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1 INTRODUÇÃO 1.1 TEMA

CARACTE RÍSTICAS

7. Do sentido referente a ferramentas ou instrumentos

2.3.3 O Conceito para TCU, TCE, CGU

O TCU (Tribunal de Contas da União) e o TCE (Tribunal de Contas do Estado do Paraná), são membros da Organização Internacional de Entidades Fiscalizadoras Superiores INTOSAI (International Organization of Supreme Audit Institutions), utilizando-se, principalmente, do padrão estabelecido por esta organização, o qual é denominado ISSAI (International Standards of Supreme Audit Institutions). A instituição possui uma página: www.intosai.org, na qual se tem o acesso a várias informações da organização e artigos da área.

O Tribunal de Contas do Estado do Paraná, em sua página: www.tce.pr.gov.br, divulga apenas um link para a página da Organização e uma breve descrição do que é a organização, não constando Manual ou informações a respeito de princípios, normas e conceitos utilizados.

O TCU, conforme seu Boletim (BRASIL, 2012-B, p.19-20), das Normas de Auditoria, realiza suas análises com base em normas próprias: Normas de Auditoria do TCU - NAT, nas Normas Internacionais de Auditoria das Entidades de Fiscalização Superior (ISSAI) da INTOSAI, “desde que compatíveis com as atribuições constitucionais e legais do TCU, com o ordenamento jurídico pátrio e com as disposições e a lógica destas normas”, nas normas de auditoria emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC), pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), pelo Banco Central do Brasil (Bacen), pela Superintendência de Seguros Privados (Susep) e os pronunciamentos técnicos do Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Ibracon), podendo ser aplicada outras normas profissionais. No Boletim, o Tribunal esclarece as bases que fundamentam suas normas: a Constituição, a Lei Orgânica, o Regimento Interno, o Código de Ética dos Servidores do TCU, as resoluções e instruções normativas do TCU; a experiência acumulada, as normas de auditoria de fontes internacionais, especialmente as ISSAI, da Intosai, bem como as normas: IFAC, o IIA, o GAO, o ANAO e as entidades de fiscalização superior da Alemanha, Itália, França, Espanha, Bélgica e Holanda (BRASIL, 2012-B, p.9).

É disponibilizado na página do TCU, entre outros, as Normas de Auditoria do TCU – NAT, o Glossário e Boletins instruindo com relação à Auditoria de Conformidade a Auditoria Operacional. As Normas de Auditoria enfocam mais nos fundamentos legais da Auditoria e no Planejamento e Execução da Ação da Auditoria. Com relação a conceitos, remete ao Glossário e publicações da INTOSAI.

Com relação à Auditoria de Conformidade, a definição apresentada no Boletim respectivo explicita o conceito deste controle exercido, no entanto não apresenta demais conceitos que fundamentem as práticas dessa forma de

Auditoria. É a definição: “Instrumento de fiscalização utilizado pelo Tribunal para examinar a legalidade e a legitimidade dos atos de gestão dos responsáveis sujeitos a sua jurisdição, quanto ao aspecto contábil, financeiro, orçamentário e patrimonial. ” (BRASIL, 2012-B, p.9)

O Boletim referente à Auditoria Operacional apresenta o Manual de Auditoria Operacional, no qual consta além do conceito desta Auditoria, apresenta várias definições dos conceitos utilizados por esta forma de Controle. É a definição da Auditoria Operacional: “É o exame independente e objetivo da economicidade, eficiência, eficácia e efetividade de organizações, programas e atividades governamentais, com a finalidade de promover o aperfeiçoamento da gestão” (BRASIL, 2012 E, p.7)

A Controladoria Geral da União – CGU disponibiliza, em sua página (www.cgu.gov.br), dois instrumentos que constam as definições dos conceitos que utiliza: 1. O Manual de Controle Interno, elaborado por uma associação internacional denominada de Organismos Estratégicos de Controle Interno, sendo a CGU vinculada à Comunidade de Países de Língua Portuguesa, cuja sigla é: OECI/CPLP; 2. O Manual do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal, aprovado pela Instrução Normativa nº 001/2001.

O Manual da OECI/CPLP considera como tipos de ações de Controle: 1. PRINCIPAIS TIPOS DE AÇÕES DE CONTROLE:

Os principais tipos de accoes/acoes de

controlo/controle usualmente utilizados pelos OECI- CPLP no exercício das suas missões são os seguintes: i. Avaliação da execução dos Programas;

ii. Auditoria: financeira/contábil; de sistemas; de tecnologias de informação;

De desempenho/gestão; de regularidade/conformidade;

iii. Fiscalização/inspeção/inspeccao. (OECI/CPLP, 2013).

Há um Glossário neste documento, o qual traz diversas definições, porém referentes ao Controle.

O Manual do Sistema considera como técnicas de Controle a Auditoria e Fiscalização. A Auditoria é definida como:

[...] o conjunto de técnicas que visa avaliar a gestão pública, pelos processos e resultados gerenciais, e a aplicação de recursos públicos por entidades de direito público e privado, mediante a confrontação entre uma

situação encontrada com um determinado critério técnico, operacional ou legal. Trata-se de um importante técnico de controle do Estado na busca da melhor alocação de seus recursos, não só atuando para corrigir os desperdícios, a improbidade, a negligência e a omissão e, principalmente, antecipando-se a essas ocorrências, buscando garantir os resultados pretendidos, além de destacar os impactos e benefícios sociais advindos (BRASIL, 2013-F, p. 31).

É importante destacar que o termo Auditoria, além de significar uma técnica de Controle também é aplicado a uma unidade da CGU dentro dos órgãos de Administração Indireta ou Paraestatais, pois, segundo o Manual, é uma “Auditoria Interna”: “estrutura organizacional de entidades da Administração Pública Federal Indireta ou aos entes paraestatais de cooperação com o Poder Público que realizam serviços sociais autônomos”.

O Manual do Sistema apresenta ainda os conceitos utilizados nas avaliações,os quais ele trata como “atributos”. Segundo ele: “Para efeito das avaliações sobre os dadose informações consideram-se, ainda, os atributos de eficiência, eficácia, legalidade e economicidade da gestão” (BRASIL, 2013-F, p. 28).

Há também, dentre as responsabilidades da Controladoria Geral da União, segundo o Manual do Sistema de Controle Interno, atuação sobre o Controle Social, o Controle da Qualidade e apoio ao Controle Externo. Com relação ao Controle Social cabe à Controladoria, segundo o documento, avaliar os mecanismos de controle social, no que se refere a destacar se estes estão devidamente constituídos, se estão funcionando adequadamente, se possuem efetiva representatividade dos agentes sociais, e se atuam de forma efetiva e independente. A própria Controladoria possui o órgão de Ouvidoria, que se constitui em um canal para o exercício do Controle Social. Quanto ao Controle da Qualidade, este se restringe às atuações da própria Controladoria, verificando-se quanto à sua eficiência e eficácia para identificar os possíveis desvios ocorridos e suas causas, adotando medidas corretivas com vistas ao aperfeiçoamento. Com relação ao apoio ao Controle Externo, explicita o Manual do Sistema, que este consiste no “fornecimento de informações e dos resultados das ações do Sistema”, considerados o disposto em legislação específica.