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Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da 3

a

Vara Cível do Foro de

Mogi das Cruzes, São Paulo.

Processo no 00000-00.0000.0.00.0000 Ação de Adjudicação Compulsória

IMOBILIÁRIA C. A. S/C LTDA., representada por seu diretor presidente, por seu advogado, que esta subscreve (mandato incluso), com escritório na Rua Francisco Martins, no 00, Jardim Armênia, cidade de Mogi das Cruzes-SP, onde recebe intimações (e- mail: gediel@gsa.com.br), nos autos do processo que lhe movem V. R. W. e outro, vem à presença de Vossa Excelência oferecer contestação, pelos motivos de fato e de direito que a seguir expõe:

Dos Fatos:

Os autores ajuizaram o presente feito asseverando que firmaram com a ré compromisso de compra e venda do imóvel situado na Rua Ricardo Amaral, no 00, Jardim Imperador, cidade de Mogi das Cruzes-SP, CEP 00000-000, pelo preço total de R$ 385.000,00 (trezentos e oitenta e cinco mil reais). Alegaram, ainda, que efetuaram o pagamento total do preço e que a compromitente vendedora estaria se recusando a passar a escritura definitiva. Pediram, por fim, fosse o referido imóvel adjudicado ao seu patrimônio, expedindo-se o competente mandado para o Cartório de Registro de Imóveis.

conciliação, determinando a intimação dos autores e a citação da ré.

Não obstante os esforços do representante legal da ré, não foi possível obter-se acordo para pôr fim ao litígio, abrindo-se prazo para apresentação de defesa.

Em apertada síntese, os fatos.

Preliminarmente/Impugnação da Justiça Gratuita:

Na exordial, os autores requereram a concessão dos benefícios da justiça gratuita, vez que seriam pobres no sentido jurídico do termo, fls. 00; ele declarou que estaria desempregado enquanto a mulher informou que trabalha como professora estadual.

Faltam com a verdade os autores, visto que eles não são pobres.

Ao contrário do que alegou, o autor “V” não está desempregado, mas é empresário autônomo no ramo da representação comercial (venda de tecidos), conforme comprovam documentos anexos que foram fornecidos pelo próprio à ré quando da lavratura do compromisso de compra e venda. Há ainda que se observar que o imóvel objeto do presente feito é de alta renda, estando localizado num dos melhores bairros da cidade.

Além do referido imóvel, cada um dos autores possui carro próprio.

A renda real do autor “V” pode ser facilmente conferida por este douto Juízo, acessando os dados da Receita Federal ou do Banco Central.

Sendo assim, considerando as fortes evidências de que os autores não são pobres, REQUER-SE revogue este douto Juízo os benefícios da justiça gratuita conferida aos autores, fls. 00, determinando que procedam com o recolhimento das custas e despesas processuais que deixaram de recolher, sob pena de extinção do feito sem resolução de mérito (arts. 102, parágrafo único, 485, X, CPC).

Considerando, ademais, a evidente má-fé dos autores, REQUER-SE sejam condenados a pagar multa no valor do décuplo do valor das despesas que deixaram de recolher (art. 100, parágrafo único CPC).

Preliminarmente/Impugnação do Valor da Causa:

Segundo o art. 292 do CPC, inciso II, o valor da causa será “na ação que tiver por objeto a existência, a validade, o cumprimento, a modificação, a resolução, a resilição ou a rescisão de ato jurídico, o valor do ato ou o de sua parte controvertida”. Considerando que no presente caso os autores requerem o cumprimento do contrato, cujo valor total é de R$ 385.000,00 (trezentos e oitenta e cinco mil reais), deveriam, segundo a citada norma, ter indicado o referido valor como valor da causa, não o fizeram.

Na verdade, os autores indicaram como valor da causa o valo venal do imóvel, segundo lançamento do IPTU para o ano de 0000, fls. 00.

REQUER-SE proceda este douto Juízo com a retificação do valor da causa, determinando, nos termos do art. 293 do CPC, a complementação das custas (neste caso, o recolhimento integral).

Preliminarmente/Da Carência de Ação (Falta de Interesse):

O art. 1.418, do Código Civil, concede ao promitente comprador, com direito real (título registrado no CRI), o direito de requerer judicialmente a adjudicação do imóvel desde que o promitente vendedor tenha se recusado a outorgar a escritura definitiva. Para melhor caracterização da questão, pede-se vênia para transcrever o referido artigo, in verbis:

“Art. 1.418. O promitente comprador, titular de direito real, pode exigir do promitente vendedor, ou de terceiros, a quem os direitos deste forem cedidos, a outorga da escritura definitiva de compra e venda, conforme o disposto no instrumento preliminar; e, se houver recusa, requerer ao juiz a adjudicação do imóvel.”

Como se vê, pressuposto fundamental do presente feito é que haja recusa do promitente vendedor. Todavia, a ré nunca se recusou a outorgar a escritura definitiva, muito ao contrário, tão logo os autores quitaram o preço, foi lhes enviado correspondência requerendo seu comparecimento na sede da ré a fim de tratar dos trâmites necessários para a transferência definitiva da propriedade (documentos anexos), porém estes nunca compareceram. Razão pela qual, grande foi a surpresa dos representantes da ré quando receberam citação para o presente feito, vez que desconheciam a vontade dos autores, que nunca os procuraram para regularizar a situação do imóvel.

Não tendo havido recusa por parte da ré em outorgar aos autores a competente escritura pública, estes devem ser declarados carecedores de ação (falta de interesse de agir), extinguindo-se o feito sem julgamento de mérito (art. 485, VI, CPC). Do Mérito:

Pelas razões expostas na preliminar, este douto Juízo dificilmente chegará a apreciar o mérito do pedido dos autos, contudo, em respeito ao princípio da eventualidade e considerando que a preliminar pode se confundir com o próprio mérito da causa, a ré reitera que nunca se negou a outorgar a escritura de compra e venda, estando à disposição dos autores, na sua sede, para providenciar os trâmites necessários, observando-se que nos termos do contrato firmado pelas partes cabe aos compradores arcar com os custos da escritura pública assim como o pagamento do imposto de transmissão.

Dos Pedidos:

requer-se a extinção da presente ação sem julgamento do mérito (art. 485, VI, CPC); no mérito, se a tanto se chegar, a pretensão do autores deve ser indeferida, visto que nunca houve por parte da ré recusa na concessão da escritura pública, conforme provam documentos anexos, bastando que eles se apresentem na sede da empresa para providenciar os documentos necessários.

Provará o que for necessário, usando de todos os meios permitidos em direito, em especial pela juntada de documentos (anexos), perícia contábil, oitiva de testemunhas (rol anexo) e depoimento pessoal dos autores.

Termos em que p. deferimento.

Mogi das Cruzes, 00 de maio de 0000. Gediel Claudino de Araujo Júnior OAB/SP 000.000

10.2 CONTESTAÇÃO DE AÇÃO DE ALIMENTOS MOVIDA

PELOS FILHOS EM FACE DO PAI, COM PRELIMINAR E

CONCORDÂNCIA PARCIAL COM O PEDIDO.

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da 3

a

Vara de Família e