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5 METODOLOGIA

5.4 A DEFINIÇÃO DA UNIDADE DE ANÁLISE

Conforme se expressa Cauchick Miguel (2010, p. 132), uma das primeiras tarefas no

planejamento de um estudo de caso é “a escolha da unidade de análise, ou seja, do caso. No

primeiro momento deve ser determinada a quantidade de casos únicos ou múltiplos casos,

resultando em vantagens e dificuldades em cada um deles”.

Nesta dissertação, o interesse do pesquisador em estudar um caso com a utilização do

BSC em uma instituição pública, notadamente em Segurança pública, foi importante para a

definição da unidade de análise. Tal fato se explica pelo interesse da instituição na gestão estratégica e pelo acesso facilitado do pesquisador às informações necessárias para a execução da pesquisa.

O caso em análise nesta pesquisa foi a Polícia Militar do Rio Grande do Norte. Uma organização, que de acordo com o Art. 144 da Constituição Federal (1988), tem por função primordial a polícia ostensiva e a preservação da ordem pública no Estado do Rio grande do Norte. Juntamente com a Polícia Civil, Corpo de Bombeiros Militar, Instituto Técnico e Científico de Polícia, integra a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Estado do Rio grande do Norte.

Conforme PMRN (2009), é uma Força Auxiliar e Reserva do Exército Brasileiro, integra o Sistema de Segurança Pública e da Defesa Social do Brasil. Seus integrantes são denominados Militares dos estados, assim como os membros do Corpo de Bombeiros Militar. Foi criada com o nome de Corpo Policial da Província, pela Resolução de 27 de junho de 1834, em mensagem dirigida ao Conselho do Governo pelo Presidente Basílio Quaresma Torreão, da então Província do Rio Grande do Norte. Foi definitivamente organizada pela Resolução nº 26 de 04 de novembro de 1836, assinada pelo Governador JOÃO FERREIRA DE AGUIAR, com o efetivo de setenta homens.

Desempenhou ao longo de sua história inúmeras missões no cenário nacional, dentre as quais se destacam o combate à Coluna Prestes, no Estado do Maranhão, e o combate à

Revolução Constitucionalista, no Estado de São Paulo. Em solo potiguar, são reconhecidos seus méritos na Defesa Territorial, Segurança Interna, Segurança Pública e Defesa Civil, especialmente na luta contra o cangaceirismo e às incursões no crime organizado.

Com o passar do tempo a Corporação recebeu diversas denominações, tais como: Força Pública, Batalhão de Segurança, dentre outras. A atual designação de Polícia Militar somente foi dada após o final da Segunda Guerra Mundial. A sua missão constitucional, Art. 144, é de preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, desempenhada através do policiamento ostensivo.

Atualmente a Polícia Militar do Rio Grande do Norte passou por uma reestrutura organizacional devido a transformação do Comando de Policiamento da Capital em Comando de Policiamento Metropolitano, e ampliação do Hospital da Policia Militar. Consta em sua estrutura organizacional, três grandes comandos:

1. O Comando de Policiamento do Interior - (CPI) formado pelo 2º BPM - Batalhão 30 de Setembro – Mossoró; 6º BPM - Batalhão Dinarte Mariz – Caicó; 7º BPM - Batalhão Cel. André Fernandes – Pau dos Ferros; 8º BPM – Nova Cruz; 10º BPM – Assu; 1ª Companhia Independentes de Polícia Militar – CIPM – Macau; 2ª CIPM – João Câmara; 3ª CIPM – Currais Novos; 4ª CIPM – Santa Cruz;

2. Comando de Policiamento Rodoviário Estadual - (CPRE).

No Governo do Monsenhor Walfredo Gurgel, quando a Polícia Militar era comandada pelo General Benedito Celso de Camargo Pereira, foi criado o Núcleo de Trânsito. O Núcleo começou os seus trabalhos ostensivos sob o comando do Tenente PM Iderval Germano da Costa; sendo depois transformado em Companhia de Trânsito e Operações de Choque, comandada pelo mesmo oficial, então promovido ao posto de Capitão PM. Posteriormente, ocorreu o desmembramento das funções e a Companhia de Trânsito seguiu sua missão de policiar apenas o tráfego de veículos e pedestres.

Como o desenvolvimento da Polícia Militar, aquele embrião gerado na década de setenta se transformou no Batalhão de Polícia de Trânsito tendo sido designado seu primeiro comandante, o Tenente-coronel – TC PM Amauri Oliveira de Queiroz, que comandou o BPTran até 1996. Em 2 de janeiro de 1997 assumiu o comando o TC PM Ricardo Luiz de Albuquerque Costa, filho do Cel. PM Iderval Germano da Costa, primeiro comandante, e que emprestou seu nome para o BPTran.

Em 2002, o Governo do Estado criou na estrutura organizacional da Polícia Militar o Comando de Polícia Rodoviária Estadual (CPRE), responsável pela execução do policiamento rodoviário estadual e urbano da capital e interior do Estado.

3. O Comando de Policiamento Metropolitano – (CPM), formado pelo 1º Batalhão de Polícia Militar – (BPM), Batalhão Felipe Camarão; 3º BPM - Batalhão Trampolim da Vitória; 4º BPM - Batalhão Potengi; 5º BPM – Batalhão Câmara Cascudo; 9º BPM; 11º BPM; Batalhão de Operações Policiais Especiais - BOPE; Companhia de Operações Especiais - COE; Esquadrão de Polícia Montada - Esquadrão João Fernandes de Almeida; Companhia Independente de Proteção ao Turismo - CIPTur; Companhia de Polícia Feminina - CPFem; Rondas Ostensivas com Auxílio de Motocicleta - ROCAM; Companhia Independente de Proteção Ambiental - CIPAM.

O CPM tem a responsabilidade do cumprimento da missão constitucional através do policiamento ostensivo nas cidades de Natal; São Gonçalo do Amarante; Extremoz; Ceará Mirim; Macaíba; Vera Cruz; Monte Alegre; Parnamirim e São José de Mipibu;

Além dos grandes comandos operacionais, existem os órgãos de direção como a Diretoria de Ensino (DE); A Diretoria de Saúde (DS); Diretoria de Apoio Logístico (DAL); A Diretoria de Finanças (DF); Diretoria de Pessoal (DP). Consta hoje em seu efetivo, conforme Diretoria de Pessoal – DP (2010), 12.000 (doze mil) policiais militares divididos hierarquicamnte conforme quadro abaixo.

Posto/graduação Quantidade Coronel 24 Tenente coronel 48 Major 81 Capitão 150 1º Tenente 73 2º Tenente 164 Aspirante - Subtenente 96 1º Sargento 272 2º Sargento 446 3º Sargento 599 Cabo 903 Soldado 6096 Efetivo total 8952 Quadro 10: Efetivo da PMRN.

Comissões Aj Geral Cia de Comando Gab Cmt Geral Subcmt e ChEMG 2ª Seção 3ª Seção 4ª Seção 1ª Seção 5ª Seção CPRE CPM DP DE CES DAL CPI DF DS CPFEM ROCAM 11º BPM 9º BPM 5º BPM 4º 3º BPM 1º BPM BOPE 2º BPM 6º BPM 7º BPM 7º BPM 10º BPM 2ª CIPM 4º DPRE 3º DPRE 2º DPRE 1º DPRE 5º DPRE Figura 24: Organograma da PMRN. Fonte: PMRN (2010).