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Contribuições coletivas para melhoria da EJA no acampamento Elizabeth

Capítulo 3: O acampamento Elizabeth Teixeira: o protagonismo da EJA nas

3.9 Contribuições coletivas para melhoria da EJA no acampamento Elizabeth

Procurando finalizar esse texto de forma a contribuir com a discussão e com as reflexões que vimos propondo e com tantas mais que provavelmente deixamos para trás, procuramos apresentar algumas considerações finais que os próprios sujeitos da EJA do acampamento Elizabeth Teixeira nos apresentaram em suas narrativas e que gostaríamos de dividir a partir deste texto,

Ah, melhorar é sempre bom, mas acho que está muito bom com está! Eu gostaria de ajudar mais, ajudar a limpar a escola, ajudar a deixar a escola em ordem para a gente estudar. Se cada um ajudar um pouco, a gente deixa a escola sempre bonita! (Paulo)

Ah, eu acho que ainda tem muita coisa pra melhorar! Na EJA daqui acho que temos que ter mais estrutura, mais acesso a tudo! Nossa, seria tão bom se a gente tivesse internet, poder navegar com eles, mostrar para eles o mundo, não é? Por que a gente sempre quer mostrar um pouco e não dá. Imagina só, acessar livros, que é muito legal! Apesar de termos uma biblioteca muito boa, isso não há dúvidas! Mas é diferente, poderíamos falar mais das atualidades, de coisas que estão acontecendo no dia a dia, coisas que são importantes e legais de mostrar e que a maioria não tem informação. Muitos não tem acesso a um jornal. Eu por exemplo, já acordo escutando as notícias, assisto os jornais, fico por dentro do que está acontecendo, mas muitos ficam aqui dentro e não tem muita informação e acabam não sabendo de nada. Alguns tem televisão, mas muitos não tem! Essa tecnologia em si é o que falta. Esses dias a gente queria passar um filme muito legal que a Leonela falou que contava uma história, como se fosse a nossa aqui, chama “Narradores de Javé”, é muito legal! Mas não deu certo, por que aí a bateria já começou a ficar ruim e não aguenta passar. A bateria do notebook não aguenta, não dá. Filmes, documentários, são coisas ótimas para usar, mas a gente

fica limitado aqui. Eu lembro quando eu estava na escola que a professora passou um filme sobre o nazismo, eu queria lembrar o nome, mas não lembro. Eu queria poder mostrar essas coisas pra eles, o que eu já vi, mas não posso por conta da energia elétrica. E eles não estão tão bem assim para lerem um livro inteiro, um livro grande ainda, eles lêem livros pequenos, poesias. Por sinal, esses dias fizemos uma atividade com eles onde eles escolhiam um livro pequeno e levavam para casa, liam e depois quando voltarem vão ter que fazer um texto sobre o livro para contar aos outros sobre aquele livro que leram. A gente pediu isso para eles e eles também escolheram quanto tempo vão ficar com o livro para conseguir ler e fazer, ainda vão trazer para a gente. Eu gosto muito de livros, quando estou empolgada leio em 3 dias um livro. Mas eu não vejo a hora que eles estejam no ponto de ler bem e a gente possa trocar livros na sala, vai ser bem legal! (Iveline)

O que eu falaria que precisa melhorar é que tem que investir mais na formação! Por que se um educador não está com uma boa formação, o que ele vai passar para o educando? E até mesmo para algumas pessoas, até para mim mesma, um conhecimento maior do que é o PRONERA, do que é uma escola no campo, sinto que preciso disso! (Leonela)

Imagem 18: A turma da EJA em viagem ao SESC Imagem 19: A turma da EJA no teatro Municipal de Itaquera para visita à exposição “Amazônia Mundi” - Projeto Limeira, 2014. (Arquivo cedido pela educadora Iveline) Educação em Ciências - 2014. (Arquivo pessoal)

Imagem 20: Educadoras da EJA relatando Imagem 21: A turma da EJA em visita pedagógica ao Museu Catavento suas experiências em evento na Unicamp em São Paulo – Projeto Educação em Ciências , 2014 (arquivo pessoal) – 2014 (arquivo pessoal)

Imagem 22: A EJA do acampamento Elizabeth Teixeira Imagem 23: Visita à Elizabeth Teixeira em João Pessoa, representada no Seminário de Educação do Campo Paraíba – 2013. (Arquivo pessoal)

da Paraíba – 2013. (Arquivo pessoal)

Imagem 24: Atividades pedagógicas da EJA, 2014 . (Arquivo cedido pela educadora Leonela)

Imagem 25: O Círculo de Cultura da EJA. Educandos Imagem 26: O Círculo de Cultura da EJA, 2015. alfabetizados contribuindo com os alfabetizandos, 2014. (Arquivo cedido pela educadora Leonela) (Arquivo cedido pela educadora Leonela)

Sendo Paulo Freire, a fonte de nossos estudos e nossa inspiração em continuar construindo e lutando coletivamente pela EJA em nosso país, terminamos citando mais um trecho de suas cartas,

De fato, não há ignorância absoluta como não há sabedoria absoluta. Ninguém ignora tudo: ninguém sabe tudo. O conhecimento é um processo que implica a ação transformadora e recriadora dos seres humanos sobre a realidade. É preciso insistir neste ponto, quer dizer, na aquisição do conhecimento como um processo constante. É necessário sublinhar a prática enquanto fonte de conhecimento e a possibilidade que temos de conhecer, amanhã, mais do que conhecemos hoje. (FREIRE, 1980, p. 189)

Imagem 27: Educandas, educandos e educadoras da EJA, 2015. (Arquivo pessoal)

A Luta Continua. A Vitória é Nossa.

(Paulo Freire)

4. Considerações Finais

“Não há método, portanto, nem há sistemas pedagógicos rígidos, por que é cada passo da prática políticas quem dita as regras possíveis de nossa didática. A serviço do povo, no meio da luta, a educação popular não é o caminho nem a caminhada mas, ao longo do caminho, é como os sinais da caminhada: mapas, informes, setas, estrelas, recursos de orientação, os sinais que apontam a direção de rumos já encontrados e apenas ajudam quem caminha a não errar a caminhada.” (BRANDÃO, 1980(b), p. 129)

Procurando finalizar este Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) para o Curso de Residência Agrária em Educação do Campo e Agroecologia na Agricultura Familiar e Camponesa, com apoio do PRONERA, nossa tentativa foi apresentar o contexto da sala de aula da EJA/PRONERA no acampamento Elizabeth Teixeira, trazendo as narrativas dos sujeitos que praticam o cotidiano (CERTEAU, 2012) dessa sala de aula, de forma a contribuir com as reflexões, questionamentos e lutas pela EJA em todo o país.

Gostaríamos de destacar a luta dos movimentos sociais do campo por uma política pública de educação para os beneficiários da reforma agrária, que se materializou no PRONERA e apresenta uma importância política e social indiscutível e um “instrumento de democratização da educação no campo” (ANDRADE e DI PIERRO, 2004, p. 131).

É importante destacarmos alguns pontos que apareceram nas narrativas apresentadas e que merecem ser reiterados, são eles:

Conhecer a história de vida dos sujeitos que constituem a EJA e da comunidade em que a sala se encontra é fundamental para entender as peculiaridades de cada sujeito e de cada lugar e isso deve ser algo de interesse tanto de educadores e educadoras envolvidos diretamente com a sala, quanto de coordenadores e instrutores parceiros do programa, para que as relações não se construam de forma verticalizada e nem descontextualizadas da realidade do local. Em áreas de reforma agrária, deve ser muito raro uma comunidade que não tenha um histórico de luta dentro da terra que se encontra. Essa luta faz parte da memória coletiva dos sujeitos e não deve nunca ser ignorada dentro das salas de aula.

A questão do espaço físico “Escolinha”, se mostrou como um símbolo de orgulho e

resistência da comunidade do acampamento Elizabeth Teixeira. Acreditamos que a “Escolinha” seja importante “porque ela existe”, como disse o educando Paulo, e não represente uma “formalização” das práticas e experiências pedagógicas do acampamento. Nos parece bastante claro que, por mais que a escola exista fisicamente, as práticas ali dentro se dão como se não houvessem muros que limitem a vida, as práticas e os saberes cotidianos da comunidade.

A importância dos Círculos de Cultura desde o início do acampamento parece refletir até hoje na história da EJA lá dentro. Os Círculos de Cultura que aconteciam desde o ano de 2008 e juntava além da turma da EJA o grupo de jovens foi primordial para que as educadoras se preparassem para encarar o desafio de assumirem a EJA sozinhas a partir da chegada do PRONERA. Além desse espaço formativo, os Círculos de Cultura são responsáveis pelo sucesso que está sendo o programa no acampamento, com um aumento significativo no número de educandas e educandos, com a “empolgação” como disse Leonela, dos educandos para com a EJA, pelo comprometimento de todos com a sala e principalmente por tudo aquilo que cada um e cada uma está levando de positivo de dentro desse espaço para sua formação pessoal e comunitária.

Além disso, apenas dentro dos Círculos de Cultura, onde não há estruturas formais a serem deslocadas e o currículo possa se dar de forma narrativa é que as vozes dos sujeitos podem ser ouvidas. Dentro dessa conformação, pode-se discutir uma maior flexibilização de horário para as atividades acontecerem, as demandas pessoais e coletivas podem permear as discussões em sala e trazer uma nova forma de “fazer a aula”.

A chegada do PRONERA no acampamento não só trouxe a esperança de um diploma para os educandos e educandas como também legitimou os Círculos de Cultura na comunidade, como cita Cora em sua fala “parece que agora estamos indo para uma escola de verdade”. O diploma, como vimos, é bastante esperado por todos e todas e pode levá-los a uma formação antes nunca sonhada. Reiteramos a importância e o direito à certificação de todo e qualquer estudante, independentemente de onde realize seus estudos.

O que nos traz bastante preocupação é a formação das educadoras e educadores do programa. É claro que não devemos tirar conclusões precipitadas, uma vez que devemos ir além desse TCC, procurando realizar essa avaliação junto a um maior número de educadores e educadoras no estado e no país para termos um quadro mais fiel dessa realidade. Do que nos conta nessas entrevistas as educadoras do acampamento Elizabeth Teixeira é que, a formação precisa ser melhorada. Ambas não se sentem ainda preparadas para estarem dentro da sala de aula, mas se esforçam para isso, se preocupam com os demais educadores e educadoras que assumiram o mesmo papel e criticam, conscientemente, a formação que tiveram até o momento. Acreditamos, por acompanharmos a sala do acampamento Elizabeth Teixeira há quatro anos que, a parceria realizada

entre Incra, MEB e MST se mostrou positiva sim, porém é necessário que, principalmente os movimentos sociais, reivindiquem os direitos dos camponeses à uma educação que dialogue com suas práticas aos parceiros do programa, nesse caso, essa parceria fica a cargo do MEB. Como já apontou em 2004, Andrade e Di Pierro, em um quadro mais amplo do PRONERA no Brasil,

O modelo de parceria tripartite não convoca necessariamente os poderes públicos estadual e local, que têm baixo grau de envolvimento e intervêm pontualmente na cessão de instalações, mas não se comprometem com a articulação orgânica do Programa com os sistemas de ensino (criação de escolas, rede física, contratação dos professores, continuidade de estudos dos egressos, etc.).

Em diversos casos o PRONERA não é assumido institucionalmente por cada um dos parceiros, ficando dependente do voluntarismo de determinadas pessoas/agentes das universidades, Incra e lideranças do movimento. (ANDRADE e DI PIERRO, 2004, p. 136)

Outra parceria que ainda não aconteceu e acreditamos ser fundamental para a continuidade do programa no acampamento, é a parceria com a Prefeitura de Limeira, uma vez que esta poderia contribuir com merenda ou um lanche para a turma da EJA, o que hoje fica a cargo de doações dentro da comunidade e de parceiros, como por exemplo o Coletivo Universidade Popular. A Prefeitura também poderia abastecer a escola com água e agilizar a energia elétrica no local, entre outras contribuições.

Sobre a sala multisseriada da EJA no acampamento, o que mais nos preocupa e torna difícil o dia a dia para as educadoras não é a sala ser multisseriada, pois até mesmo os educandos encaram essa questão como um desafio e uma forma de melhor convivência entre todos, mas a questão se dá pela deficiência na formação dos educadores e educadoras em saberem lidar com essa questão e ainda pela sobrecarga de trabalho que eles e elas acabam carregando. As questões de heterogeneidade precisam ser debatidas e orientadas nas formações da EJA.

O livro didático também é outro elemento que merece destaque, uma vez que permeou as narrativas, de forma bastante crítica pelas educadoras. Quanto a esse material, acreditamos que uma melhor atenção deve ser dada, uma vez que ele parece não dialogar com o universo do camponês e muito menos com as lutas dos movimentos sociais do campo. Como já apontamos, as educadoras parecem bastante sobrecarregadas com uma sala multisseriada, com as burocracias exigidas pelo programa entre outras questões, por isso ter que “refazer o livro”, como cita Iveline, não deveria fazer parte do cotidiano dessas educadoras. É preciso que esse instrumento seja revisto e reavaliado. Quanto às metodologias de aulas, parece que tanto educandos quanto educadoras estão satisfeitos, mesmo apontando as dificuldades, principalmente com o livro didático. Porém, mesmo

que não tenha feito parte das formações que tiveram, os Círculos de Cultura parecem acontecer na sala de EJA do acampamento Elizabeth Teixeira e as práticas de Educação Popular parecem balizar as metodologias de aulas dessa turma, em específico. Porém, é importante que essa experiência seja trocada com outras e outros educadores, principalmente nos espaços de formação, para que a Educação Popular continue a ser construída de forma coletiva.

Gostaríamos de salientar a importância de lutarmos por políticas públicas de qualidade para a EJA em todo país, seja ela no campo ou na cidade. Estamos em um momento crítico para a EJA e para a educação pública em todo o país, fechamentos constantes de salas de aulas não podem ser encaradas com naturalidade uma vez que contamos com um nível alto de analfabetismo no país e com um número crescente de evasão de jovens das escolas regulares. No acampamento Elizabeth

Teixeira, cada um está disposto a dar sua contribuição, seja ela em nível local ou em contexto

universal para a melhoria da “Escolinha” e da EJA.

Além disso, a experiência da EJA no acampamento, pode contribuir, de maneira geral, para as políticas de educação direcionadas aos sujeitos da reforma agrária. Acreditamos ainda, que estes estudos possam respaldar a relevância de uma política pública de educação direcionada ao público da reforma agrária, como o PRONERA, uma vez que ainda há um elevado índice de analfabetismo. E que, “ler, escrever e fazer contas” é uma ferramenta imprescindível que estas populações podem ter para poderem participar e tomar as rédeas de seus projetos produtivos, acessando as demais políticas públicas para a Agricultura Familiar. Além disso, ser uma pessoa letrada é sinônimo de liberdade, autonomia e de consciência política. Lutar por esses direitos, é lutar por justiça social, de modo a devolver a essas populações o seu direito de serem sujeitos de suas próprias histórias.

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