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3 C ONTABILIDADE DE CUSTOS COMO FERRAMENTA GESTÃO

3.5   Custo de fabricação

3.5.1

 

Conceito

Custo de fabricação ou custo industrial compreende a soma dos gastos com bens e s aplicados ou consumidos na fabricação de outros bens.

3.5.2

 

Elementos

São três os elementos componentes do custo de fabricação: materiais, mão de obra e gasto de fabricação.

• Materiais: objetos utilizados no processo de fabricação, podendo ou não entrar na com do produto.

Os materiais classificam-se como a seguir:

a) Matéria-prima – é a substância bruta principal e indispensável na fabricação de um p Entra na composição do produto de maneira preponderante em relação aos demais m Em uma indústria de móveis de madeira, é a madeira; em uma indústria de confecçõ tecido; em uma indústria de massas alimentícias, é a farinha.

b) Materiais secundários – são os materiais aplicados na fabricação em menores quan que a matéria-prima. Entram na composição dos produtos, juntamente com a matéria complementando-a ou até mesmo dando o acabamento necessário ao produto. Pa indústria de móveis de madeira, são o prego, a cola, o verniz, as dobradiças, os fech  para uma indústria de confecções, são os aviamentos (botões, zíperes, linha etc.); pa

indústria de massas alimentícias, são os ovos, a manteiga, o fermento, o açúcar, o sal etc

c)  Materiais auxiliares – são todos os materiais que, embora necessários ao proc fabricação, não entram na composição dos produtos. Para uma indústria de móveis de m são as lixas, as estopas, os pincéis, a graxa etc.; para uma indústria de confecções, são utilizadas para o corte dos tecidos, o produto de limpeza de acabamento (substâncias p  para remover dos produtos os resíduos de tintas e de outras imperfeições agregadas no mda fabricação) etc.; em uma indústria de massas alimentícias, são a manteiga utilizada pa

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as assadeiras, as toalhas de papel etc.

d)  Materiais de embalagem – são os materiais destinados a acondicionar ou emb  produtos antes que eles deixem a área de produção. Em uma indústria de móveis de m  podem ser as caixas de papelão; em uma indústria de confecções, podem ser as ca  papelão ou os sacos plásticos; em uma indústria de massas alimentícias, podem ser tam

caixas de papelão, os sacos plásticos etc.

Podemos encontrar outras denominações para grupos de materiais, como: m acessórios, material de acabamento etc. O detalhamento dependerá dos interesses da e ou até mesmo das características que envolvam cada processo de fabricação.

• Mão de obra: esforço do homem aplicado na fabricação dos produtos.

Compreende não só os gastos com salários, mas também com encargos e benefícios a empregados têm direito, em decorrência da legislação trabalhista e previdenciária, com  básicas, vale-transporte, vale-refeição, Previdência Social (parte patronal), Fundo de

de Tempo de Serviço (FGTS), férias, décimo terceiro salário etc.

•  Gastos gerais de fabricação: demais gastos necessários para a fabricação dos prod quais, pela própria natureza, não se enquadram como materiais ou como mão de obra. gastos com aluguéis, energia elétrica, serviços de terceiros, manutenção da fábrica, depr de máquinas, seguro contra roubo e incêndio, material de higiene e limpeza, lubrificantes para as máquinas, pequenas peças para reposição, telefones e comunicaçõe

3.5.3

 

Classificação do custo de fabricação

a) Em relação aos produtos

Em relação aos produtos fabricados, o custo pode ser Direto ou Indireto.

Custos diretos compreendem os gastos com materiais, mão de obra e gastos ge fabricação aplicados diretamente na fabricação dos produtos. São assim denominados suas quantidades e valores podem ser facilmente identificados em relação a cada fabricado.

Custos indiretos ou de apoio compreendem os gastos com materiais, mão de obra e gerais de fabricação aplicados indiretamente na fabricação dos produtos. São denominados por ser impossível uma segura identificação de suas quantidades e val relação a cada produto fabricado.

A classificação dos gastos em Custos Indiretos é dada tanto àqueles que impossibilit segura e objetiva identificação em relação aos produtos fabricados como também àque mesmo integrando os produtos (como ocorre com parte dos materiais secundários em  processos de fabricação), pelo pequeno valor que representam em relação ao custo t cálculos e controles ficam tão onerosos que é preferível tratá-los como indiretos. (con contábil da materialidade). A impossibilidade de identificação desses gastos em rela  produtos ocorre porque os referidos gastos beneficiam a fabricação de vários prod

mesmo tempo.

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• Aluguel da fábrica – o aluguel é pago para que a empresa possa utilizar o imóvel dur  período. Essa utilização beneficia a fabricação de todos os produtos, e o normal é que n  possível identificar esse gasto com esse ou aquele produto fabricado.

• Energia elétrica – a energia elétrica consumida na iluminação das dependências da  bem como aquela consumida por máquinas que não possuem medidores para permitir o do consumo – normalmente não pode ser identificada em relação a cada produto fabricad

• Salários e encargos dos chefes de seção e dos supervisores da fábrica – esse pessoal dando assistência e supervisão a vários setores na área de produção. Seus trabalhos, p  beneficiam toda produção de um período, dificultando assim a identificação com esse ou  produto.

A atribuição dos custos indiretos aos produtos é feita por meio de critérios que pod estimados ou até mesmo arbitrados pelo contador de custos.

A distribuição dos Custos Indiretos aos produtos denomina-se rateio, e a medida qu de parâmetro para se efetuar essa distribuição denomina-se base de rateio.

RESUMO

Os gastos com materiais, mão de obra e gastos gerais de fabricação podem ser classificado custos diretos ou como custos indiretos.

Serão considerados diretos  quando suas quantidades e seus valores puderem ser fac identificados em relação a cada produto fabricado; serão indiretos  quando não for possív identificação.

Geralmente, a matéria-prima, a maior parte dos materiais secundários e de embalagem e totalidade da mão de obra do pessoal da fábrica são facilmente identificáveis em relaç  produtos fabricados, motivo pelo qual são classificados como Custos Diretos. Por out

geralmente uma pequena parcela dos materiais secundários e do material de embalagem, o to materiais auxiliares, uma parte da mão de obra (chefia e supervisão) e os gastos gerais de fab são de difícil identificação em relação aos produtos, motivo pelo qual são classificados como Indiretos de Fabricação.

Se a empresa fabricar apenas um produto, é evidente que todos os gastos atribuídos à prod determinado período serão apropriados a esse produto, sem maiores complicações. Nesse soma dos custos totais da produção de um mês refere-se exclusivamente ao único produto fa no referido mês. Por outro lado, caso a empresa industrial fabrique vários tipos de prod atribuição dos custos incorridos na fabricação deverá ser feita de forma diferente. Os custos serão atribuídos a cada produto sem maiores complicações, enquanto os custos indireto atribuídos a cada produto de forma proporcional, com base nas quantidades produzidas, no te trabalho necessário para a fabricação de cada um, ou com base em outro critério que dev definido em cada caso em particular.

b) Em relação ao volume de produção

Em relação ao volume de produção, os custos podem ser Fixos ou Variáveis.

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volume da produção. São custos necessários ao desenvolvimento do processo indus geral, motivo pelo qual se repetem todos os meses do ano.

Exemplos:

• Aluguel da fábrica, água (utilizada para consumo do pessoal e limpeza da fábrica), elétrica (utilizada para iluminação da fábrica), salários e encargos dos mensalis trabalham na manutenção e limpeza da fábrica, seguro do imóvel, segurança da fábrica, t depreciação normal das máquinas, salários e encargos dos supervisores da fábrica etc.É importante salientar que os custos fixos podem sofrer alguma variação de um perío outro, como ocorre, por exemplo, com o aluguel que, em consequência de cláusulas con sofre reajustes periódicos; com os salários e encargos que podem variar em decorrê  própria legislação trabalhista etc. No entanto, mesmo estando sujeitos a variações naturezas, esses custos continuam sendo classificados como fixos, porque a classifica custos em fixos e variáveis é feita exclusivamente em relação ao volume da produção.

Há ainda situações em que alguns custos fixos podem sofrer pequenas variaç decorrência de aumentos no volume da produção, como ocorre, por exemplo, c telefonemas, com o uso de materiais de limpeza etc.

Entretanto, esses custos não perdem a condição de fixos, uma vez que podem va determinado limite da variação do volume da produção e depois permanecem novamente.

Assim, ainda que alguns custos fixos sofram pequenas alterações, como essas ev alterações não acompanham proporcionalmente os aumentos que ocorrem no volu  produção, eles não perdem a condição de fixos.

Por fim, é importante destacar que os custos fixos, por não integrarem os produto  beneficiarem a fabricação de vários produtos ao mesmo tempo, são também denomin

custos indiretos ou de custos de apoio.

Custos variáveis são aqueles que variam em decorrência do volume da produção. quanto mais produtos forem fabricados em um período, maiores serão esses custos.

Como exemplo, pode-se citar a matéria-prima. Se para confeccionar um vestido é 2,50 metros de tecido, para se confeccionar dez vestidos serão necessários 25 metro mesmo tecido. Assim, quanto maior for a quantidade produzida, maior será o cons matéria-prima e, consequentemente, maior será o seu custo.Os custos variáveis, por estarem vinculados ao volume produzido, são também denom custos diretos.

É importante salientar ainda que, em relação ao volume de produção, entre os custos comum alguns possuírem uma parcela variável. E, entre os custos variáveis, também é alguns possuírem uma parcela fixa. Daí as denominações de custos semifixos  e  semivariáveis.

 Na prática, não é fácil distinguir essas espécies, mesmo porque essa segregaçã interessar somente para fins gerenciais. Quanto ao seu comportamento, os custos semi aproximariam mais dos fixos do que dos variáveis; já os semivariáveis se aproximaria

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dos variáveis que dos fixos. Entretanto, a seleção pode variar em função da própria rel em relação ao custo total. A energia elétrica, por exemplo, que normalmente possui um fixa e uma parte variável, em uma indústria cujo consumo no processo de fabricação é  poderá ser classificada como custo semifixo; já nas indústrias em que o consumo no p de fabricação é incomparavelmente superior àquele utilizado apenas para ilumina fábrica, por ter uma parte maior classificada como variável, poderá ser considerado com semivariável. Nesse caso, portanto, a energia elétrica tem uma pequena parte fix consumo independe do volume produzido) e uma parte variável (cujo consumo será m menos acelerado conforme o movimento da produção).

 Na mesma linha de raciocínio, o gasto com supervisão da fábrica, que caracteristica classificado como custo fixo, pode, em algumas circunstâncias, também ser classificad semifixo. Essa classificação, conforme dissemos, é interessante para fins gerenciais, u que, ao analisar o comportamento da conta que registra esse custo, os gestores entende eles podem se manter fixos dentro de certos intervalos de atividade e, abruptamente, ele se para atingir outro “patamar”, em que ficará por mais algum tempo, até dar um novo “s

A validade de definições como semivariáveis e semifixas é, na melhor das hipóteses, didática e de ordem prático simplificadora, pois, na realidade, o comportamento dos i custo é o mais variado possível, diante das variações de volume.

Por possuírem parcela fixa e parcela variável, os custos semifixos e semivariáv também conhecidos por custos mistos.