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3. O TEMPO DO APURO: POR ONDE VIESTES VÓS HÁ DE VOLTAR

3.4 A voz do deserto

“Não há linguagem nem há palavras, e dele não se ouve som; no entanto, por toda a terra se faz ouvir a sua voz, até os confins do mundo”.

-Salmos 19, 3

Cumpridos esses trabalhos, chega-se então ao topo da montanha, onde, estando o aprendiz por cima de si, uma ampla e aberta visão é proporcionada. Cabe a ele, agora que todas as suas referências terrestres ficaram para trás,

107 guiar-se pelo vento. É agora, não só alguém que aprendeu a andar por sobre as águas, mas também a voar pelo ar, compreendendo melhor a ouvir a presença do seu ser superior, que havia sido obscurecido, devido à atenção estar atrelada à percepção individual e ao reino do manifesto, como em “uma noite espessa e um adormecer” (Vyasa, 2005).

Antes de chegar neste estágio, tendo já posto os pés para fora de sua vida condicionada, o ser ainda será submetido a uma bateria de testes, a fim de afirmar sua convicção e confiança perante sua nova existência. É assim que o filme de sua vida inteira lhe será mostrado, gradual ou de uma só vez, até que o aspirante não reconheça como sua vida; até que, sobre cada acontecimento, paire uma atmosfera impessoal; até que a atenção do ser, submetida a essa nova batalha de desprendimento, não possa mais dizer minha vida, mas uma vida. Esse desprendimento decorre da afirmação de sua vida Ilimitada, e, conforme tal presença é asseverada como verdadeira natureza de si. Naturalmente, o que não é tal presença não o pertence, nem lhe diz respeito.

Isto lembra a história de um iogue que foi a um carnaval. Amarrou uma fita na sua perna para se lembrar de sua real natureza e não se perder naquela atmosfera. Tendo perdido a fita, o iogue saiu perguntando a todos- “Vocês me viram por aí? Vocês me viram por aí?”. Essa história, que guarda certa graça, revela uma situação inversa a que falávamos. O iogue, atraído pela manifestação carnavalesca, acaba por confundir a fita com sua própria Presença. Estivesse ele firme em sua presença, a confusão não seria possível. Trata-se, porém, daquelas ventanias que falamos anteriormente, que servem para, no final das contas, aproximar nossas raízes da verdadeira presença que a sustenta e a alimenta.

Esse espaço limpo, aberto, livre de pensamentos ou outras tendências anteriores que se abriu à atenção do caminhante, como se pode ver, ainda é entremeado por tal natureza de testes. Isso porque ele serve como local de passagem da antiga vida para a Grande Vida. Nesse deserto, o ser não está ainda totalmente livre da influência de suas tendências. É certo que está em plena migração para o outro regime que assumirá. Porém, quanto mais próximo de se efetuar esta passagem, com mais força a atração aos seus circuitos anteriores se manifestará, da mesma maneira que alguém no limite de sua morte

108 concentra e manifesta uma força até então imprevista. É nesta hora que o cavalo pode tombar o cavaleiro (caso ele não mantenha firme suas rédeas), fazendo-o desabar montanha abaixo. Então, apesar da paisagem aberta e incondicionada já haver se mostrado, é preciso que a atenção duplique sua prudência. Esse deserto é o próprio silêncio, a pura e viva presença do eterno silêncio. O caminhante, até que vença de maneira absoluta suas tendências restritivas, não poderá com esse silêncio se unir. No entanto, é justamente este silêncio que será o responsável por lapidar o restante que falta para que o ser nele se integre. É o ser deste silêncio que, pela sua presença, ensinará e guiará o aprendiz no seu caminho. Ele ainda guarda em si certas qualidades que o fazem ressoar como existência destacada; muito embora esteja, mais do que nunca, concentrado e submetido ao seu processo de unificação. A esta altura, o ser já passa por momentos em que se sente plenamente unificado em presença infinita. Falta, porém, o pleno reconhecimento deste ser para que possa habitar em definitivo. Aqui, pode-se dizer que é o caminho que ensina. O caminho a esse Ser ou Inteligência, contém a presença do silêncio, assim como se estivéssemos caminhando para o Sol, guiariamo-nos e nos colocaríamos sob seus raios, sob a sua, já então, manifesta presença. Para usar novamente o exemplo do instrumento musical, que pode ser tomado como o próprio caminhante, a presença deste silêncio é que afina suas cordas, para que possa se expressar. A presença é a própria guia para si mesma.

Assim é que o caminhante deve procurar e aprender a ouvir a voz condutora desse deserto sem medidas que é o silêncio, efetuando o reconhecimento e as adequações necessárias, de acordo com a instrução provinda deste professor. Deve seguir também com seu trabalho de observação e pastoreio de seu rebanho, com o objetivo de que manso permaneça, visto que, tal trabalho, como vimos, configura o estado das forças que irão formar a sua embarcação e, com isso, as condição para um caminho seguro e claro.

Caminhando no rumo que o silêncio lhe indica, após passar pelas depurações necessárias, chegará um momento em que o aprendiz ouvirá um rumor, uma voz quente, caudalosa e doce. De imediato, perceberá que deve seguir tal voz, adentrar nela, ceder e desfazer o que ainda de si resta. Na medida em que avança, percebe que tudo ali se desfaz em Pleno Amor. Perceberá

109 manifestar em seu peito esse Amor, que de si se alimenta, sem a nada excluir. Vê que é àquele fogo que, desde o princípio, havia rendido homenagem e que foi sempre sob sua orientação e atração que ele caminhou. Ali todas os nomes e formas se dissolvem, e permanece apenas essa espécie de sol brilhando e reinando em seu absoluto; todos os corações se aquecem e transformam-se em um só. Eis o indescritível ponto não dimensional que ilumina e aquece todo o caminho.

Neste ponto, o instrumento já foi afinado pela voz do silêncio, e serve em favor, em una consciência, deste Absoluto. Aqui começa a consciência real do aprendiz. É o começo da nova vida.

Após essa imersão vertical e reencontro com sua real natureza, onde o mundo das formas encontra-se dissolvido, o aprendiz deverá voltar ao dimensional, a fim de, perante a exposição às forças dispersivas do mesmo, fortalecer e criar resistência em sua Presença, de modo que ela não seja capturada novamente pelo mundo da manifestação. Neste retorno, tais ventos fortalecerão a permanência da Presença viva do inesgotável em si, reintegrando esse núcleo, que é abertura à existência ilimitada, ao aparelho dimensional, de manifestação individualizada. Deste modo, as coisas vão sendo restituídas aos seus devidos lugares, despertando na manifestação individual a consciência de que ela é expressão da Presença que a tudo unifica. O paradoxo desta consciência, que está se afirmando, é que ela abrange em si esses dois aspectos do real, que, somente em estado não desperto, puderam ser tomados como distintos e contraditórios, integrando-os em uma mesma experiência.

É possível ainda que o aprendiz tenha que retornar até algum estágio anterior, para reparar certos fios que ficaram soltos. Porém, em sua lembrança, estará este brilho mais vivo, e, com mais pulso e sabedoria, poderá guiar seus passos. Estará também mais esperto para não se confundir com a fita vermelha que amarrou em si, e para desse brilho não esquecer. Importa, daqui em diante, que ele siga com a atenção plena nessa emanação, cada vez mais firme de sua própria natureza e da natureza de tudo o que existe.

110 O xamã e líder do povo Yanomami Davi Kopenawa (2015) diz, ao estranhar a concepção não indígena, ocidental de que o homem pensa com o cérebro, que isso se deve a um fundamental esquecimento presente no homem branco. É, segundo o xamã, tal esquecimento que mais caracteriza o modo de existência do não-indígena, sendo o responsável pelo violento e desarmônico modo como o branco se relaciona com a vida ao seu redor, seja a vida natural, seja a vida entre os próprios homens. Assim, o que caracteriza o homem branco é essa fundamental cegueira, surdez e esquecimento, manifestada por pensar com o cérebro. Kopenawa explica que a casa espiritual, onde o pensamento verdadeiro ocorre, é no coração, no peito do xamã até ter o cume fincado no peito do céu. É neste ponto que se pode pensar a partir da natureza íntima das coisas. Foi aí, revela o líder Yanomami, que aprendeu o conhecimento da vida, e não pelas “peles de papel” como os brancos fazem.

Ramana Maharshi diz algo que está em consonância com os ensinos Yanomami. Ele defende que a Inteligência da Grande Vida, quando emerge pela mente e pelos sentidos, manifesta a experiência do mundo das formas, e quando ela permanece no coração, toda distinção das formas desaparecem (2012), revelando a voz em que tudo está contido. Esse segundo saber exigiria que a atenção da pessoa se voltasse para a fonte viva em seu coração em vez de se deixar extravasar através da mente e da percepção individual. Ele diz ainda que tal coração não é o coração orgânico, mas um outro que seria a porta para o universo não dimensional. Em Kopenawa, o coração também não se restringe ao órgão físico, estende-se até o peito do céu.

Tal reino de saber transforma o próprio conhecedor no conhecimento vivo das coisas. Ele se torna como o suporte pelo qual o conhecimento integrador e constituinte de todas as coisas opera. Para isso, como vimos, é necessário, a partir de um árduo e permanente trabalho, desconstituir a si mesmo, concentrar e estreitar-se até tornar-se invisível, até que possa atingir um estado de transparência, de se tornar o próprio Silêncio absoluto, para que daí possa se transformar radicalmente em um descortinamento, na voz do não dimensional, suportada por esse coração espiritual, a que ambos trilhadores desse caminho, citados acima, dão testemunho.

111 Esse conhecimento vivo de todas as coisas existe como a primeira existência em tudo, portanto, em tudo ele pode ser encontrado. O que se faz necessário é que o ser se converta em Silêncio, para que possa ouvir e comungar de sua Vida. Tal como um lago quando está chovendo, cada gota de chuva reverbera no lago todo, tendo, desse modo, a sobreposição de inúmeras reverberações que turvam a água do lago. Este é o próprio funcionamento da mente, distraindo nossa atenção para as múltiplas informações de reverberações acumuladas e em expansão na água. É, por efeito de tal funcionamento da mente, que temos a impressão das diversas manifestações como realidade das coisas, e é aí que se exerce o conhecimento mental sobre o mundo. Por outro lado, quando o lago silencia-se de todo ruído e reverberação em seu corpo, ele se torna um espelho. Quando o lago se faz invisível transforma-se no Ilimitado e infinito universo, e dá-se a compreender que o mundo não se restringia àquelas ínfimas reverberações que turvavam e ocupavam seu silêncio essencial. O mesmo ocorre com as ondas do mar. Na superfície, distinguem-se umas das outras, em tamanho, volume etc. Mas, descendo mais um pouco, aprofundando a atenção no fundo do mar, toda distinção desaparece, e a Vida que constitui as diversas existências das ondas, manifesta-se.

Eis o exercício a que somos conduzidos nesta busca pelo real de nós e das coisas. Desfazermos de tudo que turva nossa atenção, mergulharmos no Silencio de nós mesmos e sermos conduzidos ao pungente coração de todas as coisas. Onde houver o sincero desejo de encontrá-lo, o caminho ali estará. É preciso ouvir com o coração, e, a cada passo em sua direção, a Vida de tal coração soará num timbre mais audível, aumentando a confiança e reforçando a direção desta peregrinação.

Deixo-os com a seguinte citação:

“O silencio saberá proteger- te a voz

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Caminhamos neste trabalho na exploração de duas direções: uma que constitui um aprofundamento no saber do Contínuo que Ayahuasca nos colocou a participar, e outra, através da qual a experiência de tal saber pôde emergir em um plano discursivo, o plano de elementos descontínuos que constitui a linguagem e o modo de pensamento que ela põe a operar. Esperamos que um lado possa ter reluzido e feito passar algo do outro.

Vimos que a perspectiva do plano descontínuo não abarca nem dá a ver a abertura que o contínuo indimensionável proporciona, porém o inverso é verdadeiro: este abarca, contém e sustenta aquele - como os céus sustentam nosso planeta. É pois a partir da perspectiva do segundo que se pode experimentar a coexistência de ambos: um como plano pré- cosmológico, contínuo e não dimensional, e, contido e derivando dele, o outro, cosmológico, descontínuo e dimensional.

O vetor de mão dupla que vai se dando a ver durante nosso percurso é este em que, em uma direção, externa, expressa e individualiza sua natureza e em outra adentra-se em seu mistério incondicionado. Tal vetor se deixa perceber em nosso dia a dia como, de um lado a propulsão responsável pela promoção de um si e de toda percepção daí derivada, e de outro, por uma atração que mergulha o si no desaparecimento de uma junção ilimitada.

Tais direções que se manifestam em seus distintos modos são apenas aparentemente incompossíveis. O aspecto condicionado e o incondicionado que estão aqui em questão estão a um só tempo unidos e atuantes, diferenciados apenas por uma questão de grau e não de natureza; descortinado e atuando o horizonte do incondicionado este abarca e unifica em consciência contínua ambos os modos.

A relação entre o saber ocidental e o saber da Ayahuasca, relação operada nesta experiência- encontro que guiou este trabalho, resultou pois em tal natureza de arranjo. Se anteriormente tínhamos o indivíduo, o sujeito como

113 centro da experiência, como aquele ente privilegiado no qual essa se dá, agora a experiência não desaparece por completo deste indivíduo mas ganha asas e imensidões dele; ele é que propriamente passa a fazer parte de uma experiência que lhe estende para muito além de si; toda uma vitalidade que o abarca e na qual se encontra. Curiosamente é nos braços dessa vitalidade para além de si que ele se encontra; ali ele encontra com o aspecto contínuo si, dissolvendo-se lhe as formas na vida que lhe é própria.

Abre-se aí a possibilidade de uma percepção, de uma consciência para além do sujeito, e da qual ele é efeito. Poderíamos sugerir daí a emergência de um sujeito holográfico24. Dizer que o sujeito é efeito de uma vitalidade maior já

caracterizaria isso, mas há ainda um outro aspecto que nos importa aqui. Como se sabe, em uma imagem holográfica cada micro- fragmento contém também em si a imagem do todo. É esta característica que emerge no que estamos aqui chamando de sujeito holográfico: na experiência do sujeito individual está presente também o ponto virtual que o abarca e de onde permanentemente provém.

Vimos também de como alguns ritos ligados a Ayahuasca- o feitio, o bailado e a dieta- promovem a operação da fórmula ‘restringir o restritivo’, de modo a fazer emergir tal aspecto virtual, contínuo e não dimensional na experiência.

A partir de como tratamos o saber da Ayahuasca é possível fazer algumas associações com os saberes geralmente associados a ela que citamos no capítulo 1. As visões remotas, a emergência de processos telepáticos, as metamorfoses animais relatadas, toda espécie de diálogo entre diversos reinos da natureza, os aprendizados de ordem espiritual, medicinal etc., entre outros, pode ressoar com a experiência cartografada neste trabalho. Se o nível de continuidade que atravessa todas as formas é possível de ser acessado, todos esses procedimentos surgem como possibilidades lógicas daí. Seria possível especular, associar e construir diversas possibilidades a partir daí, porém

24 Nas palavras de McKenna o sujeito seria “uma projeção holográfica de uma dimensão espacial de ordem superior.” (1995: p.126)

114 cairíamos num campo de especulações não fundamentadas pela experiência que sustenta este trabalho, descaracterizando a tônica que ele carrega.

Nos é legitimo, porém, afirmar que até onde caminhamos na exploração deste saber demo-nos por conta de que tudo ainda está para ser caminhado; de que o ínfimo degrau que conseguimos subir e avistar aponta para possibilidades ainda mais insuspeitadas.

Nosso estudo recaiu em como Ayahuasca desloca nossa consciência para o plano da Continuidade viva que nos abarca. Quanto às possibilidades de atuação dessa consciência desdobrada em tal plano pouco falamos; apenas lhe ofertamos uma caracterização geral, como quem inicia-se em tal plano. Nosso percurso se deu na identificação do território habitual da consciência, no deslocamento de tal molde e na entrada em um campo onde o modo de atuação e mesmo o que chamamos de consciência se alteram radicalmente. Uma exploração mais minuciosa das possibilidades dessa atuação superior da consciência merece um trabalho próprio e um envolvimento na ciência prática de tais domínios que ancore, sustente e legitime a explanação deste novo horizonte da consciência. Este trabalho limitou-se a constituir e apontar as condições para a emergência de tal horizonte, lançando-lhe apenas um olhar inicial.

Compreendo, porém que ele, bem ou mal, respondeu às questões que se propôs, que a partir de seu mergulho trouxe algo para apresentar. No que tange ao problema apresentado pelo Antropoceno ao homem moderno, penso que o saber da Ayahuasca aponta para uma dobra do antropos frente a gaia, de uma imersão no espaço que o desconstitui e o integra na continuidade viva em que está inserido, visto que, ao que parece, somente ele não vive nessa espécie de transe sinergético entre todas as coisas. Somente a ele falta a mansidão necessária para fluir nesse manto de forças que lhe envolve e permeia. Atado que está ao universo mental por ele mesmo construído, é com dificuldade que sua percepção desloca-se para este fluente reino de forças. É por isso que Ayahuasca pôde ser tratada aqui no seu aspecto de integração: onde o exercício descontínuo da mente separou, ayahuasca conduz a re- unir, a re- comum- nicar. O transe é a consciência dessa integração, a zona em que atravessa essa vida comum e unitiva.

115 Desse modo fica como que no ar a possibilidade de que tal aspecto do real que Ayahuasca coloca em cena possa ser válido e útil para se repensar o alcance e as urgências que o pensamento no momento contemporâneo tem. Não estamos dizendo que todos devam tomar Ayahuasca para acessar tal nível do real; isso seria no mínimo absurdo. Dizemos que este aspecto de seu saber, o do contínuo ilimitado, sendo um aspecto que foi negligenciado pelo saber predominante no ocidente, possa ser incorporado, trazido à tona para o rol dos novos possíveis que urgem em ser atualizados frente ao nosso tempo. Ayahuasca estaria aí como um entre diversos facilitadores para esse redimensionar do pensamento.

Por fim, pensamos ainda que os estudos com Ayahuasca tem muito a contribuir para desbravar esse mistério ainda para nós que é a consciência e o que ela pode ser; muito temos a avançar nesse campo. Deste modo os estudos da subjetividade, da consciência e certas linhas da psicologia e filosofia, entre outros, muito podem se beneficiar se atuarem na interface com Ayahuasca, se com ela se aliarem.

Imagino que mesmo um físico, um biólogo, um químico possam, caso cedam seu privilégio epistemológico para aprender pelas vias da Ayahuasca, trazer perspectivas inimagináveis para suas respectivas disciplinas. Diante desse potencial e do fato de que os estudos acadêmicos com Ayahuasca são um campo ainda em formação penso que podemos esperar por notáveis contribuições que possam daí advir, caso tais parcerias sejam efetivadas. A contribuição mínima que este trabalho possa ter dado aponta nessa direção no que diz respeito aos estudos da Ayahuasca: de que possamos colocar nossas disciplinas para voar nas asas desse milenar saber para com ele aprender um pouco mais sobre nós.

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IMAGENS- S.E.D.A.25

Figura 3- Insígnia que representa a S.E.D.A

25 Apresento aqui algumas imagens que melhor apresentam a S.E.D.A., base a partir da qual este trabalho pôde ser escrito. Aproveito para melhor apresentar este Centro que frequentei e me filiei durante a pesquisa: Sociedade Espiritual Divina Ayahuasca- São Francisco de Assis. Tal Sociedade é derivada do Centro de Cultura Cósmica- Suprema Luz, Paz e Amor, fundado pelo Mestre Francisco Souza de Almeida em 20 de maio de 1990 em Cuiabá. Mestre Francisco frequentou o ambiente daimista por