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2 REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA

4 MATERIAL E MÉTODOS

4.3 Cenário de investigação

Esta pesquisa foi realizada em um hospital público localizado em um município do interior do estado do Paraná e em um hospital filantrópico do estado de São Paulo.

A instituição pública foi fundada em 1971, constituindo-se como o único hospital público universitário de alta complexidade da região norte do Paraná. O hospital atende exclusivamente ao Sistema Único de Saúde (SUS), com abrangência em mais de 200 municípios desse estado e 80 de outros estados.

Em 2017, contabilizava 307 leitos ativos. Os leitos estão distribuídos em unidades de internação médico-cirúrgica masculina e feminina nas diversas especialidades, unidades de pronto-socorro, moléstias infectocontagiosas, tisiologia, centro de tratamento de queimados, centro de tratamento de medula óssea, maternidade, berçário, pediatria, UTI neonatal, pediátrica e adulta (CADASTRO NACIONAL DE ESTABELECIMENTOS DE SAÚDE, 2017).

O TRR atende 45% do total de leitos desta instituição. Os profissionais das unidades utilizam como método de acionamento do serviço, os critérios estabelecidos em código azul (emergência) ou amarelo (urgência).

O TRR iniciou suas atividades em 2009 e devido à contenção de profissionais cumpre a escala em período diurno (das 7h00 às 19h00), todos os dias da semana, com um médico intensivista, um fisioterapeuta (período matutino) e enfermeiro do setor que se agrega aos profissionais para a realização da assistência frente aos códigos de acionamento (TAGUTI et al., 2013).

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atendimento do código azul é de até três minutos e até cinco minutos para o amarelo. O atendimento dos códigos estabelecidos no período noturno, é respondido pelo médico de plantão da cardiologia do hospital (MEZZAROBA et al., 2016), motivo pelo qual esse profissional foi excluído da amostra. A média anual de atendimentos realizados em 2016, para o código azul, foi de 38 eventos.

Torna-se importante ressaltar que além do atendimento dos códigos estabelecidos, o TRR realiza também o acompanhamento do paciente grave que ainda permanece na enfermaria, com indicação médica de UTI, devido a indisponibilidade deste leito, sendo o mesmo classificado como paciente em demanda reprimida por leito de UTI (TAGUTI et al., 2013; DIAS; GRION; MARTINS, 2015).

Com a finalidade de consolidar a segurança do paciente, classificado em demanda reprimida, os profissionais do TRR realizam a visita diária no setor com realização de exame físico, a revisão da prescrição médica do dia, a consulta dos exames laboratoriais e as orientações pertinentes a equipe do setor, até a transferência do paciente à UTI, suspensão da vaga por restabelecimento do quadro clínico no setor ou óbito (MEZZAROBA et al., 2016).

Outro aspecto relevante do TRR configura-se no acompanhamento dos pacientes por 72 horas logo após a alta da UTI. Isso porque esses pacientes estão sob maior risco de deterioração clínica, aumentando assim a chance de readmissões precoces. O seu acompanhamento na pós-alta da UTI, garante a continuidade do cuidado e a identificação precoce de alterações reversíveis, o que contribui com a sua segurança do paciente (MEZZAROBA et al., 2016).

O hospital realiza capacitação periódica aos profissionais de enfermagem dos setores de internação para adulto, sobre a dinâmica de funcionamento do TRR, aliado à capacitação de SBV e protocolo de PCR pela Comissão de Ressuscitação Cardiopulmonar da instituição, devido a admissão ou rotatividade desses profissionais (CADASTRO NACIONAL DE ESTABELECIMENTOS DE SAÚDE, 2017).

Já a instituição filantrópica, classificada como serviço de alta complexidade e de ensino, foi fundada em 1941 na cidade de São Paulo-SP. Em 2017 contabilizava 469 leitos, sendo 446 para adultos e 23 pediátricos. Os leitos estão distribuídos em unidades clínicas, cirúrgicas, oncológicas, cardiologia, pediatria, pronto atendimento adulto e pediátrico, UTI adulto, cardiológica e

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neurológica, setor de atendimento avançado em insuficiência cardíaca, centro de nefrologia e diálise e consta com dois hospitais dias (CADASTRO NACIONAL DE ESTABELECIMENTOS DE SAÚDE, 2017).

Possui certificações e acreditações nacionais e internacionais, tais como Joint Commission International, International Organization for Standardization, Occupational Health and Safety Assessment Series, Qmentum International Canadian, Comission on Accreditation of Rehabilitation Facilites, Selo Amigo do Idoso, dentre outras (CADASTRO NACIONAL DE ESTABELECIMENTOS DE SAÚDE, 2017).

O TRR iniciou suas atividades em julho de 2014, atende todos os setores para adulto ou pediátrico que não possui médico presencial, além dos usuários internos ou externos e aqueles que necessitam de atendimento emergencial em torno do quadrilátero da instituição. Conta com médicos hospitalistas exclusivos, sendo a atuação dos enfermeiros e fisioterapeutas em regime de escala de plantão no serviço, pois realizam outras atividades em paralelo nas unidades assistenciais. O TRR atua 24 horas por dia, sete dias por semana para os atendimentos dos códigos de urgências e emergências.

Utiliza-se os critérios de ativação do TRR por critério único e escore Modified Early Warning Score (MEWS), por meio de acionamento por telecare®, pager ou celular corporativo. O tempo estabelecido para chegada à unidade é de até 3 minutos para emergência (código azul) e de até 5 minutos para urgência (demais códigos). A instituição promove capacitações aos diversos profissionais e periodicamente são realizadas simulações realísticas nos diversos setores para avaliação do atendimento, que também subsidiam as certificações internacionais, como método avaliativo de acreditações. A média anual de atendimentos realizados em 2016, para o código azul, foi de 83 eventos (CADASTRO NACIONAL DE ESTABELECIMENTOS DE SAÚDE, 2017).

Utilizam indicadores e taxas de avaliação do serviço de resposta rápida, tais como: taxa de retorno à circulação espontânea por mais de 20 minutos após PCR; taxa de alta hospitalar em pacientes que sofreram PCR; tempo médio de atendimento a situações de emergência; tempo médio de atendimento às situações de urgência; taxa de pacientes com sequela neurológica grave pós-PCR; incidência de atendimentos de PCR e número de PCR fora das unidades críticas (CADASTRO NACIONAL DE ESTABELECIMENTOS DE SAÚDE, 2017).

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