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A CIDADE DE ITAJAÍ

No documento ANÁLISE DA COMPETIVIDADE DO PORTO DE ITAJAÍ (páginas 147-151)

Situada no litoral norte de Santa Catarina, precisamente na foz do Rio Itajaí-Açu, a meio caminho entre a capital de Santa Catarina, Florianópolis e a cidade catarinense mais populosa, Joinville. A cidade de Itajaí tem 147 mil habitantes, preserva as suas características naturais, histórias e culturais, possui um clima agradável e um bom nível de vida.

O turismo e a pesca são atividades que juntamente com o Porto de Itajaí, cravado no coração da cidade, apresentam como excelentes oportunidades para o município, tanto no contexto econômico local, como no contexto econômico regional.

História

Os índios batizaram de Itajaí, “o rio que corre sobre pedras”, contudo Itajaí, também já teve diversas variações como: “TÁAHY”, “TAJAY”, “TAJAHUG”, “JATAJAHY” e finalmente Itajaí.

Durante cem anos, vários estudiosos brasileiros e estrangeiros tentaram explicar o significado do nome Itajaí. Porém, somente após 1799, é que a cidade recebeu o nome de Itajaí.

O pioneiro da região foi o paulista João Dias Arzão, que em 1658 estabeleceu-se nas margens do rio Itajaí-Açu.

A partir de 1777, a região passou a ser ocupada por agricultores vindos de Florianopólis, e em seguida chegaram colonos da região de São Francisco do Sul.

A cidade-porto foi reestruturando-se pelos imigrantes açorianos no século XVIII e alemães no século XIX. No começo do século XIX, já eram encontrados pequenos lavradores

e pescadores vindos de Paranaguá, São Francisco do Sul, Armação de Itapocoroy, Porto Belo e Desterro.

Contudo, somente em 05 de Fevereiro de 1830, Antônio Menezes de Vasconcelos Drumond, recebeu ordens do ministro do Rei D. João VI, Tomás Antônio de Villanova, de Portugual, para estabelecer uma colônia em terras da região.

Agostinho Alves Ramos, no final de 1823, fixou-se em terras do município, as quais organizaram e civilizaram o povoado. Criou um curato, do Santíssimo Sacramento, providenciou a vinda de Frei Antônio Agote, construiu a capela e o cemitério. Transformou o curato em freguesia e criou a Cadeira das Primeiras Letras em 1835.

Em 1833, foi criado o distrito de Itajaí, à margem direita do rio, junto à sua foz, com a Paróquia Santíssimo Sacramento, que no ano anterior, passava da jurisdição de São Francisco do Sul para a de Porto Belo.

O município de Itajaí foi criado pela Lei n°164, de 04/04/1859, contudo, a sua instalação somente se deu em 15 de Junho de 1860. A comarca de Itajaí foi criada pela Lei n° 603 de 13 de Abril de 1868. Atualmente é comarca de 4a entrância com as varas. Em 1° de maio de 1876, a Vila do Santíssimo Sacramento de Itajaí foi transformada em Cidade.

Relação Cidade-Porto

A concorrência entre Portos acontece também na qualidade das relações porto-cidade. Há necessidade das cidades portuárias em redimensionar a relação estabelecida com o Porto, para minimizar os efeitos negativos, assim como apresentar os problemas da centralidade urbana pois, segundo Ferreira (1997, p. 77) “o conjunto de relações com as outras escalas e a separação a um dos níveis, repercute-se em toda a economia portuária e nas relações entre a cidade e o Porto”.

Uma das vantagens competitivas de um porto é ter inter-relação com a cidade construída por alianças com governo e comunidade local, com o objetivo de:

• Definir o uso do solo ao redor do porto para atividades que promovam seu desenvolvimento e o desenvolvimento da cidade. Nos portos afastados dos centros urbanos, os portos rurais, as áreas lindeiras devem destinar-se à atividade industriais que agreguem valor à carga (complementação ou acabamento de produtos, em indústrias de transformação), promovendo o aumento de renda e emprego na localidade em favor da comunidade. Os centros logísticos também estão incluídos neste caso, pois viabilizam a redução dos custos totais de transporte. Em portos urbanos, o planejamento comum do uso do solo tem como objetivo a revitalização de áreas portuárias vinculadas diretamente com a cidade, com a redefinição do zoneamento portuário e em adquirir as receitas alternativas para sua administração (como forma de financiamento à infra-estrutura de manutenção);

• Preservar e controlar o meio ambiente, para o porto ir direto aos interesses municipais, usando isso como uma ferramenta de marketing do porto;

• Negociar as eventuais receitas de ‘mais-valia’ para o município, de forma a diminuir ou equilibrar eventuais prejuízos à qualidade de vida local.

Segundo Caderno de Infra-Estrutura (2001, p. 16) “O que importa, enfim, é ter a cidade como aliada do porto, que passa a vê-lo como elemento incentivador da qualidade de vida local”.

As cidades portuárias possuim, nas atividades do seu Porto, um dos elementos básicos do seu desenvolvimento econômico. Assim tem sido historicamente, e assim pode continuar a ser no futuro e as novas dinâmicas que a globalização econômica no nível continental, a organização dos transportes e a logística apresentam na atualidade (LLOVERA, 1999, p. 210).

O proceso de desenvolvimento entre a cidade de Itajaí e o Porto de Itajaí foi muito diferente da ocorrida nos portos europeus, onde a relação entre a cidade e o porto passou por

três fases: a fase da união, a fase do divórcio e a fase de reconversão. A cidade de Itajaí juntamente com o Porto de Itajaí, trabalha na mais perfeita harmonia, na busca de novos incrementos e investimentos onde ambos sejam beneficiados, tanto o Porto quanto a cidade.

A Superintendência do Porto, apostando no turismo, construiu o Píer Turístico de Itajaí, na Praça Vidal Ramos, centro. A obra teve sua inauguração em 2002, com o objetivo de atrair mais navios de passageiros e incrementar a atividade na cidade e região.

O local contém toda a infra-estrutura básica, estrutura com dolfins de atracação e de amarração, terminal de passageiros, plataformas de embarque e desembarque e instalações para a administração. É um porto alfandegado e possui salas para a Receita Federal e Polícia Federal, sendo o único terminal exclusivo para passageiros de transatlântico do país.

Possui localização estratégica, distante aproximadamente uma hora dos principais pontos turísticos da região e dos municípios de Joinville, Blumenau e Brusque.

O Píer Turístico também é utilizado por embarcações de pesquisas oceanográficas, de apoio, por navios mercantes e pela Marinha do Brasil que necessitam de reparos.

A instalação no município de empresas que atuam no Porto, colabora para a performance do terminal e na arrecadação de ICMS para a cidade de Itajaí, para tanto, quanto maior a movimentação de cargas no porto, maior a arrecadação de ICMS.

Outro trabalho de grande importância para a cidade de Itajaí, segundo engenheiro Amílcar Gazaniga (apud REVISTA PORTUÁRIA, 2002, p. 3) “foi a reestruturação do plano viário da cidade, uma vez que, com a nova estrutura, o crescimento do Porto de Itajaí estará garantido pelos próximos 15 anos, sem o comprometimento do tráfego da cidade”.

Após apresentado o Porto de Itajaí com os seus investimentos e modernização e a cidade de Itajaí, é realizado no item a seguir a avaliação do Porto.

No documento ANÁLISE DA COMPETIVIDADE DO PORTO DE ITAJAÍ (páginas 147-151)