do uso das tecnologias, observamos claramente o processo de emancipação do professor campesino, que é uma categoria de análise nessa pesquisa, pois, nota-se que, quando conhecemos algo, queremos aprender a fazer uso e a explorar novas caminhos que me motivem na busca de estratégias para o ensino e aprendizagem dos estudantes.

Moran (2013) nos relata que o novo professor precisa estar aberto ao diálogo com o outro, deve valorizar a busca e estabelecer formas de pesquisa e comunicação, para

que alcance o conhecimento desejado, aprendendo a usar as tecnologias de modo consciente, num processo de letramento digital.