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Abaixo os investimentos realizados até 2003:

O Porto de Itajaí está investindo para acompanhar o crescimento das exportações. Segundo Ferreira (1997, p. 73). “No contexto das profundas modificações impostas pela globalização da produção e dos transportes, o próprio transporte marítimo é impulsionado a alterar algumas das bases em que assentava a sua competitividade [...]”.

Com a necessidade do ganho em produtividade na movimentação de carga, devido à movimentação maior de mercadoria transportada por viagem, em razão do aumento da capacidade dos navios, o Porto de Itajaí, viu-se na obrigação de responder as novas demandas, analisando o impacto da modernização, atividade portuária, fez investimento como, a compra dos guindastes e empilhadeiras, agilizando na movimentação de cargas.

No ano de 2001, o Porto de Itajaí recebeu investimento de 40 milhões do Teconvi, isso ocorreu devido à parceria firmada entre o Porto e o Teconvi, que arrendou o terminal de contêineres. Conforme afirma o superintendente do Porto, Amílcar Gazaniga “Um processo que implementamos em comprimento a Lei de Modernização dos Portos Brasileiros e que apresentou resultados melhores dos que projetávamos” (JORNAL A NOTÍCIA, 2003).

O Porto de Itajaí terminou o ano de 2002 com um aumento de 40% na movimentação de cargas conteinerizadas e de 37% na movimentação geral. O cais comercial movimentou 335 mil TEU’s contra os 224,55 mil TEU’s movimentados em 2001. Em toneladas, o Porto embarcou e desembarcou cerca de 3,65 milhões de toneladas contra as 2,68 milhões de toneladas registradas em 2001.

O movimento de 2002 somou aproximadamente US$2,5 bilhões em produtos industrializados e superou em mais de 50% o valor registrado em 2001. Em tonelagem,

superou em 1 milhão de toneladas o volume do exercício anterior. Como conseqüência, aumentou o ganho do trabalhador portuário e alavancou a economia do município de Itajaí.

Em 2002, o Porto de Itajaí teve investimentos em torno de 40 milhões que foram investidos na mão-de-obra e equipamentos. Esse investimento aconteceu devido a parceria com o Teconvi (Terminal de Contêineres Vale do Itajaí).

O Teconvi começou a operar em Janeiro de 2002. No início de sua operação, colocou em funcionamento sete empilhadeiras modelo Reach-Stacker, com capacidade para circulação de 45 toneladas cada uma. O objetivo é a movimentação de no mínimo 250 mil contêineres por ano, no prazo máximo de cinco anos (REVISTA PORTUÁRIA, 2002).

Foram adquiridos pelo Teconvi, arrendatária do Tecon (Terminal de Contêineres) de Itajaí, dois mobile cranes com capacidade para operar 100 toneladas. Com esses equipamentos o Porto de Itajaí pode receber navios do tipo gearless (navio que não possui equipamento de bordo para movimentação de contêineres). Com a aquisição desses dois guindastes, a movimentação que era de 15 contêineres/hora passa a ser 25 contêineres/hora.

O investimento na compra dos dois mobile somou US$6 milhões. Desde o segundo semestre de 2001, foram realizados investimentos de R$30 milhões na modernização do terminal, sendo previsto mais R$80 milhões, até 2007 (REVISTA PORTUÁRIA, 2002.

Outro acontecimento em 2002 foi a ampliação do número de escalas, resultando em mais opções de destinos para as cargas embarcadas no terminal, aliada a estrutura de armazenagem para cargas secas e refrigeradas. Como conseqüência, o Porto de Itajaí transformou-se em uma grande alternativa de transbordo para os armadores e operadores.

Outra grande característica do Porto de Itajaí é a quantidade de tomadas instaladas, contando o Porto em retroárea tem um total de 3.500 tomadas instalas. Tornando o Porto de Itajaí, o porto com maior número de tomadas do país.

O investimento do porto em equipamentos e em mão-de-obra, teve alto impacto nas suas tarifas, que tiveram uma retração de 59% de 1999 à 2002. Reduzindo de US$5,02 para US$2,08 por tonelada. A receita corrente do Porto, em 2002 ficou em R$22,2 milhões, superando 19% a receita de 1999. As suas exportações no ano 2003, comparando com o ano de 2002, tiveram um incremento de 18,02%. Esse valor foi superior ao crescimento das vendas externas de Santa Catarina que foram de 17,06%. Contudo foi inferior ao crescimento nacional que foi de 21,08, considerando o mesmo período (JORNAL A NOTÍCIA, 2004).

As exportações do porto de Itajaí, que totalizaram o valor de US$2,967 bilhões FOB, representaram 4,06% do total nacional. Esse desempenho manteve o porto de Itajaí como o sexto porto em valores comercializados no exterior, sendo exportados 54,94% dos produtos de Santa Catarina, 18,29% dos produtos do Paraná e 12,80% dos produtos do Rio Grande do Sul (JORNAL A NOTÍCIA, 2004).

Em 2003, o Porto de Itajaí obteve o registro da FDA – Food and Drugs Administration, órgão norte-americano que regula os alimentos e remédios. Com essa conquista o Porto de Itajaí adequou-se a Lei do Bioterrorismo norte-americana.

O Porto de Itajaí também conquistou a certificação internacional da ISO 9001, versão 2000, que garante a qualidade dos serviços de fornecimento de infra-estrutura básica e operacional.

Abaixo os investimentos a partir de 2004:

Um dos objetivos do Porto de Itajaí para 2004 foi manter o nível de crescimento apresentado no ano de 2003. Os principais investimentos foram na área operacional do porto. Esses investimentos têm como objetivo, o aumento da velocidade da logística, isto é, aumentando a velocidade de embarque e desembarque da mercadoria.

Outro objetivo para 2004 é a conquista de novos clientes. Clientes vindo do estado de Rondônia, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso e que tem em média com o porto de Itajaí, 900

contêineres/mês. Agora o porto pretende trazer clientes de São Paulo, uma vez que devem crescer as exportações de carne bovina para os EUA, devido a doença da “vaca louca”.

Foi assinado o convênio entre a superintendência do Porto de Itajaí, Marinha do Brasil e Terminal de Contêineres do Vale do Itajaí, para a recolocação da Delegacia da Capitania dos Portos, dando assim, o início ao processo licitatório para a construção da nova sede, que tem o prazo de 120 dias para estar concluído. A área onde está localizada hoje a Capitania dos Portos, será utilizada para ampliação da área de armazenagem de contêineres.Sendo utilizado para isso, um investimento total de R$2.3 milhões (JORNAL A NOTÍCIA, 2004).

Na reunião ocorrida em dezembro de 2002, da Organização Marítima Internacional (IMO), 162 países assinaram termo para dotar os portos com novos sistemas de segurança. Sendo assim, para exportar para alguns países, como por exemplo, os EUA, é preciso adequar às normas internacionais de segurança, isto inclui, catracas, câmaras de vídeo, muros mais altos, menos acessos ao porto, balança de pesagem em todos os portões e sistemas integrados.

Para adequar-se as normas da Organização Marítima Internacional (IMO) acima citadas, o Porto de Itajaí investiu cerca de R$1,2 milhão, aumentando de 29 para 78 câmeras de segurança, em obras de levantamento de muros, pavimentação e sinalização no terminal de contêineres, melhorias nas guaritas, instalação de portais com detectores de metais e novo sistema de iluminação.

Hoje, para o funcionário entrar no porto, é necessário apresentar sua identificação, ter uma senha de acesso e identificação digital. Essas medidas foram adotadas a partir do dia 1° de Julho de 2004.

O Porto de Itajaí foi o primeiro porto do sul do país a receber a certificação do Código Internacional para Proteção de Navios e Instalações Portuárias (ISPS Code), possibilitando assim, a continuidade das operações portuárias para o exterior.

Com o objetivo de ampliar a produtividade e o crescimento no volume de cargas movimentadas, foram finalizadas as obras na área B do Terminal de Contêineres do Vale do Itajaí (Teconvi). O local para armazenamento de contêineres tinha 18 mil metros quadrados e teve um aumento aproximado de 50%. A capacidade hoje, é de até 1,45 mil TEUs de uma só vez e os investimentos para sua construção chegaram a R$2,5 milhões (JORNAL A NOTÍCIA, 2004).

O Porto de Itajaí tem garantido R$46,7 milhões do Orçamento da União, para melhorias no canal do porto (R$ 6 milhões) e nos molhes (R$12,7 milhões), na de dragagem permanente do canal de acesso (R$ 12 milhões) e construção de uma vía exclusiva para acesso de caminhões de contêineres ligando a BR-101 ao porto (R$ 16 milhões). Conforme o diretor executivo do Porto, Marcelo Sales “com isso será possível receber navios de maior porte, reduzir o custo de fretes e o tempo de embarque e desembarque das cargas” (WWW.TECONVI.COM.BR, 2005).

O Teconvi irá gastar mais R$ 3 milhões para construir mais três portões com balança para caminhões e outro berço para atracação, dobrando a capacidade do porto. Esses investimentos deverão resolver os problemas de congestionamento do Porto e segundo Sales, “tentar crescer de forma harmônica” pois, a meta é dobrar o volume de carga em quatro anos (WWW.TECONVI.COM.BR, 2005).

Até 2008, o Teconvi terá concluído seus projetos de expansão e contará com a seguinte estrutura, segundo sua home page (WWW.TECONVI.COM.BR, 2005):

• Construção de novos gates;

• Novo berço de atracação com 250 metros de extensão e 12m de profundidade; • Nova área de armazenagem com 24.000 m², totalizando 74.000 m² de pátio para

contêineres;

• Três guindastes MHC.

Segundo informou o Porto de Itajaí, os projetos para melhoria da infra-estrutura portuária e aquaviária para 2004 à 2007 serão os seguintes:

• Modernização da Sinalização Náutica: Compreende o melhoramento da sinalização já existente, com a instalação de equipamentos tipo posicionamento global diferencial por satélite (DGPS) e rádio farol para sinalização do canal externo e interno a fim de melhorar a segurança da navegação das embarcações no Porto de Itajaí. Custo estimado: R$ 5.000.000,00. Prazo: um ano. Agente Responsável: Superintendência do Porto de Itajaí. Fonte de Recursos: União/Estado;

• Fechamento de terreno retroportuário (área com 26.000,00 m²): Compreende a construção de muro com blocos de concreto, numa altura de 3,80 metros, envolvendo todo perímetro (783,00 m) a fim de melhorar as condições de segurança às cargas depositadas. Extensão 783,00 metros. Custo estimado: R$ 250.000,00. Prazo: 120 dias. Agente responsável: Superintendência do Porto de Itajaí. Fonte de Recursos: União/Estado;

• Pavimentação asfáltica do terreno retroportuário: Compreende as obras de retirada de material inservível do terreno, drenagem, colocação de sub-base e capa asfáltica na espessura de 8,00 cm e iluminação de toda a área. O objetivo da obra é melhorar e ampliar as áreas destinadas a estocagem de contêineres e triagem de cargas. Área: 26.000,00m². Custo estimado: R$ 1.750.000,00. Prazo: 50 dias. Agente Responsável: Superintendência do Porto de Itajaí. Fonte de Recursos: União/Estado;

Ampliação do sistema de tomadas ¨reefers ¨, iluminação, subestações e calha técnica: Compreendem as obras de instalação de tomadas ¨reefers ¨, postes de iluminação, manutenção de subestações e calha técnica. Custo estimado: R$ 2.000.000,00. Prazo:

120 dias. Agente Responsável: Superintendência do Porto de Itajaí. Fonte de Recursos: União/Estado;

• Obras no sistema viário urbano: Compreende as obras nas vías de acesso ao Porto, ruas Silva e Blumenau, visando facilitar o trânsito e melhorar o acesso de caminhões ao Porto de Itajaí. Custo estimado: R$ 20.000.000,00. Prazo: 180 dias. Agente Responsável: Superintendência do Porto de Itajaí. Fonte de Recursos: União/Estado. • Obras e instalações na área primaria e retro áreas: Compreende as obras de

manutenção na infra-estrutura terrestre (cais acostável, armazéns, pátios, defensas) objetivando manter em condições de operações as áreas destinadas à movimentação de cargas. Custo: R$5.000.000,00. Prazo: cinco anos. Agente Responsável: Superintendência do Porto de Itajaí. Fonte de Recursos: União/Estado;

• Construção da Torre de Controle do tráfego naval: Compreende projeto e construção de instalações apropriadas para o controle do tráfego naval, a fim de garantir a segurança das embarcações (canal de acesso e bacia de evolução). Custo: R$2.000.000,00. Prazo: 180 dias. Agente Responsável: Superintendência do Porto de Itajaí. Fonte de Recursos: União/Estado;

• Construção do centro de treinamento portuário: Compreende o projeto e a construção e um centro de treinamento voltado para a capacitação de mão de obra portuária (trabalhadores de mão de obra avulsa e servidores públicos) objetivando a multifuncionalidade/capacitação profissional no setor portuário. Custo: R$1.500.000,00. Prazo: 250 dias. Agente Responsável: Superintendência do Porto de Itajaí. Fonte de Recursos: União/Estado;

• Agenda ambiental portuária – Lei 9966: Objetiva atender as demandas da Lei 9966. Propiciar maior segurança ao meio ambiente nas atividades relacionadas ao funcionamento do Porto de Itajaí. Obras/Equipamentos/Programas: Diversos. Custo:

R$ 2.500.000,00. Prazo: cinco anos. Agente Responsável: Superintendência do Porto de Itajaí. Fonte de Recursos: União/Estado;

Aquisição de hardware e software, e outros equipamentos: Objetiva a integração dos sistemas computacionais do Porto. Custo: R$ 1.500.000,00. Prazo: um ano. Agente Responsável: Superintendência do Porto de Itajaí. Fonte de recursos: União/Estado; • Dragagem de manutenção do canal de acesso e bacia de evolução: Compreende a

execução de serviços de dragagem de manutenção do canal (interno e externo) de acesso ao porto e da bacia de evolução objetivando a configuração para calado oficial do Porto de Itajaí, em relação ao zero DHN, estimando-se um volume anual de 1.800.000,00 metros cúbicos. Volume: 1.800.000,00 m³/anual. Custo estimado: R$36.000.000,00. Prazo: cinco anos. Agente Responsável: Superintendência do Porto de Itajaí. Fonte de Recursos: União/Estado;

• Dragagem de aprofundamento do canal/bacia de evolução para até –11,00 m (DHN): Compreende a execução de serviços de dragagem de aprofundamento do canal (interno e externo) de acesso ao porto e da bacia de evolução objetivando o recebimento de navios de maior capacidade de cargas. Volume: 2.000.000,00 m3. Custo estimado: R$ 20.000.000,00. Prazo: um ano. Agente Responsável: Superintendência do Porto de Itajaí. Fonte de Recursos: União/Estado;

• Recuperação dos Molhes Norte e Sul: Compreende a recuperação das estruturas de enrocamento em pedras e tetrápodes de concreto armado que compõem os Molhes Norte e Sul, na foz do rio Itajaí-Açú, de forma a garantir a segurança e a profundidade do canal de acesso até a área que compreende o porto organizado. Custo: R$ 46.700.000,00. Prazo: quatro anos. Agente Responsável: Superintendência do Porto de Itajaí. Fonte de Recursos: União/Estado.

No documento ANÁLISE DA COMPETIVIDADE DO PORTO DE ITAJAÍ (páginas 139-147)