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corresponde a reservas de reavaliação, reservas para contingências, instrumentos híbridos de capital e dívida, instrumentos de dívida subordinada, lucro e prejuízo não realizado

de instrumentos financeiros registrados como capital, ações preferenciais com cumulatividade e ações preferenciais resgatáveis emitidas por instituições financeiras.

O valor total do Nível II não pode exceder o valor total de Nível I e os regulamentos locais impõem limites sobre o Nível II, conforme segue:

7.5 - Efeitos relevantes da regulação estatal nas atividades

A dívida subordinada no Nível II, mais o valor das ações preferenciais emitidas com cláusula de resgate com prazo original de vencimento inferior a 10 anos, não pode exceder 50% do valor do Nível I;

As reservas de reavaliação no Nível II não podem exceder o valor do Nível I; e

Um redutor de 20% deve ser aplicado aos valores das dívidas subordinadas e ações preferenciais emitidas com cláusula de resgate integrantes do Nível II a cada ano dos 5 anos imediatamente anteriores ao respectivo vencimento.

Além disso, os seguintes componentes são deduzidos do capital:

(1) valores pagos em capital de fundos de investimento, proporcional à participação na carteira de cada fundo,

(2) aquisição ou participação indireta em conglomerados financeiros, por meio de qualquer entidade afiliada não financeira; e

(3) ativos relacionados a instrumentos de financiamento, como instrumentos de capital híbrido, instrumentos de dívida e dívida subordinada emitida por instituições financeiras e outras instituições autorizadas a operar pelo Banco Central.

Recentemente, a Medida Provisória nº 472, promulgada em 15 de dezembro de 2009, criou a Letra Financeira ±uma nova alternativa de captação, que pode também ser caracterizada como dívida subordinada ou instrumento híbrido de capital e dívida, para fins de alocação de capital regulatório. Observando a Resolução No. 3.836 de 25 de fevereiro de 2010, seu prazo mínimo deve ser de 24 meses com valor mínimo de emissão de R$300.000.

O Papel do Setor Público no Sistema Financeiro Nacional

À luz da crise financeira global, em 6 de outubro de 2008, o Presidente do Brasil editou medidas provisórias relacionadas ao uso de reservas internacionais de moeda estrangeira pelo Banco Central de modo a fornecer liquidez às instituições financeiras por meio de transações de redesconto e empréstimos. Além disso, em 21 de outubro de 2008, o Presidente do Brasil editou medidas provisórias aumentando a participação do setor público no sistema financeiro nacional. Tais regras autorizam (1) o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a adquirir, de forma direta ou indireta, participações (controle ou não) em instituições financeiras privadas e públicas no Brasil, inclusive seguradoras, instituições de fundos de pensão e sociedades de capitalização; (2) a criação da Caixa Banco de Investimentos S.A., uma subsidiária integral da Caixa Econômica Federal, com o objetivo de conduzir atividades de banco de investimentos; e (3) o Banco Central a executar transações de swap em moeda estrangeira com bancos centrais de outros países. Tais medidas provisórias foram convertidas na Lei nº 11.908 em 3 de março de 2009.

Reservas e Outras Exigências

O Banco Central atualmente impõe várias exigências de reservas compulsórias às instituições financeiras. As instituições financeiras devem depositar tais reservas junto ao Banco Central. O Banco Central se utiliza de exigências de reservas como um mecanismo para o controle da liquidez do sistema financeiro nacional. As reservas impostas sobre os depósitos em conta corrente, poupança e a prazo representam quase que a totalidade dos valores que devem ser depositados no Banco Central.

O CMN e o Banco Central editaram determinadas medidas para fornecer maior liquidez ao mercado financeiro, dentre as quais:

7.5 - Efeitos relevantes da regulação estatal nas atividades

x determinação do valor que pode ser descontado da exigência de reserva de depósitos a prazo de (i) R$2,0 bilhões para instituições financeiras com capital regulatório inferior a R$2,0 bilhões; (ii) R$1,5 bilhões para instituições financeiras com capital regulatório entre R$2,0 bilhões e R$5,0 bilhões; e (iii) zero para instituições financeiras com capital regulatório superior a R$5,0 bilhões;

x determinação da taxa aplicável de exigências adicionais sobre depósitos a prazo e depósitos a vista de 8,0%;

x a taxa aplicável de exigências adicionais sobre depósitos de poupança é de 10,0%; x autorização às instituições financeiras para dedução do valor de transações de

aquisição de moeda estrangeira com o Banco Central das exigências de reservas sobre depósitos interbancários de sociedades de arrendamento mercantil; e

x redução da exigência de recolhimento compulsório de depósitos a vista de 45% para 42%.

Em outubro de 2008, de acordo com a Circular nº 3.407, e emendas subseqüentes, o Banco Central editou regras adicionais, permitindo que as instituições financeiras que adquiram carteiras de crédito de pequenas e médias instituições financeiras (isto é, instituições com um Patrimônio de Referência de até R$ 2,5 bilhões em dezembro de 2008) deduzam o valor da aquisição da exigibilidade total a que estaria sujeita a instituição financeira adquirente, até 70% da referida exigibilidade total. Existe um limite de 20% por instituição financeira cedente para aproveitamento dessa dedução.

De acordo com a Circular nº 3.411 de 31 de outubro de 2008, o recolhimento compulsório e o encaixe obrigatório sobre os recursos a prazo passaram também a ser deduzidos do valor equivalente à aquisição, pela instituição financeira, de determinados (1) direitos creditórios decorrentes de operações de arrendamento mercantil, (2) títulos de renda fixa emitidos por entidades privadas não financeiras, (3) ativos integrantes de carteiras de Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC), (4) cotas de Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) organizados pelo FGC e quotas em fundos de investimento de ativos de multimercado ou renda fixa pertencentes ao FGC, sujeito aos critérios de composição aplicáveis, e (5) depósitos interfinanceiros de instituições financeiras não relacionadas.

Em 24 de outubro de 2008, de acordo com a Circular nº 3.416, o Banco Central editou regras permitindo que instituições financeiras deduzam o valor de parcelas voluntárias de contribuição ordinária ao FGC do recolhimento compulsório de depósitos à vista.

Em 6 de outubro de 2008, o Presidente do Brasil editou medidas provisórias que permitiam ao Banco Central (1) adquirir carteiras de instituições financeiras por meio de transações de redesconto; e (2) conceder empréstimos em moedas estrangeiras de modo a financiar as transações brasileiras de exportações. De acordo com a Resolução nº 3.622 de 9 de outubro de 2008, o prazo das operações de redesconto e dos empréstimos em moedas estrangeiras será de até 360 dias. Após tal prazo, a instituição financeira deve recomprar seus ativos. O preço de recompra corresponderá ao preço de compra com os juros cobrados acrescido da taxa SELIC mais 4% ao ano. Os juros sobre empréstimos em moedas estrangeiras corresponderão à Taxa Libor aplicável à moeda estrangeira acrescida de uma porcentagem fixada pelo Banco Central dependendo das condições do mercado.

O Banco Central somente adquirirá carteiras de crédito e debêntures emitidas por instituições não financeiras com classificação AA, A ou B, de acordo com as regras do Banco Central. As instituições financeiras devem fornecer ao Banco Central garantias que podem variar de 120% a 170% do valor da carteira de crédito, dependendo da taxa de risco da carteira de crédito, ou garantias que podem variar de 120% a 140% do valor da debênture, dependendo de sua taxa

7.5 - Efeitos relevantes da regulação estatal nas atividades

de risco. Em relação aos empréstimos em moedas estrangeiras, as instituições financeiras devem também fornecer ao Banco Central garantias que podem variar de 100% a 140% do valor do empréstimo.

Além disso, nas operações de redesconto, o Banco Central pode impor as seguintes medidas sobre as instituições financeiras: (1) a obrigação de pagar valores adicionais de modo a fazer frente ao risco a que as instituições financeiras podem estar expostas; (2) a adoção de limites operacionais mais restritivos; (3) as restrições sobre certas transações ou práticas operacionais; (4) a revisão do nível de liquidez da instituição financeira; (5) a suspensão da distribuição de dividendos superiores ao mínimo exigido por lei; (6) a proibição de atos que possam resultar em um aumento da remuneração da administração; (7) a proibição do desenvolvimento de novas linhas de negócios; e (8) a proibição de vendas de ativos.

Abaixo algumas das modalidades de reservas vigentes:

Depósitos a Prazo (CDBs). De acordo com a Circular nº 3.091, de 1 de março de 2002, Circular nº 3.362, de 19 de novembro de 2004, Circular nº 3.427, de 19 de dezembro de 2008, Circular nº 3.468, de 28 de setembro de 2009 e a Circular nº 3.485, de 24 de fevereiro de 2010, o Banco Central atualmente impõe uma exigência de reserva compulsória de 15% dos depósitos a prazo calculada com relação ao saldo médio aritmético semanal (de segunda a sexta-feira de cada semana) de depósitos a prazo deduzidos por R$30 milhões. No final de cada dia, o valor de tais valores mobiliários deve ser equivalente a 100% das exigências de reservas. Depois de calcular o valor da reserva exigido, a instituição financeira deverá depositar um uma quantia equivalente ao excedente de (i) R$2,0 bilhões para instituições financeiras com capital regulatório inferior a R$2,0 bilhões; (ii) R$1,5 bilhões para instituições financeiras com capital regulatório entre R$2,0 bilhões e R$5,0 bilhões; e (iii) zero para instituições financeiras com capital regulatório superior a R$5,0 bilhões. No fechamento de cada dia, o valor desses valores mobiliários deverá ser equivalente a 100% da reserva compulsória.

Exigência de Reserva Adicional. De acordo com a Circular nº 3.144, de 14 de agosto de 2002, conforme alterada pela Circular nº 3.486, de 24 de fevereiro de 2010, o Banco Central estipulou uma exigência de reservas adicionais sobre os depósitos levantados por bancos múltiplos, bancos de investimento, bancos comerciais, bancos de desenvolvimento, sociedades de financiamento, crédito e investimento, sociedades de crédito imobiliário e associações de poupança e empréstimo. Tais instituições estão obrigadas a depositar em uma conta remunerada no Banco Central, semanalmente, investimentos altamente líquidos correspondente à soma total dos valores a seguir, descontados R$1 bilhão: (1) 8% da média aritmética dos recursos depositados a prazo e outros valores determinados sujeitos às exigências de reservas; (2) 10% da média aritmética de recursos de depósitos de poupança sujeitos às exigências de reservas e (3) 8% da média aritmética de recursos de depósitos à vista sujeitos às exigências de reservas. Esses valores devem ser descontados de: (i) R$2,0 bilhões para instituições financeiras com capital regulatório inferior a R$2,0 bilhões; (ii) R$1,5 bilhões para instituições financeiras com capital regulatório entre R$2,0 bilhões e R$5,0 bilhões; e (iii) zero para instituições financeiras com capital regulatório superior a R$5,0 bilhões. No final de cada dia, o saldo em tal conta deve ser equivalente a 100% das exigências de reservas adicionais.

Depósitos a Vista. De acordo com a Circular nº 3.274, de 2 de fevereiro de 2005, conforme alterada e Circular nº 3.413, de 14 de outubro de 2008, como uma regra geral, as instituições financeiras atualmente estão obrigadas a depositar 42,0% do saldo médio diário de seus depósitos a vista, depósitos de aviso prévio, recursos em trânsito de terceiros, cobrança de impostos e itens semelhantes, cheques administrativos, operações de assunção de dívida fora do Brasil, obrigações para a prestação de serviços de pagamento, recursos da realização de garantias concedidas e depósitos para investimento superiores a R$44 milhões. No final de

7.5 - Efeitos relevantes da regulação estatal nas atividades

cada dia, o saldo em tal conta deverá ser equivalente a no mínimo 80,0% da exigência de reserva para o respectivo período de cálculo que começa na segunda-feira de cada semana e termina na sexta-feira da semana seguinte.

Crédito Rural. De acordo com o Manual de Crédito Rural publicado pelo Banco Central, as instituições financeiras devem manter um saldo médio diário mínimo de 25,0% do saldo diário de todas as contas sujeitas a exigências de reservas compulsórias destinado ao crédito rural. As instituições financeiras devem fornecer ao Banco Central comprovação de conformidade com tais exigências até o quinto dia útil de cada mês. O não atendimento a estas exigências sujeita a instituição financeira ao pagamento de multas (calculadas sobre a diferença diária entre as exigências e a parcela efetivamente destinada ao crédito rural), bem como multa pecuniária ou, a critério da instituição financeira, obrigação de depósito do valor não destinado ao crédito rural, até o último dia útil do mês subseqüente, em uma conta não remunerada mantida no Banco Central.

Contratos de Recompra, Notas de Exportações, etc. O Banco Central já estabeleceu recolhimentos compulsórios para certos tipos de transações financeiras, tais como contratos de recompra, notas de exportações, transações com derivativos e certos tipos de cessões. O Banco Central atualmente não exige estes recolhimentos compulsórios, de acordo com a Circular nº 2.820, de 27 de maio de 1998.

Garantias. O Banco Central pode estabelecer recolhimento compulsório sobre os valores das garantias prestadas pelas instituições financeiras em operações de empréstimos e financiamentos entre pessoas físicas ou jurídicas não-financeiras e pessoas físicas. Contudo, esse percentual que já foi fixado em 60,0% no passado, foi reduzido à zero pelo Banco Central, de acordo com a Circular nº 2.702, de 3 de julho de 1996.

Contas de Poupança. De acordo com a Circular nº 3.093, de 1 de março de 2002, conforme alterada, e a Resolução nº 3.023, de 11 de outubro de 2002, conforme alterada pela Resolução nº 3634, de 13 de novembro de 2008, o Banco Central estabeleceu que as instituições financeiras brasileiras são, em geral, obrigadas a depositar semanalmente em uma conta remunerada mantida no Banco Central, importâncias em dinheiro equivalentes a 20,0% do saldo total médio de contas de poupança da semana anterior. Adicionalmente, no mínimo 65,0% do total de depósitos em contas poupança das instituições integrantes do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo devem ser utilizados no financiamento de imóveis residenciais ou no setor de construção residencial.

Depósitos a Prazo de Reaplicação Automática. As instituições financeiras têm a faculdade de aceitar depósitos com juros calculados à Taxa Básica Financeira, observadas as exigências de compulsório e, contanto que esses depósitos sejam efetuados por, no mínimo, três meses, de acordo com a Resolução nº 2.172, de 30 de junho de 1995.

Depósitos interfinanceiros efetuados por empresas de arrendamento mercantil. De acordo com a Circular nº 3.375, de 31 de janeiro de 2008, conforme alterada, o Banco Central atualmente impõe uma exigência de reserva compulsória de 15,0% dos depósitos efetuados por empresas de arrendamento mercantil no mercado interfinanceiro e exige que tal reserva seja calculada com relação ao saldo médio aritmético semanal (de segunda a sexta-feira de cada semana) dos depósitos a prazo, deduzidos por R$30 milhões. A instituição financeira deverá depositar valores mobiliários emitidos pelo Governo Brasileiro um uma quantia equivalente ao excedente de R$2 bilhões. No final de cada dia, o valor de tais valores mobiliários deve ser equivalente a 100% das exigências de reservas. Com o intuito de cumprir tal exigência, as empresas de arrendamento mercantil podem depositar na SELIC o valor correspondente em títulos federais registrados nesse sistema.

7.5 - Efeitos relevantes da regulação estatal nas atividades

Em resumo, a tabela a seguir apresenta os depósitos compulsórios aos quais estamos sujeitos para cada categoria de captação. Tais requerimentos foram alterados pela última vez em Fevereiro 2010.

____________________

(1) Os Créditos Rurais são créditos aos clientes agricultores, com R$5,6 bilhões e R$5,1 bilhões em aberto em 31 de dezembro de 2008 e 31 de dezembro de 2009, respectivamente.

(2) Os microcréditos são créditos a negócios muito pequenos, com R$158,5 milhões e R$181,5 milhões em aberto em 31 de dezembro de 2008 e 31 de dezembro de 2009, respectivamente.

(3) Financiamento livre é a quantia a ser utilizada livremente para outras finalidades em cada categoria de financiamento.

(4) Inclui apenas o crédito obtido até 31 de dezembro de 2009 junto às instituições financeiras com capital líquido inferior a R$ 7 bilhões.

Atual 30 de Abril 2010 Depósitos à vista

Crédito rural(1)... 30,0% 30% Empréstimos ou Caixa

6.75% p.a. e Zero para Caixa

Microcrédito(2)... 2,0% 2% Empréstimos ou Caixa

Cap rate: 2% a.m. e Zero para Caixa Exigências de reservas... 42,0% 42% Caixa Zero Exigências de reservas adicionais... 5,0% 0% Títulos do

Governo Federal Taxa Overnight Exigências de reservas adicionais... 0,0% 8% Caixa Selic Financiamento livre(3)... 21,0% 18%

Contas de poupança

Crédito habitacional... 65,0% 65% Empréstimos ou Caixa

Cap de TR + 12% a.a. e TR + 6,17%

para Caixa Exigências de reservas ... 20,0% 20% Caixa TR + 6.17% a.a. Exigências de reservas adicionais ... 10,0% 0% Títulos do

Governo Federal Taxa Overnight Exigências de reservas adicionais ... 0,0% 10% Caixa Selic Financiamento livre (3) ... 5,0% 5%

Depósitos a Prazo

Exigências de reservas ... 13,5% 15,0%

Em espécie ou crédito(4) ... 7,43% 0,0% Caixa ou Crédito Zero para Caixa Em títulos do Governo Federal ... 6,08% 0,0% Títulos do

Governo Federal Taxa Overnight Em espécie ou crédito (4)... 0,00% 6,75% Caixa ou Crédito Selic para o Caixa Em títulos do Governo Federal ... 0,00% 8,25% Caixa Selic Exigências de reservas adicionais ... 4% 0,0% Títulos do

Governo Federal Taxa Overnight

Exigências de reservas adicionais 0% 8,0% Caixa Selic

Financiamento livre (3) 82,5% 77,0% Produto 31 de Dezembro de 2009 Forma exigida

7.5 - Efeitos relevantes da regulação estatal nas atividades

Exigências de Composição de Ativos

De acordo com as Resoluções nº 2.283 de 5 de junho de 2006 e nº 2.669 de 25 de novembro de 1999, e emendas subseqüentes, os ativos fixos (definidos como outro imobilizado que não operações de arrendamento mercantil, investimentos não consolidados e encargos diferidos) de instituições financeiras brasileiras não podem exceder 50,0% do valor de seu Patrimônio de Referência, calculado de acordo com os critérios estabelecidos pelo Banco Central.

Nos termos da Resolução nº 2.844 de 29 de junho de 2001 e emendas subseqüentes, as instituições financeiras brasileiras não podem ter mais de 25,0% de seu Patrimônio de Referência alocado a transações de crédito (inclusive garantias) concedidas a um mesmo cliente (inclusive pessoas jurídicas do mesmo grupo econômico) ou a valores mobiliários de um único emissor, bem como não podem atuar como subscritores (excluindo subscrição com melhores esforços de colocação) de valores mobiliários de um único emissor representando mais que 25,0% de seu Patrimônio de Referência.

De acordo com a Resolução nº 3.339 de 26 de janeiro de 2006, transações de recompra efetuadas no Brasil estão sujeitas a determinados limites de capital com base no patrimônio líquido da instituição financeira, conforme ajustado de acordo com as regulamentações do Banco Central. Uma instituição financeira pode somente deter transações de recompra em um valor até 30 vezes o seu Patrimônio de Referência exigido. Observado tal limite, as transações de recompra envolvendo participações em companhias de capital fechado não podem exceder duas vezes o valor do Patrimônio de Referência exigido. Os limites aplicáveis a transações de recompra envolvendo valores mobiliários com lastro em títulos públicos variam de acordo com o tipo de valor mobiliário envolvido na transação e o risco do emissor, conforme estabelecido pelo Banco Central.

O Banco Central estabeleceu regras para a classificação e avaliação de valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos - inclusive títulos públicos - detidos por instituições financeiras, com base na estratégia de investimentos da instituição financeira. Segundo essas regras, os valores mobiliários e derivativos devem ser classificados em três categorias - títulos para negociação, títulos disponíveis para venda e títulos mantidos até o vencimento. Os títulos para negociação e disponíveis para venda devem ser ajustados a preços de mercado com reflexos na receita e no patrimônio líquido, respectivamente. Os títulos mantidos até o vencimento são registrados pelo custo. Os derivativos são ajustados a preços de mercado e registrados como ativos e passivos no balanço patrimonial. Alterações no valor de mercado dos derivativos são geralmente refletidas na receita com ajustes, se estes forem utilizados como proteção (hedges) e se qualificarem como contabilização de hedge segundo as regulamentações emitidas pelo Banco Central. Os títulos mantidos até o vencimento podem ser objeto de hedge para fins contábeis, mas a sua valorização ou desvalorização decorrente do método contábil de ajuste a preços de mercado não deve ser levada em conta.

Empréstimos em Moedas Estrangeiras

O RMCCI do Banco Central contém um conjunto completo de regras envolvendo o mercado de câmbio, capitais brasileiros no exterior e capitais estrangeiros no Brasil.

Pessoas físicas ou jurídicas domiciliadas no Brasil podem celebrar operações de crédito com credores domiciliados no exterior, sem a necessidade de prévia aprovação do Banco Central para a entrada de recursos no Brasil, de acordo com a Resolução nº 3.844 de 23 de março de 2010. Instituições financeiras e sociedades de arrendamento mercantil podem levantar fundos no exterior e aplicar livremente tais fundos no mercado local. O repasse de tais fundos a outras instituições financeiras, pessoas físicas ou jurídicas não financeiras também é permitido. Estes repasses tomam a forma de empréstimos denominados em moeda nacional, mas indexados ao

7.5 - Efeitos relevantes da regulação estatal nas atividades

Dólar, e seus prazos devem corresponder aos prazos da transação original. A taxa de juros