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humanos e chimpanzés (como se diz numa iz numa iz numa iz numa citação amplamente citada, os humanos

3.5. O capitalismo ao serviço do Homem

Figura 16. Capitalismo de subsistência

Algumas possibilidades e sugestões sustentáveis e contra-hegemónicas são-nos transmitidas, entre outros, pelos exemplos de:

Amartya Sen (Nobel da economia 1998) - Sua maior contribuição é mostrar que o desenvolvimento de um país está essencialmente ligado às oportunidades que ele oferece à população de fazer escolhas e exercer sua cidadania. E isso inclui não apenas a garantia dos direitos sociais básicos, como saúde e educação, como também segurança, liberdade, habitação e cultura.

Vivemos um mundo de opulência sem precedentes, mas também de privação e opressão extraordinárias. O desenvolvimento consiste na eliminação de privações de liberdade que limitam as escolhas e as oportunidades das pessoas de exercer ponderadamente sua condição de cidadão (Amartya Sen, s.d.)85.

85 http://pt.wikipedia.org/wiki/Amartya_Sen REGULAÇÃO REGULAÇÃO REGULAÇÃO REGULAÇÃO Princípio do Estado (Hobbes) Princípio do Mercado (Locke) Princípio da Comunidade (Rosseau) EMANCIPAÇÃO EMANCIPAÇÃOEMANCIPAÇÃO EMANCIPAÇÃO Discurso do método – Descartes (razão) Racionalidade estética-expressiva Racionalidade cognitivo- experimental Racionalidade moral-prática Pilares da Modernidade C a p it a l is m o C a p it a l is m o C a p it a l is m o C a p it a l is m o D e D e D e D e S u b s is t ê n c ia S u b s is t ê n c ia S u b s is t ê n c ia S u b s is t ê n c ia

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Sua conclusão é que a escassez de comida não constitui a principal causa da fome, como acreditam os acadêmicos, e sim a falta de organização governamental para produzir e distribuir os alimentos. (Algo Sobre Vestibular, s.d.: para. 2)

Muhammad Yunos (Nobel da paz 2006) – Em 2006 foi laureado com o Nobel da Paz. É autor do livro Banker to the poor. Pretende acabar com a pobreza através do banco que fundou, do qual é presidente e o governo de Bangladesh é o principal acionista, o Grameen Bank, que oferece ativamente microcrédito para milhões de famílias. Yunus afirma que é impossível ter paz com pobreza. (…) Em 1976, constatou as dificuldades de pessoas carentes em obter empréstimos na aldeia de Jobra, em um Bangladesh empobrecido e recém separado do Paquistão. Por não poderem dar garantias, os bancos recusavam-lhes as pequenas quantias que permitiriam comprar materiais para trabalhar e vender, e os usurários taxavam os empréstimos com juros altos. Yunus acredita que todo ser humano possui instintos de sobrevivência e autopreservação (…) Sendo assim, a forma mais efetiva de ajudar estas pessoas é incentivar o que elas já tem, seu instinto. Quando confere recursos para estas pessoas, por pouco que seja, consegue melhorar sua condição de vida utilizando- se do seu já senso de sobrevivência.

Muhammad Yunus criou então o Banco Grameen, que empresta sem garantias nem papéis, sendo, sobretudo, procurado por mulheres: elas são 97% dos 6,6 milhões de beneficiários. A taxa de recuperação é de 98,85%86. (Muhammad Yunos, s.d.)

Fundação ZERI - A Fundação Zeri é uma rede global de mentes criativas que procuram soluções para os desafios mundiais. Zeri é a sigla em inglês para Zero Emissions Research & Initiatives - Pesquisa e Iniciativas nos temas das Emissões Zero.

Esta organização global com implantação em múltiplas zonas do planeta desenvolve a sua atividade em áreas diversas, promovendo a teoria e prática de uma economia sustentável. Procuram sobretudo inspirar-se no funcionamento e design da natureza, como plataforma de sustentação dos seus projetos. Estes, incluem desde iniciativas na área da educação; a promoção de empregos em territórios desfavorecidos; a produção de produtos, através da transformação e rentabilização ecológica de resíduos e desperdícios, Toda a sua atividade procura através da investigação científica, soluções e argumentos alternativos de resposta aos problemas e externalidades ecológicas da sociedade atual.

The search for sustainability must be based on the acceptance of the interconnectedness of local and global issues. Unless we see the connections from the microscopic cellular scale

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to the supra global, each affecting the other in subtle yet profound ways, it is impossible to search for appropriate solutions. (ZERI, s.d.: para. 3)

…Outras instituições e personalidades…

3.5.1. “Contornos de uma ordem pós-moderna”87

Figura 17. Contornos de uma ordem “pós-moderna” (Giddens, 1996: 116)

Até agora os filósofos têm apenas interpretado o mundo de vários modos. A questão porém é transformá-lo. (Palavras proferidas por Karl Marx e inscritas na sua lápide tumular.)

Não existe hoje segundo cremos, a não ser porventura ao nível de alguma nova religião que procure o seu “nicho de mercado”, algo que ainda era credível no declinar do século XX: a ideologia completa, acabada de uma vez por todas e pronta a usar, apta para todas as respostas necessárias. Existe, ao contrário, algo um tanto subtil e difuso que o mercado global segrega ao mesmo tempo que nos integra ou exclui do seu âmbito: algo a que temos chamado ideologia da globalização mercantil.

A alternativa dessa ideologia, se não brotar de algum fundamentalismo religioso ou cultural, só pode resultar de uma cidadania plenamente assumida aos seus diversos níveis e tendo como espírito orientador algo de parecido com a caricatura a que chamámos – faute de mieux – Globutópico88. (Murteira, 2003: 164)

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O termo pós-moderna é aqui considerado na aceção de modernidade reflexiva/modernidade tardia, uma fase em que não ocorre desligada dos princípios e instituições da modernidade, mas que as pondera e coordena segundo pressupostos atuais. Mais do que pretender incutir uma ideia de oposição revolucionária, pretende aludir a um sentido de recuperação/reordenação e evolução.

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“O termo “ideologia” não deve ser conotado negativamente. A ideologia pode desempenhar dois papéis positivos e inestimáveis na existência social do homem: por um lado, fornece-lhe como que um mapa (ainda que parcial) da realidade, isto é, situa o indivíduo perante si mesmo, a sociedade e o mundo em que vive; por

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3.5.2. “Dimensões de um sistema pós-escassez”: Capitalismo de subsistência

A pobreza global também representa um desperdício maciço de potencial humano e uma barreira à prosperidade partilhada. Num mundo fortemente ligado pelos fluxos de comércio e investimento, a pobreza num país diminui o potencial de prosperidade em qualquer outro lugar. Todavia, a comunidade internacional tem falta de um mecanismo credível de segurança social global – uma lacuna que a ajuda ao desenvolvimento poderá preencher. A ajuda internacional é o ponto em que se cruzam valores morais e interesse próprio iluminado. (PNUD, 2005: 78)

Figura 18. Dimensões de um sistema pós-escassez (Giddens, 1996: 117)

O objetivo central deste tipo de hierarquização política global, visaria no essencial substituir ou submeter, os níveis de produção capitalista e efeitos negativos associados, a uma análise global, compatibilizando a emergência de soluções de capitalismo de subsistência a nível local, reabilitando progressivamente o princípio da comunidade do pilar da emancipação do projeto da modernidade.

Se não é um mundo de autómatos nem de indivíduos metodologicamente arrumados, este mundo há-de ser, então, um lugar construído pela experiência, porventura pela razão. Não é um mundo revelado, é um mundo observável. Onde se esgotaram as leis e os direitos naturais que só poderiam derivar de uma ordem pré-fixada e imutável, hão-de surgir formas de enquadramento colectivo, processos cumulativos de causalidade aberta e pragmática. outro lado, e neste sentido aproxima-se da utopia, faculta um modelo, mesmo que tosco, do desejável, daquilo que não está conseguido, nem garantido, mas que justifica um compromisso para a ação. É nesta perspetiva que surge a necessidade de se encontrar uma nova expressão ideológica para a ‘globalização’, expressão essa que não poderá ser nem uma mera justificação apologética nem tão-pouco de condenação e rejeição do fenómeno. Quando assim reconhecemos a necessidade de globalização da utopia pretendemos sublinhar essa urgência: o tempo em que vivemos carece de um forte ingrediente utópico, também mobilizador e credível (…)” (Murteira, 2003: 156-157).

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Hão-de surgir enfim, todos os artefactos que resultam da interacção humana. (Reis, J., 2002: 124)

A assunção da erosão do capitalismo devido ao sucesso do seu modelo económico

eficiência-lucro gera externalidades a nível local e global que requerem uma ação

concertada entre dois níveis de regulação interdependentes (o nível global – ONU) e o nível local (a autarquia – o indivíduo). A economia é uma ciência social e o seu curso, ainda que por vezes assumido como indómito, carece de regulação que permita encontrar um conceito de eficiência não meramente na perspetiva mecânica da engenharia económica, mas num equilíbrio socioeconómico, onde o espaço aberto da economia, necessário à dinâmica social, é balizado por indicadores de cariz ético-moral, democrático e humanista/Cultural. Uma matriz socialista/equitativa deve orientar e definir o campo de ação em que as tensões do liberalismo económico poderão no futuro atuar.

O tempo presente, aconselha o estabelecimento de alguns ajustamentos e medidas, por forma a permitir a “subsistência” de uma sociedade universal democrática, enquanto

background orientador a uma dinâmica de cooperação e conflito89, por forma a que o monopólio da escassez e o lucro que daí advém não seja um processo insularmente conduzido, mas coletivamente experimentado.

Recuperamos então algumas das linhas que consideramos pertinentes nesta abordagem:

1) Democratizar o acesso ao emprego através da mobilização dos efetivos populacionais para uma nova abordagem de organização do tempo pessoal.

A nível laboral, seria oportuno estabelecer-se uma norma universal de diminuição do horário de trabalho, a ser aplicada como apoio comunitário orientado para esfera pública local.

Imagine-se a situação de um funcionário do setor da metalurgia do setor privado, um professor funcionário público, um gestor privado, um médico, político… que trabalham uma média de 37 horas semanais. Numa solução de capitalismo de subsistência estes funcionários passariam, a trabalhar apenas uma parte destas horas semanais, nos seus empregos, sendo que as restantes horas passariam a ser dedicadas à participação em atividades comunitárias locais. Nestas atividades, criadas e geridas ao nível autárquico poderiam por exemplo constar: limpeza e recuperação de rios e cursos de água e florestas;

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“(...) os indivíduos, para além de serem agentes ativos, estão também sujeitos a irracionalidades, resultam exatamente desta perceção de que a vida, ao ser dinâmica é contingente” (Reis, J., 2002a: 125).

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apoio à infância e terceira idade; construção e recuperação de infraestruturas sociais/culturais ou património, replantação de áreas ardidas, etc… O acompanhamento da situação dos filhos, em contexto de relacionamento e aproximação família-escola poderia enquadrar-se nesta modalidade.

Por esta via abria-se caminho a um maior investimento e concertação em torno do princípio de reativação da correlação e coparceria do princípio da comunidade-estado sobre o princípio do mercado. Esta ação poderia também assumir um papel preponderante como agente de diversificação e criação de novos espaços de experimentação de competências90, podendo estas iniciativas adquirir expressão ao nível do seu curriculum

vitae. O individuo passaria a ser reconhecido não apenas pelas suas competências formais

académicas, mas também pelas competências que foi adquirindo em contexto comunitário nos vários projetos que integrou e nas várias funções que foi desempenhando.

A virtude desta alteração em termos laborais, não é apenas o facto também importante de reativação do princípio da comunidade no pilar da emancipação (Santos, 1994), mas também, o efeito positivo que gera em termos da democratização no acesso ao emprego. Se atendermos que cada funcionário disporá de parte do seu tradicional horário laboral para realização de atividades cívicas, as empresas e instituições terão que contratar novos funcionários para manter os mesmos índices de produtividade. Assim, embora o preço dos salários possa eventualmente ser alvo de reajustes, em termos gerais democratiza-se o acesso ao emprego a efetivos populacionais que num modelo tradicional engrossam as fileiras dos desempregados, e consequentemente um progressivo problema91 a gerir pelos estados.

Ao criarmos dois tempos distintos num dia, também se promove a participação dos cidadãos na gestão de proximidade e manutenção da esfera pública, permitindo uma

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“Ao desenvolver esta reserva de potencialidades, competências e experiência em cada indivíduo, a aprendizagem por via da educação não-formal vai também de encontro àquelas que são hoje em dia as necessidades específicas, as exigências e as expectativas do mercado de trabalho e em particular dos empregadores. De facto, tendo em conta os desenvolvimentos recentes no mundo do trabalho em contexto de globalização, os empregadores procuram cada vez mais trabalhadores que tenham participado em atividades extracurriculares, que tenham viajado e vivido no estrangeiro, que falem várias línguas e que sejam capazes de trabalhar em contextos cada vez mais multiculturais, que sejam capazes de ouvir criticamente e interpretar, de liderar e coordenar, com um alto índice de mobilidade e adaptabilidade, etc” (Pinto, 2005: 5).

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Embora não se possa assumir uma correlação precisa e direta, existem problemas que emergem quando os níveis de desemprego aumenta. Em primeiro lugar, a necessidade de o estado ter que dispor de uma maior fatia de fundos para apoiar cidadãos desempregados gera um desequilíbrio na balança comercial uma vez que estes fundos não têm um retorno em termos de produtividade. Depois surgem uma série de problemas agregados que condicionam a vida social a nível interno. O aumento da tensão social e da criminalidade são alguns dos que mais se evidenciam. Tudo isto acaba inevitavelmente também por ter reflexos a um nível externo, na forma como esse território é percebido.

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conceção e consciencialização individual e coletiva de que a providência social está intrinsecamente ligada à capacidade de mobilização e participação social.

Embora consideremos a democracia representativa e a estruturação da sociedade em instituições e serviços públicos elementares, como um ingrediente básico, consideramos igualmente que estes por si só, na conjuntura atual, não geram resposta necessária ao equilíbrio e equidade social. Daí falar-se de assimetria e estratificação global do sujeito ator, num contexto de mercado livre, numa ótica hierarquizada segundo o ranking da balança económica. É necessário um modelo social de providência que tenha por base o envolvimento de toda a sociedade, tendo em cada indivíduo um sujeito autor, mobilizado a participar de forma próxima na resolução dos problemas comunitários.

Por outro lado, remeter-nos-ia gradualmente a todos, a um mesmo e estatuto -

cidadão. Desprovidos de títulos académicos, políticos ou outra qualquer natureza, todos os

cidadãos teriam que dedicar um determinado número de horas de serviço público, junto de outros cidadãos, constituindo-se este espaço, num mecanismo de encontro, partilha, responsabilização e nivelamento dos direitos e deveres elementares de todo e qualquer cidadão. Este “ponto de encontro” favoreceria uma reprodução social e geracional mais integrada, informada e responsável.

Por certo, a alegada inevitabilidade dos experts em democracia representativa, dada a complexidade advinda da diversidade de camadas em que se processam atualmente as relações institucionais sociais, políticas e financeiras, seriam progressivamente complementadas por este expediente de participação e gestão da realidade.

Este modelo visaria sobretudo uma partilha dos benefícios e despesas sociais. A par de um sistema laboral de referência, coexistiria um sistema de serviço público/cívico que visa responder às necessidades de sustentabilidade da esfera pública, permitindo com isso alargar também a possibilidade de emprego no sistema laboral, a um maior número de pessoas. Por outro lado, no médio longo prazo, esta medida significaria também uma diminuição da despesa pública com serviços que até então eram pagos pelo erário público, mas que agora são supridos neste contexto de “serviço cívico”. A título de exemplo destacamos em seguida dois exemplos que, nesta ótica, teriam obviamente um novo enquadramento.

As pessoas que integram (em Portugal) as mesas eleitorais.

Para além de dispensa ao emprego no dia seguinte, estes cidadãos recebem uma compensação monetária. Se a dispensa ao emprego ainda se considera viável, atendendo a que normalmente os atos eleitorais se realizam ao domingo, já o pagamento nos parece

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desajustado numa democracia participativa madura e prospetiva. Na mesma linha se enquadram o desempenho de funções governamentais. O exercício de um cargo político, ainda que remunerado, deveria acima de tudo ser considerado na ótica do prestígio que confere a um cidadão, na medida em que foi requerido o seu contributo, tido como idóneo para a área em que foi recrutado. Neste sentido, qualquer subvenção financeira (suplementar, de reforma por exemplo) que advenha deste exercício inverte o sentido elementar da democracia equitativa, no que transforma o exercício de cargos políticos num trampolim de ascensão a bens e serviços diferenciados. Este expediente favorece a difusão da ideia da viabilidade do político de carreira em detrimento da ideia de viabilidade de carreiras de políticos. Numa democracia madura em que as relações institucionais são mais lineares e homogéneas e os cidadãos integrem de forma participada/experimental os princípios básicos da ação, confinam-se os redutos e tráficos de influência que nas várias camadas se desenvolvem.

Em suma, uma democracia simplificada permite um maior acesso e rotatividade no exercício e leitura da ação governativa e comunitária.

2) Como temos vindo a defender, este tipo de iniciativa, se analisado num contexto transnacional, pressupõe uma aplicação concertada por vários atores sob uma linha estrutural e metodológica comum. Mas como mobilizar países (ricos e pobres) a vincularem-se a um modelo económico comum, que de alguma forma pressupõe o ajuste equitativo de posições, com perda de posição dominante e monopólio de países e empresas que constituem o centro do atual sistema económico?!

Acreditamos que a definição de uma carta de princípios (ao jeito de uma constituição socialista global monitorizada por uma ONU renovada) definindo como base das relações internas e externas a assunção de um Índice de Progresso Genuíno/Índice de Desenvolvimento Humano a nível global, e onde são salvaguardados índices de referência sobre os quais o mercado terá que desenvolver-se, poderá constituir o ponto de partida a todo o processo. Posteriormente, a constituição de um grupo de países aderentes a este modelo (que visa um balizamento da ação do mercado por critérios de nivelamento social e comunitário) poderia cumulativa e progressivamente privilegiar as relações comerciais entre os estados aderentes e signatários de uma solução sustentável partilhada, procurando reduzir/limitar o campo geográfico de ação das políticas neoliberais não aderentes. Este movimento, a efetivar-se, cresceria na proporção inversa do monopólio atualmente detido pelas empresas e estados centrais, que com um campo de ação progressivamente menor teriam que proceder a ajustes políticos na forma como se relacionam com a restante

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comunidade internacional, bem como aos preços de comercialização no sentido de não se insularizarem e se aproximarem dos índices de referência definidos por uma nova ordem económica emergente. Um género de mercantilismo global entre os signatários, tentando instaurar um desequilíbrio de forças no sistema neoliberal vigente, que veria surgir a seu lado um novo paradigma de sociedade global.

Acreditamos que pelo facto, de existirem no Conselho de Segurança da ONU países centrais, com privilégios especiais (direito de veto, assento permanente), seria um tanto inviável propor-lhes uma estrutura organizativa que lhes retiraria não apenas esses privilégios, mas o monopólio hierárquico do sistema político e financeiro. No entanto, e ainda que lamentável na ótica da razão, existe (pelo acima exposto) sempre a possibilidade de proceder-se a uma reorganização através do surgimento de uma nova instituição...

3.6. Que orientação para a educação num paradigma de sustentabilidade