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A aula 1 decorreu a 07/01/2015 e consistiu no primeiro contato do sujeito com o laboratório de ciências da escola. O sujeito ficou maravilhado com a possibilidade de poder manipular materiais laboratoriais que pode ver nas séries da televisão.

As aulas 2 e 3 decorreram a 14/01/2015 e 16/01/2015 e pretenderam levar o sujeito a contatar com os ma- teriais laboratoriais: observá-los, manuseá-los, experimentá-los, perceber o seu funcionamento, nomeá-los, agrupá-los. Verificou-se, então, que o fator tempo estava sub contabilizado para o aluno, pelo que foi dupli- cado.

A 26/01/2015 decorreu uma saída de campo que pretendeu preparar as próximas atividades laboratoriais relativas ao estudo das sementes. Assim, o sujeito foi convidado a visitar o mercado municipal semanal onde os agricultores locais vendem os seus produtos e onde se vendem sementes para as épocas de cultivo seguintes.

A aula 4 decorreu a 04/02/2015 e 11/02/2015 e pretendeu utilizar o material biológico adquirido na saída de campo realizada, de modo a classificar as sementes segundo critérios pré-definidos.

A aula 5 decorreu a 04/03/2015 e 09/03/2015 e pretendeu dar a conhecer o processo de germinação e fa- tores que a condicionam.

A aula 6 decorreu a 11/03/2015 3 e 16/03/2015, mas acabou por se estender a 18/03/2015. A necessidade de mais tempo para que o sujeito conseguisse efetuar as tarefas propostas e para consolidar nomes e con- ceitos continuou a verificar-se.

A 19/03/2015, um dos dias de atividades do AECA (Agrup@2015.3), decidiu-se utilizar as plantas resultantes das aulas de PIC, transplantadas em vasos, para vender por um preço simbólico aos docentes mais próximos do aluno, no intuito de angariar fundos para comprar materiais de desenho e pintura para o sujeito utilizar nas suas aulas de Desenho.

A aula 7 aconteceu nos dias 15 e 20 de abril de 2015, já no terceiro período e pretendeu explicar ao sujeito a relação entre a localização de Alcobaça no Planeta Terra e em Portugal e as suas caraterísticas, propícias à prática agrícola.

A 29 de abril decorreu uma visita ao laboratório, guiada pelo sujeito, à Psicóloga do AECA, a qual acedeu ao seu convite, para que este lhe mostrasse o que tinha aprendido nas aulas de PIC. Foi uma atividade muito bem sucedida tendo o sujeito sido capaz de passar o seu entusiasmo à visitante.

A aula 8 decorreu nos dias 27/04/2015, 04/05/2015 e 11/05/2015 e pretendeu abordar aspetos da agricul- tura em geral, relacionando-os, sempre que possível, com a agricultura local. Neste caso, a aula prolongou- se pois o ritmo muito lento do sujeito no manuseio do computar imprimiu uma baixa velocidade na sua execução. De qualquer modo, esta baixa velocidade de execução permitiu que o sujeito tivesse mais tempo para processar as ideias a ter em conta nesta aula.

A Figura 2 apresenta momentos, ao longo da implementação do projeto PIC, promotores de um ambiente agradável e promotores das aprendizagens: manipulação de materiais laboratoriais, manipulação de materi- ais biológicos, preparação dos materiais para desenvolvimento de atividades experimentais e registo dos re- sultados, interdisciplinaridade com Matemática (medição do caule) e desenvolvimento de competências transversais (como por exemplo coordenação oculomotora e motricidade fina, que levaram o aluno a passar a ser capaz de dobrar a sua bata com perfeição).

Figura 2 - Registo fotográfico de atividades desenvolvidas em PIC

Resultados

Ao longo destas oito aulas e atividades complementares, o sujeito foi revelando uma evolução notória, a qual se encontra refletida na comparação entre os resultados obtidos através dos questionários aplicados em pré e pós teste, como é exemplo o caso da questão 10 do questionário 1, presente na Figura 3. A ob- servação e manipulação dos materiais laboratoriais levou o sujeito a memorizá-los e a nomeá-los, verifi- cando-se uma relação direta entre a manipulação dos materiais e a aprendizagem do sujeito (hands-on).

Figura 3 – Respostas do aluno à questão 10 do Questionário 1 (respondida em pré-teste, à esquerda, e em pós- teste, à direita)

Já na questão 2 do questionário 2, a evolução é notória, tanto na utilização de conceitos, como em termos estéticos, desenhando de uma forma muito mais naturalista e próxima da realidade, tal como se pode ver na Figura 4. O sujeito do estudo observou todo o processo, desde a germinação das sementes, até à forma- ção de uma planta quase completa, tendo, desta forma, conseguido adquirir grande parte dos conteúdos relacionados.

Figura 4 – Respostas do aluno à questão 2 do Questionário 2 (respondida em pré-teste, à esquerda, e em pós- teste, à direita)

Por fim, pode ver-se a evolução dos conhecimentos do sujeito acerca de agricultura, comparando as respos- tas da pergunta 4 do Questionário 3, apresentadas na Figura 5. Verifica-se que o aluno conseguiu relacionar as aprendizagens com situações concretas e com o seu quotidiano (minds-on).

Figura 5 – Respostas do aluno à questão 4 do Questionário 3 (respondida em pré-teste, à esquerda, e em pós- teste, à direita)

Nestas aulas, para além dos conteúdos abordados, desenvolveram-se competências transversais relacionadas com Motricidade Fina (recorte e colagem; manipulação de materiais), Autonomia (pesagem na balança digi- tal autonomamente; rega das sementes e/ou plantas fora dos dias de aula) (hands-on), Raciocínio Lógico (relação entre os objetos pesados), Cálculo (cálculos básicos com a ajuda da máquina de calcular), Resolução de Problemas (como fazer?), Memória Visual e Memória Auditiva (observação dos materiais e diálogo acerca

deles para depois passar para o papel o seu nome e função), Espírito Científico e Pragmático (relaciona- mento com as suas vivências e preferências; relacionamento com atividades do quotidiano, tanto pessoais

como profissionalizantes) (minds-on). Estas foram aulas onde o aluno se sentiu à vontade para explorar o desconhecido, para colocar as suas dúvidas, para relacionar os conteúdos com as suas experiências pessoais, para partilhar os seus sentimentos e emoções (hearts-on), promovendo a sua autoestima e segurança. O aluno foi-se sentido, ao longo deste programa, cada vez mais seguro para responder às questões e para to- mar a iniciativa em várias situações. Deste modo, criou-se um ambiente "Learning-on", propício à aprendiza- gem e promotor de competências pessoais, académicas e profissionais.