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DO DIREITO À PROFISSIONALIZAÇÃO E À

No documento eca comentado murillo digiacomo (páginas 87-92)

PROTEÇÃO NO TRABALHO

[261]

Art. 60. É proibido qualquer trabalho a menores de quatorze anos de idade

[262]

,

salvo na condição de aprendiz.

261 Vide Princípio 9°, segundo parágrafo, da Declaração dos Direitos da Criança, de 1959; art. 32, da Convenção da ONU sobre os Direitos da Criança, de 1989; arts. 402 a 441 do Dec. Lei nº 5.452/1943 - CLT; Lei nº 10.097/2000, que

alterou diversos dos dispositivos da CLT e passou a disciplinar a aprendizagem, e Lei nº 11.180/2005, de 23/09/2005, que alterou os arts. 428 e 433 da CLT, fixando em 24 (vinte e quatro) anos a idade-limite para a aprendizagem. 262 Conforme Emenda Constitucional nº 20/1998 (publ. DOU de 16/12/1998), que

alterou art. 7°, inciso XXXIII, da CF, é proibido qualquer trabalho a menores de

16 (dezesseis) anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de 14 (quatorze)

anos. Assim sendo, a idade mínima para o trabalho regular, constante do presente dispositivo, foi alterada de 14 (quatorze) para 16 (dezesseis) anos. Interessante também observar que a OIT, por ocasião da 90ª reunião da Conferência Internacional do Trabalho, realizada em Genebra, Suíça, em junho de 2002, estabeleceu o dia 12 de junho como o “Dia Mundial Contra o Trabalho

Infantil”, visando alertar e mobilizar a opinião pública mundial contra esta

verdadeira chaga que ceifa a infância e a adolescência (quando não a saúde e a própria vida), de milhões de crianças no Brasil e em todo o mundo. O combate ao trabalho infantil e à exploração do trabalho do adolescente deve ser uma preocupação constante de todos, cabendo aos Conselhos de Direitos da Criança e do Adolescente, juntamente com os Conselhos de Assistência Social e outros Conselhos setoriais e órgãos dos mais diversos setores da administração pública, a elaboração e implementação de políticas públicas que permitam a solução do problema em sua origem, em regra relacionada à situação socioeconômica precária da família e ao baixo nível de escolaridade. Programas como o “Bolsa Família” do Governo Federal (instituído pela Lei nº 10.836/2004 e

regulamentado pelo Decreto nº 5.029/2004), devem ser ampliados e complementados por iniciativas semelhantes dos estados e municípios, que precisam articular suas ações, tal qual preconizado pelo art. 86, do ECA. Cabe aos pais ou responsável (quando necessário com apoio externo, por intermédio dos programas mencionados), o papel de provedores da família, de modo que as crianças e adolescentes possam exercer, em sua plenitude, os direitos

relacionados nos arts. 4º, do ECA e 227, da CF, sem precisarem ingressar precocemente no mercado de trabalho, máxime em atividades que não exigem qualquer qualificação profissional e nem lhes permitirão a desejada ascensão social. Sobre a matéria, vide também a Convenção nº 138/1973 e

Recomendação nº 146/1973, ambas da OIT, que dispõem sobre a Idade Mínima de Admissão ao Emprego e a Portaria SEAS nº 458/2001, que dispõe sobre Programa de Erradicação do Trabalho Infantil. Ainda sobre a matéria, vide Lei nº 11.542/2007, de 12/11/2007, que institui o dia 12 de junho como o “Dia

Nacional de Combate ao Trabalho Infantil”.

Art. 61. A proteção ao trabalho dos adolescentes é regulada por legislação

especial

[263]

, sem prejuízo do disposto nesta Lei.

263 Esta legislação especial não é outra senão a própria CLT (arts. 402 a 441), à qual se agregam outras normas, tanto nacionais (Lei nº 10.097/2000, que alterou diversos dos dispositivos da CLT e passou a disciplinar a aprendizagem; Lei nº 11.180/2005, que alterou os arts. 428 e 433 da CLT; Portaria nº 20/2001, da SIT/TEM, que relaciona as atiidades consideradas perigosas ou insalubres, onde é proibido o trabalho de adolescentes; Instrução Normativa nº 26/2001, da SIT, que baixa instruções para orientação à fiscalização das condições de trabalho no âmbito dos programas de aprendizagem; Instrução Normativa nº 66/2006, de 13/10/2006, da Secretaria de Inspeção no Trabalho - SIT, que dispõe sobre a atuação da Inspeção do Trabalho no combate ao trabalho infantil e proteção ao trabalhador adolescente etc.) quanto internacionais (Convenção nº 138/1973 e Recomendação nº 146/1973, ambas da OIT, que dispõem sobre a Idade Mínima de Admissão ao Emprego; Decreto nº 3.597/2000 - que

OIT, que dispõem sobre a Proibição das Piores Formas de Trabalho Infantil e a Ação Imediata para sua Eliminação etc.).

Art. 62. Considera-se aprendizagem a formação técnico-profissional ministrada

segundo as diretrizes e bases da legislação de educação em vigor

[264]

.

264 Vide arts. 428 a 433, da CLT (com a nova redação dada pelas Leis nºs

10.097/2000 e 11.180/2005); Decreto nº 5.598/2005, de 01/12/2005, que regulamenta a contratação de aprendizes e dá outras providências

(estabelecendo, dentre outras, a definição e os requisitos de validade do contrato de aprendizagem; os aspectos da formação técnico-profissional e das entidades qualificadas em formação técnico-profissional metódica; os direitos trabalhistas, as obrigações acessórias e a obrigatoriedade da concessão de certificado de qualificação profissional da aprendizagem, ao término do programa respectivo e Portaria MTE nº 615/2007, de 13/12/2007. Vide também arts. 2º,

in fine, 27, inciso III, 28, inciso III, 36, §4º e 39 a 42, da LDB. Nem todas as

atividades comportam aprendizagem, mas sim apenas aquelas que, como mencionado no dispositivo, demandam a formação técnico-profissional. A aprendizagem será ministrada a pessoas entre 14 (quatorze) e 24 (vinte e quatro) anos, pelas entidades que compõem os “Serviços Nacionais de Aprendizagem”, o chamado “Sistema S” (SENAI, SENAC, SENAR e SENAT) ou, na forma do disposto no art. 430, incisos I e II, da CLT, pelas Escolas Técnicas e entidades sem fins lucrativos, devidamente registradas no Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (cf. art. 91, caput, do ECA). Pressupõe a existência de um curso ou programa de aprendizagem, que evidencie seu caráter educativo-profissionalizante, em detrimento da produção (vide art. 428,

caput e §§1º e 4º, da CLT). Os estabelecimentos de qualquer natureza são

obrigados a empregar e matricular nos cursos dos Serviços Nacionais de Aprendizagem número de aprendizes equivalente a 05% (cinco por cento), no mínimo, e 15% (quinze por cento), no máximo, dos trabalhadores existentes em cada estabelecimento, cujas funções demandem formação profissional (art. 429,

caput, da CLT). Na hipótese de os Serviços Nacionais de Aprendizagem não

oferecerem cursos ou vagas suficientes para atender à demanda dos

estabelecimentos, esta poderá ser suprida por outras entidades qualificadas em formação técnico-profissional metódica, notadamente as Escolas Técnicas de Educação e as entidades sem fins lucrativos, que tenham por objetivo a assistência ao adolescente e à educação profissional, registradas no Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (cf. art. 430, da CLT). O contrato de aprendizagem, na forma da lei, tem uma duração máxima de 02 (dois) anos (cf. art. 428, §3º, da CLT). Vide ainda a Lei nº 11.180/2005, de 23/09/2005, que instituiu o Projeto Escola de Fábrica, autorizou a concessão de bolsas de permanência a estudantes beneficiários do Programa Universidade para Todos - PROUNI, instituiu o Programa de Educação Tutorial - PET e deu outras providências. Por fim, vide Decreto nº 6.633/2008, de 05/11/2008, que altera e acresce dispositivos ao Regulamento do Serviço Nacional de

Aprendizagem Comercial - SENAC, aprovado pelo Decreto nº 61.843/1967, de 05/12/1967, garantindo, dentre outras, a oferta de vagas gratuitas em

aprendizagem, formação inicial e continuada e em educação profissional técnica de nível médio, a pessoas de baixa renda, na condição de alunos matriculados ou egressos da educação básica, e a trabalhadores, empregados ou

desempregados, tendo prioridade no atendimento aqueles que satisfizerem as condições de aluno e de trabalhador, para o que o SENAC deverá comprometer dois terços de sua Receita de Contribuição Compulsória Líquida, e também altera e acresce dispositivos ao Regimento do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - SENAI, aprovado pelo Decreto nº 494/1962, de 10/01/1962, estabelecendo, dentre outras, que os órgãos do SENAI destinarão em seus orçamentos anuais parcela de suas receitas líquidas da contribuição compulsória

geral à gratuidade em cursos e programas de educação profissional, observadas as diretrizes e regras estabelecidas pelo Conselho Nacional, sendo que as vagas gratuitas deverão ser destinadas a pessoas de baixa renda, preferencialmente, trabalhador, empregado ou desempregado, matriculado ou que tenha concluído a educação básica. A não contratação de aprendizes viola o direito fundamental à profissionalização de adolescentes e, na forma do disposto nos arts. 5º, 208 e 212, do ECA, dá margem não apenas à propositura de ação civil pública com obrigação de fazer, no sentido de compelir o empregador ao cumprimento da lei, mas também à sua condenação por dano moral coletivo, valendo neste sentido transcrever o seguinte aresto: CONTRATAÇÃO DE APRENDIZ. OBRIGAÇÃO

LEGAL. DESCUMPRIMENTO. DANOS MORAIS COLETIVOS. O descumprimento da obrigação de contratar aprendizes implica lesão a um número indeterminado de menores, não identificáveis, que poderiam ser contratados como aprendizes nos estabelecimentos do réu, além de provocar prejuízo à sociedade como um todo, que tem total interesse na profissionalização dos jovens brasileiros. Logo, responde por danos morais coletivos o empregador que não observa a responsabilidade atribuída pelo art. 429 da CLT c/c o art. 227 da CR. (TRT-3ª

Reg. 5ª T. Ac. nº 00518-2008-022-03-00-0 RO. Rel. Des. José Murilo de Morais. J. em 27/01/2009).

Art. 63. A formação técnico-profissional obedecerá aos seguintes princípios:

I - garantia de acesso e frequência obrigatória ao ensino regular

[265]

;

II - atividade compatível com o desenvolvimento do adolescente

[266]

;

III - horário especial para o exercício das atividades

[267]

.

265 Vide art. 227, §3º, inciso III, da CF e art. 403, par. único, in fine, 424, 426, 427, 428, §1º e 433, inciso III, da CLT. O adolescente aprendiz deve estar

matriculado ou já ter concluído o ensino fundamental. A “ausência injustificada à

escola que implique perda do ano letivo” é inclusive considerada justa causa

para rescisão do contrato de aprendizagem (cf. art. 433, inciso III, da CLT). 266 Vide art. 69, inciso I, do ECA e art. 431, da CLT.

267 Vide art. 67, inciso I, do ECA e art. 432, da CLT.

Art. 64. Ao adolescente até quatorze anos de idade é assegurada bolsa de

aprendizagem

[268]

.

268 O dispositivo em questão foi revogado pelo art. 7º, inciso XXXIII, da CF, com a nova redação que lhe deu a Emenda Constitucional nº 20/1998. Atualmente não

mais é permitido o trabalho de adolescentes com idade inferior a 14 (quatorze) anos na condição de aprendiz. Somente após esta idade é possível firmar

contrato de aprendizagem, e em qualquer caso, de acordo com o art. 448, §2º, da CLT, “ao menor aprendiz, salvo condição mais favorável, será garantido o

salário mínimo hora”.

Art. 65. Ao adolescente aprendiz, maior de quatorze anos, são assegurados os

direitos trabalhistas e previdenciários

[269]

.

269 Vide arts. 7º e 227, §3º, inciso II, da CF.

Art. 66. Ao adolescente portador de deficiência é assegurado trabalho

protegido

[270]

.

270 Vide arts. 7º, inciso XXXI, 37, inciso VIII e 227, §1º, inciso II, da CF e arts. 34 a 45, do Decreto nº 3.298/1999, que dispõe sobre a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência.

Art. 67. Ao adolescente empregado, aprendiz, em regime familiar de

trabalho

[271]

, aluno de escola técnica, assistido em entidade governamental ou

não-governamental, é vedado trabalho

[272]

:

I - noturno, realizado entre as vinte e duas horas de um dia e as cinco horas do dia

seguinte

[273]

;

II - perigoso, insalubre ou penoso

[274]

;

III - realizado em locais prejudiciais à sua formação e ao seu desenvolvimento

físico, psíquico, moral e social

[275]

;

IV - realizado em horários e locais que não permitam a frequência à escola

[276]

.

271 As atividades proibidas aos adolescentes são obviamente estendidas às crianças

(que não podem realizar qualquer atividade laborativa), mesmo quando em regime de economia familiar de trabalho, sendo certo que, na forma do disposto no art. 136, do Código Penal, constitui crime de maus-tratos: “expor a perigo a

vida e a saúde de pessoa sob sua autoridade, guarda ou vigilância, para fim de educação, ensino, tratamento ou custódia, quer privando-a de alimentação ou cuidados indispensáveis, quer sujeitando-a a trabalho excessivo ou inadequado, quer abusando dos meios de correção ou disciplina” (grifamos).

272 Vide art. 32, da Convenção da ONU sobre os Direitos da Criança, de 1989 e Convenção nº 138/1973, da OIT, de cujo art. 3º, se extrai: “não será inferior a

dezoito anos a idade mínima para admissão a qualquer tipo de emprego ou trabalho que, por sua natureza ou circunstâncias em que for executado, possa prejudicar a saúde, a segurança e a moral do jovem”. Vide também o disposto

na Convenção nº 182/1999, da OIT, que trata da proibição das piores formas de trabalho infantil e ação imediata para sua eliminação, aprovada pelo Dec. Legislativo nº 178/1999, de 14/12/1999, e promulgada pelo Decreto nº 3.597/2000, de 12/09/2000 e Decreto nº 6.481/2008, de 12/06/2008, que Regulamenta os artigos 3º, alínea “d”, e 4º desta Convenção. As vedações, por estarem relacionadas à idade, e não à capacidade civil, se estendem mesmo ao adolescente emancipado. Vide também comentários ao art. 2º, caput, do ECA. 273 Vide art. 404, da CLT.

274 Vide arts. 189 a 197 e 405, inciso I, da CLT e art. 3º, da Convenção nº 138/1973, da OIT. As atividades consideradas perigosas ou insalubres (e que, portanto, são proibidas para qualquer adolescente), são relacionadas por intermédio de portaria da Secretaria de Inspeção do Trabalho - SIT e do Departamento de Segurança e Saúde do Trabalhador - DSST, do Ministério do Trabalho (estando atualmente em vigor a Portaria nº 20/2001, de 13/09/2001). 275 Vide arts. 405, inciso II e §3º, 407 e 408, da CLT; arts. 17 e 18, do ECA e art.

3º, da Convenção nº 138/1973, da OIT.

276 Vide art. 403, par. único, da CLT. O adolescente trabalhador, com mais de 16 (dezesseis) anos, que não esteja matriculado em curso ou programa de aprendizagem, não precisa estar matriculado na escola para exercer a atividade laboral regular, máxime se já concluiu o ensino fundamental. A obrigação de matrícula e frequência à escola, no entanto, podem ser estabelecidas a título de medida de proteção, aplicada pelo Conselho Tutelar ou autoridade judiciária (conforme art. 136, incisos I e II c/c arts. 101, inciso III e 129, inciso V e art. 262, do ECA). O que se proíbe é o exercício de atividade em condições de tempo e lugar que impeçam a frequência à escola, em especial quando for esta

obrigatória (no caso de aprendizagem de adolescente que ainda não concluiu o ensino fundamental), ou quando o adolescente, ainda que desobrigado (por já ter concluído o ensino fundamental), demonstre interesse em continuar

estudando. É vedado, portanto, o trabalho em locais isolados, sem escolas próximas e/ou acesso aos meios de transporte. O art. 407, inciso VI, da CLT, no entanto, estabelece como condição para expedição da Carteira de Trabalho e Previdência Social - CTPS, a “prova de saber ler, escrever e contar”, sendo que de modo a estimular ao menos a alfabetização do adolescente trabalhador, o art. 419, também da CLT, prevê que “se o menor for analfabeto ou não estiver

devidamente alfabetizado, a carteira só será emitida pelo prazo de um ano, mediante a apresentação de um certificado ou atestado de matrícula e frequência em escola primária”.

Art. 68. O programa social que tenha por base o trabalho educativo, sob

responsabilidade de entidade governamental ou não-governamental sem fins

lucrativos, deverá assegurar ao adolescente que dele participe condições de

capacitação para o exercício de atividade regular remunerada

[277]

.

§ 1º. Entende-se por trabalho educativo a atividade laboral em que as exigências

pedagógicas relativas ao desenvolvimento pessoal e social do educando

prevalecem sobre o aspecto produtivo.

§ 2º. A remuneração que o adolescente recebe pelo trabalho efetuado ou a

participação na venda dos produtos de seu trabalho não desfigura o caráter

educativo.

277 O presente dispositivo, na verdade, jamais entrou em vigor, posto que o chamado “trabalho educativo” nunca foi devidamente regulamentado. Pode-se dizer, contudo, que grande parte desta lacuna foi sanada pelas disposições contidas na Lei nº 10.097/2000, que permitiu às entidades não governamentais, sem fins lucrativos, o desenvolvimento de programas de aprendizagem.

Art. 69. O adolescente tem direito à profissionalização e à proteção no

trabalho

[278]

, observados os seguintes aspectos, entre outros:

I - respeito à condição peculiar de pessoa em desenvolvimento

[279]

;

II - capacitação profissional adequada ao mercado de trabalho

[280]

.

278 Vide art. 227, caput e §3º, incisos I, II e III da CF; arts. 4º, caput, 61 e 65, do ECA e arts. 402 a 441, da CLT.

279 Vide arts. 6º e 63, inciso II, do ECA. O adolescente não pode ser considerado um “adulto em miniatura”. Estudos científicos demonstram que o trabalho precoce e inadequado é extremamente prejudicial à formação física e mental do

adolescente, além de também prejudicar sua formação escolar e acarretar danos à sua saúde, tanto a curto quanto a médio/longo prazos. O adolescente é mais vulnerável a doenças profissionais e do trabalho, por não ter muitos de seus órgãos e defesas imunológicas completamente formados, havendo também maior risco de ser vítima de acidentes do trabalho, por diversos fatores bio- psicológicos. Assim, o combate ao trabalho precoce e/ou inadequado de adolescentes deve ser uma preocupação de todos (cf. arts. 18 e 70, do ECA). 280 Vide arts. 428 a 433, da CLT (com a nova redação dada pela Lei nº

10.097/2000), bem como demais disposições acima referidas sobre a aprendizagem.

TÍTULO III - DA PREVENÇÃO [281]

No documento eca comentado murillo digiacomo (páginas 87-92)