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Das Políticas Públicas P

No documento DOUTORADO EM EDUCAÇÃO (CURRÍCULO) (páginas 39-42)

Aspectos da Pesquisa da Pesquisa

1.3. Vetores da pesquisa U

1.3.4. Das Políticas Públicas P

comunidades de aprendizagem e também elemento da ação comunicativa, dessa forma essa construção é uma possibilidade observada na pesquisa.

No caso, lugar praticado é a Escola Hospitalar do IOP-GRAACC-UNIFESP, e as enunciações dos professores estagiários sobre seus atendimentos pedagógicos, seus alunos, suas questões, passam a funcionar como um instrumento de desenvolvimento dos elementos do grupo. Podem, dessa forma, ao ouvir a si e aos demais reelaborar a sua própria identidade de atuação.

Os argumentos práticos enunciados pelas professoras e professores têm um duplo sentido no processo de construção da aprendizagem da docência, tanto se convertem em meio de conhecimento/investigação da própria prática, como também em ferramenta para refletir a prática. (ZEICHNERE LISTON ,1997 p. 91-109).

Assim, a enunciação é um instrumento em que está registrado o processo de aprendizagem da docência profissional e passa a ser o objeto de estudo.(HABERMAS,

2003)

1.3.4. Das Políticas Públicas

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oucas pesquisas se têm a respeito de como se formam os professores enquanto estagiários em contextos sociais distintos das salas de aulas. Entre as considerações de MASETTO & ABREU(1997), sobre a sala de aula na Universidade, está a indicação de que estudos, para além desse espaço, são necessários. Justificam suas considerações pela falta de esquemas conceituais e explicitação do que é ser professor, do que ensinar e o que se aprende, nesses outros ambientes.

Ainda, nesse último espaço e tempo de formação enquanto estudante e o primeiro contato com a realidade educacional, enquanto profissional, existe uma personagem também igualmente formadora, que é o profissional que, na instituição sede do estágio, recebe o estagiário e acompanha suas ações. Nossa legislação não possui um papel ou nome delimitado para essa personagem; a ausência de indicação sobre as especificidades desse formador bem como delimitação do seu papel, no processo formativo, torna ambígua e plural a sua função; ainda mais, as

relações funcionais entre o ambiente de estágio e o espaço de formação de origem também não são claramente delimitadas, o que contribui para que essa relação, que é de poder, seja bastante instável. (IMBERNÓN, 2001, p.115-115 ; ABIB , 2002, p.189 ;

SACRISTÁN, 1999, p. 45 )

Os estágios profissionalizantes de qualquer área profissional são regulamentados pela Lei nº 6.944 de 07/12/1977 e pelo Decreto Lei nº 87.497 de 18/08/1982 (Ministério Público do Trabalho, 2002) . Relativamente à Educação, o Art. 82 - Lei nº 9.394 de 21/12/96 da LDB (LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO

NACIONAL), complementa os anteriores. Segundo a primeira, os estágios devem

propiciar a complementação do ensino e da aprendizagem e ser planejados, executados, acompanhados e avaliados em conformidade com os currículos, programas e calendários escolares, e de acordo com o Decreto no seu artigo 2º, o estágio curricular representa as atividades de aprendizagem social, profissional e cultural, proporcionadas ao estudante pela participação em situações reais de vida e trabalho de seu meio sendo que, na condição de procedimento didático pedagógico, é atividade de competência e responsabilidade da instituição de ensino. Por fim, segundo a LDB, os sistemas de ensino estabelecerão as normas para a realização dos estágios dos alunos regularmente matriculados no ensino médio ou superior em sua jurisdição. Parágrafo único. O estágio

realizado nas condições deste artigo não estabelece vínculo empregatício, podendo o estagiário receber bolsa de estágio, estar segurado contra acidentes e ter a cobertura previdenciária prevista na legislação específica.

Nas considerações acima, pode ser observado que não existe uma preocupaçãoformalizada com o aspecto gerenciador das ações dos estagiários nos ambientes de estágio. Com relação à pedagogia hospitalar, verifica-se que a Enfermagem, ou a Terapia Ocupacional, ou a Assistência Social, ou a Psicologia, ou ainda um profissional da equipe médica, assume o papel de limitar e direcionar a atuação do professor hospitalar, uma vez que é incomum um profissional da área educacional ser contratado para compor a equipe hospitalar, uma vez que a Resolução CNE/CEB n° 02, de 11/09/01, que solicita implementação das classes hospitalares, não sinaliza a parceria entre o hospital e a universidade de origem dos estagiários.

Esse outro profissional no hospital atua como o gestor das questões escolares hospitalares. MASETTO (2003, p.80-83) nos traz de suas pesquisas algumas

pistas de necessidades educacionais de gestão, e estas apontam como elemento definidor do modo de agir de muitos gestores não a forma em si de gestão, mas principalmente os princípios educacionais pessoais, profissionais e formativos desses gestores. Durante o período de formação inicial, nos cursos de Licenciatura, não existem estudos voltados para as relações que se estabelecem entre gestores escolares e professores, logo também não há formação para outros referenciais que não sejam o escolar.

Observamos assim que existem indicações de caminhos, entretanto MASETTO

alcança um ponto balizador: não são somente as ações geradoras dessa prática, mas o universo tanto micro como macro multidisciplinar que as envolve, permeado por concepções distintas de educação, que necessitam ainda ser formalizados pelas políticas públicas e estudados sistematicamente por pesquisadores.

O IOP-GRAACC-UNIFESP, local já sinalizado, é o campo das ações deste estudo, e optou por professores coordenadores de estágio. O horário e período do ano de atuação dos estagiários12 é aquele que se propõe a atender às

necessidades dos alunos em tratamento e como os pacientes comparecem ao hospital no período da manhã para início do seu atendimento em hospital dia13, o

período de intervenção pedagógica se dá matutinamente.

O IOP, enquanto hospital escola, espera que o grupo participante das ações hospitalares componha estudos que, junto a centros de pesquisas, gerem intervenções. Assim instalou um Setor de Pedagogia Hospitalar, que sistematiza, como nos demais setores, tanto as informações como as produções desse setor.

As pesquisas realizadas por OLIVEIRA (2006), e PAULA(2006)

, informam que até

onde foi possível conhecer, além do IOP-GRAACC-UNIFESP, o hospital de Clínicas da Universidade Federal de Santa Catarina e a Universidade Federal de Santa Catarina, a Pontifícia Universidade Católica do Paraná e hospitais locais e os cursos de formação dos hospitais da Rede Sarah de Brasília e escolas da região, mantêm uma relação de formação segundo a abordagem acima considerada, sendo que, diferentemente do IOP, o estágio e o atendimento escolar hospitalar se

12O estágio é financiado por uma bolsa estágio segundo: Art. 82 - Lei nº 9.394 de 21/12/96 96 da LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional), acima citado.

13 O hospital conta com 17 leitos de internação e 5 leitos de Transplante de Medula Óssea, o atendimento aos alunos internados, durante o período de coleta de dados, foi realizado no período da manhã, ou seja, no mesmo período daqueles do hospital dia.

adaptam ao tempo e objetivos do ano escolar universitário, ou seja, no período de férias e recesso universitário não existe atendimento escolar hospitalar e o vínculo de formação dos professores hospitalares, tanto estagiários como formadores, é exclusivo com a Universidade de origem e não com o hospital. Até aqui, não

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