DE NEGÓCIOS
COM BASE EM OBSERVAÇÕES E PRINCIPALMENTE EM PESQUISAS DE FONTES SECUNDÁRIAS
Fontes secundárias de pesquisa
As fontes secundárias contêm dados e informações coletados por terceiros e colocados à disposição do público. São feitas, para essa finalidade, por instituições como IBGE (instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), Sebrae, prefeituras, governos dos Estados, associações de classe, sindicatos.
A fonte secundária é fundamental por conter resultados de grandes pesquisas, de custo inacessível até para empresas poderosas. Esses dados macroeconômicos fazem parte da infra-estrutura de informação das cidades, dos Estados e do país. Além das fontes secundárias, livros e revistas especializados são importantíssimos, pois trazem estudos, análises, casos de sucesso e de fracasso de empresas.
Uma grande ferramenta de acesso a fontes secundárias é a Internet. E Luísa a usou intensamente, por um custo ínfimo.
Dados primários — São informações produzidas pela própria pesquisa. Inicialmente, os
pesquisadores investigam dados secundários. Caso não sejam suficientes, coletam dados primários.
Após formular todas as perguntas, Luísa continuou a utilizar o Make-Money para desenvolver seu Plano de Negócios, à medida que cada pergunta fosse respondida. Ficaria faltando somente o Sumário Executivo, que é feito quando todas as demais etapas foram completadas.
A escrivaninha de Luísa começou a ficar pequena para os inúmeros programas de trabalho, cronogramas, textos a ler, revistas e livros, textos redigidos. O painel de cortiça da cozinha, usado para as contas do mês, fora removido para seu quarto e começou a receber pequenos pedaços de papel com endereços, lembretes, frases, anotações.
Em sua busca de informações e contatos, Luísa acostumara-se a rejeições, a lidar com “nãos” e a aprender com eles. Criara o hábito de se apresentar de acordo com a situação. Em muitas oportunidades, dizer-se empresária abria portas. Em outras situações, mencionava um trabalho de pesquisa para a universidade. Às vezes, usava o nome do mentor; ele próprio inventara o estratagema: “Diga que é minha consultora especial”.
O PLANO DE MARKETING É CONSTITUÍDO PELA ANÁLISE DE MERCADO ...E PELA ESTRATÉGIA DE
MARKETING.
Plano de Marketing
O Plano de Marketing é um planejamento do marketing mix (composto mercadológico) de uma organização. É seu papel orientar o processo decisório de marketing. Esse plano é como um mapa — mostra à empresa para onde ela está indo e como vai chegar lá.
O Plano de Marketing deve identificar as oportunidades de negócios mais promissoras para a empresa e esboçar como penetrar em mercados identificados, como conquistá-los e manter posições. É um instrumento de comunicação que combina todos os elementos do composto mercadológico em um plano de ação coordenado. No plano, são estabelecidos os objetivos da empresa e, depois, a escolha das estratégias mais viáveis para atingir os objetivos. O Plano de Marketing disciplina o planejador, levando-o a colocar idéias, fatos e conclusões de maneira lógica.
Existe uma variedade de formatos para esse plano, de acordo com o propósito da empresa. Mas, no geral, ele apresenta os pontos a seguir:
■ Análise de mercado O setor A clientela A concorrência ■ Estratégia de Marketing O produto Preço Distribuição Promoção e propaganda
Serviços ao cliente (venda e pós-venda) Relacionamento com os clientes
■ Controle
Westwood (1989)
4.1.1 A ANÁLISE DE MERCADO
Pelo plano de trabalho que fizera com base no MakeMoney, Luísa iria começar pela Análise de Mercado, mais precisamente pela análise do setor, cuja pergunta principal era:
Que ameaças e oportunidades apresenta o setor em que a empresa vai atuar?
4.1.1.1 A análise do setor
No quadro abaixo, apresentamos uma análise resumida sobre as oportunidades e ameaças que o ambiente apresentava ao mercado de goiabada.
Resumo de oportunidades e ameaças
Aspectos Oportunidades Ameaças Demográficos Alta concentração de jovens e
adolescentes na base da pirâmide. Grande dispersão do público-alvo, dificultando a distribuição.
Econômicos Aumento geral do consumo de
alimentos estranhos ao cardápio habitual, iniciando com o Plano Real. Ingresso dos “emergentes” no mercado de consumo.
Concorrência dos alimentos importados. Incidência de altas taxas de juros, encarecendo o crédito.
Legais e políticos Criação do Imposto Único (Simples)
para as micro e pequenas empresas.
Influência dos órgãos de vigilância sanitária
regulamentando a produção, embalagem e comercialização do
produto.
Tecnológicos Novos equipamentos de produção
disponíveis, com custo relativamente baixo.
Novos equipamentos disponíveis para as grandes empresas, possibilitando ganhos de escala.
Culturais Valorização e expansão comercial
de produtos tradicionais e regionais no pais e no exterior, como pão de queijo, doces caseiros e frutas locais. Expansão da população que faz refeições fora de casa (principalmente em restaurantes self- service), mas que não encontra uma boa sobremesa caseira. O novo papel social da mulher, que vai para o trabalho e reduz seu tempo para fazer doces em casa.
Movimentos de consumidores e de donas de casa, exigindo boa qualidade. Busca de alimentos “na farmácia”.
As pesquisas realizadas por Luísa nas fontes secundárias, que incluíam inúmeros dados e informações, permitiram a ela fazer uma análise do ambiente- macro do ramo em que iria atuar.
Ela estava animada com os resultados de seu primeiro levantamento de dados e com as primeiras análises feitas do setor, incluindo considerações sobre as
oportunidades. Havia gasto uma semana e sentia que poderia trabalhar com maior
rapidez nas etapas seguintes. Pensava submeter ao mentor um conjunto de dados que pudessem permitir uma análise global, e não tomar seu tempo com dados parciais.