• Nenhum resultado encontrado

4  ANÁLISE DA COMPOSIÇÃO DOS RCCV 83 

4.1  CARACTERIZAÇÃO DA COMPOSIÇÃO DOS RCCV POR ORIGEM 83 

Diante disso, é possível realizar uma caracterização genérica dos RCC de acordo com o tipo de atividade e objeto da obra que o originou.

No Quadro 23 são apresentadas composições típicas de RCC de acordo com o tipo de atividade e elemento da obra que os gerou, incluindo os principais componentes dos resíduos em cada caso.

Quadro 23 - Classificação de RCC de acordo com o tipo de atividade.

ATIVIDADE ORIGEM COMPONENTES PRINCIPAIS OBSERVAÇÕES

Demolição

Moradias Antigas: alvenaria, tijolo, madeira, gesso, telhas, reboco. Recentes: tijolo,

concreto, ferro, aço, metais e plásticos. Os materiais dependem da idade do edifício e da utilidade do mesmo no caso dos de serviços.

Outros edifícios

Industriais: concreto, aço, tijolo, alvenaria. Serviços: concreto, tijolo, alvenaria, ferro, madeira.

Obras

públicas Alvenaria, ferro, aço, concreto armado. Os materiais dependem da idade e do tipo de infraestrutura

Construção

Escavação Edificação

Solos e pedras. Concreto, ferro, aço, tijolos, blocos, telhas, materiais

cerâmicos. É possível reutilizar em grande parte nas próprias obras ou em outras que demandem o material. Originados geralmente por recortes, materiais eliminados por sua aplicação inadequada ou defeitos adquiridos durante a manipulação.

Obras

Públicas Plásticos, materiais não férreos. Manutenção

e reformas

Solo, pedra, concreto, produtos betuminosos.

Moradias: cal, gesso, madeira, telhas, materiais cerâmicos, pavimentos, tijolo. Outro: concreto, aço, alvenaria, tijolo, gesso, cal, madeira.

Fonte: Diagnóstico básico de resíduos de la construção do Estado de México. Gobierno do Estado de México. Secretaría do Medio Ambiente Dirección General de Prevención y Control de la Contaminación de Agua, Suelo y Residuos. 2007.

Outras caracterizações mais especificas, de acordo com a origem do resíduo, podem ser feitas, conforme apresentado nos itens a seguir:

 resíduos gerados em escavações: solos, pedras, etc.

 resíduos gerados em demolição de edifícios: cerâmicas, concreto, argamassa, amianto, etc.

 resíduos gerados em construção e renovação de edifícios: cerâmicas, concreto, argamassa, amianto, etc., pode haver a presença de outros resíduos tais como: plástico, papel, vidro, madeira, etc.

 resíduos gerados em descontaminação de solos: solos contaminados e não contaminados, pedras, etc., podem ser encontrados resíduos perigosos e não perigosos, bem como os inertes.

 resíduos gerados em descontaminação de aterros clandestinos: solos, cerâmicas, concreto, argamassa, etc., também podem ser encontrados outros resíduos, tais como: plástico, papel, vidro, madeira, resíduos perigosos e não perigosos e inertes.

Os itens a seguir apresentarão com detalhe as informações citadas acima para cada origem de geração de resíduo.

4.1.1 Agregados procedentes de obras viária - camadas de aglomerado asfáltico

Este tipo de agregado reciclado apresenta, tal como o resíduo procedente do concreto, um núcleo formado pelo agregado natural de origem, recoberto por uma matriz de asfalto que é porosa e bastante resistente ao desgaste e à abrasão. Estas características permitem a obtenção de agregados com uma porcentagem bastante reduzida de desclassificados inferiores e valores de coeficiente de Los Angeles elevados, já que não geram finos por roçamento do agregado nas mesas de seleção ou no transporte por esteiras, o que é mais comum acontecer ao agregado reciclado derivado de concreto.

Entretanto, para poder processar o RCC composto de aglomerado asfáltico é necessária à utilização de um equipamento principal de trituração denominado moinho de impacto. Sugere-se que a etapa de trituração seja executada sob condições de temperatura mais amenas evitando assim, entupimentos na máquina e que o material asfáltico se amoleça. Os agregados de asfalto apresentam propriedades bastante semelhantes aos de concreto, porém com uma capacidade de absorção de água menor e uma densidade máxima de compactação maior. As aplicações dos agregados de asfalto são limitadas às bases e sub- bases de vias, mas, apesar disso, o resultado da execução na obra é excelente

4.1.2 Escavações (terra, pedras, etc.)

Nos processos de escavação nos quais não se realizam, ao mesmo tempo, tarefas de demolição, geralmente há a geração de terra ou solos e pedras. Como já mencionado anteriormente, a Resolução CONAMA Nº 307 define que os solos são também considerados como RCC Classe A e, desde que limpos e sem resquícios de resíduos contaminantes, podem ser utilizados para nivelamento de terrenos, preenchimento e,

ainda, como camada de cobrimento dos resíduos em aterros sanitários, dentre outras aplicações.

No caso dos solos sujos, contendo materiais orgânicos, pedras, etc., o tratamento adequado é a reciclagem em áreas de recuperação próprias. Nestes casos, o processo de reciclagem é relativamente simples e, em termos gerais, o material passa por uma etapa de peneiramento, para remoção de galhos, gravetos e outros materiais grosseiros como entulhos e, após esta etapa, o material já pode ser reutilizado para outras atividades tais como aquelas supracitadas.

4.1.3 Demolição de edifícios (concreto, cerâmicas, argamassa, amianto, etc.)

Os agregados reciclados procedentes de concreto são os mais estudados e os que apresentam um maior número de aplicações. A origem do concreto pode variar entre fundações e estruturas de edifícios, bases de pavimentos rígidos, pré-fabricados, etc. É praticamente impossível determinar a resistência de trabalho do concreto de origem e classificar a planta por zonas de armazenamentos diferenciados. Ainda assim, esta resistência oferece uma ideia aproximada das características finais dos agregados. Quanto maior a resistência do material de origem, menor a porcentagem de materiais finos obtidos (desclassificados de menor tamanho) e maior a resistência à fragmentação e trituração. Caso o processo de produção seja o adequado, os finos dos agregados de granulometrias contínuas estarão compostos apenas de concreto. Isto resulta em altos percentuais de areia e agregados não plásticos.

A granulometria final dos agregados reciclados é geralmente determinada pela máquina de trituração utilizada no processo. Ainda que algumas pesquisas demonstrem que o concreto tende a quebrar-se em pequenos tamanhos gerando apenas grandes pedras sem forma definida, a experiência mostra que os moinhos de impacto, por exemplo, proporcionam uma forma cúbica ao agregado.

Todos os agregados reciclados possuem um índice de lameralidade entre 5% e 9%. Esta propriedade é importante para todas as aplicações, seja como cascalho para obras de drenagem ou para fabricação de novas peças de concreto. Os pontos mais desfavoráveis do material reciclado são a absorção de água e a resistência à fragmentação o que se deve, principalmente, à fração de argamassa aderida ao agregado natural constituinte do concreto inicial. Esta mesma característica favorece a compactação dos agregados que compensa a resistência à fragmentação sendo possível alcançar 100% do valor obtido no ensaio do Próctor de referência.

Quando se faz referência aos agregados para bases e sub-bases, o grau de mistura com outros materiais (cerâmica ou asfalto), até uma determinada porcentagem, têm efeitos mais visuais do que estruturais. Para a produção de agregados para concretos e argamassas é fundamental a ausência total de impurezas.

Dentre os materiais obtidos por meio da reciclagem do concreto se destacam os cascalhos e as britas, cujas aplicações são as bases e sub-bases de estradas e o agregado para o

concreto tendo em vista, sempre, as recomendações técnicas definidas nas normas brasileiras de referencia.

Além dos agregados derivados do concreto, geralmente reutilizados para usos em novas construções, existem os agregados derivados de cerâmica limpa e os agregados derivados de misturas.

O coprocessamento dos resíduos cerâmicos em cimenteiras em substituição ao clínquer - principal matéria-prima para a fabricação do cimento – é uma alternativa viável quando comparada às demais quais sejam a reciclagem ou aterramento em Aterros Classe A. A utilização destes resíduos como matéria-prima alternativa possui benefícios, como por exemplo a redução da exploração de minas de extração mineral e a recuperação da degradação no meio ambiente causada pela produção do cimento.

Os agregados derivados de cerâmica limpa, devido à sua higroscopicidade, retém a umidade e, portanto, apresentam um número variado de aplicações nas atividades de jardinagem bem como para as coberturas ecológicas.

Contudo, os materiais inertes de fração de até 40 mm apresentam condições de compactação ótimas e encontram numerosas aplicações como agregados para terraplenagem em restauração de espaços degradados e em estradas.

Os agregados reciclados derivados de misturas RCC apresentam condições de compactação adequadas e podem ser empregados como materiais para terraplenagem e material para sub-bases para asfalto, sendo utilizado cascalho reciclado como camada superficial.

No que se refere ao amianto, a Resolução CONAMA nº 348, de 16 de agosto de 2004, altera a Resolução CONAMA nº 307, de 5 de julho de 2002, incluindo o amianto na classe de resíduos perigosos.

O amianto é classificado como um RCC de Classe “D”, ou seja, são considerados resíduos perigosos oriundos do processo de construção e, portanto devem ser armazenados em áreas cobertas, transportados, reutilizados e destinados conforme as normas brasileiras específicas. Ressalta-se que a sua utilização não está proibida, mas o material contendo amianto em sua composição deve ser descartado tal e como um resíduo perigoso devendo- se evitar que seja misturado a outros resíduos com potencial de reciclagem e reutilização.

4.1.4 Construção e renovação de edifícios - plástico, papel, vidro, madeira.

Na construção de edifícios são gerados resíduos procedentes da própria obra, como por exemplo, as embalagens de materiais usados na construção, recortes e sobras de azulejos, tijolos, blocos pré-fabricados, etc. e também alguns resíduos similares aos RSU que são gerados pelos profissionais que trabalham ali, como plásticos, restos de comida, resíduos orgânicos, papel, etc.

Visando a sua reutilização/reaproveitamento e valorização bem como o encaminhamento adequado destes resíduos, algumas ações e medidas podem ser tomadas nos locais de geração de RCC, a saber:

1. Redução: evitar compras em excesso e materiais entregues em embalagens não recicláveis; evitar ao máximo que os materiais se convertam em resíduos contaminados ou impróprios para reuso, reciclagem e reaproveitamento por segregação, acumulo, transporte ou manipulação inadequados.

2. Segregação: identificação, classificação, segregação e acondicionamento dos resíduos conforme sua classificação para favorecer a reciclagem. Como sugerido, no Produto 04, a realização da segregação in loco, mediante o uso de 08 contêineres (concreto, pedra e terra; material cerâmico; metal, madeira, plástico, papel e papelão; vidro e resíduos em geral) situados na mesma obra onde os resíduos são gerados é crucial para a garantia da demanda de resíduos nas demais infraestruturas.

3. Reutilização: reaproveitar os materiais selecionados durante o processo de demolição seletiva (ou “desmonte”), reutilizar os recortes de peças cerâmicas, azulejos e quando não seja possível a reutilização, encaminhá-los para áreas de reciclagem ou coprocessamento.

4. Enviar quantidade mínima de resíduos ao aterro Classe A.

Na reforma de edifícios são produzidos resíduos procedentes da substituição parcial de pavimentos, revestimentos, marcenaria, instalações elétricas, de água e de climatização. São gerados também embalagens de materiais utilizados na incorporação de sistemas de isolamento térmico em fachadas e telhados, instalações de energia renovável, placas de captação solar, dentre outros.

Os resíduos gerados são variados e a segregação durante a obra é fundamental. Alguns desses resíduos são inertes pétreos (demolição de obra de fábrica), que podem ser reciclados como RCC ou coprocessados em indústrias cimenteiras para geração de energia. Outros tipos de resíduos gerados constituem-se em frações recuperáveis como metais, embalagens de madeira e plástico e devem ser encaminhados para reciclagem. Aqueles resíduos gerados não segregados ou que não apresentam possibilidade viável ou localmente disponível para sua reutilização, reciclagem e recuperação tais como alguns tipos de madeira tratada, plásticos, dentre outros, podem ser enviados para aproveitamento energético em fornos de cimento desde que atendam aos padrões e constituição adequada. Finalmente, existirá uma fração que não admite nenhum tipo de valorização, como por exemplo, o vidro laminado e, em algumas regiões, o gesso, e, neste caso estes resíduos devem ser encaminhados a aterro específico, Classe A ou especial, dependendo da constituição do material em questão.

4.1.5 Descontaminação de solos

A Resolução CONAMA 420/2009 dispõe sobre os critérios e valores orientadores quanto à presença de substâncias químicas no solo estabelecendo diretrizes para o

gerenciamento ambiental de áreas contaminadas em decorrência de atividades antrópicas e apresentando os seguintes conceitos:

 Remediação: uma das ações de intervenção para reabilitação de área contaminada que consiste em aplicação de técnicas, visando a remoção, contenção ou redução das concentrações de contaminantes;

 Reabilitação: ações de intervenção realizadas em uma área contaminada visando atingir um risco tolerável para o uso declarado ou futuro da área;

A referida CONAMA 420/2009 estabelece as seguintes classes de aplicabilidade dos solos, segundo a concentração de substâncias químicas:

I - Classe 1 - Solos que apresentam concentrações de substâncias químicas menores ou iguais aos Valores de Referência de Qualidade (VRQ);

II - Classe 2 - Solos que apresentam concentrações de, pelo menos, uma substância química maior do que o VRQ e menor ou igual ao Valor de Prevenção (VP);

III - Classe 3 - Solos que apresentam concentrações de, pelo menos, uma substância química maior que o VP e menor ou igual ao Valor de Investigação - VI;

IV - Classe 4 - Solos que apresentam concentrações de pelo menos uma substância química maior que o VI.

Além destas definições a CONAMA 420/2009 também especifica que as alternativas de intervenção para reabilitação de áreas contaminadas poderão contemplar a aplicação de técnicas de remediação.

Estipula ainda que a consideração de um solo como contaminado demanda a obrigação de desenvolver as ações de recuperação ambiental do local em questão e que a fase de recuperação compreende principalmente três etapas, descritas a seguir:

 A elaboração de um projeto detalhado da remediação a partir da análise das alternativas de recuperação, de acordo com critérios técnicos, econômicos e meio ambientais.

 A execução do projeto detalhado da remediação, uma vez tenha sido aprovado, consiste na necessidade de realizar um acompanhamento e controle da evolução do meio e, em determinados casos, a realização de uma análise de risco residual.  Caso proceda, a comprovação final da eficácia das ações realizadas mediante a

realização de um monitoramento em médio ou longo prazo. No caso em que os resultados não se ajustem aos valores estabelecidos, devem ser elaboradas propostas adicionais.

A seguir (Quadro 24) são apresentadas algumas possibilidades de linhas de atuação para a descontaminação de solos.

Quadro 24 - Linhas de atuação para a descontaminação de solos.

Escavação e transporte ao depósito controlado.

Escavação e tratamento. Aplicação

off-site.

Escavação e tratamento. Aplicação on-site.

Confinamento e cobertura.

Tratamento sem escavação. Aplicação on-site.

Fonte: Causas i comseqüències de la comtaminació dels. Generalitat de Catalunya, departament de Medi Ambient i habitatge, Junta de Residus de Catalunya.

As ações apresentadas nas imagens acima estão descritas de forma mais completa nos itens abaixo:

 Escavação e transporte ao depósito controlado: o terreno é escavado para extração do solo contaminado que será disposto em um aterro controlado e adequado à periculosidade do resíduo extraído.

 Escavação e tratamento - aplicação off-site: o terreno é escavado e o solo contaminado extraído é transportado a uma instalação fixa e tratado mediante a técnica mais adequada como incineração, destruição ou por métodos químicos.  Escavação e tratamento - aplicação on-site: o solo contaminado é extraído do

ou desmontáveis. A escavação realizada deve ser preenchida com o solo tratado (caso seja possível) ou com solo limpo.

 Confinamento e cobertura: instalação de uma barreira (total ou parcial) em volta da zona contaminada capaz de impedir a dispersão dos resíduos.

 Tratamento sem escavação - aplicação on-site: quando os solos contaminados são tratados sem escavação, apenas mediante processos químicos.

Os resíduos procedentes da descontaminação de solos geralmente são integralmente considerados RCC (solos, pedras, etc.), e junto ao volume total podem ser encontrados resíduos perigosos, não perigosos e remanescentes inertes.

4.1.6 Encerramento e descontaminação de aterros clandestinos

Em grande parte dos municípios da RMBH e Colar Metropolitano, a falta ou dificuldades na aplicação de políticas específicas para a execução dos serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos são responsáveis pelo surgimento de áreas degradadas por disposição inadequada de toneladas de resíduos com diferentes, potenciais de contaminação o que acaba gerando sérios problemas ambientais e de saúde pública (ARMBH, 2013).

Para a descontaminação de aterros clandestinos e irregulares devem ser tomadas uma série de ações em consonância com a Resolução CONAMA 420/2009. Algumas tipologias podem ser definidas quanto ao porte das áreas contaminadas sendo que as ações que podem ser tomadas para mitigação dos passivos gerados, podem ser delineadas conforme o porte da área e o volume de resíduos disposto inadequadamente:

 Grande área + grande volume de resíduo disposto: o transbordo dos resíduos a um aterro pode ser algo inviável, tanto economicamente como tecnicamente. Geralmente, estas áreas demandam uma série de obras para completar o seu fechamento e posterior reintegração como, por exemplo, a cobertura dos resíduos utilizando maquinaria pesada.

 Pequena área + pequeno volume de resíduo disposto: a transferência dos resíduos a um aterro é a ação mais conveniente.

 Pequena área + pequeno volume de resíduo depositado: áreas não regularizadas nas quais foram dispostos pequenos volumes de resíduos sem autorização, porém seguindo alguns critérios de gerenciamento. Para este caso, deve ser feita a interdição imediata da área e, em seguida, executado um projeto de regularização e encerramento.

O Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado (PDDI) do Governo de Minas Gerais publicado em Maio de 2011, prevê no seu Volume 05 as Propostas de Políticas Setoriais, Projetos e Investimentos Prioritários. Dentre estas, previu-se o Programa de erradicação de “bota-fora” clandestinos e de gestão adequada de resíduos da construção civil e demolição (RCC). Para atingir os objetivos específicos definidos neste documento são sugeridas as seguintes ações, além daquelas já fixadas no PDDI:

Sugere-se, portanto, realizar as seguintes atuações:

 Identificação de áreas de “bota-fora” irregular e outras áreas de disposição clandestina.

 Criação de um registro de áreas afetadas/contaminadas.

 Implantação de medidas de controle nas áreas identificadas objetivando o encerramento de sua utilização de forma inadequada.

 Classificação das áreas de disposição clandestina conforme critérios de periculosidade.

 Plano de ação priorizando as áreas que precisam ser recuperadas/descontaminadas com maior urgência.

 Realização de um estudo detalhado de cada área identificada.

- Identificação detalhada da área e do seu entorno mais próximo.

- Classificação dos resíduos depositados.

- Determinação das ações que deverão ser realizadas.

- Decisão sobre a necessidade de instalações de controle (piezômetros, extração de biogás, etc.).

 Eliminação progressiva das áreas de disposição clandestina identificadas.  Inclusão das ações realizadas no registro de áreas afetadas.

 Plano de acompanhamento e controle dos terrenos recuperados.

Os resíduos procedentes da descontaminação de aterros clandestinos geralmente são considerados RCC (solos, material cerâmico, concreto, argamassa, etc.), porém pode haver uma porcentagem de outros resíduos como o plástico, papel, vidro, madeira, etc. Podem ser encontrados misturados ainda, resíduos perigosos e não perigosos, bem como inertes. Para cada um destes resíduos deve ser dado um destino final ambientalmente adequado de acordo com a legislação ambiental vigente.