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4 S ISTEMAS DE CUSTEIO OBJETIVOS

4.5   Custeio departamental

4.5.1

 

Conceito

Custeio departamental é um sistema de atribuição de custos indiretos aos produtos por m departamentos.

Departamentos são divisões, seções ou setores que compõem um estabelecimento co industrial, bancário, prestador de serviços etc.

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Exemplos de departamentos que podem ser encontrados nas empresas industriais em geral:

a)  Departamentos das áreas administrativa e financeira – cobrança, contas a pagar, c receber, controladoria, diretoria, núcleo de processamento de dados, pessoal, trans comunicações.

b) Departamentos da área comercial – compra, expedição, faturamento, marketing, receb venda etc.

c)  Departamentos da área de produção – ambulatório médico, acabamento, almox carpintaria, conservação e manutenção, contabilidade de custos, controle de qualidade costura, fundição, montagem, oficina elétrica, oficina mecânica, refeitório, segurança, tin usinagem etc.

Para a contabilidade de custos, departamento é a menor unidade administrativa da industrial, composta por homens e bens, capaz de realizar tarefas homogêneas.

Para realizar suas tarefas, os departamentos geram gastos que poderão ser classificado como despesas quanto como custos.

Quando os gastos gerados nos departamentos beneficiam a produção, conforme já visto, classificados como custos. Por esse motivo, os departamentos são também denominados “ce geração de custos” ou simplesmente “centros de custos”.

Cada departamento corresponde a um centro de custos, embora possam existir centros de que não correspondam a departamento, ou, ainda, um departamento poderá ser subdividido e de um centro de custos, desde que essa subdivisão seja economicamente viável, permitindo apropriação dos custos indiretos aos produtos.

Os gastos comuns a vários departamentos, como ocorre com o aluguel e com a energia  por exemplo, podem ser inicialmente acumulados em um centro de custos próprio para esses  para que sejam posteriormente rateados aos diversos departamentos da empresa.

 Na área de produção, para facilitar a atribuição dos custos diretos e especialmente dos i aos produtos, pode haver mais de um centro de custos em um só departamento.

Imagine um departamento de produção com várias máquinas gerando gastos diferentes operadas por profissionais especializados, com carga horária e salários também diferentes. I ainda que a empresa fabrique produtos heterogêneos e que uma parte deles passe por t máquinas desse departamento; outra parte, por metade delas; e outros produtos, por uma, duas delas somente. Nesse caso, o departamento deverá ser subdividido em vários centros de segregando máquinas e homens conforme suas importâncias, para que os CIF gerados em fu cada máquina possam ser atribuídos somente aos produtos que as utilizaram.

Centro de custos, portanto, é a menor unidade da empresa industrial considerada para acumulação de custos, que, por ser fictícia, não corresponde à unidade administrativa, embor coincidir com ela.

Então, o que é correto? Denominar o centro de geração de custos de centro de custo departamento?

Como o sistema em estudo é conhecido por “sistema de custeio departamental” convencionado tratar os centros de geração de custos como departamentos.

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Para fins de acumulação de custos, os departamentos são de duas naturezas:

a)  Departamentos produtivos – localizados na área de produção, são responsáve fabricação dos produtos. Em cada um desses departamentos, são gerados em rela  produtos, custos diretos e também custos indiretos, os quais serão atribuídos some  produtos que passarem pelo respectivo departamento. Os custos diretos serão atribuí  produtos sem maiores complicações, conforme já estudamos, enquanto os custos indireto

atribuídos aos produtos, por meio de critérios subjetivos que poderão ser estimados mesmo arbitrados.

b)  Departamentos de serviços – também denominados de departamentos auxiliares departamentos de apoio, encontram-se em todas as áreas de atuação da empresa in  prestam serviços para toda a empresa, inclusive para os departamentos produtivos, em  produtos não transitem por eles. Os custos gerados nesses departamentos são todos ind

a melhor maneira de rateá-los aos produtos é por meio da departamentalização.

O mecanismo é como segue: inicialmente identificam-se todos os custos indiretos gerados departamento, acumulando-os nos respectivos centros de custos. Em seguida, os custos acum nos departamentos de serviços serão transferidos para outros departamentos de serviços e/ou departamentos de produção. Depois que todos os custos indiretos estiverem devidamente a nos departamentos de produção, eles serão transferidos aos produtos.

4.5.2

 

A importância da departamentalização para fins

gerenciais

O Custo de Produção é atribuído aos produtos em duas etapas.

Primeira Etapa: Atribuição dos Custos Diretos – por meio de controles extracontábeis, é conhecer os valores gastos com materiais, mão de obra e gastos gerais de fabricação qu aplicados diretamente na fabricação de cada unidade, lote, grupo ou família de produtos fabri Segunda Etapa: Atribuição dos Custos Indiretos – os gastos com materiais, mão de obra gerais de fabricação, que beneficiam a fabricação de vários produtos ao mesmo tempo, são r aos produtos por meio de critérios subjetivos que podem ser estimados ou até mesmo arbitrad Enquanto os custos diretos são gerados especificamente na área de produção, os custos in de fabricação podem ter origem não só na área de produção como também nas demais á atividades da empresa.

Os custos indiretos de fabricação incorridos em um mês e que beneficiam a fabricação de t  produtos no referido mês devem ser rateados a todos eles indistintamente; entretanto, os indiretos que beneficiaram a fabricação de parte dos produtos devem ser rateados somente  produtos cujos processos de fabricação tenham sido beneficiados por eles.

Suponha que uma indústria que atue no ramo de confecções tenha fabricado em determina 50.000 peças do produto A e 50.000 peças do produto B.

Considere que os custos diretos de A corresponderam a $ 250.000 e de B, $ 200.000; empresa possui 10 departamentos produtivos, e o produto A passou por todos os departam enquanto o produto B passou somente pela metade deles. Suponha, ainda, que os CIF gera

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departamentos produtivos sejam exatamente iguais e o montante deles no referido mês tenha si 80.000. Considerando finalmente que o tempo de maturação dos produtos na fase de produç homogêneo e corresponda a um tempo médio de trinta dias, tomando como base para rateio o de peças fabricadas, se não for observada a departamentalização, veja como os produtos re as cargas dos CIF:

Cálculo da taxa para rateio:

$ 80.000/ 100.000 unidades = $ 0,80 por unidade produzida O Rateio dos CIF ficará como se segue:

  Produto A: 50.000 × $0,80 = $ 40.000   Produto B: 50.000 × $ 0,80 = $ 40.000

Considerando as mesmas informações apresentadas sem a departamentalização, adotando  porém, a departamentalização em que o produto A deverá receber carga de CIF de t

departamentos e o produto B somente de 50% deles, procede-se:  Produto A:

CIF referentes a 100% de 5 seções produtivas = $ 40.000 CIF referentes a 50% de 5 seções produtivas = $ 20.000 Total: 60.000

 Produto B:

CIF referentes a 50% de 5 seções produtivas = $ 20.000

 Note, portanto, que, sem a departamentalização, o produto B recebeu a carga de CIF idê  produto A, sendo onerado com custos de serviços que não beneficiaram sua produção; po

lado, o produto A recebeu carga de custos indiretos menor que a real, uma vez que utilizou 10 serviços de cinco seções e 50% das outras cinco. O correto, portanto, é que o produto A rece da carga dos CIF gerados no mês e o produto B receba 25%. Portanto, com a departamenta essa distribuição fica mais justa.

A margem de erro na atribuição dos Custos Indiretos aos produtos é bem menor quando se Custeio Departamental.

4.5.3

 

Métodos de rateio

Os métodos de rateio são:

a)  Método Direto – por este método, os custos gerados nos departamentos de servi rateados diretamente para os departamentos produtivos beneficiados pelos respectivos s Assim, os departamentos de serviços não recebem custos de outros departamentos de s ainda que tenham sido beneficiados pelos serviços de alguns deles.

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serviços prestados entre os departamentos. Adotando esse método, um departamento de s  poderá receber, por transferência, parte do custo do próprio departamento que foi tran  para outro. Recomenda-se evitar o seu uso, uma vez que ele incentiva a distribuição refle

c) Método da Hierarquização ou dos Degraus – consiste em fixar uma ordem de priorida os departamentos de serviços. A partir dessa hierarquização rateiam-se os custos gera departamentos de serviços entre todos os departamentos, sejam de serviços ou produtivo A hierarquia deve ser observada apenas entre os departamentos de serviços uma vez departamentos produtivos, embora integrem a relação dos departamentos, figurarão logo em aos departamentos de serviços, pois eles somente receberão os CIF e não os transferirão par departamentos. Os custos acumulados nos departamentos produtivos serão, posterio transferidos diretamente aos produtos que passaram por eles.

Por esse método, o departamento de serviços que tiver seus custos transferidos não r custos de outros departamentos, ainda que tenha sido beneficiado pelos serviços de algun Assim, o departamento de serviços que mais recebe custos por transferência é o que menos tra

4.5.4

 

Etapas do custeio departamental pelo método da

hierarquização

São cinco as etapas de custeio departamental pelo método da hierarquização: Primeira Etapa: Atribuição dos Custos Diretos aos produtos.

Segunda Etapa: Rateio dos Custos Indiretos de Fabricação, comuns a todos os departamento Terceira Etapa: Definição da ordem hierárquica dos departamentos, para efeito de rateio entre eles.

Quarta Etapa:  Rateio dos CIF de cada departamento de serviços para os depart  beneficiados pelos seus serviços, obedecendo à ordem hierárquica definida.

Quinta Etapa:  Rateio dos CIF gerados nos departamentos produtivos mais os CIF receb transferência dos departamentos de serviços para os produtos.