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6.1 F ORMAÇÃO DE C ONCEITOS E C ONSTRUÇÃO DE C ONHECIMENTOS

6.1.4 Construção de Conceitos

Observamos, portanto, que o uso de histórias infantis no ensino de docente que envolve mais do que conhecimentos lingüísticos em si.

Por ser marcada por múltiplos sentidos, a literatura infantil não tação da vida e demonstra ser uma fonte de

o al e emocional dos alunos que estão começando a aprender uma LE.

os as análises de recortes das s das aulas, buscando nestes dados algumas marcas que

ocorrem os processos de conceitualização da criança no contexto escolar - aula de inglês para crianças tendo como instrumento de ensino uma HI em LE.

ico historicamente determinado e culturalmente o

inglês para crianças demonstra ser uma prática

conduz a criança a uma única interpre

experiências organizada lingüisticamente e que, em função disto, contribui para crescimento intelectu

Neste sentido, ao se ensinar inglês para crianças contando histórias nesta mesma língua, os alunos podem, ao se identificarem com os temas presentes nas HIs, se sentir confortáveis e trazer o que já conhecem para o ambiente formal de ensino - a sala de aula.

Ela é apreendida e objetivada nas condições reais de interação (FONTANA, 1993, p.

concepções são reveladas no contexto em análise:

220. S3 - Ah... uma “she”...

S3 utiliza os pronomes “he” e “she”, demonstrando que já domina estão é macho ou fêmea. A professora vra (LADY) e, com isto, a aluna reconhece o sexo

apaz de transferir uma palavra desconhecida para um contexto que lhe seja

eber que a criança usou a língua de forma significativa para ela, pois havia

e observar que a linguagem desempenhou o nomina função sintetizadora: S3 revelou ter determinados

ram associados ao conceito da palavra 122).

Vejamos, no recorte, como tais

Recorte 16:

218. S3 - Ela é uma “she”? Ou uma “he”?

219. T - LADYbug...

(Aula 3 - Data 03/11/03)

tais conceitos, para saber se o animal em qu reforça a primeira sílaba da pala

feminino.

Sendo assim, S3 demonstra ser c

compreensível e, a partir de então, sente a necessidade de usá-la autonomamente. Ou seja, a palavra e o conceito já lhe pertencem (VYGOTSKY, 2001, p. 249).

Além disto, é possível perc

um objetivo maior: descobrir, utilizando a língua inglesa, o sexo do animal. Assim, o conceito não foi tomado de maneira estática e isolada, mas por meio de um processo de solução de problemas (compreender qual era o sexo do animal).

De igual forma, pode-s que Fontana (1993) de

conceitos apreendidos (he e she) os quais fo

Recorte 17:

56. T - What was the second animal that she met?

61. T - Stag beetle.

(Aula 5 – Data 18/11/03)

113. S10 - Eu lembrei da banda – ((referindo-se a uma banda de pop-rock brasileira com o mesmo

. E mais, no dizer de S10 no recorte 18, fica claro que, frent

77. As - Baa! Baa!((imitando o som de uma ovelha…)).

78. T - Baa! Baa! ((imitando o som de uma ovelha…)).

79. S7 - Teacher... A sheep...

80. T - Yes... Isa… very good!

81. S5 -… é o sheep na cidade grande!

(Aula Diagnóstica – Data 14/10/03)

S7 utiliza corretamente o léxico para designar tal animal e imediatamente S5 associa o nome do animal a um nome de desenho animado muito conhecido entre as crianças “Sheep na cidade grande” que trata justamente da história de uma ovelha que mora na cidade.

57. S4 - Duas palavras…

58. S6 - Stag…

59. T - Stag?

60. S6 - Beetle?

62. A - É dos “beatles”… ((referindo-se à banda de rock))

Recorte 18:

111. T - And then, what was the next animal?

112. As - Skunk nome))

114. T - Yes, you’re right. And what time was that?

(Aula 5 – Data 18/11/03)

Nos recortes 17 e 18, é possível notar que os alunos se servem da associação das palavras novas com algo referente ao seu conhecimento de mundo, ou seja, algo que lhe seja significativo

e a um conceito desconhecido, ocorre a busca pela significação por meio de sua aproximação com outros conceitos já conhecidos e internalizados.

Interessante observar que, nos dois casos, as associações foram com nomes de grupos musicais (Skank e Beatles). O mesmo ocorreu na aula diagnóstica:

Recorte 19:

O recorte abaixo mostra que o oposto também pode ocorrer, ou seja, o aluno toma uma palavra em inglês e a utiliza de forma “aportuguesada”.

Recorte 20:

218. S1 - Claws (( faz o gesto com as mãos)) 220. S8 - Vou “closcar” seu cabelo ((com moviment 217. S8 - Viu é claws…

o de garras, pega no cabelo do amigo)) 1/11/03)

antivo “claws” (garras) é utilizado como se fosse um conjugado em língua portuguesa, o que nos revela a o conhecimento das duas línguas. Além disto, a associação em si é muito interessante, pois os animais se utilizam das garras para agarrar algo. Assim, claws ficaria “clawscar”.

Recorte 21:

35. Ss - The grouchy ladybug...the friendly ladybug...

ood morning

d what did the grouchy ladybug say?

40. S4 - Go away<@@@>

te ao tionam a pro , os a ompr

que são eles quem deveriam recontar aquela parte da história. Com isto, um processo dinâmico de interação é desencadeado e vários sujeitos vão interagindo e reconstruindo a narrativa.

Concluindo esta seção, trazemos um extrato da transcrição do Grupo Focal no qual se pode verificar outros exemplos de conceitos construídos ao

he Grouchy Ladybug:

e a gente tira disto?

iga, egoísmo...

(Aula 6 - Data 2

Assim, o subst verbo e da maneira como seria tentativa de S8 em transpor

34. T - And now? What happened here? ((mostrando a próxima página do livro)) 36. As -SAW the friendly ladybug

37. T - And the friendly ladybug said…

38. S6 - G 39. T - An

(Aula 5 – Data 18/11/03)

Fren ques ento d fessora lunos c eendem

longo do trabalho com a HI T Recorte 22:

116. T - Que lição será qu

117. Ss - Que briga não leva a nada.

118. S1 - Que br

(Grupo Focal – Data 25/11/03)

o pelos próprios alunos, por meio do tema abordado na hi

antagem preciso dividir e não ser egoísta.

o cultivo da sensibilidade, assim como para a expansão da tórias carregam, em si mesmas, aspectos que propiciam um nto o objeto de ensino.

os que as HIs podem ser exploradas de maneira a viabilizar a construção de

nstruídos pelos sujeitos d

ou a grande importância do rocesso de construção de novos No caso em questão, esses conceitos foram construídos a partir do trabalho com histórias infantis, o que ratifica a capacidade que as crianças possuem de

Conforme explicitad

stória, eles demonstram ter, ao fim do conjunto de aulas, construído também conceitos morais como, por exemplo, o de que briga não traz v

alguma, que é

Considerando fazer parte do gênero HI a contribuição para a socialização e

linguagem, as his

ambiente no qual a linguagem pode ser tanto o veículo qua Veículo se considerarm

conceitos relacionados, por exemplo, que não vale a pena brigar.

Pode ser objeto de ensino já que tais conceitos serão discutidos e co-co o grupo social em LE.

A análise dos dados apreendidos apont contexto situacional de ensino/aprendizagem no p conceitos (científico).

compreender a LE a partir do seu contexto de circulação, especialmente se este for significativo para elas, neste caso, as HIs.