CAPÍTULO 5 – RESULTADOS DA PESQUISA
5.4 INFLUÊNCIA DAS VARIÁVEIS INTENSIDADE MÉDIA DAS ARMAS,
5.4.6 Análise da influência da dispersão
Objetivo específico 4: Investigar a influência da variável dispersão na competitividade dos autoveículos.
1ª Hipótese estatística a testar: Não há diferença significativa, ao nível de significância de 10%, entre a média da dispersão das armas dos autoveículos mais competitivos e a média da dispersão das armas dos autoveículos menos competitivos, segundo o teste t.
Sendo a variável em estudo a média da dispersão dos autoveículos, e tendo como matriz os dados da Tabela 5.13 (situação 10 – seção 5.4.1), o nível de significância do
teste t comparando a média da dispersão dos autoveículos mais competitivos com essa média dos autoveículos menos competitivos resultou em α = 0,270.
A aplicação do teste t constatou que a dispersão média dos autoveículos mais competitivos (0,782) difere ao nível de significância de 0,270 (27%), da dispersão média dos autoveículos menos competitivos (0,768). Ou seja, só é possível afirmar que a dispersão média dos autoveículos mais competitivos é maior que a dispersão média dos autoveículos menos competitivos com 73% de confiança, que é um nível considerado muito baixo (neste trabalho só é aceitável nível de significância inferior a 10%, que corresponde a confiança mínima de 90%).
2ª Hipótese estatística a testar: Não há correlação entre a dispersão das armas dos autoveículos e seu grau de competitividade.
Considerando-se a Tabela 5.13 (situação 10 – seção 5.4.1), o índice de correlação entre o grau de competitividade e a dispersão das armas da competição dos autoveículos é 0,240. Como este valor é menor que 0,62 (coeficiente de correlação
obtido – cálculo e significado detalhados na seção 5.4.3), conclui-se que não há
correlação entre essas variáveis. Em outras palavras, a dispersão não tem influência no sucesso competitivo do autoveículo.
Para as demais nove situações (seção 5.4.1), utilizaram-se os dados da tabela 5.14 para efetuar as mesmas análises descritas anteriormente para a situação 10. Dessa forma, a Tabela 5.16 a seguir, consolida as análises da influência da dispersão para todas as situações consideradas.
Tabela 5.16 – Consolidação das análises da influência da dispersão
Situação Análise da influência da dispersão
α 1ª Hipótese Estatística r 2ª Hipótese Estatística
1. Somente
Projeto do Produto
0,107
Só é possível afirmar que a dispersão média dos
autoveículos mais competitivos é maior que a dispersão média dos autoveículos menos competitivos com 89,3% de confiança, que é um nível considerado muito baixo.
0,563
O valor de r é menor que 0,62 (coeficiente de correlação obtido), conclui-se que não há correlação entre essas variáveis.
2. Somente
Qualidade do Produto
0,064
Só é possível afirmar que a dispersão média dos
autoveículos mais competitivos é maior que a dispersão média
0,650
O valor de r é maior que 0,62 (coeficiente de correlação obtido), conclui-se que há
dos autoveículos menos competitivos com 93,6% de confiança, que é um nível considerado aceitável.
correlação entre essas variáveis.
3. Somente
Preço do Produto
0,136
Só é possível afirmar que a dispersão média dos
autoveículos mais competitivos é maior que a dispersão média dos autoveículos menos competitivos com 86,4% de confiança, que é um nível considerado muito baixo.
0,604
O valor de r é menor que 0,62 (coeficiente de correlação obtido), conclui-se que não há correlação entre essas variáveis.
4. Somente
Diversidade do Produto
0,119
Só é possível afirmar que a dispersão média dos
autoveículos mais competitivos é maior que a dispersão média dos autoveículos menos competitivos com 88,1% de confiança, que é um nível considerado muito baixo.
0,576
O valor de r é menor que 0,62 (coeficiente de correlação obtido), conclui-se que não há correlação entre essas variáveis.
5. 1º
Campo Declarado
0,168
Só é possível afirmar que a dispersão média dos
autoveículos mais competitivos é maior que a dispersão média dos autoveículos menos competitivos com 83,2% de confiança, que é um nível considerado muito baixo.
0,507
O valor de r é menor que 0,62 (coeficiente de correlação obtido), conclui-se que não há correlação entre essas variáveis.
6. 2º
Campo Declarado
0,079
Só é possível afirmar que a dispersão média dos
autoveículos mais competitivos é maior que a dispersão média dos autoveículos menos competitivos com 92,1% de confiança, que é um nível considerado aceitável. 0,643 O valor de r é maior que 0,62 (coeficiente de correlação obtido), conclui-se que há correlação entre essas variáveis.
7. 3º
Campo Declarado
0,139
Só é possível afirmar que a dispersão média dos
autoveículos mais competitivos é maior que a dispersão média dos autoveículos menos competitivos com 86,1% de confiança, que é um nível considerado muito baixo.
0,580
O valor de r é menor que 0,62 (coeficiente de correlação obtido), conclui-se que não há correlação entre essas variáveis.
8. 1º e 2º
Campos Declarados
0,117
Só é possível afirmar que a dispersão média dos
autoveículos mais competitivos é maior que a dispersão média dos autoveículos menos competitivos com 88,3% de
0,531
O valor de r é menor que 0,62 (coeficiente de correlação obtido), conclui-se que não há correlação entre essas variáveis.
confiança, que é um nível considerado muito baixo.
9. 1º, 2º e
3º Campos Declarados sem peso
0,090
Só é possível afirmar que a dispersão média dos
autoveículos mais competitivos é maior que a dispersão média dos autoveículos menos competitivos com 91% de confiança, que é um nível considerado aceitável.
0,577
O valor de r é menor que 0,62 (coeficiente de correlação obtido), conclui-se que não há correlação entre essas variáveis. 10. 1º, 2º e 3º Campos Declarados sem peso 0,270
Só é possível afirmar que a dispersão média dos
autoveículos mais competitivos é maior que a dispersão média dos autoveículos menos competitivos com 73% de confiança, que é um nível considerado muito baixo.
0,240
O valor de r é menor que 0,62 (coeficiente de correlação obtido), conclui-se que não há correlação entre essas variáveis.
Fonte: Autor.
Analisando os dados obtidos por meio da aplicação do teste t, para as dez situações consideradas, constatou-se que a dispersão média dos autoveículos mais competitivos diferem ao nível de significância variando de 0,107 a 0,270 (10,7% a 27%), da dispersão média dos autoveículos menos competitivos. Ou seja, só é possível afirmar que a dispersão média dos autoveículos mais competitivos é maior que a dispersão média dos autoveículos menos competitivos no intervalo de 73% a 89% de confiança, que é um nível considerado muito baixo (neste trabalho só é aceitável nível de significância inferior a 10%, que corresponde a confiança mínima de 90%). Exceções feitas às situações 2, 6 e 9 que apresentaram níveis de confiança de 93,6%, 92,1% e 91%, respectivamente.
Quanto aos índices de correlação entre o grau de competitividade e a dispersão nas armas da competição dos autoveículos, foram obtidos valores variando de 0,240 a 0,604. Como estes valores são menores que 0,62 (coeficiente de correlação obtido –
cálculo e significado detalhados na seção5.4.4), conclui-se que não há correlação entre
essas variáveis. Em outras palavras, a dispersão não tem influência no sucesso competitivo do autoveículo. Exceções feitas às situações 2 e 6 que apresentaram índices de correlação de 0,650 e 0,643, respectivamente. Esses valores são maiores que 0,62 o que indica correlação entre as situações 2 e 6 e a variável dispersão.