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atividades e género póster científico Póster

científico Atividade académica Atividade de investigação Atividade da área científica Atividade de investigação Atividade de investigação

132 PCA1 Centro de Investigação de Montanha (CIMO), ESA, Instituto Politécnico de Bragança,

Campus de Santa Apolónia Ap. 5300-253 Bragança, Portugal.

Laboratório de Processos de Separação e Reação (LSRE), Laboratório Associado LSRE/LCM, Instituto Politécnico de Bragança, Campus Santa Apolónia Ap. 1134,

5300-857 Bragança, Portugal.

GIP-USAL, Facultade de Farmácia, Universidade de Salamanca, Campus Miguel de Unamuno, 37007 Salamanca, Espanha.

PCA2 Universidade de Lisboa Instituto Superior de Agronomia LEAF - Linking Landscape, Environment, Agriculture and Food Tapada da Ajuda, 1349-017 Lisboa, Portugal Co- ordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Bloco L, Lote 06, Edifício Capes – CEP: 70.040-020 – Brasília, DF- Brasil 4: E3c – Centro de Eco-

logia, Evolução e Alterações Ambientais, Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa Campo Grande, Bloco C2, Piso 5, 1749-016 Lisboa, Portugal PCA3 CITAB -Centro de Investigação e Tecnologias Agroambientais e Biológicas

DeBA-Departamento de Biologia e Ambiente UTAD (Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro)

PCA4 Centro de Investigação de Montanha (CIMO), ESA, Instituto Politécnico de Bragança, Portugal

Laboratório de Processos de Separação e Reação (LSRE), Laboratório de Catálise e Materiais (LSRE-LCM), Instituto Politécnico de Bragança

REQUIMTE/LAQV, Faculdade de Farmácia, Universidade do Porto, Portugal PCA5 Centro de Investigação de Montanha (CIMO), ESA, Instituto Politécnico de Bragança,

Portugal

REQUIMTE/LAQV, Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto, Portugal. Centro de Ciências e Tecnologias Nucleares - C2TN, Instituto Superior Técnico, Uni-

versidade de Lisboa, Portugal

PCL1 Bolseira da FCT -Programa KRUse

Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade NOVA de Lisboa CLUNL- Centro de Linguística da Universidade Nova de Lisboa PCL2 Centro de Linguística da Universidade do Porto

PCL3 Doutorando em Linguística Aplicada

Faculdade de letras da Universidade de Lisboa | Departamento de Linguística Geral e Românica

PCL4 Centro de Linguística, Universidade de Lisboa PCL5 Universidade de Lisboa, Centro de Linguística

Quadro 21: dados relativos à filiação institucional dos autores (PCA-PCL)

Porém, no caso do póster científico, estes elementos são também indicados, em todos os exemplares, através de logótipos das instituições e entidades financiadoras. Esta característica deve-se ao facto de o póster requerer uma exposição visualmente atrativa, o que faz do logótipo um recurso importante, dado que a comunicação do trabalho cien- tífico nesta modalidade depende, em grande medida, do impacto visual. Em todos os exemplares, os logótipos são distribuídos pelas margens superiores, inferiores, ou em am- bas, de modo a não comprometer a legibilidade da informação chave. Neste sentido, a ocorrência dos logótipos relativos às instituições a que pertencem os autores constitui também uma manifestação da atividade académica, demonstrando que esta atividade tem

133 uma influência específica e distinta no género póster, evidenciando-se também, por isso, nos textos de modo distinto. Por outro lado, como desenvolvido mais à frente, as ativida- des de investigação e da área científica também se manifestam através da organização dos conteúdos tematizados, tendo em conta que esta dá a ver as especificidades dos pro- cessos de investigação e dos modos de fazer e divulgar Ciência nas respetivas áreas, como ilustram os seguintes exemplos.

Secções de exemplar de Ciências Agrárias (PCA1)

Secções de exemplar de Linguística (PCL1)

• Título; logótipo do evento; nome dos au- tores e filiação institucional

• Introdução

• Materiais e Métodos • Resultados

• Conclusão

• Referências; agradecimentos; logótipos

• Título; logótipos (filiação institucional e financiamento; nome da autora

• 1. Resumo: O quê? / Porquê? / Como? / Para Quem? / Domínio e subdomínio / Língua de trabalho / Enquadramento teó- rico / Objetivo central

• 2. Objetivos • 3. Motivação • 4. Problema • 5. Metodologia

• 6. Base de dados a base de conhecimento • 7. Produto final

• Informação adicional

Quadro 22: secções (PCA1 e PCL1)

No que respeita à atividade de investigação, em alguns exemplares, é utilizado um logótipo que remete para os eventos em causa (Encontro Ciência 2016 / Encontro Ciência 2017), sendo estes os quadros sociais das diferentes práticas de investigação.

Ainda relativamente à atividade da área científica, tal como nos artigos, esta tam- bém se manifesta através da frequência de termos que remetem para domínios do saber. Como se observa na imagem seguinte, em PCA2, os termos mais frequentes são do do- mínio das Ciências Agrárias.

134 Já no exemplar PCL5, os termos mais frequentes são do âmbito da Linguística, evidenciando, desta forma, a área científica nos textos.

1.1.3. Chamada de trabalhos

A chamada de trabalhos consiste num género amplamente utilizado na comuni- dade académico-científica, tendo em vista a divulgação de trabalho científico. Contudo, ao contrário do artigo e do póster, este género, embora associado à atividade académica, não constitui diretamente instrumento de comunicação científica, mas antes uma forma

Imagem 9: termos mais frequentes em PCA2; extraída a partir de Voyant Tools

Imagem 10: termos mais frequentes em PCL5; extraída de partir de Voyant Tools

135 de incentivo à mesma e de promoção das instituições que estão associadas ao evento di- vulgado na chamada. A chamada de trabalhos está, assim, associada à realização de even- tos científicos. No século XVI, estes encontros, inicialmente de caráter informal, funcio- navam como pequenas reuniões, algumas até secretas. Para Stumpf (1996: 1):

Os relatos e as conclusões desses encontros eram muitas vezes registrados, e as cópias, distribuídas como cartas ou atas a amigos que estavam desenvolvendo pesquisas análo- gas. Quando o número de participantes dos colégios se tornava muito grande, os membros se dispersavam ou se transformavam em organizações mais estruturadas e visíveis, como as academias e as sociedades científicas.

O desenvolvimento de meios de transporte a vapor, a partir do século XVII, foi especialmente importante no que respeita à realização de eventos científicos, observando- se um crescimento significativo e o surgimento de congressos internacionais (Burke, 2011). Era através dos jornais que se divulgava uma grande parte dos eventos culturais e científicos, como é o caso do manifesto publicado em 1871 no jornal “A Revolução de Culhina”, a anunciar a realização das célebres Conferências Democráticas do Casino Lis- bonense. Neste manifesto, assinado por um grupo de intelectuais da época, constavam algumas das informações contempladas nas atuais chamadas de trabalhos, nomeadamente os eixos temáticos e objetivos do encontro, o convite à apresentação de trabalhos e os membros organizadores do evento40.

Atualmente, com os avanços tecnológicos que marcaram as últimas décadas, a divulgação dos eventos científicos, como já se referiu a propósito do póster, é feita através de chamadas de trabalhos publicadas nas páginas das instituições, em redes sociais e em plataformas criadas para o efeito, bem como enviadas através de correio eletrónico, entre outros meios. As chamadas de trabalhos têm outras designações, nomeadamente chama- das para (ou de) comunicações, call for papers, chamadas de resumos, entre outras. Estes textos podem ser mais ou menos específicos, contemplando mais ou menos informações. Geralmente, uma chamada de trabalhos contempla o nome do evento e tipo (conferência, simpósio, workshop, jornadas, entre outros), bem como a data e o local. Além disso, são também tematizadas informações relativas às modalidades de participação (comunicação, póster, simpósio, entre outras) e condições (datas de submissão, aceitação, entre outras).

40 Disponível em: <http://www.citi.pt/cultura/literatura/romance/eca_queiroz/manifesto.html> [acesso a 26

136 Face ao exposto, observa-se que o género chamada de trabalhos, tal como o artigo e póster científico, está associado às atividades académica, de investigação e da área ci- entífica. Por outro lado, está também associado à atividade de organização de eventos na esfera académica, como se apresenta no esquema que se segue.