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1. Trajetórias pessoais no samba de Cachoeira

1.8. Das trajetórias individuais aos grupos de samba de roda

As trajetórias pessoais apresentadas até aqui configuram categorias que são relevantes para a existência e o funcionamento dos grupos de samba de roda. Em comparação com os terreiros de Candomblé e as irmandades católicas, os grupos de

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É notável a falta de sambadores em Cachoeira com capacidade técnica para a elaboração e execução de projetos junto ao poder público. Exceção deve ser feita a Any Manuela, que, inclusive, foi uma das avaliadoras contratadas pelo Governo do Estado da Bahia no edital em questão.

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Alguns meses depois de sua conversão, ao contrário de Tampinha, Nannan voltou a participar das

tocadas do Filhos da Barragem, desde que acontecessem em bairros distantes do de sua igreja. Nannan

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samba de roda são instituições mais simples e de formato mais flexível. Isso, contudo, não quer dizer que os grupos de samba de roda estejam em um estágio preliminar de organização ou mesmo que seus responsáveis almejem arranjos institucionais mais complexos. Pelo contrário, veremos ao longo da tese que a institucionalização dos grupos de samba de roda advém da cristalização de coletivos diversos e instáveis que fazem samba nos eventos musicais cachoeiranos. O samba, por sua vez, flui através de muitos coletivos e eventos do cotidiano de Cachoeira e o grupo de samba de roda é uma forma muito eficaz de institucionalização justamente por ser simples e flexível.

Nos grupos de samba de roda não há cargos fixos ou estágios obrigatórios para os seus membros. Mesmo a figura comum do presidente não é operativa em todos os grupos. Isso não quer dizer que não existam categorias operacionais que possam ser identificadas ao olharmos para a composição e funcionamento dos grupos. Por isso, as trajetórias pessoais apresentadas até aqui, além de despertarem interesse por si próprias, também nos delineiam tais categorias, como os títulos de cada seção desse capítulo adiantam. A partir de agora, embora as trajetórias pessoais continuem a ser relevantes, a intenção é abordar as categorias apresentadas no contexto dos grupos de samba de roda e compreender como elas se desenvolveram em relação a essa forma de organização social específica.

As categorias apresentadas não esgotam as possibilidades de trajetórias pessoais dos sambadores de Cachoeira, mas são representativas das transformações pelas quais o samba tem passado ao longo das últimas décadas. Muitos sambadores não se encaixam nessas categorias e os grupos de samba de roda estão repletos de

sambadores para os quais o samba é uma atividade casual e descompromissada.

Ainda que os grupos de samba de roda exijam vínculos estáveis dos sambadores, o samba é capaz de aglutinar pessoas sem que sejam necessários motivos financeiros, políticos, familiares ou religiosos: a brincadeira em si já é um grande motivo. As categorias aqui apresentadas, portanto, são representativas daqueles sambadores cujos vínculos com os grupos de samba de roda são pautados em compromissos estáveis ou, no caso dos marginais, naqueles que recusam tais vínculos.

A família de dona Dalva é exemplar de como habilidades, funções e responsabilidades podem ser herdadas no samba através da descendência. No caso de dona Dalva, duas de suas quatro filhas – primeiro a mais velha, Lucidalva, e com o seu falecimento, dona Ana, a mais nova – e uma neta herdaram posições de poder no

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seu grupo de samba de roda. Por sua vez, a própria dona Dalva apresenta uma relação similar em relação à sua avó, dona Teté, de quem herdou o canto e a posição de irmã da Boa Morte. De modo análogo, Bau do Samba herdou a organização do samba de seu pai, Zé Pereira, mesmo que ele não tenha criado formalmente um grupo de samba de roda; Bau, por sua vez, começou a passar a presidência do Filhos da Barragem para seu filho, processo que foi interrompido pela conversão de Tampinha. O pai de Nal Nego Bom também tinha um grupo de samba e o filho seguiu o mesmo caminho criando o seu. Ainda é possível citar o caso do sambador Viana, que toca viola como tocava seu pai, Maneca da Barraca. Em todos esses casos, vemos uma transferência de habilidades, funções e responsabilidades que passam de pai para filho ou de mãe para filha.

No caso de dona Dalva, há ainda outra questão: trata-se de uma linhagem feminina em um ofício que, em Cachoeira, é dominado por homens. Se em outras cidades há muitos casos de mulheres que estão à frente de grupos de samba de roda – como dona Nicinha de Santo Amaro, dona Rita da Barquinha de Bom Jesus dos Pobres, Joanice de Acupe e dona Cadu de Coqueiros -, em Cachoeira a maior parte das posições de poder é ocupada por homens, exceção feita ao Samba de Roda de Dona Dalva e à presidência de Meire no Samba de Roda Esmola Cantada. No caso do Samba de Roda de Dona Dalva, no entanto, as mulheres não assumem apenas uma posição de poder, como são também puxadoras, o que é incomum em outras localidades do Recôncavo Baiano.

Além disso, o grupo de samba de roda se tornou apenas uma das possibilidades de organização da família de dona Dalva e dos sambadores que fazem parte do seu cotidiano: ao longo do ano, podemos ver o Samba de Roda de Dona Dalva apresentar-se em algumas oportunidades, mas também vemos as muitas outras atividades da família acontecerem na forma de ternos – do Acarajé e de Reis – de

reza – Santo Antônio - ou procissão – São Roque. A capacidade que dona Dalva tem

de arregimentar seus familiares, amigos e sambadores vai muito além das tocadas para as quais o seu grupo de samba de roda é contratado e extrapola a necessidade de pagamento de cachê.

Há que se diferenciar, contudo, aqueles que dona Dalva tem capacidade de arregimentar daquelas que são herdeiras do seu legado. No segundo caso, estão apenas seus familiares – os consanguíneos e os que entraram na família por

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casamento. O Samba de Roda de Dona Dalva, ao contrário de outros grupos de Cachoeira, possui membros espalhados por outras cidades da região, especialmente Muritiba. Por isso, muitos de seus tocadores se reúnem apenas na ocasião das

tocadas, rezas e comemorações importantes. O núcleo duro do grupo é formado pela

família de dona Dalva e, ainda que muitos homens da família se envolvam ativamente com as atividades do samba, a prevalência é da autoridade feminina que flui a partir de dona Dalva, passando por dona Ana e chegando até Any.

Já as trajetórias de profissionais aqui apresentadas mostram como a institucionalização dos grupos de samba de roda criou categorias profissionais específicas. O profissional do samba não é, necessariamente, o grande tocador de samba do tempo antigo. Pelo contrário, por vezes esse personagem fica às margens do processo de profissionalização e até se opõe veementemente a ele, como é o caso de seu Carlito. O profissional tampouco é aquele que paga as contas com os cachês advindos das tocadas, porque o samba representa, na melhor das hipóteses, um complemento de renda. Pode-se afirmar que o profissional é aquele que consegue fazer o trânsito entre o regime dos sambas de vizinho e o das tocadas, ou seja, transformar o samba em um espetáculo adaptado ao palco e a um contexto mais amplo da produção musical da cidade e região. A profissionalização, contudo, abre espaço para que sambadores que não são considerados grandes tocadores no regime dos sambas de vizinho ganhem destaque por se adaptarem bem ao palco, às necessidades técnicas decorrentes da sonorização e à narrativa do samba como espetáculo musical.

A categoria de profissional passa a ter existência na medida em que o regime das tocadas ganha relevância. Ou seja, a sedimentação do regime das tocadas precede a existência de sambadores profissionais de qualquer perfil. A institucionalização dos grupos tem, como contrapartida, a profissionalização de sambadores. Aqueles

sambadores oriundos do tempo antigo – como seu Pedro e seu Nascimento -,

profissionalizam-se ao longo da vida e em decorrência de que os próprios grupos de samba de roda em que atuam se institucionalizaram. Por sua vez, aqueles que nasceram quando o regime das tocadas já estava bem estabelecido – como é o caso de Jaime -, cresceram tendo a profissionalização como uma possibilidade ao alcance das mãos, desde que se dedicassem ao estudo de seus instrumentos e demonstrassem disciplina frente aos mais velhos nos grupos de samba de roda.

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Em Cachoeira as bandas filarmônicas têm servido como um espaço de profissionalização de músicos há mais de um século, já que muitos egressos de suas fileiras passam a integrar as bandas de corporações militares e de instituições civis, ainda muito comuns na Bahia47. Há menos tempo – podemos dizer nos últimos sessenta anos - outra possibilidade de profissionalização se abriu para os músicos das filarmônicas: integrar as bandas de baile e de música popular baiana, o que é relevante especialmente para as bandas de reggae e axé music, que absorvem desde os anos 1980 inúmeros instrumentistas de sopro das bandas filarmônicas. Mais recentemente, os grupos de samba de roda apresentam um movimento similar de profissionalização, sendo que muitos jovens sambadores egressos dos grupos de samba de roda hoje integram grupos de pagode, arrocha e axé music em várias cidades do estado. Analogamente, muitos ogãs têm se tornado percussionistas profissionais na Bahia, sobretudo em Salvador48.

Ademais, o trânsito dos grupos de samba de roda por novos contextos sociais – como festivais de música, festas públicas, registros audiovisuais e instituições culturais – criou uma institucionalização da própria postura do sambador, que começa a enxergar a si mesmo como um profissional e a cobrar um comportamento adequado dos seus companheiros. Seu Pedro Galinha Morta, por exemplo, é bastante crítico com sambadores que chegam atrasados aos ensaios, bebem demais nas tocadas ou demonstram qualquer indisciplina em relação aos mais velhos ou aos presidentes dos grupos. Seu Nascimento, por sua vez, enxerga a si mesmo como um profissional e afirma que hoje os sambadores precisam ter a capacidade de estar em cima de um

palanque ou de cantar samba em ambientes como a universidade. Jaime critica os

jovens de sua idade que não sabem respeitar aos mais velhos e não têm a disciplina de estudar sistematicamente um instrumento musical.

Já nos casos de Meire de Cacai e Nal Nego Bom, os grupos de samba de roda pelos quais são responsáveis foram elementos fundamentais para a viabilização de suas candidaturas e pelo aumento da visibilidade de suas figuras públicas. Nos dois casos, a coordenação de um grupo de roda, a liderança comunitária e a política

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Vinci de Moraes (1995) descreve um processo similar na cidade de São Paulo da virada do século XIX para o século XX, em que músicos das bandas marciais ascendiam socialmente através do ingresso nas bandas das corporações militares.

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Como exemplo vale citar os ogãs e percussionistas Tiago Nunes (Terreiro do Bogum) e Gabi Guedes e Iuri Passos (Terreiro do Gantois).

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institucional funcionam como esferas de atuação distintas que se complementam. Nesse cenário, o samba permite tanto uma aproximação maior com a sua própria comunidade, como uma circulação intensa por eventos em outros bairros na cidade, circulação essa que não seria possível sem os seus grupos musicais. O grupo de samba de roda, portanto, é a institucionalização de uma face da vida comunitária – os eventos e relações dos sambas de vizinho – que permite um diálogo privilegiado com as instituições da política: os partidos, os conselhos da sociedade civil, a Prefeitura Municipal e a Câmara de Vereadores.

Não por acaso, mesmo que em períodos e intensidades distintas, a própria organização dos grupos de samba de roda em questão – o Esmola Cantada da Ladeira da Cadeia e o Semente do Samba – se confunde com as carreiras políticas de Meire e Nal, respectivamente. A questão não é que eles tenham usado um grupo de samba de roda existente como um trampolim político, mas sim que constituíram a sua atuação política em concomitância com a organização desse grupo e o sucesso dessa atuação mostra uma codependência do sucesso do grupo de samba de roda. Nisso, Meire obteve sucesso e Nal ainda não. Nal compreendeu que a viabilidade de sua terceira candidatura a vereador depende do quanto vai conseguir transformar o Semente do Samba em um grupo respeitado em Cachoeira e, por isso, passou a se dedicar com mais afinco a ele e a cobrar dos irmãos uma participação mais ativa.

É interessante notar que a atuação política no âmbito comunitário é bastante comum entre os sambadores. Nesse sentido, muitos deles são figuras de destaque em suas comunidades, seja pela atuação como presidente de um grupo de samba de roda, por um cargo religioso que exerçam em um terreiro de Candomblé ou pela atuação como lideranças comunitárias - de modo independente ou na estrutura das associações de bairro. O salto da política nesse âmbito para a política institucional, entretanto, não é corriqueira, sendo que do amplo universo de sambadores de Cachoeira este caso se restringe a dois personagens e, olhando mais de perto, apenas um deles obteve sucesso nas urnas.

A categoria dos políticos do samba guarda muitas semelhanças com a dos

presidentes do samba: em ambos os casos, trata-se das figuras que representam a

autoridade máxima dentro dos grupos de samba de roda; são também os responsáveis pela negociação de tocadas e pelas questões administrativas; por fim, são figuras de referência dentro de suas comunidades. Há, entretanto, uma diferença fundamental: os

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presidentes não projetaram ou tentaram colocar em prática uma carreira na política

institucional. Muitas vezes, eles funcionam como cabos eleitorais importantes para candidatos a prefeito ou vereador, aos quais têm acesso privilegiado e com quem buscam manter uma relação de troca de favores que pode resultar na contratação de

tocadas ou na doação de instrumentos musicais e materiais para construção da sede

do grupo. No entanto, os presidentes do samba não se filiam a partidos, não disputam cargos políticos e raramente se fazem presentes em reuniões com o poder público ou sessões ordinárias da Câmara dos Vereadores.

Nos grupos de samba de roda de Cachoeira, a categoria de presidente é, muitas vezes, intercambiável com a de coordenador ou diretor. No entanto, o uso do termo presidente tem maior incidência. Como aponta Döring (2016), a categoria de mestre é raramente utilizada no samba, sendo, no Recôncavo Baiano, mais comum no universo da capoeira49. Isso se dá pelo fato de que, ao contrário do mestre, o

presidente nos grupos de samba de roda de Cachoeira não é, necessariamente, a figura

com maior conhecimento sobre o samba, nem aquele com maior qualidade técnica no uso da voz ou no toque de algum instrumento. O presidente é quem possui a posição de autoridade máxima no grupo, o que não lhe é conferido pela sua excepcionalidade enquanto tocador, mesmo quando, de fato, o presidente é um sambador excepcional, como é o caso de Zel do Samba.

As responsabilidades do presidente variam de um grupo para outro, mas há uma coincidência das seguintes atribuições: organizar as atividades e se responsabilizar pela manutenção dos grupos, seus instrumentos, figurinos e equipamentos; negociar tocadas, cobrar os pagamentos e dividi-los de acordo com o combinado em cada grupo; tomar medidas disciplinares, como, por exemplo, suspender a atuação ou o pagamento de um sambador que falte aos ensaios ou mesmo expulsá-lo do grupo; e falar em nome do grupo, seja em uma reunião com o poder público ou na relação com pesquisadores e produtores culturais. A manutenção da autoridade de um presidente depende da capacidade de realizar adequadamente as

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Quando extrapolado para outros contextos e grupos de culturas populares, a categoria de presidente no samba de roda de Cachoeira não parece ser equivalente à de mestre em outras manifestações culturais, como o mestre de maracatu ou o capitão-mor no Congado de Minas Gerais (Lucas, 2004), mas sim, ter maior semelhança com a categoria de dono no bumba-meu-boi do Maranhão.

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atividades acima, ainda que a fonte dessa autoridade varie, como nos mostraram os exemplos dessa seção.

O cargo de presidente pode ser herdado por um membro do grupo ou familiar: Bau do Samba indicou Tampinha como seu sucessor no Filhos da Barragem e César do Samba herdou a presidência do Filhos de Nagô após a morte de seu Mário. Ele também é transferível ao longo da vida do presidente, que, devido a interesses específicos, pode passar a presidência para outra pessoa e mesmo retomá-la no futuro. Bau transferiu a presidência do Filhos da Barragem por cerca de um ano a um dono de restaurante nos anos 1980, cultivando a expectativa de que ele tivesse uma maior capacidade de negociar tocadas. A presidência do Filhos da Barragem também foi oferecida para mim na época em que estávamos finalizando a gravação do CD do grupo do qual eu fui produtor 50. Estou certo de que essa oferta de Bau teve muito mais a ver com a minha capacidade de angariar recursos para o grupo através de um projeto cultural do que com a minha condição de pesquisador. Zel do Samba cedeu a presidência do Samba de Roda Filhos do Caquende por alguns anos para Wagner Cruz, que depois viria a criar outro grupo musical, saindo do cargo e devolvendo-o para Zel. Vemos nos casos de Bau e Zel que a posição do presidente não é mera formalidade: ela decorre do respeito e da autoridade por eles conquistadas entre os

sambadores de seus grupo. A posição de Bau e Zel como presidentes era sólida ao

ponto de que a transferência da presidência para outra pessoa pôde ser revertida no futuro. Em certo sentido, eles nunca deixaram de ser de fato os presidentes dos seus grupos.

Não são todos os grupos que possuem uma associação que os represente e dote de uma personalidade jurídica, mas mesmo naqueles que o têm, não necessariamente o presidente do grupo será o mesmo presidente da associação. Isso se dá, entre outros motivos, pela necessidade de eleições periódicas previstas no estatuto das associações. O cargo de presidente, embora não seja vitalício, não tem prazo pré- determinado; já a presidência das associações tem que ser trocada através de uma eleição registrada em ata – por sua vez registrada em cartório - e de acordo com o prazo estipulado em estatuto. Na prática, essas associações não fazem eleições na periodicidade pré-determinada e quando algum contrato ou projeto cultural exige,

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Fiquei lisonjeado com a oferta, porém a recusei, afirmando que eu poderia contribuir com o grupo sem a necessidade e responsabilidade de ser presidente.

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corre-se contra o relógio para colocar – retroativamente – a documentação da associação em dia.

Na categoria de acadêmicos do samba incluí tanto as figuras locais que transformam o aprendizado do samba em um processo formal, quanto os pesquisadores que atuam na região fazendo pesquisas e projetos culturais com o samba. A presença de pesquisadores e produtores culturais é comum em Cachoeira e região desde, pelo menos, o final dos anos 1970. Nos anos 2000, contudo, houve um crescimento considerável no número de pesquisadores de samba e produtores culturais atuando na região, atraídos, especialmente, pelo processo de patrimonialização do samba.

A atuação dos acadêmicos do samba tem contribuído para o aumento na execução de projetos culturais em Cachoeira, fomentando o processo de institucionalização dos grupos de samba de roda e criando canais de comunicação e cooperação entre o samba e o mundo das instituições culturais. Nos grupos de samba de roda de organização mais sólida, a realização de oficinas de samba como parte da execução de projetos culturais se tornou corriqueira, trazendo para os grupos formas de aprendizagem até então pouco comuns entre os sambadores, como veremos mais a fundo no próximo capítulo.

Por fim, apresentei os marginais do samba, categoria que agrega personagens que deliberadamente decidiram não fazer parte dos grupos de samba de roda. O