A presente pesquisa teve como pretensão, identificar aspectos referentes à juventude na contemporaneidade, em relação aos aspectos de como o jovem se objetiva no mundo, como a mediação é importante para a constituição do sujeito, além do quanto os outros influenciam nas escolhas profissionais. Também foi pretensão debater, nesta pesquisa, a forma com que a juventude se identifica perante o seu grupo social diante do trabalho que escolhe exercer.
Cabe salientar que as características definidas por esta pesquisa, quanto aos sujeitos que participaram dela, teve como interesse explorar os aspectos do meio rural e como a juventude que pertence a este meio realiza suas escolhas, diante de um dos dilemas mais importantes da vida humana, qual seja: qual profissão seguir. A opção pelo meio rural não surgiu como propósito para fazer distinções entre culturas, mas como forma de entender as características desses jovens, que são pouco estudadas nas pesquisas científicas, principalmente as de cunho psicológicos.
Quando se amplia o campo de possibilidades, participando e interagindo em outro contexto social, os jovens deixam de pensar, planejar e executar sua atuação no mundo como meros coadjuvantes e percebem outras possibilidades que não apenas as que estão em seu modo atual de vida. Desta forma, percebem que as suas escolhas quanto ao exercício profissional, por exemplo, podem ser mais amplas e diversas.
No momento em que os sujeitos desta pesquisa passaram a estudar em outro local diferente daquele do qual nasceram o novo contexto social lhes impõem novas alternativas de perceber o mundo, e com isso o dilema: ficar no meio de origem ou no meio urbano? E este dilema passa a ser verdadeiramente uma escolha, pois deixa de ser algo simplesmente do campo das conjecturas, já que suas escolhas serão balizadas em experiências pessoais e não apenas em influências externas.
Retornando a pergunta inicial desta pesquisa, sobre: quais variáveis que fazem jovens oriundos do meio rural se qualificarem profissionalmente no meio urbano e optarem pelo exercício profissional no seu meio de origem, percebe-se que as categorias
construídas no método desta pesquisa foram capazes de evidenciar os elementos essenciais dos sujeitos que participaram desta pesquisa, de forma a dar respostas aos objetivos específicos.
Assim, no que concerne ao objetivo específico relativo a identificar a
configuração do núcleo familiar, pode-se verificar que tanto Ramsés quanto Tutmés
carregam consigo aspectos de sua configuração familiar. Contudo, ao longo da análise, percebem-se diferenças entre os dois jovens em estudo, pois Ramsés teve, em suas origens, uma família dedicada ao trabalho agrícola, onde as necessidades primordiais, como alimentação, por exemplo, foram sempre questões fundamentais. Quanto a Tutmés, percebeu- se que o jovem teve diferentemente de Ramsés, um contexto sócio-histórico que enaltecera os estudos e que este ambiente lhe facilitou o acesso influenciando a manutenção do interesse por estudar.
Quanto aos demais dados que foram explanados sobre a configuração familiar dos sujeitos, há certa convergência dos jovens, sobre o número dos filhos, sendo dois em cada família no total e a propriedade da terra, ou seja, seus pais são os donos da terra. Este aspecto, de certa forma, deve influenciá-los em permanecer no meio rural, pois terão como herança a terra, vista por seus pais como algo valoroso.
Sobre o objetivo verificar a percepção dos pais diante do movimento de
qualificação e escolha do meio rural – constatou-se na pesquisa que os pais dos jovens
percebem que são influenciadores na escolha dos filhos em estudar no meio urbano. No momento de ir estudar no meio urbano, ao fazer a quinta série, os pais praticamente não perguntaram se seria do interesse dos filhos este destino, portanto a autonomia não foi algo que moveu estes jovens a ir buscar qualificação, mas deixaram a situação se impor neste aspecto, partindo como interesse dos pais. Entretanto, percebeu-se na pesquisa que a permanência em estudar foi conjecturada pelos jovens, que entenderam os motivos dos pais em lhes dar estudo.
Sobre o objetivo referente ao objetivo: verificar os fatores que influenciaram a
escolha do local de qualificação no meio urbano dos jovens, percebe-se que no início foi
uma condição dos pais e que depois a influência em manter-se nos estudos foi um aprendizado. Para Tutmés, também existiram seus primos que lhe apresentaram o internato como sendo uma opção em continuar os estudos.
No que tange ao objetivo verificar os fatores que influenciaram a escolha da
qualificação e o exercício profissional dos sujeitos da pesquisa, nos dados levantados sobre
as influências relativas à escolha pela qualificação, percebe-se a ampliação da facilidade em poder estudar no meio urbano, pois a prefeitura ofertou este incentivo e isto fez com que os jovens continuassem seus estudos. Ramsés principalmente, que por ter a família com
dificuldades financeiras, talvez não tivesse realizado o término do ensino médio sem o apoio da prefeitura, já que seus pais precisavam de sua mão-de-obra na lavoura.
Quanto ao jovem Tutmés, o apoio da prefeitura ajudou a delinear sua trajetória diante do estudo. Entretanto, em decorrência da trajetória familiar com relação ao interesse pelos estudos, acredita-se que se não tivessem o apoio do governo municipal, seus pais procurariam conceder ao jovem o estudo fundamental.
Perante as influências da escolha profissional e seu exercício, percebeu-se nas falas que os jovens foram mediados principalmente por seus pais, a ingressarem no trabalho no meio rural de forma concomitante com seu crescimento. O valor que seus pais depositam na terra e no trabalho foi tomado pelos jovens como algo próprio de sua identidade.
Portanto, Ramsés assumiu, com o tempo, as terras da família que herdaria como sendo suas, deixando de lado o interesse em buscar emprego e continuidade nos estudos no meio urbano. Seu pai foi seu maior influenciador, pois demonstrou suas experiências desagradáveis da vida no meio urbano, que tivera em seu passado, além de demonstrar para o filho que se sua escolha fosse sair do meio rural, a família poderia passar dificuldades. Assim, Ramsés escolheu por suprir suas necessidades e as de sua família deixando alguns interesses pessoais de lado.
Quanto a Tutmés, o jovem resolve continuar exercendo o trabalho na agricultura e na agropecuária, mas não nas terras da família, pois se tornou empregado. Seus pais também foram seus influenciadores, pois, como bem visto o estudo para eles esteve sempre em primeiro lugar.
Acerca do objetivo: descrever a trajetória acadêmica de jovens oriundo do
meio rural que emigra para qualificar-se no meio urbano em relação aos estudos,
entende-se que esta pesquisa conseguiu alcançá-lo, pois além de identificar na fala o movimento dos jovens perante os estudos, também se percebeu dados individuais, tais como o interesse em estudar.
Quanto ao objetivo de caracterizar na perspectiva dos jovens as suas
percepções sobre o meio rural e o meio urbano, percebeu-se que todos os dois jovens
reconheceram que quando começaram a estudar no meio urbano tiveram certa dificuldade, pois o número de disciplinas, de professores e o aumento dos espaços sociais gerou certos desconfortos, principalmente em Ramsés, que chegou a reprovar no primeiro ano, por conta destas adaptações iniciais. Entretanto, dados que configuram percepções atuais sobre o meio rural e meio urbano, apontados na literatura, não foram descritas literalmente nas entrevistas.
Referente ao objetivo identificar junto aos jovens pesquisados os fatores que
influenciaram a escolha pelo meio de origem, percebeu-se que o apego às origens foi um
dos principais motivos. Sabe-se que este apego trata de uma construção mediada pelo grupo social que lhes influenciou e não quer dizer que os jovens teriam certa determinação em permanecer no seu meio de origem, mas que o incentivo constante foi um elemento crucial para esta escolha.
Ramsés escolhe por se sentir amparado pelas amizades de seu meio, que não lhe subjugam, pelos laços de um pai que lhe aconselha e por uma namorada que vive em seu meio. Tutmés escolhe por influências de seu pai, que gostaria de ter tido a mesma possibilidade, por uma mãe que é sentimentalmente saudosa, mas consegue fixar-se em dois meios, vivendo no urbano e preservando o seu apego diário na execução do trabalho no meio rural.
E, por fim, quanto ao objetivo identificar a relação das atividades profissionais
exercidas no meio rural com a qualificação, a qualificação inicial dos jovens foi mais no
sentido de obter a educação formal, do que a realização de uma qualificação técnica. Portanto, as atividades profissionais escolhidas não necessariamente estão relacionadas àquelas formações inicias, mesmo porque, segundo Ramsés, os aprendizados que obtém para a realização do seu trabalho se dá por meio deste mesmo. Quanto a Tutmés, este se qualificou, possuindo título de técnico agrônomo e suas atividades são direcionadas a estas competências. Após, as constatações do cumprimento dos objetivos específicos desta pesquisa, chega-se a conclusão de que o objetivo geral: Identificar variáveis que fazem jovens
oriundos do meio rural a se qualificarem profissionalmente no meio urbano e escolherem o seu meio de origem para o exercício profissional, foi alcançado.
É importante salientar que não ficou despercebido o fato dos jovens entrevistados terem se mantido residindo no meio rural enquanto estudavam. Tal fato com certeza afeta os resultados desta pesquisa e poderia inferir mudanças significativas nos resultados caso estes jovens tivessem morado na cidade enquanto estudavam no meio urbano e as experiências decorrentes poderiam afetar substancialmente suas identidades. Assim, entende-se que os resultados da presente pesquisa são válidos para sujeitos e não pode ser generalizado para outra situação, o que criaria um viés de análise. Decorrente disso sugere-se tal pesquisa como possibilidades futuras.
Como sugestões para pesquisas futuras que ambicionem temas relacionados ao meio rural e juventude fica a idéia de pesquisar nos colégios internos agrícolas, verificando quais são os principais dilemas destes jovens sobre sua identidade profissional.
REFERÊNCIAS
ABRAMO, H. W. Condição juvenil no Brasil contemporâneo. In: ABRAMO, H. W; BRANCO, P. P. M. (Org.). Retratos da juventude brasileira: análise de uma pesquisa
nacional 1. ed. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2005.
BARDIN, L. Análise de conteúdo 3.ed. Lisboa: Edições 70, 2004.
BRASIL. População Jovem no Brasil: a dimensão demográfica (2008) Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística, Brasília, DF Disponível em:<www.ibge.gov.br/home/
estatística/população_jovem_brasil/cometario1.pdf> Acessado em: 28 de set. de 2008.
BRASIL. Ministério dos Transportes. Mapa do estado de Santa Catarina. Disponível em: http://www.portalchapeco.com.br/~jackson/mapas.htm Acesso em: 03 de junho de 2009. BOHOSLAVSKY, R. Orientação vocacional: a estratégia clínica São Paulo: Martins Fontes, 2007.
CARNEIRO, M. J. Juventude rural: projetos e valores. In: ABRAMO, H. W; BRANCO, P. P. M. (Org.). Retratos da juventude brasileira: análise de uma pesquisa nacional. 1. ed. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2005.
CIAMPA, A. da C. Identidade. In: LANE, S. T. M; CODO, W. Psicologia social, o homem
em movimento. 13a. ed. São Paulo: Brasiliense, 1994.
______. A estória do Severino e a história da Severina: um ensaio de psicologia social. 5. ed. São Paulo: Brasiliense, 1996.
CODO, W. O que é alienação Coleção: primeiros passos. 10. ed. São Paulo: Brasiliense, 1997.
DAVYDOV, V.V; ZINCHENKO, V. P. A contribuição de Vygotsky para o desenvolvimento da psicologia DANIELS, H. (Org.). Vygotsky em foco: pressupostos e desdobramentos. São Paulo: Papirus, 1995.
DAYRELL, J. O jovem como sujeito social. Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, n. 24, 2003 . Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_ arttext&pid=S1413-24782003000300 004&lng=&nrm=iso>. Acesso em: 04 out.2008.
GIL, A. C. Método e técnica de pesquisa social 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002.
FAORO, Raymundo. Os donos do poder: formação do patronato político brasileiro. 3. ed. rev. São Paulo: Globo, 2002.
FERRETTI, C. J. Uma nova proposta de orientação profissional. São Paulo: Cortez, 1997.
FREIRE, G. Casa grande e senzala 43ª. ed Rio de Janeiro: Record, 2001.
GONCALVES, H. S. Juventude brasileira, entre a tradição e a modernidade. Tempo
Sociedade, São Paulo, v. 17, n. 2, 2005 . Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-207020050 00200009&lng=&nrm=iso>. Acesso em: 04 out.2008.
HEGEL, G. W. F. Estética: a idéia e o ideal, Estética: o belo artístico ou o ideal. Coleção: Os pensadores São Paulo: Nova Cultural, 2005.
HOLANDA, S. B. de Raízes do Brasil 26ª. ed São Paulo: Companhia das letras, 2008.
IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2008) População jovem no Brasil: a
dimensão demográfica Disponível em: <www.ibge.gov.br/home/
estatistica/populacao/populacao_jovem_brasil/default.shtm > Acesso em: 28 set. 2008.
KONDER, L. O que é dialética. 28. ed. São Paulo: Brasiliense, 1999.
LASSANCE, A. Brasil: jovens de norte a sul. In: ABRAMO, H. W; BRANCO, P. P. M. (Org.). Retratos da juventude brasileira: análise de uma pesquisa nacional 1. ed. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2005.
LUNA, I. N. Para além das aparências: construção da identidade do trabalho. In: PACHECO, M. C.(Org.). Intervenção e compromisso social. São Paulo: Vetor, 2005.
______; BAPTISTA, L.C. Identidade profissional: prazer e sofrimento no mundo do trabalho.
Revista de psicologia São Paulo: Psic. Rev., maio 2001, Vol. 12.
MAHEIRIE, K. Agenor no mundo. Florianópolis: Letras contemporâneas, 1994. MARTINS, P. de O. et al. O ter e o ser: representações sociais da adolescência entre adolescentes de inserção urbana e rural. Psicol. Reflex. Crit. , Porto Alegre, v. 16, n. 3,
2003 . Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_ arttext&pid =S0102- 79722003000300014&lng=&nrm=iso>. Acesso em: 31 de set. 2008.
MAHEIRIE, Kátia; PRETTO, Zuleica. O movimento progressivo-regressivo na dialética universal e singular. Rev. Dep. Psicol.,UFF, Niterói, v. 19, n. 2, dez. 2007 . Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-
80232007000200014&lng=pt&nrm=iso>. acessos em14 jun. 2009.
MALVEZZI, S. Prefácio do livro In: ZANELLI, J. C. Et al; (Org). Psicologia, Organizações
e Trabalho. Porto Alegre: Artmed, 2004.
MARX, K. O capital: crítica da economia política Livro 1 - o processo de produção do
capital. 9. ed. São Paulo: Difel, 1984a.
______. O capital: O processo de produção do capital Livro 2 - o processo de produção
do capital. 9. ed. São Paulo: Difel, 1984b. 2v.
MINAYO, Maria Cecília de Souza. Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 13. ed. Petrópolis: Vozes, 1999.
NOVAES, R. VANNUCHI, P. (Org.). Juventude e sociedade: trabalho, educação, cultura
e participação. 1ª. ed. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2004.
PERALVA, A. O jovem como modelo cultural Revista Brasileira de Educação. São Paulo, n.5, mai/jun/jul/ago 1997. Disponível em:<http://www.
anped.org.br/rbe/rbedigital/RBDE05_6/RBDE05_6_04_ANGELINA_PERALVA.pdf> Acesso em: 04 out.2008.
OZELLA, Sergio (Org.) Adolescências construídas: a visão da psicologia sócio-histórica. São Paulo: Cortez, 2003
PINO, A. L. B. Processo de significação e constituição do sujeito. Temas de psicologia. local v.1, 1993.
RAGASSI, D.M.M. O estudo fenomenológico da emoção. In: BERTOLINO, P. et al. (Orgs). As emoções. Florianópolos: NUCA Edições Independentes, 1998
RIBEIRO, D. O povo brasileiro: evolução e o sentido do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.
RIBEIRO, R. J. Política e juventude: o que fica da energia. In: NOVAES, R; VANNUCHI, P. (Org.). Juventude e sociedade: trabalho, educação, cultura e participação 1ª. ed. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2004.
SENNETT, R. A cultura do novo capitalismo. Rio de Janeiro: Record, 2006.
______. Carne e pedra. Rio de Janeiro: Record, 2001.
SARTRE, J. P. O ser o nada 15. ed. Rio de Janeiro: Vozes, 2007.
SARTRI, C. O jovem na família: o outro necessário. In: NOVAES, R; VANNUCHI, P.
Juventude e sociedade: trabalho, educação, cultura e participação. São Paulo: Fundação
Perseu Abramo, 2004.
SINGER, P. A juventude como corte: uma geração em tempos de crise social. In: ABRAMO, H. W; BRANCO, P. P. M. (Org.). Retratos da juventude brasileira: análise de uma
pesquisa nacional. 1. ed. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2005.
SPOSITO, M.P.; CARRANO, P. C. R. Juventude e políticas públicas no Brasil. Revista
Brasileira de Educação. Rio de Janeiro, n. 24, 2003 . Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413- 24782003000300003&lng=&nrm=iso>. Acesso em: 04 out. 2008.
STROPASOLAS, V. L. O mundo rural no horizonte dos jovens. Florianópolis: UFSC, 2006
______. O valor (do) casamento na agricultura familiar. Revista Estudos Feministas. Florianópolis, v. 12, n. 1, 2004 . Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104- 026X2004000100013&lng=&nrm=iso>. Acesso em: 04 out. 2008.
WHITAKER, D. C. A.. Nas franjas do rural-urbano: meninas entre a tradição e a modernidade. Cad. CEDES, Campinas, v. 22, n. 56, abr. 2002 . Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-
32622002000100002&lng=pt&nrm=iso>. acessos em13 jun. 2009. doi: 10.1590/S0101- 32622002000100002.
APÊNDICE A – Termo de consentimento livre e esclarecido
Universidade do Sul de Santa Catarina Curso de Psicologia
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Meu nome é Kateusa da Cruz Rosar, sou estudante de Psicologia da Universidade do Sul de Santa Catarina. Estou desenvolvendo o projeto de pesquisa intitulado “De volta as origens: um
estudo sobre jovens do meio rural que saem do campo para qualificarem-se no meio urbano e retornam as suas origens para o exercício profissional”, com a intenção de investigar como ocorre
este fenômeno. Desenvolvo esta pesquisa sob a orientação do Profo. Vanderlei Brasil.
Vou realizar a pesquisa com jovens do meio rural que fizeram suas qualificações profissionais no meio urbano. Considero importante pesquisar assuntos sobre orientação profissional, além dos sentidos atribuídos aos estudos, meio rural e o meio urbano, para poder propor melhorias e novas áreas de atuação. A entrevista com cada sujeito terá duração de aproximadamente uma hora.
Caso você queira esclarecer alguma dúvida sobre a pesquisa ou não queira mais participar da mesma, entre em contato comigo, a qualquer momento, pelo fone (47) 99431316, (47) 3368.0846 ou (49) 3277.0119. A desistência não implicará em prejuízos para o participante. Os resultados coletados serão utilizados na elaboração desta pesquisa, além de poderem ser utilizados para publicações científicas. Esclareço que haverá sigilo sob os dados informados e que os participantes não serão identificados na pesquisa, pois serão utilizados nomes fictícios para preservar o anonimato e a privacidade dos mesmos.
Em caso afirmativo, preencha os dados abaixo. Conto com sua colaboração e desde já agradeço. Atenciosamente, Kateusa da Cruz Rosar.
Eu, _____________________________________________, CPF nº. _____________, telefone nº. ____________ considero que fui suficientemente esclarecido sobre a pesquisa, realizada pela acadêmica Kateusa da Cruz Rosar autorizo a participação.
( ) Autorizo a gravação da entrevista. ( ) Não autorizo a gravação da entrevista.
Local_______ , ____ / ____/2008. __________________________ Assinatura
APÊNDICE B - Roteiro da entrevista com os jovens DADOS GERAIS: 1) Nome do participante:__________________________________________ 2) Sexo: € feminino € masculino 3) Idade:
€ 15 anos € 16 anos € 17 anos € 18 anos € 19 anos € 20 anos € 21 anos € 22 anos € 23 anos € 24 anos € outra_______
4) Posição na família de origem:
€ primeiro filho (a) € segundo filho (a) € terceiro filho (a)
€ outros_______________ € último filho (a) Quantos irmãos: ____________ 5) Nível de escolaridade do pai:
€ analfabeto
€ ensino fundamental incompleto € ensino fundamental completo € ensino médio incompleto € ensino médio completo € superior incompleto € superior completo € outro, qual_________________ € não sabe.
6) Nível de escolaridade da mãe: € analfabeto
€ ensino fundamental incompleto € ensino fundamental completo € ensino médio incompleto € ensino médio completo € superior incompleto € superior completo € outro, qual_________________ € não sabe.
7) Os teus irmãos estudaram? € sim €não
7.1) Se sim, os irmãos estudaram qual deles mais estudou e aonde parou? 7.2) idade dos irmãos:
DADOS ESPECÍFICOS: Variáveis que antecederam a migração para o meio urbano
8) Você residia, na atualidade, com outras pessoas antes de sair para qualificar-se? Se sim, com quem?
9) Antes de sair para o meio urbano você tinha algum relacionamento amoroso?
9.1) Caso afirmativo, esta pessoa residia no meio urbano ou no rural? Houve influências dessa pessoa para você ir para o meio urbano?
10) Antes de sair para o meio urbano, havia já alguém que morava na cidade que lhe influenciou ou que lhe despertou o interesse em ir mudar-se? Se sim, quem eram (amigos, namorado (a) e/ou familiares)?Quais os motivos que lhe influenciaram em sair?
11) Para você seus pais influenciaram de forma positiva ou negativa para qualificar-se? Por quê?
12) Qual a sua trajetória escolar antes de sair para o meio urbano? (gosto pelos estudos, assiduidade, comprometimento, rendimento escolar, idade, etc.).
13) Em que período de sua vida você resolveu se qualificar? Você sempre quis esta profissão? 14) Como era a sua vida antes de você sair para estudar no meio urbano? (rotina)
DADOS ESPECÍFICOS: Variáveis que antecederam o retorno ao meio rural
15) Você planejou (organizou) a sua saída do meio rural para qualificar-se no meio urbano? Se sim, de que forma?
16) Você sabia qual curso fazer antes de ir morar no meio urbano? Por que você escolheu esta