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Figura 6 Fluxograma da COAPIL Fonte: Dados da pesquisa

CAPACIDADE INSTALADA POR PRODUTO

Leite em pó 1.250.000 Queijo 3.000.000 Pasteurização 320.000 Resfriamento/Granelização 4.220.000 Longa Vida 1.580.000 Outros 530.000 Fonte: Sindileite (2002)

Segundo o Sindileite, em 1999, Goiás possuía 833 unidades de beneficiamento que atuavam no setor de preparação de leite: 93 indústrias de pasteurização, 126 unidades de resfriamento; 6 fábricas de leite longa vida; 6 fábricas de leite em pó; 81 miniusinas; 164 pequenas fábricas.(Mercoeste, 2001).

Conforme dados mais recentes levantados junto ao Sindileite, pode-se verificar que houve relativas diferenças, destaca-se a redução de unidades de resfriamento de 126 unidade para 80, o que é justificada pela implementação de coleta a granel (Quadro 3). Várias unidades estão sendo fechadas, e hoje praticamente são cerca de 610 unidades operam legalmente, sendo 250 fiscalizadas pela SIF e 350 fiscalizadas pela SIE e 170 estão clandestinas.

Quadro 3 - Unidades Industriais - Leite em Goiás - 2001

BENEFICIAMENTO 2001 (un)

Indústria de Pasteurização 93

Queijaria 350

Resfriamento 80

Fábricas de Leite Longa Vida 7

Fábricas de Leite em pó 7

Miniusinas 81

Outros 162

Total 780

Fonte: Sindileite

5.2.3.2 Tipos de Indústrias de Laticínios

Como foi visto neste trabalho, a indústria é definida como o setor que adquire a matéria-prima leite, processa e produz diversos derivados lácteos. Em Goiás, de acordo com a classificação utilizada, temos:

a) Empresas Multinacionais - Nos últimos anos, principalmente após a

desregulamentação do mercado de leite, essas empresas desenvolveram um processo contínuo de aquisição de pequenos laticínios e postos de resfriamento, destacando-se a Nestlé, a Parmalat e a Itambé. É tido como uma das principais causas do crescimento da atividade leiteira em Goiás.

b) Grupos Nacionais - Em Goiás, há uma grande quantidade de miniusinas.

Existem no país 1019 miniusinas, das quais 341 localizadas em Goiás. Elas se destacam tanto na produção do queijo mussarela, do leite pasteurizado e de iogurtes, voltada para o mercado regional e por vez, o pequeno varejo das grandes cidades.

A Agência Goiana de Desenvolvimento Rural e Fundiário tem hoje 368 laticínios cadastrados e estima que pelo menos outros 200 atuem de forma ilegal.

c) Cooperativas Goianas - O nascimento do cooperativismo goiano, na

década de 40, tem suas origens ligadas ao processo de ocupação da fronteira agrícola. Sob forte dependência do governo federal e estadual e no estabelecimento de diretrizes de desenvolvimento, que objetivavam ter nos estados periféricos uma fonte de produtos primários que alimentassem a indústria no sul e sudeste.

A Constituição de Goiás, de 1946, em seu artigo 36, estabelecia imunidade tributária para todas as cooperativas. Havia nesta época, o Serviço de Economia Rural, integrante da Secretaria da Agricultura, que se ocupava da promoção, incentivo, estímulo e assistência ao cooperativismo. Esse órgão desenvolveu alguns trabalhos que resultaram nas primeiras cooperativas goianas. Esta experiência, pelas características de atrelamento ao Estado, de uma política efetiva de apoio ao homem do campo, não obteve resultados positivos em longo prazo.

As três primeiras cooperativas goianas foram constituídas por imigrantes italianos e poloneses. No município de Rio Verde foi instalada a Cooperativa Italiana de Técnicos Agricultores, em março de 1949, com o objetivo de assentar 3000 famílias em uma área de 150.000 ha. Duas outras cooperativas foram fundadas nesse mesmo período e tinham em seus quadros imigrantes poloneses, que em maio de 1949, fundaram na cidade de Itaberaí a Cooperativa Agropecuária de Itaberaí. Em 1949 foi fundada outra cooperativa de poloneses na fazenda Córrego Rico entre as cidades de Inhumas e Itaberaí, com o nome de Cooperativa Rural de Córrego Rico, que durou até 1957.

a) Cooperativas singulares - Em Goiás, a grande maioria das cooperativas

surgiu e cresceu no período em que o mercado era regulamentado pelo Estado, e elas atuaram com a estratégia de captação regional de leite.

Algumas delas preocuparam em aumentar o poder de barganha dos produtores diante das grandes empresas compradoras de leite e dos fornecedores de insumos, outras, além desta atuação também se integraram verticalmente, procurando atingir o consumidor final voltados para o mercado regional.

b) Cooperativas centrais - Em Goiás, se destacam a Cooperativa Central

dos Produtores Rurais de Minas Gerais (Itambé) e a Cooperativa Central de Laticínios do Estado de São Paulo (Paulista). Sendo que o processo de captação de leite delas é distinto, ficando a Paulista, captando através de cooperativas de produtores e a Itambé captando diretamente do produtor rural.

Segundo dados do Sindileite (Quadro 4), o sistema de cooperativas de laticínios em Goiás, está assim constituído:

Quadro 4 - Sistema de Laticínios em Goiás

Cooperativa Cidade Cooperativa Cidade

COMPLEM Morrinhos COAPRO Orizona

COACAL Catalão COAPIL Piracanjuba COMPSGOL Goiatuba COPERBEL Bela Vista GO

COPERFAZ Fazenda Nova CAGEL Goianésia

COOPERITA Itapuranga COMIVA Mineiros COPAL Palmeiras COMIGO Rio Verde COPERAGRO Rubiataba COMAI Itapirapuã

COPERSIL Silvânia AGROVALE Quirinópolis Fonte: Cooperativas

Elaboração: Sindileite

As cooperativas do Sistema - Integrado com a Cooperativa Central dos Produtores Rurais de São Paulo - Paulista (Tabela 41)

Tabela 41 - Cooperativas do Sistema Integrado com a Cooperativa Central de Produtores Rurais de São Paulo - Paulista

Cooperativa Cidade Capacidade

Industrial Instalada Recepção Diária de Leite Fabricação Diária (Atual) Venda de Leite in natura (Atual) COMPLEM Morrinhos 130.000 293.000 68.000 225.000 COACAL Catalão 50.000 61.000 11.000 50.000 TOTAL 180.000 354.000 79.000 275.000 Fonte: Cooperativas Elaboração: Sindileite

A Cooperativa Central dos Produtores Rurais de Minas Gerais – ITAMBÉ, e a Cooperativa Central dos Produtores Rurais de São Paulo – PAULISTA, operam em Goiás como indústrias por isto arrecadam como indústrias e não têm o tratamento diferenciado para as cooperativas.

As cooperativas: COPERBEL (Bela Vista), COMPSGOL (Goiatuba), COPERFAZ (Fazenda Nova), e COOPERITA (Itapuranga) não fazem parte da CENTROLEITE operam individualizadas no mercado “SPOT”.

Quadro 5 - Cooperativas no Mercado Spot

Cooperativa Cidade Capacidade Ind. Instalada Recepção diária de Leite Fabricação Diária Venda de Leite In Natura COPERBEL Bela Vista GO ZERO 50.000 ZERO 50.000 COMPSGOL Goiatuba ZERO 30.000 ZERO 30.000 COPERFAZ Fazenda Nova ZERO 15.000 ZERO 15.000 COPERITA Itapuranga ZERO 15.000 ZERO 15.000

TOTAL ZERO 110.000 ZERO 110.000

Fonte: Cooperativas Elaboração: Sindileite

A cooperativa do Sistema Centroleite está constituída (Tabela 42): Tabela 42 - Cooperativa do Sistema CENTROLEITE

Cooperativa Cidade Capacidade Ind. Instalada Recepção Diária de Leite Fabricação Diária (Atual) Venda de leite In Natura (atual)

COPAL Palmeiras Zero 44.000 Zero 40.000 CAGEL Goianésia 46.500 27.000 23.000 1.000 AGROVALE Quirinópolis 160.000 100.000 38.000 36.000 COMAI Itapirapuã Zero 15.000 Zero 15.000 COPEAGRO Rubiataba Zero 8.000 Zero 9.000

COPERSIL Silvânia Zero 39.000 Zero 35.000 COAPRO Orizona Zero 38.000 Zero 40.000

COAPIL Piracanjuba Zero 93.000 Zero 100.000 COMIVA Mineiros 90.000 58.000 43.000 37.000 COMIGO Rio Verde 130.00 58.000 27.000 48.000 TOTAL 425.500 480.000 131.000 361.000 Fonte: Cooperativas

Elaboração: Sindileite

A Centroleite, localizada em Piracanjuba, é a maior cooperativa goiana. Possui 11 cooperativas filiadas e atua em todas as principais microrregiões do Estado, envolvendo 4 mil produtores e captando cerca de 170 milhões de litros por ano. É a décima maior empresa de captação de leite do País.(Mercoeste, 2001).

Na Tabela 43, se observa os valores arrecadados com ICMS são expressivos, em Goiás, no período de 1998 a 2000.

Tabela 43 - Arrecadação do ICMS – Goiás - 1998-2000

ANO DAS COOPERATIVAS DE FABRICAÇÃO