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Faz quase uma semana que trouxe Molly para casa, e tem sido maravilhoso. Ficamos cada segundo junto, fazendo planos para o bebê e amando-a de todas as maneiras que posso pensar.

Mas tinha uma sombra em nosso tempo juntos. A preocupação em minha mente, esperando que ela se lembrasse. É a razão de eu não tê-la levado totalmente. Estive entre suas pernas, pelo menos, três vezes por dia, me alimentando de sua buceta doce. Mas cada vez que ela pedia mais, eu a fazia gozar com minha língua.

A culpa de manter seu tempo longe de mim um segredo está começando a incomodar. Molly é minha melhor amiga e alma gêmea. Não gosto da ideia de esconder qualquer coisa, mas temo que, se ela souber que me deixou, pode querer fazê-lo novamente. E esse pensamento supera qualquer culpa que possa sentir. Meu plano atual

da ação tem sido para distraí-la com uma nova casa. Disse apenas o suficiente para fazê-la adivinhar, mas não o bastante para estragar a surpresa.

Originalmente, antes do acidente, tinha tudo no lugar. Estava terminando o trabalho naquela semana, e ia levá-la para o novo local e esquecer o último ano de stress. Ia finalmente parar de segurar minha obsessão e dar-lhe tudo de mim. Nós merecíamos, e estava tudo se encaixando.

Até as coisas se perderem.

A casa estava vazia, esperando por nós, e foi a única coisa que ajudou a afastar as sombras que nos rodeavam. Se a levasse para a nova casa, era um novo começo. Sem memórias da cobertura e sem lembrar-se do antes. Vou mimá-la com amor, e o que a fez fugir não terá importância quando sua memória voltar. Se ela voltar.

Ryan me ligou todos os dias desde que voltei. Sei que há uma ou duas coisas que preciso assinar. Enrolei ao máximo, não querendo deixar Molly.

— Preciso de algo de você, amor.

Molly se vira do armário, a pequena mala nas mãos. Ela está arrumando as coisas que quer levar para a casa nova. As roupas não servem mais; ela só quer uma muda roupa para trocar.

— Qualquer coisa. — Diz brilhantemente, andando em minha direção.

— Estaria tudo bem se passássemos no meu antigo escritório no caminho para a casa? Preciso assinar alguns documentos, e então podemos seguir.

Ela coloca os braços em volta da minha cintura e sorri. Seus olhos quentes carregam todos os meus sonhos, e vê-los faz todas as dúvidas sumirem. Faria isso mil vezes para tê-la de volta em meus braços. Nada me manteria longe. Nem mesmo minha própria consciência.

— Podemos comer depois. Seu filho está com fome. Mais uma vez. — Ela ri e pressiona o corpo no meu, eu a aperto assim.

— Posso cozinhar antes de ir. — Digo, querendo me certificar que ela tenha o que quer.

— Não, gostaria de sair. Estamos trancados aqui faz tanto tempo. Parece uma gaiola.

Suas palavras me fazem endurecer, mas se ela percebe, não diz nada. Talvez tenha a ver com o antes. Ela só está aqui há uma semana, e o comentário me balança. Sabia que não gostou do lugar quando nos mudamos, mas esperava que pudéssemos torna-lo nosso. Em vez disso, parece ter sido o oposto para ela.

— Então é o que vamos fazer.

Beijando o topo de sua cabeça, tomo a mala e levo até a porta, colocando-a ao lado da minha. Quando ela estiver pronta, vamos para o carro e então ao escritório. Posso sentir em meus ossos. Quanto mais cedo tirá-la desta cidade, melhor.

Seguro a mão de Molly quando saímos do elevador em meu antigo escritório. Não estive aqui desde que Molly me deixou, e agora o lugar parece oco e vazio. Não era o lugar a que dediquei anos da minha vida. Construí um grande império, mas para quê? Estava sozinho.

Não sei como dediquei tantos anos a este lugar, especialmente o último ano, sabendo que tinha minha Molly em casa. Estou além de obcecado, e pensei que meu amor fosse afastá-la. Pensei que minha necessidade imperiosa iria sufocar sua luz, e não queria fazer isso. Mas agora, não há outra opção. Não posso mais segurar. Uma vez que passarmos por hoje, nunca mais vou deixá-la fora da minha vista.

Caminhamos em direção ao escritório e olho Cary atrás da mesa. Surpreende-me que Ryan não se livrou dela, especialmente depois da última vez que falei sobre o assunto. Como se ouvindo meus pensamentos, Cary para de digitar para nos cumprimentar com um sorriso no rosto. Quando vê Molly e eu ali de pé, o sorriso cai, o rosto ficando totalmente branco enquanto olha Molly.

De repente, sinto a mão de Molly apertar a minha, e, em seguida, seu toque fica frio. A olho e vejo que tem um olhar de pânico no rosto. — Molly, você está bem, meu amor? — A puxo para mim, segurando seu queixo de modo que ela olhe em minha direção. — Molly?

Ela balança a cabeça, como se a limpando, então sorri. — Sim. Desculpa. Não sei onde fui por um segundo.

A porta do escritório abre e Ryan sai. Apertamos as mãos e ele leva-nos, fechando a porta atrás de nós. Antes das brincadeiras, pergunto sobre a situação na recepção.

— Pensei que estávamos de acordo sobre ela. — Digo, dando-lhe um olhar severo. A última coisa que preciso é um escândalo enquanto deixar a empresa.

— Eu sei, e sinto muito. Depois que saiu com tanta pressa, não tive tempo. Não houve quaisquer problemas. — Ele olha para Molly e depois de volta para mim. — Não vi nada estranho, mas estou de olho no caso de haver necessidade.

Concordo com a cabeça, entendendo que é sua decisão para tomar.

Ryan vai para o seu telefone e aperta um botão.

— Cary, pode trazer o arquivo para o Sr. Tanner assinar? — Ele desliga, sem esperar resposta, e estou feliz com essa atitude.

— Ok, então. Vamos terminar isso para podermos ir.

Movendo-se para dar um passo adiante, sinto um puxão na mão de Molly. Olho para trás e ela olha o sofá. Os olhos se estreitam, mas não se afastam dele. Antes que possa perguntar o que está errado, Cary entra com uma pasta nas mãos.

Molly olha para Cary, e depois para o sofá, e toda a cor some de seu rosto. Parece que ela viu um fantasma, e seus joelhos falham.

— Molly! — Eu grito, inclinando-se para pegá-la antes que atingisse o chão.

Embalando-a em meus braços, vou até o sofá e sento com ela no colo, olhando-a para me certificar que ela está bem.

Ela começa a tremer, e eu abro a boca para dizer a alguém para chamar uma ambulância quando a mão dela atinge meu rosto com força.

Dizer que o tapa é um choque seria um grande eufemismo. — Que diabos? — Digo a olhando.

— Você. — Ela diz e olha para mim com ódio e raiva. É um olhar que nunca vi em seu rosto doce. Em seguida, ela vira para Cary, que está de pé em silêncio, e aponta para ela. — Com ela.

— Não é o que pensa. — Cary diz, dando um passo para nós. — Não venha perto de mim. — Molly rosna e tenta sair do meu colo. — Deixe-me ir, Phillip. Deixe-me ir ou eu juro por Deus, vou gritar.

— Grite o quanto quiser. Não vou deixar você ir. Agora me diga o que está errado. — A seguro com mais força, mostrando-lhe quão verdadeiras minhas palavras são. — Tenha cuidado, Molly. Pense no bebê. — Imploro, não querendo abraçá-la com muita força.

Minha preocupação a faz parar de se mover instantaneamente, a luta sumindo. Ela está respirando forte e atira punhais para mim.

Não me lembro de uma vez que ela me olhou assim. Está quebrando meu coração.

— Molly. Fale comigo. O que está acontecendo? Ela solta um riso triste.

— Te vi naquela noite. Lembro de tudo.

Meu estômago aperta com suas palavras. Sua memória voltando não é algo que eu quero ainda. Preciso de mais tempo, mas ouvi-la dizer que ela me viu... estou confuso.

— Me viu... O quê? — Estreito os olhos sobre ela. Se ela lembra, pode esclarecer o que está me deixando louco. O porquê. — Por que me deixou?

Lágrimas enchem seus olhos enquanto ela cospe as palavras. — Estava neste escritório e vi tudo.

Capítulo Doze