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Prof. João M. Boanova (G.E. 1)

Nesta escola verifica-se a disposição dos quatro setores que vão compor todos os demais projetos realizados pelos arquitetos da CE. O bloco mais longilíneo, no meio da composição contém as salas de aula. Ao seu lado está o galpão e na sua extremidade a área administrativa. Isolado do conjunto estão as dependências de zelador e depósitos. Algumas das soluções construtivas e compositivas deste projeto serão identificadas em vários outros. Note-se que o acesso às salas de aula é feito pelo centro do bloco.

A orientação do conjunto destaca-se da geometria do terreno, pois baseava-se principalmente na insolação: as salas de aula possuem orientação privilegiada. Como conseqüências surgem espaços fragmentados no interior do terreno. Essa situação já foi identificada desde os projetos feitos na década de 1930, apesar do projeto datar de 17 de julho de 1949.

Há uma indicação de modificação com ampliação em dezembro de 1951, para acrescentar espaço para o zelador e uma sala de aula.

Prudente de Moraes (G.E. 2)

Neste projeto, assim como no G.E. 1, prevalece ainda uma simetria no acesso principal, e a criação de um tipo de recreio coberto, o galpão, com um sistema construtivo e uma organização interna que irá se consolidar como uma solução padrão para inúmeras escolas a partir de então. Há indicações de modificação na planta, algo que era comum naqueles desenhos.

Brasílio Machado (G.E. 03)

O autor é o próprio Hélio Duarte, em uma solução que cria um espaço interno descoberto. Não há galpão com cobertura exclusiva. Apesar da aparência do projeto estar dentro dos padrões das demais escolas produzidas pelos arquitetos do Convênio, a organização dos volumes e das circulações desse edifício ainda está muito próxima da que era praticada nas escolas construídas durante a década de 1930.

Guilherme Kuhlmann (G.E. 04)

O desenho contém a data de 25 de abril de 1949, do início dos trabalhos da CE. É revelador verificar que se trata de uma reforma e não de um edifício totalmente novo. Importante também é verificar que não houve a utilização de uma linguagem exclusivamente moderna, diferente do edifício existente, com características ainda ecléticas, ao que parece como forma de manter uma unidade do conjunto.

Pedro Alexandrino (G.E. 05)

As plantas mostram um projeto completo com modificações datadas de 20 de dezembro de 1950. Aqui se revela outra prática que seria muito comum nos anos posteriores: para incluir modificações nos prédios já construídos pela própria CE os arquitetos utilizavam as mesmas pranchas do projeto original, apenas incluindo as novas informações, que neste caso são duas salas de aula. Outro aspecto que seria também recorrente é o uso do galpão como parte integrante de um dos blocos do edifício, ao contrário de outros casos em que o galpão de recreação é isolado, com cobertura exclusiva.

Toledo Barbosa (G.E. 06)

O terreno de dimensões generosas era comum na época. A

desproporção do edifício em relação ao terreno não demonstrava relação com uma possível expansão da área construída simplesmente, pois a área disponível é suficiente para mais do que duplicar o tamanho da

edificação original. A escala dos desenhos era, em geral de 1:100. Esta escola, cujo desenho está datado de 26 de dezembro de 1949, ainda possui o recreio coberto sob a edificação, e não em um espaço separado.

Pandiá Calógeras (G.E. 07)

O projeto, que contém datas de 31 de maio e de 3 de junho de 1949, demonstra que a numeração dos grupos escolares não correspondia à data do projeto. O conjunto, de grandes proporções, mantém o alinhamento das salas de aula em um lado corredor de acesso, em função da insolação. Para este projeto já havia uma modificação datada de 18 de fevereiro de 1950.

Almirante Barroso (G.E. 08)

Datado de 24 de maio de 1949, possui uma característica peculiar, a de colocar detalhes construtivos de gradil em uma planta de situação. A prática de colocar detalhes menores em plantas com outra finalidade certamente se deve à economia de tempo e de folhas de desenho, não em termos de papel gasto, mas em quantidade de material a ser manipulado. É um dos projetos que possui terreno mais compatível com o tamanho do edifício: há menos área livre em relação à área construída. Essa escola inaugura o uso de janelas quadradas e com menor área de iluminação do que as que foram usadas na maioria das outras edificações escolares para iluminar os corredores de acesso às salas de aula. Também era denominado Vila Jabaquara.

Vila Gustavo (G.E. 09)

O projeto data de 3 de junho de 1949 e utiliza as mesmas formas do G.E. 08, porém com um arranjo diferente. Há um outro projeto com o mesmo nome e numeração. A setorização continua, mas os blocos, ainda que alinhados em torno de uma circulação horizontal cruzada, dispõem-se no terreno de maneira diferente. O telhado de duas águas em um trecho da edificação não era solução comum.

Vila Gustavo (G. E. 09)

Este grupo escolar, também chamado de Vila Gustavo e com a mesma numeração do anterior (G.E. 09), também está com a indicação do mesmo endereço. Não é de forma alguma uma simples ampliação, mas sim uma escola nova completa, e segundo indicação em planta é da autoria do arquiteto Hélio Duarte, em uma das pouquíssimas vezes em que há uma identificação de autor de projeto.

Romeu de Morais (G.E. 10)

Datado de 28 de dezembro de 1949, é da autoria de Oswaldo Corrêa Gonçalves. Há duas datas de retificação: 17 de maio e 12 de julho de 1950. É uma das escolas que mais se encaixa na geometria do terreno, conseguindo delimitar os espaços livres, criando um grande espaço no centro do terreno, abraçado pelo conjunto de blocos.

Vila Baruel (G.E. 11)

O projeto é datado de 13 de agosto de 1949 e possui uma enorme semelhança com o G.E. 09 e também, em menor intensidade, com o G.E. 08. No primeiro caso a

semelhança pode ser devido à velocidade com que os projetos tinham de ser feitos. Há uma diferença na

localização do setor

administrativo em relação ao galpão.

Vila Campo Grande (G.E. 12)

O projeto é de 15 de outubro de 1949. A diferença entre a forte simetria e a planta com seus volumes deslocados é um recurso refinado deste projeto e pouco usado em outras escolas. A composição aditiva por

zoneamento funcional exige um grande controle espacial do projeto para se alcançar esse resultado.

Orville Derby (G.E. 13)

O projeto está datado de 9 de novembro de 1949. A diferença entre o tamanho do terreno e o do projeto é uma marca da época. O galpão permanece sob o volume destinado às salas de aula.

Cezar Martinez (G.E. 14)

Não há data do projeto original, apenas do modificativo, que é de 9 de dezembro de 1950. O edifício se assemelha bastante a uma indústria, bem como outras escolas da época. O projeto é exatamente o mesmo que foi usado na Vila Leopoldina (G. E. 01 – João M. Boanova).

Reinaldo Ribeiro da Silva (G.E. 15)

O projeto é datado de 13 de março de 1950. Prevalece ainda a solução de orientar as salas de aula em conjunto para a melhor orientação dentro do terreno, que neste caso, em função do posicionamento geral do edifício e da forma do terreno é a direção nordeste.

Monsenhor Passalaqua (G.E. 16)

Não há indicação de data ou de autoria do projeto. Também não foi possível confirmar se a

ampliação de que trata o desenho foi feito pelos arquitetos e engenheiros do Convênio Escolar. Essa possibilidade, apesar da ausência de indicações em planta, não pode ser descartada pois no Convênio Escolar já haviam sido feitas reformas em edifícios já existentes antes de 1948.

Murtinho Nobre (G.E. 17)

O projeto data de 5 de janeiro de 1950. As dimensões consideráveis dos terrenos e a horizontalidade nos projetos gera por vezes uma

implantação com blocos dispersos unidos por circulações relativamente extensas, como é o caso deste grupo escolar. Há ainda a modificação do palco do galpão, datada de 4 de dezembro de 1950. Os quebra-sóis e os muros foram feitos de elementos pré-fabricados, de fibrocimento e concreto armado respectivamente.

Visconde de Taunay (G.E. 18)

Datado de 17 de janeiro de 1950, é o primeiro grupo escolar na seqüência adotada pelo Convênio que é um projeto idêntico a outro com numeração anterior. Neste caso o projeto é o G.E. 09, que foi inteiramente reproduzido nesta escola. O projeto G.E. 12 utiliza a mesma disposição interna nos setores, porém o arranjo dos blocos é um pouco diferente. Isso revela que havia diferentes níveis de reprodução de soluções de projeto para projeto.

Fonte: Arquivo EDIF-PMSP

Erasmo Braga (G.E. 19)

1° pavimento Pavimento intermediário 2° pavimento

O projeto, de 14 de outubro de 1950 (a planta indica que é a data do modificativo), do arquiteto Eduardo Corona, é o primeiro na seqüência da CE com mais de dois pavimentos. A grande maioria das escolas construídas até esta data tem no máximo dois pavimentos no total, excetuando-se algumas situações em que, devido ao

Visconde de Inhaúma (G.E. 20)

O projeto é de Oswaldo Corrêa Gonçalves (24 de fevereiro de 1950). Mais uma vez utilizam-se os próprios desenhos originais para neles acrescentar-se as ampliações, economizando bastante tempo na fatura dos desenhos. A segunda ampliação, datada de 10 de dezembro de 1953, é da autoria de Juvenal Waetge Junior.

Pedro Taques (G.E. 21)

Datado de 22 de 1950, de autoria de Oswaldo Corrêa Gonçalves. Novamente não é possível confirmar se Gonçalves foi o autor do projeto, das retificações ou de ambos. Esta escola ainda utiliza o recreio coberto dentro do conjunto da edificação principal. Note-se novamente a desproporção entre o terreno e o tamanho do edifício.

Barão Homem de Mello (G.E. 22)

Apesar da ausência de uma data nas folhas de projeto foi possível verificar que o levantamento topográfico foi feito em 15 de setembro de 1947, pelo

Departamento de Obras da PMSP. Chama a atenção o fato de que o levantamento foi feito

especificamente para a construção desta escola, antes mesmo da Comissão do Convênio Escolar ter sido estabelecida, o que indica que já havia diretrizes de escolha de terreno estabelecidas antes mesmo dos arquitetos e engenheiros da Comissão terem começado a trabalhar.

Carlos Escobar (G.E. 23)

Datado de 27 de abril de 1950, é da autoria de Oswaldo Corrêa Gonçalves e há uma indicação de retificação, datada de 24 de outubro de 1950. A folha contendo detalhes tornou-se um modelo reproduzido em outros projetos.