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Sexo com uma nova pessoa sempre teve esse efeito, e deveria ter sido mais amplificado com ele, visto que era meu maldito sequestrador e tudo.

Mas tudo que parecia sentir quando sua mão agarrou minha nuca e seus lábios caíram nos meus pela primeira vez, foi uma espécie de exatidão profunda, como se tudo em mim estivesse respondendo a ele.

Ele beijava como esperava de um homem como ele. Forte, profundo, quase machucando com sua intensidade, mas completamente, focando naquela única coisa pelo que pareceram horas, até que meus lábios estivessem inchados e formigando, até que cada centímetro de minha pele parecesse quente e sensível demais.

Seus dedos deslizaram para cima, vasculhando meu cabelo, enrolando e puxando com força, fazendo minha cabeça virar para trás quando um suspiro de surpresa escapou de mim. Inclinando- se, ele correu seus lábios pelo lado do meu pescoço, provocando sua língua sobre o meu ponto de pulsação quando o encontrou.

Suas mãos se moveram, agarrando-me pela cintura enquanto ele se virava, me puxando em seu colo enquanto caía no sofá,

dando-lhe melhor acesso quando seus dedos agarraram a barra da minha camiseta, puxando-a para cima.

Assim que minha cabeça estava livre, no entanto, ele parou, puxando-a de volta para baixo, prendendo meus braços ao lado do corpo enquanto se inclinava para frente e chupava meu mamilo em sua boca. Um choque de necessidade me atravessou, uma faísca incandescente que desceu pela minha espinha para se instalar entre as minhas pernas, fazendo meus quadris se agitarem contra o seu colo, precisando do movimento, do atrito.

Um ruído baixo grunhido retumbou através de Ace enquanto seus dentes mordiscavam por um segundo antes de ele se mover em meu peito, continuando o mesmo tormento lá. Até meus mamilos ficarem duros e doloridos, até meus seios ficarem pesados, até que um rubor estourou em meu peito, me fazendo sentir quente por toda parte.

Suas mãos agarraram meus quadris novamente, me puxando para cima de seu colo, para que pudesse descer minhas calças sobre a minha bunda, ajudando-me a tirar das pernas.

Mas, quando ia me acomodar em seu colo, suas mãos afundaram na minha bunda, puxando com tanta força e rápido que não pude fazer nada além de ofegar e balançar meus braços enquanto ele praticamente me jogava para cima nas almofadas traseiras do sofá, nivelando meu sexo bem sobre seu rosto.

Houve um segundo de incerteza mortificada, sentindo como se fosse sufocar o homem, me fazendo afastar os quadris dele, tentando descobrir como voltar para baixo.

Mas as mãos de Ace afundaram na minha bunda, puxando- me de volta para baixo, e correndo sua língua pela minha fenda, encontrando meu clitóris e trabalhando em círculos rápidos e implacáveis.

Sim, todos os pensamentos de objeções caíram, mesmo enquanto eu tentava encontrar uma maneira de me preparar quando minhas coxas começaram a tremer.

Sem mais nada para fazer, inclinei-me contra a parede, as mãos descendo para agarrar o encosto do sofá enquanto ele continuava a me devorar, levando-me à loucura tão rapidamente que senti que era difícil respirar.

Uma mão escorregou da minha bunda, indo entre as minhas coxas, empurrando para dentro e virando para correr sobre a minha parede superior.

Foram segundos, literalmente apenas segundos, depois que o orgasmo atingiu meu corpo, me fazendo gritar enquanto meu corpo inteiro parecia tremer com a intensidade.

— Eu não posso... não posso, — choraminguei quando as ondas começaram a diminuir, e a língua de Ace começou a trabalhar em mim novamente.

— Você pode, — ele objetou, puxando-me de volta para seu colo, deixando meu clitóris em paz enquanto seus dedos me fodiam. Mais forte, mais rápido. — Vê? — Ele perguntou um momento depois quando minhas paredes começaram a apertar em torno dele. — Pronto, — ele adicionou quando as pulsações começaram, lentas e profundas, então mais rápidas e mais fortes enquanto eu caía em

seu peito, gritando contra seu ombro. — Eu te disse, — ele acrescentou, parecendo presunçoso enquanto eu lentamente comecei a voltar.

— Só você poderia soar tão condescendente durante o sexo, — eu resmunguei contra seu pescoço antes de me mover para cima, captando seus estranhos olhos manchados de vermelho por um momento antes de selar meus lábios nos dele. Mas desta vez eu estava no controle. Foi mais lento, profundo, menos exigente, dando ao meu cérebro uma chance de se recuperar dos orgasmos consecutivos o suficiente para eu pensar direito.

Minhas mãos deslizaram descendo por seu peito, levantando sua camiseta, os lábios escorregando dos dele para tirar sua camiseta.

Eu não era, como um todo, alguém que gostava de pressa. E depois de dois orgasmos sólidos, me senti um pouco mais equilibrada. O suficiente para saber que queria uma chance de explorar seu corpo, talvez até atormentá-lo um pouco.

Eu me demorei, correndo meus dedos sobre seu peito, ao redor de seus mamilos, descendo para as reentrâncias de seus músculos abdominais, sentindo-os tensos sob a minha inspeção.

Lentamente, escorreguei de seu colo, deslizando entre suas coxas no chão, minhas mãos correndo de seus joelhos para cima antes de mover para dentro, sentindo o comprimento duro dele esticando-se contra suas calças.

Um ruído retumbante o atravessou, um som que fez meu sexo pulsar com força, enquanto eu descia o cós de sua calça,

libertando-o, sentindo um vazio dolorido entre minhas coxas, precisando me lembrar que chegaríamos lá, que não quero apressar.

Meu olhar encontrou e segurou o seu enquanto me movia para frente, passando minha língua sobre a cabeça de seu pênis, observando seus lábios se abrirem, sua respiração ficar presa em seu peito.

Eu não precisava de mais incentivo do que isso.

Abaixando minha cabeça, eu o deslizei dentro da minha boca, levando-o profundamente enquanto minha mão enrolava em torno de sua base, acariciando enquanto chupava, sentindo-o ficar mais duro e maior ainda enquanto trabalhava nele.

A mão de Ace bateu na parte de trás da minha cabeça, as pontas dos dedos enrolando em meu crânio. Seus quadris começaram a empurrar para cima enquanto eu escorregava descendo, me fazendo levá-lo cada vez mais fundo.

— Porra, não, — ele grunhiu, os quadris se acomodando, os dedos agarrando uma mecha do meu cabelo e puxando até que seu pau deslizou para fora da minha boca. Quando olhei para ele, seus olhos pareciam mais vermelhos do que nunca, quase como se estivessem brilhando.

Sua respiração estava forte e rápida, e me encontrei estranhamente paralisada com a ascensão e queda de seu peito por um momento enquanto ele tentava se controlar.

— Suba aqui, — ele exigiu, dando tapinhas em sua coxa, fazendo a necessidade me perfurar enquanto me levantava e me

movia sobre ele. — O que? — Ele perguntou quando parei, enrijecida.

— Preservativo, — eu resmunguei, irritada por haver qualquer demora em colocá-lo dentro de mim. Mas também não estúpida o suficiente para fazer sexo desprotegido com um quase estranho.

Um grunhido escapou de Ace quando ele agarrou minha bunda, puxando-me com força contra ele, em seguida, saltou ficando de pé, esperando minhas pernas envolverem seus quadris, meus braços envolverem seu pescoço. Suas mãos se afundaram, arrastando minha fenda ao longo de seu comprimento duro, mesmo quando começou a se mover pela sala.

Não foi até que se inclinou para frente que percebi duas coisas.

Um, ele estava indo na mesa de cabeceira por uma camisinha. Dois, ainda estávamos no quarto de Red.

— Ace, — choraminguei em seu ouvido enquanto ele se virava para voltar para o sofá. — Não podemos.

— Nós podemos, — ele rebateu, me arrastando contra ele novamente, fazendo aquele barulho grunhido quando soltei um gemido abafado.

— Não aqui, — objetei, tentando desembrulhar minhas pernas.

Novamente, aquele grunhido. Eu não deveria ter achado tão sexy quanto achei.

Antes que entendesse sua intenção, ele estava do outro lado do quarto e

abrindo a porta.

— Ace, não! — Eu sibilei, tentando descer, mas suas mãos estavam me segurando no lugar enquanto ele se movia pelo corredor e para o seu quarto.

— Pronto, — ele disse, chutando a porta do quarto para fechá- la, e então indo em direção à cama.

Seu corpo pressionou o meu no colchão enquanto ele nos deslizava em direção aos travesseiros, seus lábios selados sobre os meus.

Ace se endireitou e se afastou para se sentar em seus calcanhares, e me encontrei paralisada ao vê-lo deslizar a camisinha, seu olhar em mim metade do tempo, intenso, faminto.

Terminado, suas mãos agarraram meus quadris, me arrastando para seu colo, arrastando minhas pernas para cima, em seguida, batendo dentro de mim sem aviso.

— Oh, meu D... — Eu gritei, inspirando gananciosa antes mesmo que pudesse dizer a última palavra, sentindo um beliscão ante a plenitude dele dentro de mim, afastando meus quadris ligeiramente para aliviar a dor. — Você é muito grande, — eu disse, mesmo enquanto sentia minhas paredes se ajustando à invasão.

Esse ruído resmungado atravessou Ace novamente enquanto ele abaixava minhas pernas, puxando-as abertas, e alcançando entre elas, trabalhando implacavelmente meu clitóris até que um orgasmo inesperadamente rápido atingiu meu corpo, a sensação ainda mais intensa com a plenitude dele por dentro.

— Pronto, — ele disse quando o orgasmo diminuiu, sua voz mais áspera do que antes. — Melhor? — Ele perguntou, mal esperando meu aceno frenético antes de começar a empurrar. Um pouco hesitante no início, ainda me dando um minuto para me ajustar. Mas assim que meus quadris começaram a se mover contra ele, ele se aproximou de mim e empurrou com mais força, mais rápido, enquanto meus braços e pernas o rodeavam, enquanto a cabeceira da cama batia contra a parede.

Mas assim que me senti chegando perto, ele saiu de mim, agarrando meus quadris, virando-me de bruços e puxando meus quadris para cima em direção a ele enquanto avançava dentro de mim.

Minha mão disparou, empurrando contra a cabeceira da cama contra a qual ele teria me batido enquanto ficava mais intenso, mais rápido, ainda mais desenfreado.

Sua palma bateu na minha bunda, a dor de alguma forma intensificando o prazer enquanto sua outra mão se movia entre as minhas coxas, começando a trabalhar meu clitóris enquanto empurrava mais forte ainda, fazendo ruídos resmungados que fizeram minhas paredes apertarem em torno dele, segurando com mais força.

— Goze, Josephine, — ele exigiu em uma voz que era mais um grunhido do que uma palavra.

Seus quadris empurraram. Seu dedo deslizou.

A mão de Ace bateu na parte de trás da minha cabeça, enfiando meu rosto mais fundo nos lençóis, abafando os gritos quando gozei.

As ondas estavam apenas começando a diminuir quando ele bateu fundo, deixando escapar um grunhido que soou completamente primitivo quando gozou.

Eu desabei para frente, respirando instável, plantando uma mão para me virar e compartilhar um sorriso exausto, mas satisfeito com Ace.

Mas quando me virei, esse sorriso congelou e sumiu do meu rosto.

Tudo em mim ficou tenso.

Juro que meu batimento cardíaco parou, então disparou.

Não tinha sido uma alucinação de hipotermia.

Seus olhos tinham estado vermelhos. Eles estiveram brilhando.

Sua língua esteve bifurcada.

Havia chifres forçando um caminho para fora de sua testa. Mas não.

Não, isso não era possível. Eles não existiam.

Era tudo alegoria, certo? Foi isso que fui criada a acreditar. Demônios não eram entidades físicas reais, mas representavam o mal inerente a todos nós que precisávamos combater.

Eles não eram homens vivos, que respiravam e tinham pele. Homens com quem você involuntariamente poderia fazer sexo.

E fazê-los revelarem sua verdadeira forma. Oh, Deus.

Oh, meu Deus.

— Josephine... — Ace começou, estendendo a mão em minha direção, fazendo-me de repente ciente de seus dedos alongados, suas unhas pontudas.

Garras.

Não unhas.

Porque ele não era um maldito humano.

Nem percebi que o grito veio de mim até que Ace se afastou chocado com o som dele.

— Pare, — Ace exigiu, tentando me alcançar novamente. — Não! — Eu gritei, me afastando dele, me jogando da cama. Eu nem pensei.

Não parei para considerar meu melhor movimento.

Apenas corri, completamente nua, pelo corredor, de volta ao quarto de Red, batendo e trancando a porta.

Parei para pegar minhas roupas do chão antes de correr para o banheiro, trancando aquela porta também, não sabendo muito, mas sabendo que queria tantas portas fechadas e trancadas entre nós quanto possível.

Isso presumindo que as portas poderiam parar um demônio. Inferno, pelo que sabia, eles podiam se materializar do nada. De repente, desejei ter prestado muito mais atenção na Escola Dominical quando criança. Pelo menos saberia contra o que estava lutando aqui então.

Meu coração estava martelando contra minha caixa torácica, me deixando genuinamente preocupada com um ataque cardíaco enquanto colocava minhas roupas de volta, olhando para a porta o tempo todo.

Um demônio.

Ele era um demônio. E eu dormi com ele.

— Josephine, — Ace chamou através da porta, a voz suave, quase persuasiva.

Eu não ia responder. O que diria?

O que ele diria? Ele tentaria negar?

Fazer-me desacreditar dos meus próprios olhos? Deus, eu queria desacreditar meus olhos.

Porque os demônios não deveriam existir.

Porque mesmo que existissem, eu não deveria ser capaz de cruzar o caminho de um.

— Oh, Deus. Oh, Deus. Oh, Deus, — choraminguei, caindo na lateral da banheira, pressionando minha cabeça em minhas mãos.

— Você vai ter que sair daí eventualmente, — Ace chamou. Eu tinha certeza de que preferia morrer de fome a ir lá com ele novamente.

O sexo que parecia quase de outro mundo, aparentemente, era.

O maldito inferno.

Meu estômago se sacudiu e revirou, trazendo a bile para cima. Mal consegui chegar ao vaso a tempo, vomitando até que não havia mais nada dentro.

Arrastei-me do chão, assoando o nariz e estendendo a mão para o enxaguante bucal, não querendo me olhar no espelho, mas me forçando também.

Lá estava eu.

Familiar, mas não.

Havia um vazio em meus olhos que nunca tinha visto antes. Além disso, havia a evidência do que acabara de acontecer entre Ace e eu. Meus lábios estavam inchados. Havia uma assadura de barba na lateral do meu pescoço, no meu peito. Eu não suportava olhar mais para baixo ou me virar e ver as marcas de palmadas na minha bunda.

Peguei uma toalha, cobrindo-a com água e sabão e esfregando minhas marcas, deixando-as mais vermelhas, mas sentindo que tinha que limpar os vestígios dele em minha pele.

Foi só depois que desliguei a torneira que ouvi Ace novamente. Acho que pensei que ele poderia ter ido embora.

Mas houve um pequeno baque, algo como uma mão ou uma testa batendo na porta, um suspiro profundo e então seus passos enquanto ele saia do quarto de Red.

A tensão não diminuiu. Era um fio ativo que faiscava em meu organismo, fazendo-me sentir desconfortável em minha própria pele.

Fiquei lá até minhas pernas doerem antes de me virar para o chuveiro, ligando a água para escaldante, em seguida, esfregando cada centímetro da minha pele, tentando lavar e eliminá-lo.

Mas não adiantou.

Ele estava em mim toda. Ele esteve dentro de mim.

Vesti minhas roupas sujas, não querendo sair da segurança da minha porta trancada.

Por fim, a exaustão me fez empilhar todas as toalhas, panos e toalhas de mão na banheira e entrar, caindo em um sono agitado, desconfortavelmente dominado por sonhos com demônios. Sobre um demônio, em particular.

Mas não eram sonhos apropriados sobre o fogo do inferno e almas totalmente escuras.

Ah, não.

Eram outros sonhos.

O tipo que me fez acordar me sentindo carente e enjoada por causa dessa necessidade.

Essa sensação de mal estar se tornou incrivelmente familiar nos dias seguintes. Assim como a maneira como minha mente ia e voltava, tentando aceitar essa nova realidade.

Paraíso. Inferno. Demônios. Talvez... anjos?