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Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da 3 a Vara Cível do Foro e Comarca de Alfenas, Minas Gerais.

Processo no 0000000-00.0000.0.00.0000 Ação de Indenização (rito ordinário)

B. J. A., brasileiro, solteiro, ajudante geral, portador do RG 00.000.000-0- SSP/SP e do CPF 000.000.000-00, titular do e-mail bja@gsa.com.br, residente e domiciliado na Rodovia Engenheiro Cândido do Rego Chaves, no 00, Pindorama, cidade de Mogi das Cruzes-SP, CEP 00000-000, por seu Advogado, que esta subscreve (mandato incluso), com escritório na Rua José Urbano, no 00, Centro, Mogi das Cruzes-SP, onde recebe intimações (e-mail: gediel@gsa.com.br), nos autos do processo que lhe move F. S. O., vem à presença de Vossa Excelência oferecer contestação, conforme as seguintes razões:

Dos Fatos:

O autor ajuizou o presente feito asseverando que o veículo de propriedade do réu “B”, conduzido pela ré “R”, seria o responsável por sinistro que causou danos em seu veículo. Por fim, requereu a condenação da primeira requerida a pagar indenização no valor de R$ 2.401,00 (dois mil, quatrocentos e um reais), e a citação dos “requeridos” para responder.

Em síntese, o necessário.

Preliminarmente: Da Carência de Ação (“Falta de Legitimidade”):

Segundo a melhor doutrina, os pressupostos da responsabilidade civil são: (I) ação ou omissão do agente; (II) culpa do agente; (III) relação de causalidade; (IV) dano experimentado pela vítima.

A simples leitura da petição inicial é suficiente para afastar qualquer responsabilidade do réu “B” pelo “suposto” evento que causou danos ao veículo do autor. A ele não se pode imputar qualquer ação ou omissão que tenha causado direta, ou mesmo indiretamente, o evento que, segundo o autor, veio a lhe causar danos materiais.

O réu “B” não estava dirigindo o veículo “supostamente” responsável pelo sinistro; ele também não emprestou o referido veículo para a ré “R”; na verdade, o réu “B”

não tem a menor ideia de quem seja a referida senhora, nem mesmo sabe informar como ela veio a ter a posse do veículo que indevidamente ainda se encontra em seu nome.

Em junho de 0000, o réu “B” vendeu o referido bem para o Sr. A. F. L., brasileiro, portador do CPF 000.000.000-00 (demais qualificações e endereço desconhecidos); tendo, inclusive, reconhecido firma na autorização de transferência, conforme prova certidão expedida pelo Oficial do Tabelião de Notas do Cartório de Registro Civil de Jundiapeba (cópia anexa).

Desde então nunca mais soube do veículo ou do referido senhor, que levou, como se disse, o documento de transferência devidamente preenchido e com firma reconhecida (pronto, portanto, para transferência). Mesmo que o Sr. “A” não tenha efetivado a transferência formal junto ao registro do DETRAN, a transferência da propriedade se concretizou com a tradição do bem, visto se tratar de coisa móvel (art. 1.267, CC).

Neste sentido a jurisprudência do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, in verbis:

EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. ACIDENTE DE TRÂNSITO. AÇÃO DE RESPONSABILIDADE CIVIL. PROPRIETÁRIO VEÍCULO. ALIENAÇÃO. TRADIÇÃO. ILEGITIMIDADE PASSIVA. I – A legitimidade ad causam deve ser analisada com base nos elementos da lide, à luz da situação afirmada da demanda, relacionando-se com o próprio direito de ação, autônomo e abstrato. II – A transferência da propriedade sobre bens móveis, como os veículos automotores, se dá pela tradição e não pelo registro no DETRAN. III – Comprovado por prova documental que o veículo, à época do acidente, já havia sido alienado para outrem, deve ser acolhida a preliminar de ilegitimidade do antigo proprietário para figurar no polo passivo da ação de reparação civil (TJMG, Apelação Cível n. 1.0180.10.003918-9/001, Relator Des. Leite Praça, DJ 26.09.2013).

Como se observa dos fatos e da jurisprudência, falta ao autor os pressupostos necessários para processar o réu “B” pelos seus danos; na verdade, o requerido “B” é claramente “parte ilegítima” neste feito, devendo o requerente ser declarado, em relação a ele, carecedor de ação, extinguindo-se o feito sem julgamento de mérito (art. 485, VI, CPC).

Do Mérito:

Pelas razões expostas em preliminar, dificilmente este douto Juízo chegará a apreciar, em relação ao réu “B”, o pedido de indenização. Na verdade, não tendo havido emenda da petição (lembre-se que o réu “B” não conseguiu acesso aos autos, visto que não possui meios financeiros de se locomover até a Comarca de Alfenas), nem mesmo foi feito pedido em face dele. Em sua petição inicial o autor se limita a pedir a condenação da “requerida” a lhe pagar indenização no valor de R$ 2.401,00.

De qualquer forma, o réu “B” nega, por cautela, que tenha qualquer responsabilidade, direta ou indireta, nos eventos que “supostamente” causaram danos materiais no veículo do autor.

Como já informado, o requerido “B” desconhece a ré “R”, nunca lhe vendeu ou emprestou o veículo registrado em seu nome.

No mais, nada sabe sobre os eventos narrados na exordial, visto que reside na cidade de Mogi das Cruzes-SP.

Dos Pedidos:

Ante o exposto, requer-se reconheça este douto Juízo que o réu “B” não é parte legítima para constar no polo passivo da presente demanda, declarando então o autor carecedor de ação em face dele; superada a preliminar, fato que se aceita apenas em respeito ao princípio da eventualidade, requer-se que, em relação ao réu “B”, o pedido de indenização seja julgado improcedente, condenando-se o autor nos ônus da sucumbência.

Requer, outrossim, os benefícios da justiça gratuita, vez que se declara pobre no sentido jurídico do termo, conforme declaração anexa.

Provará o que for necessário, usando de todos os meios admitidos em direito, em especial pela juntada de documentos (anexos), oitiva de testemunhas (rol anexos) e depoimento pessoal do autor.

Termos em que p. deferimento.

Mogi das Cruzes-SP/Alfenas-MG, 00 de outubro de 0000. Gediel Claudino de Araujo Júnior

10.16 CONTESTAÇÃO DE AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO DE

PATERNIDADE CUMULADA COM ALIMENTOS

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da 3

a

Vara Cível do Foro de

Mogi das Cruzes, São Paulo.

Processo no 0000000-00.0000.0.00.0000

Ação de Investigação de Paternidade cc Alimentos

S. A. E., brasileiro, solteiro, meio oficial armador, portador do RG 00.000.000-SSP/SP e do CPF 000.000.000-00, titular do e-mail sae@gsa.com.br, residente e domiciliado na Avenida Nilo Marcatto, no 00, Jardim São Pedro, cidade de Mogi das Cruzes-SP, CEP 00000-000, por seu Advogado, que esta subscreve (mandato incluso), com escritório na Rua Francisco Martins, no 00, Centro, cidade de Mogi das Cruzes-SP, onde recebe intimações (e-mail: gediel@gsa.com.br), nos autos do processo que lhe move L. H. S. de O., vem à presença de Vossa Excelência oferecer contestação, nos termos a seguir articulados:

Dos Fatos:

O autor ajuizou o presente feito asseverando, em apertada síntese, que sua genitora manteve relacionamento amoroso, que incluía relações sexuais, com o réu, e que seria fruto deste relacionamento. Declarou, ainda, que sua genitora não possui condições de cuidar sozinha do seu sustento. Diante destes fatos, requereu fosse reconhecida a paternidade do réu em face dele, bem como sua condenação ao pagamento de pensão alimentícia mensal no valor de 1 (um) salário mínimo por mês.

Recebida a exordial, este douto Juízo designou audiência de conciliação, em que, não obstante os esforços do réu e dos conciliadores, não foi possível obter-se a conciliação, iniciando-se o prazo para apresentação da defesa.

Em síntese, os fatos. Do Mérito:

Parcialmente verdadeiros os fatos informados na exordial. De fato, o réu manteve relacionamento amoroso com a genitora do autor, que incluía relações sexuais, contudo não no período declinado na exordial. Com efeito, quando a representante da mesma apareceu grávida, a relação amorosa deles já tinha terminado há algum tempo, razão pela qual entende não ser o pai natural do autor.

De qualquer forma, não pode o réu deixar de, ad cautelam, se manifestar sobre o pedido de alimentos, com escopo de evitar que sobre o assunto ocorram os efeitos

da revelia. De início, informa-se que o réu tem mais 2 (dois) filhos, quais sejam: L. W. A. E., nascido em 00.00.0000; A. W. E., nascida em 00.00.0000 (vejam documentos anexos).

No momento, o réu desenvolve atividade autônoma, sem registro, na qualidade de “meio oficial armador”, tendo renda mensal aproximada de um salário mínimo.

Como facilmente se percebe, estes fatos tornam absolutamente impossível para o réu o pagamento de pensão alimentícia para o autor no valor pleiteado na exordial. Ademais, há que se observar que o autor deixou de indicar expressamente qual seria o montante mensal de seus gastos, o que impossibilita uma correta avaliação do binômio “necessidade e possibilidade”, conforme previsto no artigo 1.694 do Código Civil. Dos Pedidos:

Ante o exposto, requer-se sejam os pedidos do autor julgados improcedentes, devendo ele arcar com os ônus da sucumbência, ou, no caso de eventual procedência, o que se aceita apenas para contra argumentar, sejam os alimentos fixados em 10% (dez por cento) dos rendimentos líquidos do réu, incluindo-se 13o salário e férias, quando este estiver empregado, ou 10% (dez por cento) de 1 (um) salário mínimo, quando desempregado ou trabalhando sem vínculo.

Reitera-se, outrossim, o pedido da concessão dos benefícios da justiça gratuita, vez que se declara pobre no sentido jurídico do termo, conforme declaração de necessidade já juntada aos autos, fls. 00.

Provará o que for necessário, usando de todos os meios permitidos em direito, em especial pela juntada de documentos (anexos), oitiva de testemunhas (rol anexo), depoimento pessoal da representante do autor e perícia técnica (DNA), requerendo-se, quanto a esta, determine imediatamente este douto Juízo expedição de ofício ao IMESC, requerendo data para a realização do exame, com escopo de se evitarem maiores prejuízos para as partes.

Termos em que p. deferimento.

Mogi das Cruzes, 00 de agosto de 0000. Gediel Claudino de Araujo Júnior OAB/SP 000.000

10.17 CONTESTAÇÃO DE AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO DE

PATERNIDADE CUMULADA COM ALIMENTOS JÁ COM