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1 A EXPERIÊNCIA DE YOKAANAM NA HISTÓRIA DO MESSIANISMO NO

1.4 AS VISÕES E A MISSÃO PROFÉTICA

A sabedoria, irmãos meus, é o resultado da amadurecida cultura interior do espírito. (YOKAANAM, 2010, p. 65)

Yokaanam diz ser conhecido por todo o Brasil, pois a doutrina eclética já se encontra espalhada por toda parte. Ele considera que conhecer sua personalidade é tarefa difícil e não está ao alcance do nosso intelecto e nem da nossa imaginação. Assim, ele descreve que suas vestimentas eram semelhantes às do Cristo e simbolizavam todas as religiões. Destaca que não se importava com o que os homens pensavam, pois não estava aqui para agradá-los. Tinha convicção de que foi o divino Mestre quem alterou o rumo da sua vida. Em suas palavras:

Reparai as insígnias que trago em minhas mãos!...Não sou um magistrado, possuidor de grandes recursos intelectuais; não sou a Glória; não sou a Paz; não sou o mago da fortuna, que podereis hoje entrevistar para viverem os homens em conforto com sua família, libertados das dolorosas privações, da burocracia que vos traz no mundo acorrentados aos bancos de trabalho dia e noite, sem outros ideais... Perscrutai os depósitos da minha experiência; neles ireis vislumbrar os bens que na terra ficam intactos para a maioria. As fundas cicatrizes que trago visíveis atestam que sofri! No emblema da humanidade, estampado na minha pálida e magra fisionomia, acabareis por saber que, também, no passado fui acusado, condenado e supliciado. Rasguei as feridas da infâmia no próprio corpo! Não sou, portanto, aquele que poderíeis pensar, que a tudo se impõe, que traça os destinos e dirige os homens, do qual pretendo ser um servo carinhoso e submisso. Trago-vos, portanto, a luta; não a luta armada, não a guerra, nem os instrumentos de barbaria, com todos os seus trágicos troféus, onde o gênio inventivo do homem revelou-se infernal para destruir o seu semelhante, mas a luta para a liberdade da consciência, para a harmonia, adquirindo as riquezas do gênio e do espirito, com a frescura, com a claridade e com a beleza da primeira alvorada do mundo desconhecido e, com ela, a convicção pura, a fé, a realeza do crente com o seu cetro e a sua coroa imortais!...Sabeis demais do Cristo. Quais foram as realizações suas no meio ambiente? Caridade generosa e fecunda, paciência no sofrer e coragem na luta. Quando falo de caridade, refiro-me à caridade que age sobre a alma em todos os seus sentidos; que faz viver os que estão fora de si mesmos. Aquela que leva a tomar a forma de Deus, para que se una a todos os seus irmãos e faça de todos legítimos herdeiros universais da mesma herdade, chamados a usufrutuar dos bens entrevistos nas vossas visões palpitantes com os eleitos do Senhor e do outro mundo.(YOKAANAM, 2010, p. 39)

Percebemos Yokaanam fazendo declarações que soam como profecias àqueles que o lê. Seguem alguns trechos:

Sofres!... Tinhas, antes, ódios violentos?...imaginavas mesquinhas vinditas?...Um delírio de ambições te arrastava aos mais torpes feitos?...Não! Agora somente um desespero quieto, mudo, conturba o teu cérebro, excitando-o a dirigir-se a uma outra realidade...Por isso me invocaste e te inclinas mentalmente sobre a minha pessoa invisível, criando em ti o desejo de tornar a me ver e de provocar, sem exaltação, simplesmente, a presença do teu guia ou de outro ser de emoções sutis, que se ocupasse das artes superiores a que virão abençoar-te na gloria, diante de escárnio do mundo e dos movimentos belos e sensíveis que sintetizam os nossos passos para a felicidade!...(YOKAANAM, 2010, p. 48)

Sofreste em silencio sem acusações às tuas pobres quimeras que a ingratidão e os pensamentos mal destruíram...Mesmo assim queres construir o teu templo com entusiasmo, de acordo com a ideia ampla da justiça, colocando a própria alma ao calor das chamas, para que o fogo sagrado dos pensamentos favoráveis a torne reta e a conserve. (YOKAANAM, 2010, p. 48)

Bem haja a nota harmoniosa dos espíritos elevados, porque te auxiliaram a enfrentar os sacrifícios nobres edificando o pedestal de grandeza para que nele se instale a estátua perfeita do belo verdadeiro, a estátua que concentra o teu único ideal! (YOKAANAM, 2010, p. 49)

O conforto da minha palavra sobre ti expressa unicamente a concepção da divindade, centelha imortal da fé que dirige as almas nos surtos da vida...Quem tiver a fortuna de se fazer dirigir por ela, obterá tudo o que é valor real e perpétuo, porquanto ela procura voltar tudo e transformar para o lado do bem. O guia advoga a causa dos que sofrem, dos que-como tu- são repelidos na verdade e dos que são submetidos ao julgamento mesquinho da humanidade, condenada pela ignorância primordial a se acusar dos mesmos delitos monstruosos!...(YOKAANAM, 2010, p.49)

O guia do verdadeiro espírita confere à inocência, a sua eterna beleza. Impele-o a força de ajudar o progresso do homem nessa jornada sem fim, auxiliando-o a sair do seu estado mórbido de incapacidade para a potência das mentalidades superiores e dos justos! (YOKAANAM, 2010, p. 49)

Assim, compreenderás porque estou aqui e te autorizo a me chamares espirito consolador, pronto a fazer tudo por ti, desde que me dês a oportunidade de encontrar o teu espírito e penetrar na tua consciência...(YOKAANAM, 2010, p.49)

Se sabes, se estas no lugar conveniente a entrar em comunicação direita com o mundo espiritual, no qual volteio como um besouro azul sob uma esfera de ouro, vive constantemente no espírito e logo saberás que houve um motivo superior pelo qual me encontro contigo neste momento. (YOKAANAM, 2010, p. 50)

Saberás também que a dor, o amor, a saudade, foram uma das causas divinas que concorreram para que tivéssemos contacto mais íntimo. Saberás também que chegará o momento em que teremos de nos mudar de um plano para outro e te será outorgado o poder de escolher, novamente o primeiro lugar no banquete que a sabedoria superior oferece a todos aqueles que-como tu-viram a luz do espírito consolador a guiar-lhes os passos, na escolha do caminho claro e do escuro. E, em vez dessa agonia, dos prantos que te estou fadado a enxugar, das adversidades das limitações constantes do prisma, da desolação que a pobreza alheia te causa, terás um prazer especial a se renovar abertamente! (YOAAKANAM, 2010, p. 50)

Para Yokaanam (2010), portanto, a finalidade humana é o caminho para Deus, em consciência, dentro dos limites da mais ampla tolerância, excluídos quaisquer preconceitos

racistas ou de posição social, religiosos, filosóficos ou culturais profanos, dentro de um critério saudável de moralidade, fraternidade, equidade e justiça, visando, sobretudo e ao alcance de todos, a prática do bem.

No que se refere à relação Ciência e Religião, Yokaanan (op. cit.) diz que a ciência é o meio do caminho, ela nasceu com o homem, filho de Deus, e irá com ele até os limites de sua investigação. Ele diz que o combate tenaz entre as duas representa o estado confuso e tormentoso que até hoje tem empolgado os povos e as almas.

Yokaanam (op. Cit.) esclarece pela sua doutrina que a matéria existe em função de veículo. Cumprida a missão deste, quer no messianismo ou apostolado, quer resgatando ou amenizando culpas, o sopro vital abandona a matéria, o espírito libera-se e ela principia a sua desintegração, o seu retorno, por outro caminho, ao todo cósmico, pela transformação. Assim, o espiritualista diz que o aperfeiçoamento do espírito se processa pela estatuária moral, cujo artista é o cristianismo, no ocidente. Esse aperfeiçoamento pode traduzir-se por duas fórmulas: a da regeneração moral pela fé, ou a do adiantamento moral pela abnegação e investigação cientifico experimental altruística do espiritualismo dinâmico.

Só na caridade há cristianismo e só no amor há divindade, diz Yokaanam. E é pela caridade e pelo amor que o homem chegará até a casa do pai. Assim, o Mestre diz que é preciso o respeito às leis da terra; respeito a si mesmo, pela humildade; respeito a eternidade, pela fé, respeito a humanidade, pela caridade, respeito a fraternidade, pelo amor, respeito ao próximo, pela visão da trave que nos cega os olhos; respeito ao passado, pela modéstia; respeito ao futuro, pela renúncia; respeito ao presente, pelo trabalho, e respeito a verdade, pela luta espiritual, permanente, em prol da justiça, da ciência e do bem. Aí, diz Yokaanam (op. cit), dar-se-á o almejado amplexo universal de todas as religiões, filosofias e escolas, pelo abandono de todas as armas do corpo e do espírito com que os homens se dividiram. Com esse propósito, o Mestre nos diz que está fundada a Fraternidade Eclética Espiritualista Universal.

Ele menciona algumas revelações que lhe são feitas quanto ao futuro. Ele diz que estamos chegando ao proscênio da luta esperada e esta luta espiritual, mística, não é para os indiferentes. Assim, ele diz que teremos novo pentecostes, surgindo na constelação do cruzeiro, já há muito anunciado nos textos sagrados de todas as revelações. Teremos a ocasião de ver definida a atitude dos verdadeiros apóstolos do senhor, o qual determinou a volta de seus eleitos para esta jornada e

que ele mesmo assistirá, já presente em espírito, orientando, inspirando, dando rumo àqueles que escolheu, para dar cumprimento e ampliar sua obra divina. (YOKAANAM, 2010)

Assim, Yokaanam (op.cit.) convoca aos sacerdotes e discípulos de boa vontade de todas religiões e escolas para o breve concerto ecumênico evangélico de que somos personagens relevantes, bem como a todos aqueles que, sincera e humildemente, desejam abandonar suas armas, para lutar pela restauração definitiva do evangelho no coração dos homens. Professa que a hora presente é de transição cíclica e criações espirituais. Ele se referia aqui à época em que escreveu esta obra, na década de 40. Assim, dizia que matéria e energia completam o seu ciclo no exaurimento, já não podendo o homem mudar o rumo destas invioláveis trajetórias da evolução; e em face das coisas supremas. A intuição, naquele momento, para o Mestre, estaria reabrindo para os humildes as portas da verdade, como há dois mil anos.

Pela emancipação moral do planeta, Yokaanam (op. cit.) diz que a fraternidade eclética espiritualista universal fundará no Brasil e para o mundo a cidade iniciática, a Shangrilá do Ocidente e do Novo Mundo, o marco inderrocável da visão imorredoura entre o passado e o porvir.

Diz então da importância de sua presença como sendo um convite que renova os versículos de Mateus, no capítulo 9. Ele menciona a passagem em que Joao Batista envia dois discípulos seus a Jesus a fim de saber se Jesus é aquele que havia de vir. Jesus responde-lhes para que estes testemunhem o que viram e ouviram: os cegos veem, os paralíticos andam, os leprosos são purificados e os surdos ouvem; mais ainda: os mortos são ressuscitados e o evangelho é anunciado aos pobres. Tal como ocorrido no passado, Yokaanam diz que este é o Elias que ainda há de vir.

Assim ele diz que o divino Mestre virá; e não haverá tempo para preparação. Ele diz estar escrito no Cruzeiro do Sul, que é daqui do Brasil que se irradiarão as leis soberanas para o resto do mundo; e este Brasil, coração do mundo, Pátria do Evangelho, servirá de modelo a todos os pensamentos voltados para Deus e cantará a vitória com os legítimos troféus espirituais desta fase apocalíptica sem precedentes na história de todos os tempos. Ele alerta para que os homens de todas as religiões se preparem, porque a joeira é autorizadamente eclética. Que é preciso unir corações leais a Cristo e restaurar tudo o que está profanado.

Para Yokaanam (op. cit), a humanidade estaria no momento, segundo foi previsto por Emmanuel, em que se deve tomar atitudes novas, atitudes que, condensadas, passam a chamar-se

desarmamento, não o dos exércitos materiais, mas, sim, o das hostes mentais, dissolventes dos mandamentos mais esperançosos da alma nos planos do bem. Esta pregação de Yokaanam foi feita em 26 de maio de 1951. Assim, Yokaanam (op. cit.) insiste para que possamos trabalhar para Deus, cumprindo a missão trazida ao encarnarmos neste Brasil, a terra que segundo ele foi escolhida pelo desígnio supremo para ser o altar da renovação, a mão do triunfo glorioso do reinado do bem.

O Mestre diz ainda que a mediunidade será o baluarte e o altar sagrado onde todas as gerações, no advento do terceiro milênio, virão render a mais alta homenagem das aleluias imortais das reencarnações (YOKAANAM, 2010).

Cada espírito, para Yokaanam (op.cit.) liga-se à carne através de seu organismo fluídico intermediário, constituindo o ternário principal dos sete princípios outrora subdivididos pelas doutrinas orientais, levando hoje a convicção exata de que a carne por si mesma nada mais é do que energia condensada, ou um composto de fluidos condensados pela sua baixa velocidade vibratória e dinâmica. Com sua doutrina, Yokaanam (op. cit.) diz que a sua missão não é criar mais religião, nem perturbar a ordem moral e os costumes da sociedade, mas ser um baluarte de cooperação com as autoridades públicas, fazendo profilaxia moral.

Ao falar da umbanda, o Mestre afirma que ela nasceu quando a mediunidade foi ameaçada. Assim, ela representa os discípulos de Kardec que arrancaram o colarinho duro do orgulho e da vaidade teórica inoperante e saltaram para a arena, para o meio do povo, para realizarem aquilo que outros falaram das tribunas através das gerações, e viverem Cristo através da caridade dinâmica. São espíritos guias da humanidade, obreiros das gerações que passaram na vertigem dos milênios, que vem agora, convocados por Cristo e seus delegados, a fim de, vestidos de macacão, descalçarem os sapatos das vaidades humanas para falarem a linguagem do caboclo simples, porque o mundo está cansado de palavras bonitas.

O Mestre (op.cit.) cita alguns “instrutores do mundo”, dentre os quais ele considera que devemos reconhecer e imitar, como Budha e Ramakrishma na Índia, como Sócrates e o divino Platão na Grécia, e por último Mahatma Gandhi, o apóstolo do amor universal, arrastados pela magia mental dos ideais altaneiros e divinos, os quais ultrapassaram todas as barreiras e limitações humanas e agora convocados, todos em conjunto, aí estão para apoiar e repetir, sob o pálio do cruzeiro, a história maravilhosa da canção imortal do evangelho.

Yokaanam (op. cit.) professa que o mundo oscila como um pêndulo entre as suas pobres verdades provisórias. Assim, para eles, a humanidade atual vive suas próprias desilusões, arrastada por um mundo infeliz e fadado a desaparecer como civilização ao tropeçar no túmulo e será consumida pelas próprias tragédias na transformação biológica da matéria e na rejeição da porta estreita que reconduz à imortalidade.

Numa pregação feita em 21.09.1952, Yokaanam (op.cit.) menciona acerca da convocação que está ecoando no firmamento da América, com vibrações saindo do Brasil para o mundo, chamando os homens de intelecto e de coração para lutarem por este ideal sacrossanto, de que Cristo nos deu o mais alto significado de exemplificação incondicional no gólgota, deixando-se crucificar pelo bem da humanidade inteira. Yokaanam (op.cit.) declara que será aqui no Brasil edificado o templo universal de todas as crenças e que aqui será reunido o maior rebanho espiritual do mundo.

Yokaanam faz também profecias de que não haverá mais guerras, porque as estrelas não o permitirão mais, porém, haverá coisa muito mais eficiente e terrível como punição de toda a humanidade delinquente e transviada. Ele alerta para os sinais infalíveis desses próximos tempos de tribulação que anunciou pela imprensa ao mundo, desde 1936. Ele diz que as ilhas da bacia do mediterrâneo estão submergindo repentinamente e a Europa está condenada a desaparecer. Os outros continentes como a Ásia, a Oceania, a Austrália, o Canadá e a América do Norte estão condenados a sofrer terrível demolição de lado a lado. A América do Sul sobreviverá sofrendo menos, e vão ficar uns poucos em grupos aqui, ali e acolá. Assim, diz o profeta que, após esta lavagem expurgatória e gigantesca sobre a terra, então teremos preparado pelo sofrimento os corações que ficarem para edificarem unidos o templo da fraternidade universal, onde estarão reunidos por fim, pacificamente unidos, por amor sincero e incondicional, todos os rebanhos de Cristo, indissoluvelmente abraçados ao mesmo ideal de seu evangelho imortal, aos clarões aurorais e apoteóticos do terceiro milênio.

Yokaanam (2011) reconhece que os estudos referentes aos mistérios da origem e do fim sempre seduziram a humanidade, mas nos diz que a compreensão destes mistérios se encontra num âmbito tetradimensório e só são palpáveis através da observação sincera e intuitiva dos fenômenos, de sua percepção sensorial e da fé que remove montanhas. Ele faz um apelo a nos despirmos da camisa do orgulho e da escuridão mental, com que a ciência materialista nos veste,

para entrar no ambiente meditativo e sensitivo das coisas e dos fenômenos espirituais, sendo este o primeiro gesto de quem quer chegar ao conhecimento da verdade.

Yokaanam (op.cit), na época que fez surgir a doutrina eclética, em 1936, e na época que escrevia para o jornal “o mundo”, “Gaveta de notícias”, numa sessão que tinha o título de “Tribuna Eclética”, já preocupava-se diante da gravidade dos acontecimentos sociais, tendo a convicção de que estávamos na mais dramática encruzilhada do nosso destino espiritual, na qual iríamos nos defrontar com o tremendo dilema: lutar para sobreviver ou acompanhar a torrente e perecer com ela! O apelo é feito quanto ao seu desejo de nos tornarmos seus discípulos, mesmo ressaltando que para segui-lo é preciso muita coragem, decisão, estoicismo, desapego e renuncia para suportar as leis morais e disciplinares que nos impomos a face das verdades eternas, antes e muito longe de pretender qualquer posição ou evidência no mundo transitório e infeliz em que vivemos. (YOKAANAM, 2011).

O Mestre crê que a doutrina eclética é uma forma interpretativa de restauração do pensamento e da vontade divina, sendo a manifestação dos universais desígnios de Deus e o cumprimento sagrado do mandato espiritual de Jesus, a fim de que a humanidade inteira aceite abraçar-se em nome desse mesmo evangelho (YOKAANAM, 2010). Assim, ele fala a seus fiéis com convicção de que muitos estão em sofrimento, enfermos ou desesperados pelas lutas da vida, mas que terão amanhã um esclarecimento, terão a paz, terão a luz. Ele diz que sua certeza está nas faixas luminosas que se estendem sobre eles, que são uma graça divina.

O trabalho de Yokaanam (op. cit.), conforme ele nos diz, é feito no meio da pobreza, e muitos homens não sabem quem é ele e demonstram curiosidade com sua figura estranha, supondo que ele seja um homem diferente ou esquizofrênico.

Mas ele tranquiliza seus fiéis citando o exemplo de Jesus, e diz para que não se escandalizem por chamarem-no de doido, pois todos sabem que ele não é doido; apesar de terem querido colocá-lo dentro de um manicômio. Yokaanam (op.cit.) explica esse fato dizendo que aqueles cientistas que tiveram estas intenções sabem que ele é uma parada dura nesta jornada dos dias que precedem ao fim dos tempos, sabem que ele é o delegado previsto para restaurar, antes, todas as coisas, e por isto quiseram interná-lo.

Ao dizer sobre ao pecado, Yokaanam (op.cit.) ensina que a carne por si só é morta e não peca, mas sim o espírito ou a alma, como condição inferior do homem espiritual encarnado e vivente na terra, planeta considerado por ele de hierarquia relativamente inferior. Incluem-se para

ele, como graves pecados da carne, os impulsos deprimentes de ódio, vingança, ingratidão, ciúme, má fé, traição, orgulho, vaidade etc., coisas que nunca foram da carne e, sim, do espírito obstinado na repetição dos erros, e na purga eterna e compulsória de seus crimes.Descreve ainda os dez princípios da doutrina eclética, que podem ser assim resumidos:

1-religião é ponte entre a criatura e o criador, sua função é a de reunir os homens em torno de um ideal comum, único e divino.

2-não te importes a cor nem o credo de ninguém, porque todos são filhos do mesmo criador e, embora por caminhos diferentes, porém não em essência, procuram atingí-lo. 3-Se olhares o teu semelhante como teu irmão e sentires os seus sofrimentos e problemas como se teus próprios fossem, estarás palmilhando a estrada certa.

4-não te importes com o nome que se dê ao Criador, o que te interessa é alcançá-lo, caminhando sempre em direção e sentido capaz de te levar a Ele.

5- a pressa te preocupa; mas, como não há dois seres perfeitamente idênticos, também a velocidade na caminhada varia de um para outro. A medida da velocidade é a paciência e a resignação no sofrimento; o amor e a dedicação ao seu semelhante; o coração aberto aos ensinamentos divinos.