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Volume de clientes pessoas físicas (em

_____________ Fonte: Banco Central

Em 31 de dezembro de 2009, o total de crédito concedido alcançou R$ 1.411 bilhões, dos quais 63,0% foram direcionados a Pessoas Jurídicas, e 32,8% a Pessoas Físicas. Os 4,2% restantes referem-se a crédito direto ao setor público, sem incluir títulos.

2005 2006 2007 2008 2009

Crédito Concedido Total 607.023 732.590 935.973 1.227.294 1.411.841

para o setor público (excluindo títulos)

20.556 18.872 18.833 27.217 58.974

7.3 - Informações sobre produtos e serviços relativos aos segmentos operacionais

2005 2006 2007 2008 2009

dos quais:

Pessoa Física (varejo) 188.784 235.816 314.353 389.541 462.457

Pessoa Jurídica 397.682 477.902 602.788 810.536 890.410

______________ Fonte: Banco Central

Volume de crédito / PIB (%)

______________ Fonte: Banco Central

Apesar do constante aumento na penetração dos produtos de crédito durante os últimos anos, o mercado financeiro brasileiro ainda apresenta uma taxa de penetração de crédito relativamente baixa em comparação com outros mercados desenvolvidos ou emergentes.

26.0% 24.6% 25.7% 28.3% 30.9% 35.2% 40.8% 45.0% 0.0% 5.0% 10.0% 15.0% 20.0% 25.0% 30.0% 35.0% 40.0% 45.0% 50.0% 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

7.3 - Informações sobre produtos e serviços relativos aos segmentos operacionais

______________

Fonte: Relatório de 2009 do Banco Mundial, relativo a 2007 Crédito ao Varejo

De acordo com os dados publicados pelo Banco Central, o montante total do crédito ao consumidor (mandatório ou não) a vencer aumentou a uma taxa média composta de 25,6% ao ano desde 31 de dezembro de 2002, chegando a R$557,3 bilhões em 31 de dezembro de 2009, ou 39,4% do montante total do crédito a vencer no Brasil. Na mesma data, o crédito pessoal e o financiamento de automóveis respondiam por 29,5% e 16,9% do montante total do crédito ao consumidor em aberto, respectivamente.

A tabela abaixo demonstra o crescimento do crédito ao consumidor, dividido por produto. 2005 2006 2007 2008 2009 Abril

2010

TCAC 2005-Abril 2010 (em milhões de R$, exceto porcentagens)

Cheque especial 10.974 11.760 12.985 16.040 15.787 17.765 11.76% Crédito pessoal 63.444 79.893 100.928 127.933 164.323 178.695 26.99% Cartões de crédito 11.260 13.418 17.150 22.088 25.669 27.436 22.82% Financiamento imobiliário. 29.081 35.690 45.853 63.268 91.875 104.070 34.21% Bens de consumo (excluindo automóveis). 10.229 10.779 12.460 11.600 9.440 9.042 -2.81% Automóveis 50.685 63.475 81.481 82.433 94.133 105.048 18.32%

7.3 - Informações sobre produtos e serviços relativos aos segmentos operacionais

Arrendamento mercantil 8.427 13.877 30.136 56.712 64.138 58.908 56.63% Outros 34.756 45.554 60.150 73.927 91.900 90.568 24.73% Total 218.856 274.446 361.143 454.001 557.274 591.532 25.79% ______________

Fonte: Banco Central

O cheque especial é normalmente oferecido por instituições que aceitam depósitos à vista, em geral os maiores bancos de varejo, incluindo os conglomerados estrangeiros. As taxas em geral são altas, o que nos leva a crer que os consumidores utilizam este tipo de linha de crédito como último recurso. Este tipo de crédito é freqüentemente utilizado por consumidores com acesso limitado a linhas de crédito. Trata-se de uma linha de crédito sem garantia, que não precisa ser utilizada para uma finalidade específica. Os principais bancos de varejo oferecem este produto à sua base de clientes através de sua rede de agências, enquanto os bancos de pequeno e médio porte, com atividades em nichos de mercado específicos, o oferecem através de pequenas agências nas principais cidades do Brasil.

Os empréstimos consignados representam uma fonte alternativa de crédito quirografário ao consumidor no Brasil. Com as parcelas de pagamento deduzidas diretamente da folha de pagamento do tomador, as taxas de juros são menores do que aquelas cobradas em linhas de crédito tradicionais. De acordo como o Banco Central, os empréstimos consignados têm uma taxa de inadimplência baixa e representam o tipo de crédito ao consumidor com crescimento mais rápido no Brasil. Historicamente, o custo do acesso a linhas de crédito mais tradicionais tem sido muito alto, por diversas razões, incluindo a competição existente dentro da indústria bancária, as estruturas legais e institucionais e a natureza dos riscos de crédito. Sendo uma alternativa mais atraente às linhas de crédito quirografário oferecidas ao consumidor, os empréstimos consignados substituíram alguns dos produtos de crédito ao consumidor mais tradicionais.

O mercado de financiamento para aquisição de veículos é dominado primariamente pelos grandes bancos de varejo, que gradualmente vêm ganhando participação neste mercado, o qual, no passado, era dominado pelos braços financeiros das montadoras de automóveis. As taxas de juros neste mercado são muito competitivas e o acesso a uma fonte atraente de financiamento representa uma importante vantagem. As instituições de menor porte neste mercado geralmente focam suas atividades no segmento de veículos usados. As taxas de inadimplência são relativamente mais baixas quando comparadas a outras linhas de crédito e o empréstimo é garantido pelos bens financiados. As atividades de financiamento através de cartão de crédito são dominadas pelos grandes bancos de varejo que operam suas próprias bandeiras associadas a bandeiras internacionais, tais como MasterCard e Visa. Este tipo de financiamento tem taxas de inadimplência relativamente altas e, conseqüentemente, as taxas de juros também são mais altas do que as aplicáveis a outros tipos de linhas de crédito.

O financiamento em lojas se refere ao financiamento de bens de consumo duráveis, tais como materiais de construção e utilidades domésticas, bem como bens de consumo não duráveis, tais como roupas e alimentos. O mercado de financiamento em lojas representa o segmento financeiro mais fragmentado do Brasil. As grandes redes de varejo tradicionalmente financiam as compras de seus clientes. Nos últimos anos, contundo, as lojas vêm entrando em acordos com bancos interessados em assumir tais operações de financiamento.

Crédito Corporativo

A herança de uma inflação alta e a falta de linhas de crédito de longo prazo às empresas brasileiras resultou em um nível geral de alavancagem corporativa relativamente baixo.

7.3 - Informações sobre produtos e serviços relativos aos segmentos operacionais

Contudo, segundo o Banco Central, o volume de crédito corporativo (incluindo fundos regulados) aumentou significativamente de R$293,6 bilhões em dezembro de 2003 para R$ 857,0 bilhões em dezembro de 2009, o que representou uma TCAC de 16,5%. Deste total, os empréstimos de até R$100.000,00 e entre R$100.000,00 e R$10 milhões representam respectivamente 14,8% e 34,7% do total de créditos corporativos. A tabela abaixo reflete a evolução dos empréstimos corporativos por valor em bilhões de Reais.

______________ Fonte: Banco Central

Empréstimos entre R$100.000 e R$10,0 milhões representam a maior porção do crédito corporativo, respondendo por 37,6% do total até novembro de 2009. Existe uma tendência à extensão do prazo médio dos empréstimos corporativos no Brasil. Embora empréstimos de curto prazo (vencendo dentro de 180 dias) ainda correspondessem a 36,0% do total de empréstimos corporativos no Brasil em dezembro de 2009, empréstimos de médio e longo prazo aumentaram entre dezembro de 2002 e dezembro de 2009, de acordo com o Banco Central.

Os principais produtos oferecidos a empresas são o crédito rotativo, os empréstimos de capital de giro, os financiamentos ao consumidor e ao fornecedor e o desconto de duplicatas, como descrito abaixo.

O crédito rotativo se caracteriza por ser uma linha de crédito rotativo de curto prazo oferecida a empresas, com garantia de liquidez imediata. Em geral, os juros devidos são calculados diariamente com base no saldo devedor mais o imposto sobre operações de crédito, devido no primeiro dia útil do mês seguinte à operação.

Os empréstimos de capital de giro consistem em adiantamentos de recursos para atender às necessidades de capital de giro dos tomadores. Em geral, o prazo de amortização é de até 180 dias. Os financiamentos ao fornecedor ou desconto de recebíveis consistem em empréstimos a uma empresa para que ela possa vender seus produtos a prazo e receber os pagamentos à vista. A maior vantagem deste tipo de financiamento é que a venda não é financiada diretamente pela empresa que vende o produto e, conseqüentemente, a base de cálculo para o pagamento de tributos e da comissão de vendas é menor. Os financiamentos ao consumidor ou de contas a pagar são o oposto das operações de desconto de recebíveis, já que permitem que o comprador aumente o prazo de amortização de uma compra sem envolver o vendedor, uma vez que o comprador fica obrigado pelo pagamento do empréstimo.

7.3 - Informações sobre produtos e serviços relativos aos segmentos operacionais

As transações de desconto de duplicatas consistem em adiantamentos de valores relativos a instrumentos como duplicatas, notas promissórias, recibos de cartões de crédito ou cheques pré-datados com a finalidade de adiantar o fluxo de caixa das empresas tomadoras. O direito de regresso contra o tomador fica garantido ao banco que processa o desconto em caso de não pagamento das duplicatas.

Financiamento Imobiliário

O mercado de hipotecas ainda está em desenvolvimento no Brasil, onde as linhas de crédito hipotecário respondem por apenas 2% do PIB, como definido no gráfico abaixo.

A tabela abaixo fornece o nível de empréstimos hipotecários como uma porcentagem do PIB nos países selecionados.

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Fonte: Gwinner, B. (2007), Finance for Growth (2001) Banco Mundial.

Acreditamos que o nível de financiamento de imóveis no Brasil se elevará como resultado de diversas alterações estruturais. Segundo o IBGE, o déficit habitacional no Brasil em 31 de dezembro de 2008 foi de 5,8 milhões de unidades. Houve uma mudança de metodologia em 2007 que reduziu acentuadamente o déficit imobiliário (em 2007 o déficit era de 7,3 milhões na antiga metodologia e de 6,3 na nova). Além disso, as maiores contribuições para o resultado vieram da carga excessiva sobre aluguel (40,4%) e famílias vivendo no mesmo imóvel (39,6%). Ademais, uma das prioridades do atual Governo Federal é estimular o crescimento do setor da construção como forma de solucionar a falta de moradias e oferecer emprego. O Governo Federal adotou uma série de políticas importantes com o objetivo de reforçar a demanda por imóveis através de incentivos fiscais e expandir o mercado de financiamento de imóveis, incluindo:

x Incentivos e isenções fiscais;

x Aumento da garantia às construtoras, através do oferecimento de garantias sobre imóveis;

x Aumento da garantia aos compradores através de um sistema tributário especial que separa os bens das construtoras daqueles pertencentes ao projeto de construção específico; e

x Simplificação e intensificação da aplicação de leis de execução hipotecária.

Acreditamos que a redução nas taxas de juros e o controle da inflação, combinados com o atual déficit de moradia e o suporte governamental contribuirão para o aumento na demanda por financiamento imobiliário no Brasil.

Gestão de Ativos

De acordo com a ANBIMA, a indústria de administração de ativos no Brasil vem crescendo a taxas significativas nos últimos anos. Os ativos totais do sistema financeiro cresceram aproximadamente 15,3%, passando de R$1.798,8 bilhões em junho de 2008, a R$2.073,4 bilhões em dezembro de 2009. Desde 2002, a indústria de fundos de investimento passou por

7.3 - Informações sobre produtos e serviços relativos aos segmentos operacionais

alterações significativas, como resultado dos regulamentos que determinaram a responsabilidade da CVM pela supervisão de tal atividade. Tais regulamentos encorajaram os participantes do mercado a adotar melhores práticas de governança corporativa e a aumentar a transparência na administração de fundos de investimentos.

A indústria de administração de ativos no Brasil está concentrada entre gestores de fundos controlados pelos grandes conglomerados financeiros, o que torna o acesso a canais de distribuição de varejo especialmente importante nesta indústria. Os principais clientes são os investidores institucionais, tais como fundos de pensão, seguradoras e clientes de private banking. Alguns dos principais fatores que vêm contribuindo para o crescimento da indústria de administração de ativos são:

x Estabilidade econômica no Brasil e aumento das receitas disponíveis e poupança; x Expansão nos mercados de seguros e de fundos de pensão, influenciada, em

parte, pelo crescimento de produtos como planos de previdência privada (por exemplo, VGBL e PGBL), cujos ativos aumentaram o volume de ativos sob a administração na indústria brasileira de fundos mútuos;

x Melhoria da classificação de crédito dos emissores brasileiros; x Expansão no acesso a produtos financeiros oferecidos pela Internet; x Ajustes nos regulamentos aplicáveis aos fundos mútuos no Brasil; e x Melhores condições no mercado brasileiro de capitais.

Seguros

As receitas de seguros no Brasil são geradas pelas vendas de apólices com cobertura para automóveis e seguros elementares, bem como apólices de seguros-saúde, seguro prestamista e seguros de vida (que inclui seguros de vida e de acidentes pessoais, mas exclui planos de previdência privada (VGBL)).

Nos últimos anos, a indústria brasileira de seguros vem apresentando resultados positivos. De acordo com a SUSEP, de 2002 a 2008, a taxa de crescimento anual do total de prêmios foi de aproximadamente 183,6%, ou seja, 68,9% mais alta do que a taxa de crescimento apresentada globalmente pela indústria de seguros e 6,1 pontos percentuais maior do que o crescimento nominal do PIB brasileiro.

Contudo, o Brasil é um mercado com pouca penetração em termos de produtos de seguros. De acordo com a SwissRe, em seu relatório Sigma datado de maio de 2009, o Brasil ocupava a 17ª colocação na lista de maiores mercados de seguros no mundo, atrás de economias menores, tais como a África do Sul, a Holanda e a Austrália. Em 2008, a indústria de seguros no Brasil contribuiu 3% para o PIB, 4 pontos percentuais abaixo da média global de 7%. Em termos de prêmio per capita, o Brasil está abaixo da média mundial, com US$ 245 versus US$634 ao ano.

d. eventual sazonalidade

Em função da dinâmica econômica brasileira e o perfil de consumo da população, muitos gastos das pessoas físicas são concentrados no 1º trimestre do ano, tais como gastos com tributos (IPVA / IPTU), gastos escolares e gastos com férias. Em alguns casos também, os gastos com as festas de final de ano surtem impacto na demanda por crédito.

Na pessoa jurídica, um evento cíclico relevante na dinâmica de fluxo de caixa das empresas é o pagamento do 13º salário a seus funcionários. Este evento normalmente ocorre nos últimos 3 meses do ano e alavanca empréstimos para este tipo de cliente, principalmente capital de giro.

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Já para captações e investimentos, a dinâmica é inversa dos empréstimos. Clientes poupam quando não possuem gastos planejados para as receitas que geram, e este evento é mais claro no final do ano, quando a grande maioria dos trabalhadores recebe seus 13º salários, período no qual se aumenta a demanda por investimentos. Em especial para previdência privada, em dezembro são captados os maiores recursos do ano, em função do planejamento tributário realizado por nossos clientes.

Outro fator relevante na produção de empréstimos e investimentos ao longo do ano é a quantidade de dias úteis disponíveis. Fevereiro é um mês com histórico de produção abaixo da média, tanto por terem menos dias totais (mês de 28 dias), quanto pelas festividades do carnaval, que normalmente consomem 3 dias úteis. Observando o segmento de arrendamento mercantil, a geração de novos negócios não apresenta concentrações significativas nos meses do ano, todavia, está diretamente relacionada ao nível de consumo e ao desempenho da indústria automobilística nacional.

e. principais insumos e matérias primas, informando:

i. descrição das relações mantidas com fornecedores, inclusive se estão sujeitas a controle ou regulamentação governamental, com indicação dos órgãos e da respectiva legislação aplicável e

ii. eventual dependência de poucos fornecedores

Por ser uma empresa de serviços, nossos principais insumos são mão-de-obra e insumos administrativos. Para mão-de-obra, praticamente toda força de trabalho é própria (52 mil funcionários), e em 2009 foram despendidos pelo Grupo Santander Brasil R$ 5,5 bilhões entre salários, encargos, treinamento e bonificações.

Nos insumos administrativos, podemos destacar os serviços técnicos e especializados de terceiros, tais como segurança patrimonial, transporte de valores, administração e conservação predial, propaganda e marketing, jurídico e tecnologia. Para tecnologia, desenvolvimento de sistemas e processamento de dados são fornecidos por 2 empresas pertencentes ao Grupo Santander Espanha, a Isban e Produban respectivamente.

Nestas despesas administrativas, o Grupo Santander Brasil despendeu R$ 6,2 bilhões em 2009.

É política da empresa a abertura de concorrência para a contratação de serviços. Para isso, sempre são cotados preços junto ao mercado fornecedor, sendo contratada aquela que, dentro das especificações técnicas, apresentar o menor preço.

Além disso, existem dois comitês que recebem as demandas por serviços, avaliam e liberam suas contratações, conforme alçadas de valor, levando-se em consideração as disponibilidades orçamentárias. Estes comitês, chamados de PIF (Fórum de Gastos e Investimentos) e PIC (Comitê de Eficiência), acontecem normalmente 1 vez por semana e são formados por executivos e especialistas em gastos. O PIF contempla gastos e investimentos entre R$ 250 mil e R$ 1 milhão, enquanto o PIC analisa gastos e investimentos superiores a R$ 1 milhão. iii. eventual volatilidade em seus preços

Em relação aos empréstimos, a volatilidade nos preços pode ocorrer devido à variação nos custos de captação de depósitos de clientes, pela de liquidez no mercado ou devido a variações nos índices de inadimplência.

A variação nos custos de captação ocorre quando há mudanças nas expectativas dos agentes em relação à taxa básica da economia ou quando o Banco Central altera a SELIC. Verifica-se que tal situação ocorre em períodos de crise ou de grande incerteza com relação ao cenário de crescimento do PIB, da inflação ou da balança comercial. Por exemplo, com a crise

7.3 - Informações sobre produtos e serviços relativos aos segmentos operacionais

internacional de 2008, verificou-se aumento nas taxas de juros futuras por incertezas acerca do cenário macroeconômico. Tal fato aumentou os preços dos empréstimos de longo prazo. Ademais, o Banco Central altera a taxa básica de juros da economia de acordo com a expectativa futura de inflação comparada com a meta. Desta forma, expectativas de aumento de inflação levam o Banco Central a aumentar a taxa básica da economia e assim encarece os empréstimos. Analogamente, quando a inflação está abaixo da meta há a tendência de redução da SELIC e redução nas taxas de empréstimo.

Variações na liquidez do mercado também podem causar efeito nos preços dos empréstimos, em geral reduções de liquidez aumentam os preços e vice-versa. As maiores causas de variações na liquidez são medidas regulatórias como aumento/redução de compulsório e crises internacionais e redução de linhas para financiamentos ao comércio exterior, como verificado em 2008, com a crise global. As variações na liquidez estão para os bancos assim como a lei da oferta e da demanda está para empresas comerciais e industriais.

Os índices de inadimplência também estão diretamente relacionados com os preços dos empréstimos, visto que a taxa de juros deve cobrir a perda de crédito esperada para cada cliente. Sendo assim, em ambientes de aumento de inadimplência as taxas de juros tendem a subir para o segmento de clientes afetado e vice-versa.

O outro grupo de produtos relevante para o negócio bancário é composto de tarifas e comissões sobre serviços. Desde 2008, as tarifas incidentes sobre os principais serviços bancários foram regulamentadas pelo Banco Central. Sendo assim, estão sujeitas a variações de preços relevantes somente em ambientes de inflação alta, que não é o caso atualmente.