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1. INTRODUÇÃO

4.4 CRONOLOGIA

A fim de facilitar a visualização e apreensão de conexões entre eventos diversos, apresentarei uma sucinta cronologia dos principais acontecimentos apontados até o momento, sejam eles em nível local, nacional ou internacional. Iniciarei com o nascimento de Pixinguinha, que é tido por muitos como uma espécie de Patrono da música popular brasileira.

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Acompanhe uma entrevista com este músico, onde ele fala do assunto em http://issuu.com/revistamuito/docs/_68.

1897: nasce Alfredo da Rocha Vianna, o Pixinguinha, no Rio de Janeiro. 1906: nasce Radamés Gnattali em Porto Alegre, RS.

1914: nasce Dorival Caymmi em Salvador, BA.

1915: nasce Aníbal Augusto Sardinha, o Garoto, em São Paulo. 1917: nasce Laurindo de Almeida em Miracatu, SP.

1922: Pixinguinha embarca com Os Oito Batutas para Paris, custeados por Arnaldo Guinle. A sugestão foi do dançarino Duque, que divulgava o maxixe por lá.

Nasce Luís Bonfá, no Rio de Janeiro.

1924: nasce Oscar da Penha, o Batatinha, em Salvador. 1926: nasce Moacir Santos em Vila Bela, PE.

1927: nasce Tom Jobim, RJ.

1929: nasce Johnny Alf no Rio de Janeiro.

Nasce Carlos Lázaro da Cruz, o Cacau do Pandeiro, em Salvador. 1930: nasce Severino Dias de Oliveira, o Sivuca, em Itabaiana, PB. 1931: nasce João Gilberto em Juazeiro, BA.

1936: Radamés passa a trabalhar na Radio Nacional. Nasce Hermeto Pascoal em Lagoa da Canoa, AL.

1937: fundação da Orquestra Tabajara, que seria logo depois dirigida por Severino Araújo. A mesma já existia desde 1933, mas sem esse nome.

Nascimento de Baden Powell em Itaperuna, RJ. Nascimento de Alcyvando Luz em Barreiras, BA.

Walter Smetak, nascido em 1913, chega ao Brasil. 1939: início da II Guerra Mundial.

1941: nasce Airto Moreira em Itaiópolis, SC.

Nasce Dom Lula Nascimento, no nordeste de Amaralina, em Salvador. 1942: nasce Djalma Correa em Ouro Preto, MG.

1943: fundação da Capitol Records, empresa que gravava novidades do mundo do jazz e que no Brasil seria representada pela Sinter.

1944: nasce Juvenal (Naná) de Holanda Vasconcelos em Recife, PE. 1945: fim da II Guerra Mundial.

Nasce Victor Assis Brasil.

1946: fundação da Universidade Federal da Bahia. 1947: nasce Egberto Gismonti em Carmo, RJ.

A vedete Salomé Parísio, vinda de Recife, já era A Diva do Tabaris, em Salvador. 1948: nasce Tuzé de Abreu em Salvador.

1951: primeira apresentação do que seria o trio elétrico, em Salvador. 1954: fundação da Escola de Música da UFBA.

Criação do Newport Jazz Festival.

1958: lançamento do álbum Chega de Saudade, com composições de Tom Jobim e Vinicius de Moraes, na voz de Elizete Cardoso e violão de João Gilberto. É o LP emblemático da Bossa Nova.

1959: Orfeu Negro, o filme, uma realização ítalo-franco-brasileira.

Carlos Lacerda grava o sucesso “Giboeirinha” em seu LP “Carlos Lacerda – piano de informal (e bossa)”.

Hans-Joachim Koellreutter abre um curso de jazz nos Seminários Livres de Música, o qual durará apenas 1 ano.

1960: fundação da cidade de Brasília, a nova capital do Brasil.

1961: fundação da revista Planeta, na França, por Jacques Bergier e Louis Pauwels. A publicação seria como que um “arauto” da Nova Era.

1962: foi lançado o disco de João Gilberto “The boss of the Bossa Nova” nos EUA. Em novembro dá-se o concerto New Brazilian Jazz, no Carneggie Hall de Nova York.

1964: Golpe militar.

Hermeto Pascoal funda o Sambrasa Trio.

César Camaro Mariano funda o Sambalanço trio. Ambos contam com a percussão de Airto Moreira.

Inauguração do Teatro Vila Velha, com o show Nós, Por Exemplo.

1966: Geraldo Vandré fica em 1º lugar no Festival de Música Popular da TV Excelsior, SP, com a composição Porta Estandarte, de Geraldo Vandré e Fernando Lona. Participação de Airto Moreira.

Formação do Grupo de Compositores da Bahia, ativo desde a Semana Santa.

1ª apresentação de Roberto Carlos em Salvador, acompanhado por Raulzito e seus Panteras, no cine Roma.

1967: O Quarteto Novo, já com a participação de Hermeto Pascoal, acompanha Edu Lobo e Marília Medalha na vencedora Ponteio (de Edu Lobo e Capinam), no Festival de Música Popular Brasileira da TV Record, SP, em 1967.

Ainda aqui o público reconhece o talento de Milton Nascimento. Criação do CIA (Centro Industrial de Aratu) em Salvador. Criação do Festival de Montreux.

1968: Egberto Gismonti participa do III Festival Internacional da Canção (RJ, 1968) com a peça O Sonho, para a qual fez um arranjo para uma orquestra de 100 integrantes.

Surge nos EUA o livro A erva do diabo, de Carlos Casteñeda. Promulgação do AI-5 pela ditadura militar.

1969: Gilberto Gil parte para o exílio em Londres. Despede-se com “Aquele Abraço”. Acontece o lendário festival de Woodstock.

1970: formação do grupo O Som Imaginário, seminal no trabalho do Clube da Esquina. Fundação oficial do Movimento Armorial, encabeçado por Ariano Suassuna.

Grande festival na ilha de Wight.

Lançamento do livro Sociedade sem Escolas, de Ivan Illich. A lei de censura prévia é promulgada pelo governo militar.

1972: chega a Salvador Roland Schaffner para dirigir o Instituto Goethe (ICBA), que seria uma referência cultural e política por mais de uma década.

Estréia de Elomar em LP: Das barrancas do Rio Gavião.

1º LP de Gereba e Grupo Bendengó.

1974: início do governo do general Ernesto Geisel em plena crise internacional do petróleo.

Fundação do Ilê Ayê, em novembro.

1975: LP Corações Futuristas, de Egberto Gismonti.

A Banda do Companheiro Mágico, embora de duração efêmera, é sucesso em Salvador. Esta seria a banda de base para um importante workshop de improvisação e arranjo ministrado no ICBA por Victor Assis Brasil.

Rick Wakeman apresenta no Rio de Janeiro o espetáculo Viagem ao Centro da Terra pelo Projeto Aquarius, que teve no maestro Isaac Karabtchevsky um de seus idealizadores. Instala-se no 6º andar do ed. A Tarde (Salvador) a gravadora WR.

1976: fundação do Shopping Iguatemi de Salvador. 1977: Hermeto grava o LP Slave Mass pela WEA.

O Grupo Genesis apresenta-se pelo Projeto Aquarius no Rio de Janeiro.

1978: entra em cena movimento operário do ABC paulista. Um de seus líderes é o metalúrgico Luis Inácio da Silva, o futuro presidente Lula.

Theodomiro Queiroz, a convite de José Augusto Burity, assume a direção artística do Teatro Castro Alves e lhe imprimirá grande revitalização.

No Teatro Castro Alves, Sivuca e Hermeto juntos no show Nosso Encontro. Estréia do Sexteto do Beco no show Prelúdio do Beco, no TCA.

Gereba.

I Festival de Jazz de São Paulo.

Gravação do LP Nas Quadradas das Águas Perdidas, de Elomar, “nos estúdios do Seminário Livre de Música da Universidade Federal da Bahia, em dezembro, com participação de: Dércio Marques, Carlos Pita, Fábio Paes, Xangai, Elena Rodrigues, Limonge e o saudoso Alcyvando Luz. Com algumas penadas do também saudoso Ernest Widmer”.

1979: Tem a ver, grande encontro de músicos da MI soteropolitana no TCA.

Acontece o Musical Mangueiral (Itapuã, Salvador), chamado “Uma mostra de música alternativa”.

Diana Pequeno classifica a canção Facho de Fogo, de João Ba e Vital França, para as finais do Festival da extinta TV Tupi.

Fundação do Male Debalê.

1980: I Festival de Música Instrumental da Bahia. Fundação da Gravadora Som da Gente, SP. 1980: fundação do Bar Vagão.

1981: lançamento dos LPs do Sexteto do Beco e do Raposa Velha, além de Fantasia leiga para um rio seco, de Elomar com o Orquestra Sinfônica da Bahia, regida por Lindembergue Cardoso.

1983: Luiz Melodia arregimenta músicos da MI soteropolitana (O Bando Baiano) e inicia uma tournée nacional.

1984: 1ª gravação digital ao vivo do Brasil: show Cantoria, com Xangai, Elomar, Vital Farias e Geraldo Azevedo. Espetáculo idealizado pelo produtor Antonio Carlos Limonge. Paulo Moura dirige a Orquestra de Frevos e Dobrados do maestro Fred Dantas no V Festival de MI da Bahia.

O prefeito de Salvador, Manuel Castro, por meio do decreto no 6.985, criou o GEC: Grupo Executivo do Carnaval. Isto seria um passo marcante para o “empacotamento marqueteiro” do produto musical que seria conhecido como Axé Music.

1985: no dia 02 de fevereiro, no Baile de Yemanjá, cerca de 20 mil foliões foram festejar no Clube Português, na Pituba ao som do Chiclete com Banana.

LP Magia, quando o fricote seria lançado “oficialmente”, uma aposta da gravadora W&R e do empresário Roberto Santana.

1986: show Saxpower, de Paulinho Andrade e grupo.

Gerônimo emplaca o sucesso intitulado “Macuxi Muita Onda” (vulgo Eu sou negão), pela Continental.

1987: lançamento de “O seqüestro da Banda”, de Leo Gandelman.

1988: IX Festival de MI da Bahia, o último da 1ª série. Sairá de cena por 13 anos.

1989: a Gravadora Som da Gente promove um show com o seu staff no Town Hall, em Nova York.

1994: surge o PercPan, festival de percussão no panorama mundial, idealizado por Gilberto Gil e Naná Vasconcelos.

1995: grande comemoração dos 70 anos de Maria Stella de Azevedo Santos, a Mãe Stella de Oxóssi, Iya Odé Kayode, quando houve muitos shows e concertos no Axé Opó Afonjá, muitos cobertos pela TVE.

2000: surge o Mercado Cultural, idealizado pela Casa Via Magia. Início das atividades da Gravadora Biscoito Fino, RJ.

2001: retorno do Festival de Música Instrumental da Bahia, após 13 anos de ausência. 2003: 1ª edição do Festival de Música Educadora FM.

2004: 3ª edição do Fórum Mundial de Cultura, a 1ª em Salvador. Um dos principais idealizadores é a Casa Via Magia.

A 12ª edição do Festival de Música Instrumental da Bahia realiza o antigo sonho de trazer Hermeto Pascoal.

2006: fundação da Orquestra Rumpilezz.

2007: 1ª edição do Festival Phoenix Jazz da Praia do Forte, BA. 2008: surge o curso de Música Popular na EMUS/ UFBA.

5 APRENDIZADOS

No documento Caminhos da música instrumental em Salvador (páginas 145-154)