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2 O PERCURSO HISTÓRICO DO CURSO LIVRE

2.4 O CURSO LIVRE DA ESCOLA DE TEATRO

2.4.4 Do XVI ao XX Curso Livre

O ano de 2000 marcou o início das atividades do XVI Curso Livre da Escola de Teatro

da UFBA. A queda nas realizações dos anos anteriores fez com que a Escola de Teatro da

UFBA procurasse um profissional de peso para condução da décima sexta turma. O professor Raimundo Matos de Leão foi o escolhido. Arte educador, diretor teatral, dramaturgo e ator formado pela Escola de Teatro da UFBA no início dos anos setenta, Raimundo estava radicado nos últimos 25 anos em São Paulo, mas retornara à Bahia nesse período.

41 Sitorne Estúdio de Artes Cênicas é um centro de ensino, discussão e pesquisa da arte do ator. Sob direção da atriz e diretora Teresa Costalima, a escola foi fundada em 1995 em Salvador/BA.

A turma não apresentou os problemas das últimas duas edições, chegando ao final do curso com praticamente o mesmo grupo que havia começado. A mostra do meio de curso foi um processo com base em improvisações e colagem de cenas denominada Exercícios

Cênicos, sendo dirigida por Raimundo Matos de Leão. A montagem estreou no Teatro Martim

Gonçalves e teve sua temporada do dia trinta de agosto ao dia três de setembro de 2000. Na ficha técnica da montagem, vale destacar a presença de Luciano Bahia (trilha sonora), Rino Carvalho (figurino e maquiagem) e Renata Duarte (iluminação).

A montagem de conclusão do curso foi Píramo e Tisbe, um texto de Vladimir Capella, sob a direção de Raimundo Mattos de Leão. A peça ficou em cartaz por três fins de semana no Teatro Espaço Xis, de vinte e quatro de janeiro a onze de fevereiro de 2001. Na ficha técnica, destacam-se os nomes de Rino Carvalho (figurino e espaço cênico), Renata Duarte (iluminação) e Luciano Bahia (direção musical e trilha sonora).

O corpo docente dessa edição foi composto pelos professores Marilda Santana (dicção), Marta Saback (corpo), Jorge Gaspari (história do teatro), Raimundo Mattos de Leão (interpretação e análise de texto) e Hebe Alves (coordenação).

Os anos seguintes marcam o retorno definitivo do professor Paulo Cunha ao bem sucedido projeto. A partir de 2001, Paulo Cunha vem dirigindo os espetáculos de conclusão do Curso Livre – salvo, nas turmas de 2006 e 2007 – e sendo o coordenador administrativo do projeto desde então.

No ano de 2001, começa o XVII Curso Livre da Escola de Teatro da UFBA. Novamente peço licença para destacar esta edição, também de especial importância para mim, pois foi nela que iniciei minha atividade como professor do Curso Livre. Por conta de um impedimento da professora Cleise Mendes, o professor Paulo Cunha convidou-me para integrar o corpo docente desta edição. Corpo docente este que foi formado pelos professores Paulo Cunha (improvisação, interpretação e coordenação), Marta Saback (expressão corporal), Marilda Santana e Cláudia Sisan (canto e expressão vocal), Pedro Henriques (análise de texto) e Jesus Vivas (maquiagem e caracterização).

A mostra cênica do meio de curso foi O Pão Nosso de Cada Dia, colagem de diversos autores, com roteiro e direção de Paulo Cunha. A montagem estreou na Sala 5 da Escola de Teatro da UFBA e teve sua temporada do dia quatorze ao dia vinte e três de setembro de 2001. Na ficha técnica da montagem, vale destacar o trabalho de Marilda Santana e Cláudia Sisan nos arranjos musicais e as coreografias de Marta Saback.

O espetáculo de conclusão foi A Farsa Veríssima, direção e adaptação de Paulo Cunha para os contos de Luis Fernando Verissimo. A montagem aconteceu na Sala 5 da Escola de Teatro, por conta da reforma do Teatro Martim Gonçalves. A peça estreou no dia onze de julho e a temporada seguiu até onze de agosto de 2002. Além de fazer assistência de direção, também estive presente no elenco da montagem. No espetáculo de conclusão de curso, destacamos o cenário e a trilha sonora do próprio Paulo Cunha, a maquiagem de Jesus Vivas e o figurino de Rino Carvalho.

Em 2002, começou o XVIII Curso Livre da Escola de Teatro da UFBA. O corpo docente deste ano foi praticamente mantido e era formado pelos professores Paulo Cunha (improvisação, interpretação e coordenação), Marta Saback (expressão corporal), Pedro Henriques (análise de texto) e Ana Ribeiro (expressão vocal).

Esta edição apresentou um fato especial, pois o mesmo texto dramático trabalhado para a mostra do meio do curso foi intensificado e remontado no espetáculo de conclusão. Tratou-se de O Beijo no Asfalto de Nelson Rodrigues, sob a direção de Paulo Cunha. A mostra cênica foi apresentada na Sala 5 da Escola de Teatro da UFBA, entre os dias quatorze e dezenove de janeiro de 2003.

Já o espetáculo de encerramento do XVIII Curso Livre de Teatro teve sua temporada realizada também na Sala 5 da Escola de Teatro – por conta da reforma no Teatro Martim Gonçalves. As apresentações ocorreram entre os dias dezessete de maio a oito de junho de 2003. O espetáculo teve ótima acolhida de público e crítica e devido ao grande sucesso, a peça voltou a cartaz novamente no mesmo local, de vinte e oito de junho a seis de julho de 2003.

As realizações de O Beijo no Asfalto não pararam por aí. O espetáculo foi selecionado para o projeto V Mercado Cultural 2003, realizando na mesma Sala 5, apresentação no dia cinco de dezembro de 2003. Logo depois, foi também selecionado para o projeto Teatro

Baiano Emoção ao Vivo da Secretaria de Cultura e Turismo da Bahia, realizando temporada

no Teatro Espaço Xisto Bahia, no período de seis de maio a treze de junho de 2004.

Além de todos esses méritos, O Beijo no Asfalto ainda teve outro maior. O espetáculo arrebatou o Prêmio Brasken de Teatro na categoria melhor direção, recebido por Paulo Cunha. Foi a justa consagração ao diretor que tanto se dedicou ao projeto, comemorada efusivamente por todas as “crias” do Curso Livre.

uma montagem rodrigueana de Paulo Cunha, Otto Lara Rezende ou Bonitinha, mas

Ordinária. O corpo docente desta edição novamente foi praticamente mantido, sendo formado

pelos professores Paulo Cunha (improvisação, interpretação e coordenação), Marta Saback (expressão corporal), Pedro Henriques (análise de texto) e Jorge Gaspari (fundamentos da arte teatral).

A mostra cênica do meio de curso desta décima nona edição foi Pode ser que seja só o

leiteiro lá fora, trechos selecionados do texto de Caio Fernando Abreu, dirigidos por Paulo

Cunha. A montagem estreou na Sala 5 da Escola de Teatro da UFBA e teve sua temporada do dia dezesseis ao dia vinte e um de dezembro de 2003. Na equipe técnica da montagem, destaca-se o trabalho de Beto Laplane, figurinista e maquiador.

O espetáculo de conclusão Bonitinha, mas Ordinária aconteceu no Teatro Martim Gonçalves, em plena reforma. A temporada foi do dia vinte e seis de agosto a dezenove de setembro de 2004. O teatro não estava pronto, mas o Curso Livre “invadiu” – devidamente autorizado – um espaço totalmente desprovido de condições técnicas para um espetáculo. Na época, eram quatro anos do teatro parado, em obras de reconstrução, que mantinham o teatro sem utilização. A montagem aproveitou isto na estética oferecida e numa metáfora maravilhosa ligada à proposta do próprio projeto Curso Livre. Chamava-se a atenção para o próprio teatro, imprescindível, numa instituição de ensino como a Escola de Teatro da UFBA.

Na montagem, vale destacar a trilha sonora e a cenografia de Paulo Cunha que utilizou o espaço em construção, tanto na platéia como no palco. Na equipe técnica da montagem, novamente destaca-se o trabalho de Beto Laplane (máscaras, maquiagem e figurino).

Outro dado curioso foi o alto nível de evasão desta edição. O XIX Curso Livre teve a maior evasão de toda a história, com apenas oito alunas concluintes integrando a montagem final. O elenco masculino da peça foi todo formado por atores convidados. Além disto, a montagem revelaria outra surpresa: Paulo Cunha integrava o elenco em participação especial.

No ano de 2004, começa o XX Curso Livre da Escola de Teatro da UFBA. Novamente um novo curso se iniciava enquanto o anterior ainda terminava seus ensaios e realizava temporada. Esta edição contou, então, com duas fases: a primeira dirigida pelo professor Pedro Henriques e a segunda dirigida pelo professor Paulo Cunha. Neste ano, conduzi pela primeira vez as disciplinas de interpretação e improvisação no curso.

O corpo docente desta edição foi formado pelos seguintes professores: Marta Saback (preparação corporal), Paulo Cunha (análise de texto, fundamentos da arte teatral,

interpretação e coordenação), Pedro Henriques (improvisação e interpretação), Juliana Rangel e Luciana Liege (preparação vocal).

A mostra cênica do meio de curso foi uma adaptação de contos de Nelson Rodrigues denominada Pouco Amor não é Amor, com adaptação e direção de Pedro Henriques (minha primeira montagem de Curso Livre). A peça estreou na Sala 5 da Escola de Teatro da UFBA no dia vinte e sete de outubro de 2004 e encerrou sua temporada no dia sete de novembro de 2004. Na equipe técnica da montagem, destacam-se Marta Saback (co-direção), Luciana Liege (iluminação) e Manuela Rodrigues (orientação para canto).

O espetáculo de conclusão foi Boca de Ouro, de Nelson Rodrigues, sob a direção de Paulo Cunha, com temporada acontecendo de cinco a vinte e dois de maio de 2005 no Teatro Martim Gonçalves. Novamente, o Curso Livre adentrava as dependências do Teatro Martim Gonçalves que se mantinha em reforma. Todo o espetáculo acontecia no palco do teatro, onde foi construída uma arquibancada em formato de arena para receber o público.

Concluindo esse período que vai da décima sexta à vigésima edição do Curso Livre na Escola de Teatro, novamente, serão citados os alunos formados nessa etapa que seguiram na atividade teatral profissionalmente. Destacam-se os nomes de: Nelito Reis, Uirá Iracema, Lycia Pestana e Márcia Fraga Lima (XVI CL – 2000); Bernardo D'el Rey, Eva Kowalska, Gizela Mascarenhas, Margareth Xavier, Neiva Cristtall, João Paranhos, Osvaldice Conceição, Simone Brault e Viviane Marques (XVII CL – 2001); Bruno Neves, Danilo Rebouças, Val Perré, Klleper Reis, Luisa Prosérpio, Juliana Zacharias (novamente) e Rita Leone (XVIII CL – 2002); Adriana Mandy, Camilla Sarno e Juliana Bebé (XIX CL – 2003); Jefferson Oliveira, Manuela Rodrigues, Norma Santana, Líria Morays, Ricardo Fraga, Laura Franco e Genifer Gerhardt (XX CL – 2004).