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Descrever a política de gerenciamento de riscos de mercado adotada pelo emissor, seus objetivos, estratégias e instrumentos, indicando:

5.2 - Descrição da política de gerenciamento de riscos de mercado

5.2. Descrever a política de gerenciamento de riscos de mercado adotada pelo emissor, seus objetivos, estratégias e instrumentos, indicando:

a. riscos para os quais se busca proteção

Os riscos de mercado aos quais estamos expostos são o risco de taxa de juros, o risco de taxa de câmbio, o risco de preço das ações, o risco de volatilidade e o risco de liquidez.

b. estratégia de proteção patrimonial (hedge)

Utilizamos derivativos tanto em atividades mantidas para negociação quanto não mantidas para negociação. Os derivativos mantidos para negociação são utilizados para eliminar, reduzir ou modificar o risco das carteiras mantidas para negociação (risco de taxa de juros, taxa de câmbio e preço das ações) e para a prestação de serviços financeiros aos clientes. Nossas principais contrapartes (além dos clientes) nessas atividades são instituições financeiras e a BM&FBOVESPA.

Utilizamos derivativos também em atividades não mantidas para negociação, para gestão do risco de câmbio resultante das atividades de gestão de ativos e passivos. Nas atividades não mantidas para negociação, utilizamos derivativos não opcionais de taxas de juros e câmbio.

c. instrumentos utilizados para proteção patrimonial (hedge)

Entre os nossos principais instrumentos derivativos estão os swaps de taxas de juros, futuros de taxas de juros, contratos de câmbio a termo, futuros de câmbio, opções de câmbio, cross

currency swaps, futuros de índices de ações e opções de ações.

Em geral, fazemos hedge do risco de taxa de juros oriundo de formação de mercado, comprando ou vendendo títulos de capital de alta liquidez, tais como títulos públicos, ou contratos futuros listados em mercados organizados, tais como a BM&FBOVESPA, a London

Metals Exchange, a Euronext Liffe, a NYSE e a Chicago Board of Trade.

Administramos o risco de taxa de câmbio por meio de transações à vista no mercado interbancário de câmbio global, bem como por meio de contratos de câmbio a termo, cross

currency swaps, futuros de câmbio na BM&FBOVESPA e opções de câmbio.

Fazemos hedge do risco de preço das ações, comprando ou vendendo as ações subjacentes específicas nos mercados organizados em que são negociadas ou contratos futuros de ações específicas listadas em mercados organizados, tais como a BM&FBOVESPA.

Fazemos hedge do risco de volatilidade resultante de formação de mercado em opções e produtos relacionados a opções, comprando e vendendo contratos de opções listados em mercados organizados, tais como a BM&FBOVESPA, ou contratando transações de reversão do risco no mercado de balcão interbancário. Utilizamos o Valor em Risco, ou modelo VaR para mensurar nosso risco de mercado associado à totalidade de nossas atividades mantidas para negociação.

Não temos derivativos de crédito no Brasil, uma vez que não há mercado para esses derivativos no País.

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d. parâmetros utilizados para o gerenciamento desses riscos

O risco de mercado é disciplinado e controlado por meio de certas políticas, definidas em nosso manual de políticas de gestão de riscos de mercado e liquidez (descrito adiante), e de estruturas que definem limites específicos para nossa exposição a riscos de mercado, as quais se baseiam em limites globais definidos para todo o Grupo Santander Espanha.

O manual de políticas de gestão de riscos de mercado e liquidez é uma compilação de políticas que descrevem a estrutura de controle adotada pelo Grupo Santander Brasil para identificação, mensuração e gestão das exposições ao risco de mercado inerentes às nossas atividades nos mercados financeiros.

O principal objetivo do manual é determinar o nível de risco que o nosso Conselho de Administração considera aceitável e descrever e relatar todas as políticas e controles de riscos adotados por nosso Conselho de Administração.

Procedimentos de Gestão de Risco de Mercado

Todas as funções desempenhadas pela gestão de riscos são documentadas e disciplinadas por diversos procedimentos, incluindo as funções de mensuração, controle e relatório. A observância dessas normas internas é auditada por auditores internos e externos, a fim de garantir o cumprimento de nossas políticas de riscos de mercado.

Estrutura de Limites de Riscos de Mercado

A estrutura de limites de riscos de mercado representa a disposição ao risco do Conselho de Administração e é determinada por nossas políticas globais de gestão do risco de mercado, as quais abrangem todas as nossas unidades de negócios, e serve para:

· Identificar e definir as principais espécies de riscos incorridos de forma consistente com nossa estratégia de negócios.

· Quantificar e relatar para nossos segmentos de negócios os níveis e perfis de risco adequados, em consonância com a avaliação dos riscos pela administração sênior, a fim de evitar que nossos segmentos de negócios assumam riscos indesejados.

· Proporcionar flexibilidade aos nossos segmentos de negócios na definição oportuna e eficiente de posições de riscos sensíveis às mudanças no mercado e às nossas estratégias de negócios e sempre dentro de níveis de risco aceitáveis para o Grupo Santander Brasil.

· Permitir às pessoas e equipes que originarem novos negócios que assumam riscos de forma prudente, de modo a favorecer a obtenção dos resultados orçados.

· Definir alternativas de investimento, limitando a redução do patrimônio.

· Definir a gama de produtos e ativos subjacentes em que cada unidade de tesouraria pode operar, levando em conta nossos modelos e sistemas de avaliação de riscos e nossas ferramentas de liquidez. Isso ajuda a restringir o risco de mercado na administração de negócios e na estratégia de riscos definida.

As políticas globais de gestão de risco de mercado definem nossa estrutura de limites de riscos, enquanto o comitê de riscos revisa e aprova tais políticas. Os administradores da unidade de negócios gerenciam suas atividades dentro desses limites. A estrutura de limite de riscos abrange tanto nossa carteira mantida para negociação quanto nossa carteira não

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mantida para negociação e inclui limites aos instrumentos de renda fixa, ações, câmbio e outros instrumentos derivativos.

Os limites considerados globais dizem respeito ao nível das unidades de negócios. Até o momento, as restrições do sistema impedem os limites intra-day. Nossas unidades de negócios devem observar continuamente os limites aprovados. Os possíveis excessos demandam uma série de medidas executadas pela unidade global de funções de riscos de mercado, entre as quais: (1) implementar sugestões e controles de redução de riscos, em função do rompimento GHOLPLWHV³DODUPDQWHV´H  DGRWDUPHGLGDV executivas, exigindo que os tomadores de riscos fechem posições para reduzir os níveis de riscos.

Ferramentas Estatísticas para Cálculo e Gestão do Risco de Mercado

Modelo VaR. Utilizamos localmente diversos modelos matemáticos e estatísticos, entre os quais os modelos VaR, simulações históricas e testes de estresse para mensuração, monitoramento, relatório e gestão do risco de mercado. Tais valores, apurados em nível local, são úteis também às atividades globais, tais como avaliações do retorno sobre o capital ajustado ao risco,ou (RORAC), e à alocação de capital econômico para diversas atividades, para fins de avaliação do retorno sobre o capital ajustado ao risco das mesmas.

O VaR, na forma como o calculamos, é uma estimativa da perda máxima esperada do valor de mercado de uma determinada carteira, durante o prazo de um dia, com intervalo de confiança de 99%. É uma estimativa da perda máxima em um dia que sofreríamos em uma determinada carteira durante 99% do tempo, observadas certas premissas e limitações discutidas adiante. Por outro lado, é uma estimativa de perda que esperaríamos ultrapassar durante somente 1% do tempo, ou aproximadamente três dias por ano. O VaR proporciona uma estimativa do risco de mercado que é única e comparável entre um risco de mercado e outro.

Nossa metodologia padrão baseia-se na simulação histórica (520 dias). Para refletir a volatilidade recente do mercado no modelo, nosso valor de VaR é o máximo entre o percentil 1% e o percentil ponderado 1% da distribuição simulada dos lucros e prejuízos. Essa distribuição dos prejuízos é calculada aplicando-se um fator de declínio exponencial, que atribui menor peso às observações conforme estejam mais distantes no tempo.

Utilizamos as estimativas do VaR para alertar a administração sênior sempre que as perdas estatisticamente estimadas em nossas carteiras ultrapassarem os níveis prudentes. Os limites ao VaR são utilizados para controle da exposição em cada uma das carteiras.

Premissas e limitações. Nossa metodologia do VaR deve ser interpretada à luz das seguintes limitações: (1) o período de tempo de um dia pode não refletir integralmente o risco de mercado das posições que não possam ser liquidadas ou protegidas por hedge dentro de um dia; e (2) atualmente apuramos o VaR no fechamento dos negócios, e as posições mantidas para negociação podem mudar substancialmente durante o dia de negociação.

Análise de cenários e medidas de calibração. Devido a essas limitações da metodologia do VaR, além da simulação histórica, utilizamos testes de estresse para analisar o impacto de oscilações de mercado extremas e adotar políticas e procedimentos na tentativa de proteger nosso capital e nossos resultados operacionais contra tais contingências. Para calibrar nosso modelo VaR, utilizamos o back testing, que é uma análise comparativa entre as estimativas do VaR e o resultado líquido diário (resultado teórico gerado adotando-se a premissa da variação diária marcada a mercado da carteira e considerando-se somente a oscilação das variáveis de mercado). A finalidade desses testes é verificar e mensurar a precisão dos modelos utilizados para calcular o VaR.

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Gestão de Balanço

Risco de taxa de juros. Analisamos a sensibilidade da margem de juros líquida e do valor de mercado das ações a alterações das taxas de juros. Essa sensibilidade resulta de divergências entre as datas de vencimento e as taxas de juros nas diversas contas do ativo e do passivo. No caso de produtos sem datas de vencimento contratuais expressas, utilizam-se certas hipóteses de reprecificação ou modelos internos, com base no ambiente econômico (financeiro e comercial).

Com base no posicionamento das taxas de juro contabilizadas no balanço, bem como na situação e na perspectiva de mercado são definidas medidas financeiras para ajustar o posicionamento a níveis compatíveis com as políticas do Grupo Santander Brasil. Essas medidas variam entre a tomada de posições em mercados e a definição das características da taxa de juros de produtos comerciais. As medidas utilizadas para controle do risco de taxa de juros são a análise da diferença entre as taxas de juros, a sensibilidade da margem de juros líquida, a sensibilidade do valor patrimonial de mercado, o VaR do Balanço e à análise de cenários

Divergência entre taxas de juros do ativo e do passivo. A análise da divergência entre taxas de juros refere-se aos descompassos ou discrepâncias entre as alterações do valor dos itens do ativo, do passivo e não declarados no balanço. A análise da divergência proporciona uma representação básica da estrutura do balanço e permite a detecção do risco de taxa de juros conforme a concentração das datas de vencimento. É também uma ferramenta útil para a estimativa do impacto de futuras oscilações das taxas de juros sobre a margem de juros líquida ou sobre o patrimônio.

Todos os itens do balanço ou não declarados no balanço devem ser subdivididos conforme seus fluxos e analisados em termos de reprecificação e vencimento. No caso dos itens sem data de vencimento contratual, adota-se um modelo interno de análise e fazem-se estimativas de seu prazo e sensibilidade.

Sensibilidade da margem de juros líquida. A sensibilidade da margem de juros líquida mede a alteração, a curto e médio prazo, dos ganhos previstos ao longo de um período de 12 meses em resposta a uma mudança na curva de rendimento. É calculada uma simulação da margem de juros líquida, tanto para um cenário de mudança na curva de rendimento como para o cenário atual e, a sensibilidade constitui a diferença entre as duas margens calculadas.

Valor de mercado da sensibilidade do patrimônio. A sensibilidade do patrimônio líquido mede o risco de juros implícito no patrimônio líquido ao longo de todo o tempo da operação, com base no efeito de uma alteração das taxas de juros sobre os valores atuais dos ativos e passivos financeiros. É uma medida adicional da sensibilidade da margem de juros líquida.

Valor em risco. O VaR das atividades contabilizadas no balanço e das carteiras de investimento é calculado mediante o mesmo padrão adotado para simulação das atividades mantidas para negociação, ou seja, uma simulação histórica, com intervalo de confiança de 99% e horizonte de tempo de um dia.

Análise dos cenários de testes de estresse. Aplicamos três cenários para o desempenho das taxas de juros: seis desvios-padrão para cima, seis desvios-padrão para baixo dos fatores de risco e um cenário abrupto, no qual os fatores de risco são acrescidos de 50% para cima e para baixo dos níveis correntes. Esses cenários são aplicados sobre o balanço, obtendo-se o impacto sobre o patrimônio líquido, bem como as projeções da receita líquida de juros para o exercício.

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Risco de Liquidez. O risco de liquidez está associado à nossa capacidade de financiarmos nossos compromissos a preços de mercado razoáveis, bem como de executar nossos planos de negócios com fontes de financiamento estáveis. Monitoramos permanentemente os perfis de divergência máxima. As medidas utilizadas para controle da liquidez são o descompasso de liquidez, o índice de liquidez, os cenários de estresse e os planos de contingência.

Descompasso de liquidez. O descompasso de liquidez fornece informações sobre as entradas e saídas de caixa contratuais e previstas, durante um determinado período de tempo, para cada uma das moedas em que operamos. O descompasso mede a demanda ou excesso líquido de recursos em uma data específica e reflete o nível de liquidez mantido sob condições normais de mercado.

Índice de liquidez. O índice de liquidez compara os ativos líquidos disponíveis para venda (depois da aplicação dos descontos e ajustes pertinentes) com o passivo total a ser liquidado, incluindo as contingências. Esse índice mostra, para as moedas que não podem ser incluídas na consolidação, o nível de resposta imediata da empresa aos compromissos firmes.

A falta de liquidez acumulada é definida como a divergência acumulada de 30 dias obtida a partir do descompasso e liquidez modificados. O descompasso de liquidez contratual modificado é calculado com base no descompasso de liquidez contratual e no posicionamento dos ativos ou compromissos de recompra líquidos no momento de liquidação, e não no momento de vencimento.

Análise de cenários/plano de contingência. Nossa gestão da liquidez concentra-se em prevenir crises. As crises de liquidez e suas causas imediatas nem sempre podem ser previstas. Por isso, nosso plano de contingência concentra-se em criar modelos para possíveis crises, analisando diversos cenários e identificando tipos de crises, comunicações internas e externas e responsabilidades individuais.

O plano de contingência abrange a atividade das unidades locais e da sede do Santander Espanha. Cada uma das unidades locais deve elaborar um plano de custeio para contingência, indicando o valor que potencialmente demandaria da sede do Santander Espanha em caso de crise. Cada uma das unidades deve informar seu plano à sede do Santander Espanha pelo menos uma vez por semestre, a fim de que possa ser revisto e atualizado. Esses planos, porém, devem ser atualizados com maior frequência, caso essa providência seja considerada prudente em virtude de circunstâncias de mercado.

e. se o emissor opera instrumentos financeiros com objetivos diversos de proteção patrimonial (hedge) e quais são esses objetivos

Conforme acima descrito, além de os derivativos mantidos para negociação serem utilizados para eliminar, reduzir ou modificar o risco das carteiras mantidas para negociação (risco de taxa de juros, taxa de câmbio e preço das ações), são também utilizados para a prestação de serviços financeiros aos clientes.

f. estrutura organizacional de controle de gerenciamento de riscos

Nossa administração, por meio do Comitê de Riscos Operacionais, é responsável pela definição de nossas políticas, procedimentos e limites referentes aos riscos de mercado, inclusive dos negócios que devemos contratar e manter. Juntamente com os comitês locais e globais de ativos e passivos, cada unidade de risco de mercado calcula e monitora nossos riscos de mercado e liquidez e apresenta aos comitês de ativos e passivos os valores apurados para uso na gestão de tais riscos.

5.2 - Descrição da política de gerenciamento de riscos de mercado

g. adequação da estrutura operacional e controles internos para verificação da efetividade da política adotada

Todas as funções desempenhadas pela gestão de riscos são documentadas e disciplinadas por diversos procedimentos, incluindo as funções de mensuração, controle e relatório. A observância dessas normas internas é auditada por auditores internos e externos, a fim de garantir o cumprimento de nossas políticas de riscos de mercado.