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Ao longo do tempo, a Demografia tem ocupado um papel central na recolha e sistematização de informação acerca dos movimentos da população, sejam estes naturais ou decorrentes de movimentos migratórios, bem como na definição de grandes tendências demográficas, nomeadamente do envelhecimento demográfico. Esta informação tem constituído uma importante ferramenta de trabalho para a análise realizada posteriormente pelas ciências sociais, nomeadamente pela Sociologia. Inicialmente, a Demografia produzia essencialmente dados quantitativos. Na atualidade está direcionada para uma produção de carácter mais qualitativo, assumindo “novas abordagens epistemológicas e teóricas, assim como reflete os contributos da interdisciplinaridade como princípio epistemológico fundamental” (Dias; Rodrigues, 2012, p. 180). Neste sentido, a análise que faremos acerca do conceito de

envelhecimento demográfico será alicerçada, num primeiro momento, numa retrospetiva dos principais contributos teóricos da Demografia.

Na década de 1930, Thompson (1929) observou profundas modificações no perfil demográfico dos países desenvolvidos, especialmente nos europeus. Em concreto, identificou tendências de oscilação da natalidade e da mortalidade ao longo do tempo que promoveram um aumento populacional significativo no início do século XX, o qual foi designado por “revolução demográfica” e que se veio a constituir enquanto grelha de leitura das transformações demográficas. Este modelo foi desenvolvido por Landry (A., 1934)que tentou caracterizar mais detalhadamente as variações observadas nos indicadores demográficos. Não obstante a relevância dos contributos decorrentes deste modelo para a análise das mudanças observadas ao nível demográfico, a sua limitação explicativa atribuiu a este modelo um carácter essencialmente descritivo da evolução da fecundidade e mortalidade. Por conseguinte, este modelo de “revolução demográfica” não pode ser entendido enquanto modelo demográfico com robustez suficiente para suportar uma análise ampla e completa das tendências populacionais notadas neste período (Nazareth, 2009).

O rápido e crescente aumento da população mundial que se continuou a observar até à década de 1960 deu um novo fôlego à análise demográfica. Neste período, a modernização das sociedades adquiriu um papel particularmente importante na explicação das alterações no perfil demográfico dos países. Considerava-se que as melhorias generalizadas no bem-estar e na saúde dos indivíduos, que decorriam precisamente dos efeitos da modernização, constituíram o mote para uma alteração nos padrões demográficos (Fernandes, 2008). Neste período, a Demografia encetava esforços essencialmente para descortinar as causas subjacentes à redução da taxa de mortalidade, procurando associá-la às melhorias nas condições de saúde decorrentes do desenvolvimento das sociedades. É a partir deste momento que podemos situar o início de uma análise demográfica extensiva das causas e consequências das variações nos indicadores demográficos, ainda que direcionada para a mortalidade. Em consequência, o modelo de revolução demográfica começou a perder o seu carácter de descritor de grandes tendências demográficas e começou a assumir um carácter mais analítico e, assim, passível de explicar o comportamento demográfico (Weeks, 2007).

Na década de 1970, o trabalho de Ansley Coale deu um novo impulso à análise demográfica, na medida em que se centrou na variação da taxa de fecundidade enquanto

os motivos subjacentes à diminuição da fecundidade que se observava já em alguns países mais desenvolvidos. Além disso, Coale atribuiu particular importância ao papel de fatores de ordem social, cultural ou religiosa para a alteração dos indicadores demográficos e, em concreto, no comportamento natalista.

A designação de transição demográfica surgiu com Frank Notestein para designar “a passagem de um estado de equilíbrio, em que a mortalidade e a fecundidade têm níveis elevados, para um outro estado de equilíbrio, em que a mortalidade e a fecundidade apresentam baixos níveis, na sequência ou paralelamente a um processo de modernização” (Nazareth, 2009, p. 40). Atualmente, a transição demográfica é um dos modelos teóricos mais importantes da Demografia. Constitui uma importante grelha de leitura das alterações no perfil demográfico das populações, tendo não só uma vocação europeia, para a qual estava vocacionada inicialmente por ter sido nos países europeus que primeiramente se começaram a observar alterações no perfil demográfico mas, na atualidade, também à escala planetária por se estender a todos os países desenvolvidos.

A teoria da transição demográfica considera a existência de quatro fases de evolução demográfica caracterizadas por diferentes estádios dos indicadores populacionais (Nazareth, 2009). A primeira fase, de quase-equilíbrio ou quase- transição é marcada por níveis elevados de fecundidade e mortalidade. O elevado número de filhos é explicado à luz de más condições higiénico-sanitárias que, por sua vez, estão na origem de uma elevada mortalidade. O ritmo de aumento dos nascimentos é acompanhado em paralelo pelo aumento do número de mortes. Do consequente baixo número de jovens e de idosos resulta uma pirâmide etária estreita tanto na base como no topo. Nesta fase, o crescimento natural da população é muito baixo. Esta fase foi primeiramente observada nos países mais desenvolvidos da Europa no século XVIII.

A segunda fase de transição é caracterizada por uma diminuição da mortalidade enquanto consequência direta de melhores condições de higiene e por uma melhoria dos cuidados de saúde prestados à população. Por sua vez, a fecundidade mantém-se elevada. Deste desequilíbrio entre um menor número de mortes e a manutenção de um elevado número de nascimentos resulta um crescimento positivo da população. É este aumento populacional que origina um alargamento da base da pirâmide etária que traduz um maior peso dos grupos etários jovens. Esta fase foi observada no início do século XX na generalidade dos países em desenvolvimento.

Na terceira fase há uma diminuição da fecundidade em muito consequente da proliferação de novas representações sobre o papel da mulher na sociedade e a sua entrada no mercado de trabalho e por um mais fácil acesso a meios contracetivos. Nesta fase continua-se a observar um declínio da mortalidade ainda que a um ritmo mais lento do registado na segunda fase. Da conjugação de um abrandamento da evolução destes dois indicadores demográficos resulta um abrandamento do crescimento natural da população. Na terceira fase começa a desenhar-se uma nova configuração da pirâmide etária no sentido do seu estreitamento, tanto na base como no topo, em resultado de um progressivo menor número de jovens e idosos.

A quarta e última fase de transição demográfica retoma a designação da primeira, de quase-equilíbrio, uma vez que também esta é caracterizada por uma variação em ritmo similar entre a natalidade e a mortalidade. Todavia, contrariamente à primeira fase em que se observa um elevado número de nascimentos e de mortes, nesta quarta fase registam-se níveis baixos de fecundidade e de mortalidade, situação esta que já se havia começado a desenhar nas duas fases de transição anteriores. Em consequência, o crescimento natural da população tende para zero e há um reforço da tendência de estreitamento da base e do topo da pirâmide etária.

Atendendo ao perfil demográfico de cada país é possível inseri-lo numa das quatro fases da transição demográfica e, assim, proceder a comparações sobre a sua situação demográfica. A generalidade dos países em vias de desenvolvimento encontra- se entre a segunda e a terceira fases, situação tributária de um contínuo decréscimo da mortalidade, acompanhado de uma mais lenta diminuição da fecundidade. Pelo contrário, a estabilização destes dois indicadores em níveis baixos coloca todos os países desenvolvidos na última fase de transição. Por nestes se observarem níveis tão baixos de fecundidade que não asseguraram a renovação de gerações17, a par de um maior número de óbitos face ao de nascimentos, tornou-se necessário o uso de uma quinta fase de evolução designada de pós-transição.

Portugal é precisamente um dos países cujo perfil demográfico se enquadra nesta quinta e nova fase, condição comprovada pelos valores do seu índice de fecundidade que revelam que desde a década de 1980 (INE, 2012b) o país já não assegura a renovação de gerações.

As alterações nas dinâmicas demográficas acima descritas são produto de profundas transformações na relação do homem com o seu meio e de um maior controlo deste sobre o seu futuro (Nazareth, 2009a; Paúl, 2005a). Os homens conseguiram não só prolongar a sua vida, adiando a hora da sua morte, como decidir o número de filhos que queriam ter. Ao nível dos comportamentos natalistas, importa considerar a relevância das transformações sociais e culturais que estão na sua base. De outra forma, foram “as questões sociais, culturais e económicas a explicar a mudança de comportamentos natalistas e, por consequência, o processo de «envelhecimento na base da pirâmide», ou seja, o início de um processo estrutural de desequilíbrio entre uma base etária tendencialmente em rarefação e um topo da pirâmide em crescimento e em alargamento” (Dias; Rodrigues, 2012, p. 180).

Vários são os exemplos dessas transformações com impacto tanto na fecundidade como na mortalidade (Fernandes, 2008; Nazareth, 2009a; Rosa, 2012; Rosa; Chitas, 2010): ao nível da diminuição da fecundidade pode apontar-se a emancipação social da mulher, com o fortalecimento da sua posição no mercado de trabalho, uma mais difícil gestão do tempo de trabalho, lazer e família, o alcance de mais direitos, o reforço da igualdade entre géneros, bem como de um maior poder desta (e do casal, em sentido lato) sobre a sua descendência através do recurso a meios contracetivos inseridos, nomeadamente, na emergência do SNS e do planeamento familiar. Em conjunto, estes motivos condicionaram profundamente a dinâmica natalista dominante durante décadas nos países desenvolvidos. Podemos falar, portanto, não só num menor número de nascimentos por mulher em idade fecunda mas, também, num adiamento do projeto de maternidade, este último não só com efeitos ao nível da diminuição do tempo fértil da mulher mas, também, de uma mais difícil possibilidade de engravidar considerando o aumento da sua idade. É importante considerar, ainda, o impacto do prolongamento do percurso escolar no adiamento do projeto de maternidade, bem como a incrível diminuição da mortalidade infantil, especialmente em Portugal, o país da EU-27 onde este aumento foi mais significativo o que revela as importantes conquistas que o país alcançou ao nível da prestação de cuidados de saúde.

Podemos concluir que, apesar do desenvolvimento de políticas de incentivo à natalidade, esse esforço não tem sido suficiente para evitar a prevalência de motivos de cariz individual, social e económico que estão na base de uma menor fecundidade.

Quanto aos motivos do aumento do número de idosos, e do consequente alargamento no topo da pirâmide, destacam-se essencialmente todos os avanços feitos

ao nível da medicina, propiciadores de mais e melhores cuidados de saúde, bem como a existência de melhores condições higiénico-sanitárias. De forma lata, refletem os esforços que os homens têm encetado para adiar a hora da sua morte, vivendo mais anos e com um maior bem-estar.

Na atualidade refuta-se a ideia de que as causas do envelhecimento populacional decorrem do aumento da esperança de vida e da diminuição da mortalidade. Os indicadores demográficos comprovam, pelo contrário, que uma diminuição do número de mortes tem sobretudo impacto entre os grupos etários mais jovens na medida em que, proporcionalmente, há um aumento da população em idade fértil com o consequente aumento de uma maior possibilidade de um mais elevado número de nascimentos. Esta diminuição conduz a uma menor proporção dos mais jovens e, inevitavelmente, a um aumento relativo do número dos mais velhos. Este cenário corresponde à fase de pós- transição demográfica que vários países atravessam neste momento, marcada por uma estabilização da mortalidade em níveis baixos e por uma progressiva diminuição da natalidade/fecundidade, a qual está na origem da não renovação de gerações, bem como de um menor número de nascimentos. É, portanto, transversal a consideração de que a diminuição da fecundidade é a principal causa do atual envelhecimento demográfico nos países desenvolvidos (Fernandes, 2008; Nazareth, 2009).

A explicação das causas do envelhecimento demográfico não se esgota, contudo, nos fatores naturais, ou de outra forma, num menor número de nascimentos. De facto, importa também considerar o impacto das migrações, da distribuição de nascimentos por sexo, e nas possibilidades de fecundidade daí decorrentes, bem como do aumento absoluto do número de idosos e da sua maior longevidade (Nazareth, 2009).

As migrações têm um duplo impacto no fenómeno do envelhecimento. Por um lado, a entrada de ativos em países de imigração traduz-se numa diminuição proporcional simultânea dos grupos etários mais jovens e dos mais velhos, acompanhada pelo aumento dos patamares etários intermédios. Por outro, em países de emigração a saída de ativos implica uma acentuação do número de indivíduos mais velhos que adquire, portanto, um maior peso face aos restantes grupos etários. No caso das migrações internas a sua relevância reside no seu potencial de rejuvenescimento ou de envelhecimento, conforme se trate de uma região de saída ou entrada de população.

Em Portugal, foi precisamente a emigração o primeiro indicador a explicar o processo de envelhecimento demográfico. Entre meados da década de 1960 e da década

abandonaram o país, tanto por fuga ao serviço militar na guerra do Ultramar como na procura de melhores condições de vida. Este elevado volume de emigração implicou a diminuição do volume de jovens portugueses e o consequente e simultâneo estreitamento da base da pirâmide etária e o alargamento do seu topo enquanto consequência de uma maior proporção de idosos. Além disso, a saída de mulheres em idade fértil comprometeu o potencial de fertilidade nas décadas seguintes.

Uma outra causa que concorre para o envelhecimento demográfico prende-se com a variável sexo ou, mais concretamente, com o maior volume de nascimentos de crianças do sexo masculino. Este fenómeno, associado à maior esperança média de vida das mulheres, traduz-se num desequilíbrio entre sexos no topo de pirâmide, podendo o número de mulheres ser da ordem do dobro ou triplo dos homens. A agudização ou atenuação deste fenómeno pode estar associada aos movimentos migratórios.

Por fim, importa referir a importância do aumento da proporção de indivíduos mais velhos, particularmente notório em países onde a esperança média de vida é mais elevada e a mortalidade é baixa. Esta situação é reflexo de uma melhoria das condições de vida e dos cuidados de saúde que permitiram aos indivíduos viver gradualmente mais anos, em melhores condições de saúde e bem-estar.

Considerando as causas do envelhecimento demográfico apresentadas, este fenómeno deveria revelar-se como algo positivo na medida em que reflete um conjunto de avanços das sociedades no sentido da sua modernização e que, por sua vez, se traduziram numa diminuição da mortalidade e de uma maior esperança de vida. Acarretaram, também, uma diminuição da fecundidade. Contudo, se a modernização das sociedades acarretou um conjunto alargado e variado de conquistas que permitiram uma melhor qualidade de vida dos indivíduos, a verdade é que também são notórias as dificuldades das sociedades em se adaptarem ao processo de envelhecimento daí resultante, nomeadamente ao nível dos desafios que encerra (Rosa; Chitas, 2010).

Apresentadas as causas do envelhecimento demográfico, podemos definir uma população envelhecida como aquela que apresenta um reduzido número de jovens, fruto de uma diminuição progressiva dos nascimentos por mulher em idade fecunda, a par de uma elevada proporção de idosos, os quais se espera vivam progressivamente mais anos (Fernandes, 2008; Nazareth, 2009). O envelhecimento de uma população é então resultado “de um aumento dos grupos etários com mais idade e de uma diminuição dos grupos etários mais jovens [não resultando, portanto] apenas de um aumento da população idosa” (Nazareth, 2009a, p. 26). Numa população envelhecida há aquilo a

que podemos chamar de desequilíbrio na relação de forças entre os grupos etários da base e do topo da pirâmide (Rosa; Chitas, 2010), na medida em que o peso dos mais velhos é progressivamente maior face ao dos mais jovens.

Da conjugação de níveis baixos de fecundidade com os da mortalidade nos países desenvolvidos resulta uma inversão da pirâmide demográfica, a qual se tem tornado tendencialmente mais estreita na base e mais larga no topo. Este envelhecimento tem uma dupla dimensão: ocorre tanto na base da pirâmide, pelo então menor número de jovens em consequência de menos nascimentos, bem como no seu topo, resultado do aumento do volume de indivíduos mais velhos. Podemos falar, portanto, num duplo envelhecimento verificado nos dois extremos da pirâmide etária.

O envelhecimento pode ter uma natureza individual ou coletiva (Rosa, 2012). O envelhecimento demográfico insere-se precisamente na dimensão de cariz coletivo, a par do envelhecimento societal. O envelhecimento demográfico implica a definição de uma idade para além da qual os indivíduos são inequivocamente considerados como velhos. O envelhecimento societal diz respeito à forma como a sociedade vivencia o envelhecimento dos seus membros, ou seja, como reage às causas e consequências do envelhecimento demográfico e à forma como define o papel social dos seus idosos. Há, portanto, uma forte relação entre envelhecimento demográfico e societal. Se o envelhecimento biológico de cada individuo é inevitável, apesar dos esforços do Homem em prolongar a sua vida, já o envelhecimento populacional, consequente do demográfico, pode ser controlado, sobretudo ao nível da promoção da fecundidade, essencial para o rejuvenescimento populacional (Rosa; Chitas, 2010)

O conjunto de transformações nos padrões de fecundidade e mortalidade apresentados não têm impacto apenas na estrutura demográfica dos países. Na verdade, o processo de transição demográfica constituiu-se enquanto um fenómeno social total (Weeks, 2007) que assenta não só nas alterações nos principais indicadores demográficos, como tem subjacente um conjunto de alterações mais profundas ao nível das estruturas familiares, económicas e sociais. São vários os desafios que o envelhecimento demográfico coloca às sociedades e aos Estados, nomeadamente ao nível da sustentabilidade dos sistemas de Segurança Social, atendendo ao peso financeiro do pagamento de pensões, bem como dos cuidados de saúde aos indivíduos mais velhos, tendencialmente mais frágeis no seu estado físico e psicológico (Nazareth, 2009a; Rosa, 2012). É ainda importante considerar os desafios ao mercado de trabalho,

do prolongamento temporal da atividade profissional, além da necessidade de definição de políticas de gestão de recursos humanos direcionadas para um segmento envelhecido de trabalhadores com necessidade ou interesse em continuar a trabalhar (Fernandes, 2008). Uma outra área de desafio decorrente do envelhecimento demográfico prende-se com a alteração dos padrões familiares, nomeadamente ao nível das relações entre elementos familiares e do cuidado aos mais velhos dentro do seu núcleo familiar (Paúl, 2005b). Estes e outros fatores que afetam as sociedades atuais vêm questionar as possibilidades e desenhar os limites de como a questão do envelhecimento deve ser hoje tratada pelas sociedades atuais (Fernandes, 2007b). O carácter estrutural do processo de envelhecimento demográfico na Europa veio colocar este tema na ribalta da discussão teórica e política, sendo várias as recomendações, relatórios e iniciativas promovidas pela UE-27 e pelos Estados-Membros no sentido de responder aos desafios decorrentes do envelhecimento demográfico e definir estratégias de atuação. Estas serão apresentadas e discutidas no Capítulo IV.

O envelhecimento demográfico tem inerente a definição de uma idade além da qual, e independentemente de qualquer subjetividade ou atributo pessoal, os indivíduos são considerados idosos enquanto resultado de uma classificação em função da sua idade (Rosa, 2012). Esta categorização é feita por via da definição de escalões etários cuja delimitação tem variado ao longo do tempo e das perspetivas teóricas seguidas.

Uma das primeiras categorizações definia como jovens aqueles com idade entre