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AS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Cristiane Rocha

Escola Técnica do Comércio de Tubarão – ETCT Rua Padre Bernardo Freuser, 97, Centro, Tubarão – SC, Brasil

etct@matrix.com.br

Resumo: O presente trabalho visa analisar a importância da Educação Infantil para a construção do conhecimento. Tem como objetivo geral mostrar que a criança tem espaço para criar, descobrir, brincar, sonhar, expor suas ideias e sentimentos, sendo desafiada a produzir o conhecimento de maneira lúdica com interação e mediação. Este estudo ainda traz algumas considerações sobre a importância dos jogos, brinquedos, histórias, filmes, músicas entre outras ações que estimulem a criatividade e a imaginação da criança. Essas atividades são importantes para a aquisição de conhecimento sobre a realidade do ser humano. O pensamento de que o conhecimento e o brincar devam ser limitados a uma sala de aula ou ao pátio da escola mostra o quanto o lúdico é ausente na proposta pedagógica dos professores e das escolas brasileiras. Este projeto tem como objetivo fazer uma abordagem das práticas pedagógicas na Educação Infantil. Serão apresentadas técnicas de ensino que poderão auxiliar o docente no seu modo de educar.

1. INTRODUÇÃO

Trabalhar com educação infantil é verdadeiramente fantástico. As crianças são ativas por natureza e ao conhecê-las vamos descobrindo a história de cada uma delas e o seu contexto familiar.

O interesse por trabalhar as práticas pedagógicas na Educação Infantil surgiu pensando nessa vitalidade das crianças, utilizando diferentes práticas em diversos contextos no plano de ensino.

Para Carbonell (2002) a Educação Infantil é a modalidade em que mais se produz inovação. É relevante ressaltar a importância da Educação Infantil, pois essa etapa contribui para a formação social e cognitiva da criança, durante o período da vida em que é formada sua personalidade, determinando fatores que influenciarão no adulto em que se tornará.

Nesse sentido, Souza (2006, p. 10), nos afirma que “a prática pedagógica enquanto ações coletivas são conformadas pelas interações de seus diferentes sujeitos (docentes, discentes e gestores) na construção de conhecimentos ou trabalho dos conteúdos pedagógicos”.

2. DESENVOLVIMENTO

Segundo Santos (1997, p. 11), educar é ir além da transmissão de informações ou de colocar à disposição do educando apenas um caminho, limitando a escolha ao seu próprio conhecimento. É ajudar a pessoa a tomar consciência de si mesma, dos outros e da sociedade, oferecendo ferramentas para que o outro possa escolher, entre muitos caminhos, aquele que for compatível com seus valores, sua visão de mundo e com as circunstâncias adversas que cada um vai encontrar. O educador, ao conhecer as razões da utilização de diferentes metodologias refletidas junto à formação acadêmica, busca o conhecimento do que faz, o domínio dos instrumentos pedagógicos para adaptá-los melhor às exigências das novas situações educativas.

2.1. CONCEITO DA EDUCAÇÃO

A criança nem sempre foi considerada como é hoje. Antigamente, ela não tinha existência social, era considerada miniatura do adulto, ou quase adulto. Seu valor era relativo, nas classes altas era educada para o futuro e nas classes baixas o valor da criança iniciava quando ela podia ser útil ao trabalho, colaborando na renda familiar.

A educação é um processo que se estabelece e desenvolve no ser humano, de forma que a vamos construindo durante a vida. Esse processo de desenvolvimento conta principalmente com o auxílio dos nossos pais e da nossa família em geral. Descobrimos o que devemos fazer, o que é correto e o que é errado. É dessa forma que vamos descobrindo os verdadeiros valores ensinados.

Para Antunes (2006), se a ciência mostra que o período que vai da gestação até o sexto ano de vida é o mais importante na organização das bases para as competências e habilidades desenvolvidas ao longo da existência humana, prova-se que a etapa educacional referente a essa faixa etária (0 a 6 anos) é imprescindível para o seu desenvolvimento.

A instituição de educação infantil deve tornar acessível a todas as crianças que a frequentam, indiscriminadamente, elementos da cultura que enriquecem o seu desenvolvimento e inserção social. Cumpre um papel socializador, propiciando o desenvolvimento da identidade das crianças, por meio de aprendizagens diversificadas, realizadas em situações de interação. (BRASIL, 1998, p. 23)

2.2. A EDUCAÇÃO NA ATUALIDADE

O que é ser professor e educador na atualidade? Existe uma grande diferença entre os dois. Hoje em dia, alguns professores tem uma mente mais ultrapassada, considerando o que aprenderam algumas décadas atrás, e são mais resistentes às mudanças impostas pela atualidade.

O educador desenvolve um trabalho diferente. Ele planeja suas aulas com competência e criatividade, tornando-se inteiro na hora de executá-las e sabe que os objetivos propostos foram alcançados.

É preciso estar atento à idade e às capacidades de seus alunos para selecionar e deixar à disposição materiais adequados. O material deve ser suficiente tanto em quantidade como em diversidade. Lembrando sempre a importância de respeitar e propiciar elementos que favoreçam a criatividade das crianças.

O trabalho direto com as crianças pequenas exige que o educador tenha uma competência polivalente. Ser polivalente significa que ao educador cabe trabalhar com conteúdo de naturezas diversas que abrangem desde cuidados básicos essenciais até conhecimentos específicos provenientes das diversas áreas do conhecimento. Este caráter polivalente demanda, por sua vez, uma formação bastante ampla e profissional que deve tornar-se, ele também, um aprendiz, refletindo constantemente sobre sua prática, debatendo com seus pares, dialogando com as famílias e a comunidade e buscando informações necessárias para o trabalho que desenvolve. São instrumentos essenciais para reflexão sobre a prática direta com as crianças a observação, o registro, o planejamento e a avaliação. (BRASIL, 1998, p. 41)

2.3. PRÁTICAS PEDAGÓGICAS

A ludicidade facilita a aprendizagem da criança, podendo, assim, ser usadas diferentes práticas pedagógicas disponíveis para trabalhar de forma mais atrativa. O universo infantil é feito de brincadeiras, e o brincar, a musicalidade, a literatura envolvente são sem dúvida um convite para o conhecimento natural, gradativo e voluntário.

O educador deve conhecer e considerar as singularidades das crianças de diferentes idades, assim como a diversidade de hábitos, costumes, valores, crenças, etnias das crianças com as quais trabalha, respeitando suas diferenças e ampliando suas pautas de socialização. O educador é o mediador entre as crianças e os objetos de conhecimento, organizando e propiciando espaços e situações de aprendizagens que articulem os recursos e as capacidades afetivas, emocionais, sociais e cognitivas de cada criança aos seus conhecimentos prévios e aos conteúdos referentes aos diferentes campos de conhecimento humano (MONTEIRO, 2002, p. 5).

2.4. ILUSTRANDO AS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS