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4.2 Descrever, quantitativa e qualitativamente, os principais riscos de mercado a que o emissor está exposto, inclusive em relação a riscos cambiais e a taxas de juros. O Governo Federal exerceu e continua a exercer influência significativa sobre a economia brasileira. Esta influência, bem como as condições políticas e econômicas, alterações em indicadores financeiros e econômicos, tais como taxa de juros básico da economia, taxa de câmbio, inflação e preços de ações poderão ter um impacto prejudicial sobre os nossos negócios, afetando desfavoravelmente nossos resultados e o valor de mercado das nossas ações.

A economia brasileira tem sido marcada por frequentes, e por vezes significativas, intervenções do Governo Federal, que frequentemente modifica a política monetária, nos temas de crédito, fiscal e outros. As ações do Governo Federal para controlar a inflação e efetuar outras políticas envolveram no passado, entre outras, aumentos nas taxas de juros, mudanças na política fiscal, controle de preço, desvalorização da moeda, controles no fluxo de capital e determinados limites sobre as mercadorias, insumos e serviços importados. Não temos controle e não podemos prever quais medidas ou políticas o Governo Federal poderá adotar no futuro. Nossos negócios, condição financeira e resultados das operações, podem ser adversamente afetados em razão de mudanças na política pública em níveis federal, estadual e municipal, referentes a tarifas públicas e controles de câmbio, bem como a outros fatores, tais como:

• Taxa de juros; • inflação;

• liquidez nos mercados financeiro e de capitais; • política fiscal e regime tributário; e

• medidas de cunho político, social e econômico que ocorram ou possam afetar o Brasil. Risco de Taxa de Juros

Durante os anos de, 2015, 2016 e 2017, aproximadamente, 50,3%, 37,8% e 5,5%, respectivamente, de nosso endividamento era denominado em moeda estrangeira, estavam protegidos através de operações de derivativos com taxas de juros baseadas, na Taxa DI. Consequentemente, a nossa principal exposição à taxa de juros é relativa a variações na Taxa DI.

Em 31 de dezembro de 2017 também estávamos expostos a taxas pré-fixadas em R$ 219,6 milhões, montante que representa 2,4 % de nosso endividamento.

Adicionalmente, nesta mesma data, R$ 71,3 milhões de nosso endividamento de curto e longo prazo, ou 0,8% de nosso endividamento total, estavam sujeitos à TJLP, considerado assim de baixo risco pela companhia.

Na hipótese de elevação da taxa de juros, haverá aumento nos custos do serviço da nossa dívida líquida e das despesas financeiras líquidas deles originadas, o que poderá causar impacto negativo nos nossos negócios, na sua condição financeira e nos resultados de nossas operações. Ainda, eventual elevação da taxa básica de juros estabelecida pelo Banco Central

4.2 - Descrição dos principais riscos de mercado

poderá impactar negativamente o nosso resultado na medida em que podem inibir o crescimento econômico e, consequentemente, a demanda pelos nossos produtos.

Além disso, a Companhia conta com alguns contratos de empréstimos e financiamentos que estabelecem obrigações quanto à manutenção de índices financeiros por parte da Companhia e de suas controladas. Eventuais deteriorações em nossas condições financeiras e/ou nos resultados de nossas operações, podem impactar o cumprimento dos índices pré-estabelecidos.

Em um cenário de retração na taxa DI, considerando que a Companhia tem uma posição de dívida líquida, o custo de serviço da dívida se reduzirá, favorecendo o resultado financeiro. Risco de Taxas de Câmbio

A desvalorização acentuada do Real em relação ao Dólar poderá gerar efeitos relevantes e adversos na economia brasileira e/ou nos nossos negócios.

Em 31 de dezembro de 2017, aproximadamente 25% dos custos dos produtos vendidos estavam diretamente atrelados à moeda estrangeira, em especial à taxa de câmbio do Real em relação Dólar e em relação ao Euro.

Em 31 de dezembro de 2017, R$ 510 milhões de nosso endividamento de curto e longo prazo, ou 5,5% do total de nosso endividamento, eram denominados em moeda estrangeira, comparado a R$ 1.659 milhões, ou 37,8% de nosso endividamento total, em 31 de dezembro de 2016. Essas contas eram constituídas por empréstimos e financiamentos, na sua totalidade, em 31 de dezembro de 2017 e em 31 de dezembro de 2016, protegidas com derivativos do tipo “swap”.

A instabilidade cambial pode prejudicar a economia brasileira, bem como a nossa Companhia. Em 2015, o Real encerrou o ano com desvalorização de 47,0% em relação ao Dólar, apresentando, em 31 de dezembro de 2015, uma taxa de câmbio de R$ 3,90 por US$ 1,00. Em 2016, o Real encerrou o ano com valorização de 17,0% em relação ao Dólar, apresentando em 31 de dezembro de 2016, uma taxa de câmbio de R$ 3,26 por US$ 1,00. Em 2017, o Real encerrou o ano com desvalorização de 1,5% em relação ao Dólar, apresentando em 31 de dezembro de 2017, uma taxa de câmbio de R$ 3,31 por US$ 1,00.

A desvalorização do Real em relação ao Dólar cria pressões inflacionárias no Brasil e causa aumento nas taxas de juros, o que por sua vez afetam negativamente o crescimento da economia brasileira de modo geral e prejudicam tanto nossa situação financeira como nossos resultados operacionais, além de restringir o acesso aos mercados financeiros internacionais e determinar intervenções governamentais, inclusive por meio de políticas recessivas. Além disso, a desvalorização do Real em relação ao Dólar poderia, como no contexto da desaceleração da atividade econômica, levar à redução do consumo, a pressões inflacionárias e a um menor crescimento da economia de modo geral. Por outro lado, a valorização do Real em relação ao Dólar e a outras moedas estrangeiras poderia resultar na piora da balança comercial brasileira, bem como refrear o crescimento baseado nas exportações. Dependendo das circunstâncias, a desvalorização ou a valorização do Real poderiam ter um efeito adverso relevante e negativo no crescimento da economia brasileira, bem como nos nossos negócios.

4.2 - Descrição dos principais riscos de mercado

Acontecimentos e mudanças na percepção de riscos em outros países, sobretudo em economias desenvolvidas, podem prejudicar o preço de mercado dos valores mobiliários globais, dentre eles o preço de mercado das nossas ações.

O valor de mercado de valores mobiliários de emissão de companhias brasileiras é influenciado, em diferentes graus, pelas condições econômicas e de mercado de outros países, inclusive economias desenvolvidas e emergentes. Embora a conjuntura econômica desses países seja significativamente diferente da conjuntura econômica do Brasil, a reação dos investidores aos acontecimentos nesses outros países pode causar um efeito adverso sobre o valor de mercado dos valores mobiliários de companhias brasileiras. Crises em outros países de economia emergente ou políticas econômicas diferenciadas podem reduzir o interesse dos investidores nos valores mobiliários das companhias brasileiras, incluindo os valores mobiliários de nossa emissão, o que poderia prejudicar o preço de mercado das nossas ações.

Adicionalmente, a mudança na regulamentação de comercio exterior e regras aduaneiras de importação de produtos podem comprometer a dinâmica dos negócios das companhias. A Companhia contrata instrumentos financeiros derivativos que estão relacionados com suas respectivas contrapartes e descritos no item 10.1 alínea “f” deste Formulário de Referência. Os possíveis efeitos relacionados aos riscos de mercado (Análise de Sensibilidade) são trimestralmente calculados, atualizados e divulgados na Nota Explicativa 5, como parte das Demonstrações Financeiras da Companhia.