• Nenhum resultado encontrado

Das análises dos dados minerados, algumas observações tornam-se latentes, importantes e urgentes no contexto de novos estudos: a primeira delas se refere às publicações científicas sobre a relação entre a GC e sustentabilidade. Percebe-se, claramente, no trabalho realizado, a constatação, por meio de pesquisas nas bases de dados investigadas, que a CI ainda não reflete profundamente o tema. Todas as produções científicas, encontradas por este estudo dizem respeito à área de Administração e à da Engenharia de Produção.

urgência demanda da importância da relação aplicada aos diversos setores sociais. Também é necessária tal mineração e análise nas revistas científicas de outras áreas, além da CI, que abordam a GC. As áreas de Administração, Engenharia de Produção e Educação são afins da CI e abordam a GC e suas possíveis relações.

Além disso, também se faz importante, um estudo que investigue como a relação GC e sustentabilidade vem sendo apli- cada nas organizações, qual a sua influência no comportamento e na cultura organizacionais, e, os resultados efetivos junto aos projetos, programas e ferramentas da GC para o desenvolvimento sustentável, dos produtos, serviços e processos organizacionais.

Outra percepção é que os resultados deste estudo eviden- ciam que a proposta da relação entre a GC e a sustentabilidade pode ser aplicada nas organizações que se preocupam com o desen- volvimento social por meio da responsabilidade social de cada organização. A relação promove a participação coletiva de seus colaboradores pela busca de soluções sustentáveis aplicadas aos serviços, produtos e processos oriundos da construção, desenvol- vimento e compartilhamentos dos conhecimentos organizacionais. Nesse caso, a GC, por meio de projetos e/ou programas específicos que demandem o conhecimento para aplicabilidade sustentável, pode permitir reflexões e ações de responsabilidade social das organizações atuais.

Além disso, as abordagens analisadas revelam que a GC se utiliza da interação entre técnicas, tecnologias e pessoas, associada à criação de um ambiente propício à aprendizagem que permite, por meio da colaboração, o compartilhamento das informações; o gerenciamento e a efetividade da criação; e o desenvolvimento do conhecimento. Utiliza-se também do relacionamento e da interatividade dos capitais humano, estrutural e ambiental para operacionalizar suas ações de gerenciamento com vista à inovação.

A inovação, para as organizações, é considerada uma ferramenta que agrega valor a seus produtos, serviços e processos. Para que haja inovação no âmbito organizacional contemporâneo, urge a interação dinâmica entre cognição, motivação e emoção nos processos de aprendizagem com fins sustentáveis. Em outras pala- vras, organização inovadora é aquela que se utiliza dos princípios de sustentabilidade como fator de resposta, prestação de contas, satisfação à sociedade de ações responsáveis e preocupadas com o bem coletivo. A GC torna-se, nesse contexto, uma grande aliada.

Portanto, projetos, programas e ferramentas de GC para as organizações contemporâneas podem desenvolver problemáticas voltadas para a sustentabilidade, que assumem uma dimensão social, favorecendo a reflexão sobre a realidade local e global, com estímulo a questionamentos, discussões interdisciplinares, suposições, proposições, análises críticas e reflexões sobre as práticas laborais. Além de buscar o sustento econômico e finan- ceiro da instituição, a redução de custos e o aumento de lucros sincronizados com a contribuição efetiva para a responsabilidade social e ambiental de forma sustentável e permanente, a GC, ao promover espaços de aprendizado contínuo, pode contribuir para o alinhamento das estratégias da organização com uma cultura que promova o conhecimento e o aprendizado contínuo e sustentável.

REFERÊNCIAS

AGUIAR, M. M. S. Práticas de aprendizagem e

desenvolvimento sustentável: um estudo na Rede AMFOR.

2012. Dissertação (Mestrado Acadêmico em Administração) – Universidade Estadual do Ceará (UECE), Fortaleza, 2012. ALKMIM, E. B. Conscientização Ambiental e a Percepção da

Comunidade sobre a Coleta Seletiva na Cidade Universitária da UFRJ. 2015. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal

do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2015.

BERTO, R. M. V. S.; PLONKI, G. A. Competências

profissionais para a gestão do conhecimento. 2001. Disponível

em: http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2001_tr15_0101. pdf. Acesso em: 26 jun. 2018.

BODNAR, Z.; FREITAS, V. P.; SILVA, K. C. A epistemologia interdisciplinar da sustentabilidade: por uma ecologia integral para a sustentação da casa comum. Revista Brasileira de

Direito, v. 12, n. 2, p. 59-70, jul./dez. 2016.

BOFF, L. Sustentabilidade: o que é: o que não é. Rio de Janeiro: Vozes, 2013.

CARVALHO, C. P. A gestão do conhecimento e sua correlação com a sustentabilidade organizacional. Sistemas & Gestão: Revista Eletrônica. v. 8, n.1, a. 7, p. 78-85, 2013.

ÉBOLI, M.; MANCINI, S. Sustentabilidade, Educação Corporativa e Competências: desafio das empresas para perpetuidade do negócio. In: SILVEIRA, M. A. (org.). Gestão

da Sustentabilidade Organizacional: Inovação, Aprendizagem

e Capital Humano. Campinas, SP: Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer, 2011. p. 242.

ELKINGTON, J. Cannibals with forks. New Society Publische, 1998. ESPÍRITO SANTO, C. A. et al. Sustentabilidade, cultura organizacional e gestão do conhecimento. In: COLÓQUIO INTERNACIONAL DE GESTÃO UNIVERSITÁRIA. 17., 2017.

Anais [...]. Argentina, 2017.

ESTEBAN NAVARRO, M. Á.; NAVARRO BONILLA, D. Gestión del conocimiento y servicios de inteligencia: la dimensión estratégica de la información. El professional de la

información, v. 12, n. 4, jul./ago. 2003. Disponível em: http://

www.elprofesionaldelainformacion.com/contenidos/2003/ julio/3.pdf. Acesso em: 14 jun. 2018.

KOLB, D. A. A gestão e o processo de aprendizagem. In: STARKEY, K. (org.). Como as organizações aprendem. São Paulo: Futura, 1997. p. 321-341.

LAVE, J.; WENGER, E. Situated learning: legitimate peripheral participation. New York: Cambridge University Press, 1991. MELLO, J. et al. Gestão do conhecimento e sustentabilidade. In:

MONTIBELLER-FILHO, G. O mito do desenvolvimento

sustentável: meio ambiente e custos sociais no moderno sistema

produtor de mercadorias. Florianópolis: UFCS, 2004. MOURA, E. O. et al. Gestão do conhecimento com foco no estudo da sustentabilidade: estudo de caso no setor têxtil. In: ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO. 33., 2013. Anais [...]. Salvador, 2013. MUÑOZ, D. L. C; COELHO, C. C. S. R.; STEIL, A. V. Contribuições de ferramentas de gestão do conhecimento aplicadas à sustentabilidade baseadas em uma revisão

sistemática de literatura. In: INTERNATIONAL WORKSHOP ADVANCES IN CLEANER PRODUCTION. 4., 2013. Anais […]. São Paulo, 2013.

NONAKA, I.; TAKEUCHI, H. Criação de conhecimento na

empresa: como as empresas japonesas geram a dinâmica da

inovação. Rio de Janeiro: Campus, 1997.

PACHECO, R. M. et al. Gestão do conhecimento na administração pública: seu papel na promoção da sustentabilidade. In:

CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO, 9., 2015. Anais [...]. Rio de Janeiro, 2015.

RODRIGUES FILHO, J. L.; PASQUALIN, E. C. Gestão do conhecimento sustentável. In: ATOS DO CONGRESSO RESPONSABILIDADE E RECIPROCIDADE. 2011. Anais [...]. 2011. Disponível em: https://reciprocidade.emnuvens.com.br/rr/ article/view/27/25. Acesso em: 12 ago. 2018.

ROSSETTI, A. G.; MORALES, A. B. T. O papel da tecnologia da informação na gestão do conhecimento. Ciência da Informação, Brasília, v. 36, n. 1, p. 124-135, jan./abr.2007.

SCOTTO, G.; CARVALHO, I. C. de M.; GUIMARÃES, L. B.

Desenvolvimento sustentável. Petrópolis: Vozes, 2007.

SCHEIBE, L. F. Desenvolvimento Sustentável, Desenvolvimento Durável. In: ZAKRZEVSKI, S. B.; BARCELOS, V. (org.).

Educação ambiental e compromisso social. Erechim: Edifapes,

2004. p. 317-336.

SILVEIRA, M. A. et al. Aprendizagem organizacional para

a sustentabilidade organizacional: desenvolvimento de

competências me fabricantes de equipamentos eletrodomésticos. 2013. Disponível em: http://www.abepro.org.br/biblioteca/ enegep2013_tn_sto_184_052_22394.pdf. Acesso em: 20 jun. 2018. VINHA, V. G. As empresas e o desenvolvimento sustentável: da ecoeficiência à responsabilidade social corporativa. In: LUSTOSA, M. C.; MAY, P.; VINHA V. G. da. Economia do

meio ambiente: teoria e prática. São Paulo: Campus, 2003. cap.

ALGUMAS INTERFACES DA GESTÃO DA