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Do ponto de vista do economista

7.10   Custos para decisão

7.10.1

 

Introdução

Um dos pontos fundamentais quando se fala em custos para decisão é, sem dúvidas, o cál  ponto de equilíbrio.

Como vimos, no estudo dessa importante ferramenta de gestão, são relacionadas três v  básicas: Custo, Volume e Lucro.

Por meio desse relacionamento é que se tem condições de detectar o mínimo que uma  precisa produzir e vender para não ter prejuízo.

É, portanto, exatamente no momento em que as Receitas Totais alcançam os custos totais. daí, conforme vimos, com uma unidade a mais que se venda a empresa passa a ter lucro.

5/21/2018 Introdução à Contabilidade Gerencial - José Carlos Marion - slidepdf.com

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7.10.2

 

Relação custo/volume/lucro

a) Introdução

De grande relevância para todos os níveis de gerência tem sido o bom aproveitam noções de custo: para “dissecar” a anatomia da estrutura de custos da empresa e acompa relacionamentos entre as variações de volume e variações de custos (portanto, de lucro).

Para entender a natureza das relações entre custo, volume e lucro, primeiro, é imp rever os conceitos de custos fixos, custos variáveis, custos diretos, custos indiretos semifixos e custos semivariáveis, apresentados na Seção 3.5.3, Classificação do c  fabricação, do Capítulo 3 deste livro.

b) Mão de obra – Alguns aspectos para análise

Frequentemente, o valor total do custo da mão de obra direta e indireta de um perí guarda relação de proporcionalidade direta com as flutuações de volume, por uma s  problemas, entre os quais o fato de, no Brasil, devido aos altos custos de contra

recrutamento, os empresários hesitarem em ajustar prontamente a força de trabalho às flu da demanda. Isso leva a incluir maiores cargas de tempo ocioso remunerado com indireto, no que se refere ao pessoal da fábrica. A mão de obra direta, todavia, rigorosamente, ser proporcional às variações das ordens completadas, pelo menos em de horas, com exceção de pequenas diferenças de eficiência e ociosidade.

Ela é variável na distribuição que podemos fazer a essa ou àquela ordem, mas frequen é fixa em seu total.

c) Características dos custos fixos

Os custos fixos, por sua vez, são fixos mais nas intenções dos que assim os classifi que na realidade. Muitas vezes, embora fixos quanto à intensidade do esforço ou do envolvido, esses sofrem variações devido apenas à inflação ou ao acréscimo de Somente algumas despesas, tais como ordenados do pessoal administrativo, são fixas menos previsíveis para o período orçamentário, desde que os reajustes sejam previsívei

Mesmo os custos variáveis – que presumivelmente não só deveriam acom  proporcionalmente a variação de volume, mas também deveriam ser fixos unitariam

sofrem, pelo menos no médio prazo, o impacto de economias e deseconomias de esc ineficiências e eficiências, variando mais ou menos proporcionalmente ao que a definiçã admitir.

Entretanto, os conceitos contábeis, por aproximados e sofríveis que possam ser, tê utilidade extraordinária na prática. O contador, ao admitir certas simplificaçõe  perfeitamente consciente do desvio cometido em relação ao conceito teórico da economi

Isso é válido no que se refere não só ao custo, mas também à receita. Frequentem função Receita e a função Custo não são lineares, mas os contadores, embora perfei cônscios disso, colocam as funções dentro da “camisa de força” da linearida simplificação e para evitar os custos e as demoras das análises mais sofisticadas. Em u número de casos, a simplificação acaba dando resultados práticos bastante próx razoáveis. Em alguns dos outros, todavia, o desvio pode ser grosseiro.

d) Análise da relação “custo/volume/lucro”

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a determinado custo para que se possa alcançar o lucro desejado. Daí concluímos que o da relação “custo/volume/lucro” é indispensável nos processos de análise que envo gestão de qualquer tipo de organização.

Os usuários internos das informações contábeis, especialmente os geren administradores, para que possam tomar decisões concisas em benefício do desenvolvim organização, precisam ter pleno conhecimento dos fatores que provocam variaçõ resultados. O lucro desejado é o termômetro capaz de influenciar nas decisões de increm descontinuidade de parte ou do total de um processo produtivo.

 Na análise da relação “custo/volume/lucro”, é importante saber que qualquer alteração  processe em alguma dessas variantes provocará modificação nas demais. A mudança no

da produção, por exemplo, impacta diretamente no custo e no lucro.

A redução no volume de fabricação resultará na disponibilização de uma quantidade de unidades para venda, provocando redução na receita total e consequentemente nos  provocará redução imediata nos custos variáveis, podendo ou não reduzir os cust

despesas fixas.

Vamos supor as seguintes informações extraídas do controle interno de uma e industrial, relativas a determinado mês:

• Volume de Produção: 100 unidades do produto A/mês

• Custos e Despesas Variáveis por Unidade: $ 30

• Custos e Despesas Fixas Mensais: $ 900

• Preço de Venda Unitário: $ 50

Com esses dados, veja as informações que poderemos extrair:

• Receita Bruta Total: 100 × $ 50 = $ 5.000

• MCU: $ 50 – $ 30 = $ 20

• PEC em quantidade: CDF/MCU: $ 900/$ 20 = 45 unidades

• Margem de Segurança: Qte. vendida – Qte. no PE: 100 – 45 = 55 unidades

• Grau de alavancagem: MCT/LL: 2.000/1100 = 1,82 vez  Demonstração do Resultado

Volume produzido e vendido: 100 unidades × $ 50 = 5.000  – Custos e Despesas Variáveis: 100 unidades × $ 30 = (3.000)

= Margem de Contribuição Total: 2.000  – Custos e Despesas Fixas (900)

= Lucro Líquido: 1.100

Em uma superficial análise das informações aqui apresentadas, pode-se obser qualquer variação que se promova no volume da produção e venda (em quantidade valor), nos custos e nas despesas (fixas ou variáveis) ou no preço de venda pr alterações em todas as informações extraídas (MC, MS, PEC etc.), refletindo diretam resultado.

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Portanto, o resultado sofre influência de variações ocorridas:

(1) no volume da produção e venda – em quantidade: decorrentes não só do funcion normal e esperado das máquinas e dos equipamentos como também do pessoal que t diretamente na produção; em valor: decorrentes das flutuações do mercado tanto em re  possíveis alterações nos custos dos materiais quanto da mão de obra e dos gastos g

fabricação;

(2) nos custos – além das situações comentadas no item (1), é importante salientar que custos fixos quanto os variáveis estão sujeitos a variações em decorrência de inúmeros como concorrência, dissídios, inflação, escassez de insumos etc.;

(3) nos preços de venda dos produtos – como regra, conforme já visto, temos que o p venda deve ser suficiente para cobrir os custos e as despesas totais e ainda proporcion margem de lucro; e

(4) quanto à margem de lucro, o ideal é que seja aquela desejada pela empresa, poré sempre isso é possível, uma vez que sua fixação depende diretamente das reações do m além do fato de que, em algumas circunstâncias, a empresa precisa sacrificar lucros de  produtos para alcançar melhores resultados em outros.

7.11

 

Por que a análise do ponto de equilíbrio ajuda os gesto