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3. A TERRA DE MAKUNAIMA

3.7 Educação em Roraima

3.7.3 Ensino Superior em Roraima

Um dos aspectos que entendemos ter impactado na maneira como se desenvolveu a Educação Especial em Roraima é o processo como se (não) desenvolve o ensino superior em Roraima. Ainda hoje, algumas das áreas de formação profissional que tendem a compor as equipes multiprofissionais especializadas não existem nas universidades ou faculdades locais e os cursos implantados têm, de maneira geral, uma chegada bastante tardia em relação ao restante do país.

A instalação da UFRR só se consolida a partir de 1990. As primeiras faculdades particulares chegam após 2000 e, das áreas clínico-terapêuticas tradicionalmente associadas à Educação Especial como a Fonoaudiologia, Fisioterapia, Terapia Ocupacional e Psicologia apenas esta última é oferecida no sistema federal. No mais, apenas a Fisioterapia, cuja primeira turma recentemente concluiu sua formação.

Até final da década de 1960, todos os que quisessem cursar o ensino superior deveriam deslocar-se a outros Estados da Federação. Profissionais de campos específicos que demandavam formação em nível superior eram normalmente recrutados fora e para cá trazidos já qualificados com missões específicas.

Nos primórdios da década de 1970, um convênio do Governo Territorial com a Universidade do Amazonas oportuniza a realização de cursos de suplência para os professores do ensino de 1º e 2º graus nas áreas de Comunicação e Expressão, Matemática, Ciências Físicas e Biológicas, História e Geografia (RORAIMA, 2006). A tônica na formação de professores irá acompanhar o processo de implantação do ensino superior em Roraima,

repetindo-se em todas as demais iniciativas que se estabelecem tendo a lógica da docência como demanda inicial.

Seguindo a lógica de ocupação do Governo Territorial, conduzido pelos militares da Aeronáutica, na perspectiva anteriormente citada do “Integrar para não entregar”, ocorre a instalação, em 01 de agosto de 196945 , de um Campus Avançado da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), também com a oferta de cursos destinados à formação de professores. Eram cursos que funcionavam em regime especial, com aulas intensivas nos períodos de férias e recessos escolares.

Para os estudantes que desejassem formação em áreas diversas dessas, foram instaladas casas de estudante em Belém e em Manaus. Há registros, como os de Freitas (1993) e Santos (2004), da existência de bolsas de estudo via SUDAM e outras formas de apoio financeiro a estudantes roraimenses aprovados em outras universidades. Além disso, algumas universidades federais,, como a própria Universidade Federal de Santa Maria e a Universidade Federal do Ceará (RORAIMA, 2006), aqui realizaram processos seletivos de ingresso na modalidade vestibular e, quando aprovados, os alunos recebiam apoio governamental na forma de bolsas de estudos para instalação no estado sede da universidade.

Outros convênios foram sendo efetivados pelo governo do Território Federal com universidades, como a Federal de Pernambuco e a Federal do Pará e há iniciativas no sentido de se constituir a Fundação de Educação, Ciência e Cultura de Roraima (FECEC), órgão que se projetava como embrionário para a constituição de uma futura universidade local.

Em 12 de setembro de 1985, a Lei Federal 7.364 autoriza a criação da Universidade Federal de Roraima, mas esta só se efetiva a partir do Decreto Federal 98.127/88 que dispõe sobre a instituição da Universidade como Fundação Pública. Este Decreto, da lavra do Presidente José Sarney foi, no relato do Senador Mozarildo Cavalcanti, parte das negociações que envolveram a votação favorável da bancada federal roraimense à proposta de extensão do mandato presidencial de quatro para cinco anos, naquela ocasião e veio associada a um pacote de medidas e iniciativas que asseguraram sua efetiva implantação e início de atividades.

Mas, é a ampliação de ações do campus avançado da UFSM e dos “rondonistas” a ela associados, ocorrida na década de 1970, que efetivamente intervirá na constituição dos serviços especializados da Educação Especial.

45 Consideramos aqui as datas indicadas no site da Universidade Federal de Santa Maria, acessível em

São muitas as profissionais envolvidas com a educação e com a educação especial em particular, que tiveram sua graduação em Estudos Sociais, Letras ou Pedagogia nos cursos presenciais que a UFSM aqui oferecia em caráter especial.

A professora Maria Mirna Souto Maior Sarah, em sua entrevista, ao referir-se à sua própria condição física, como pessoa que teve paralisia infantil aos dois anos de idade, se refere a uma disciplina ministrada no curso de Pedagogia que, em seu entendimento constituiu-se num divisor de águas em sua formação:

“Deu a disciplina Psicopatologia do Excepcional, na faculdade de Pedagogia da extensão da Universidade de Santa Maria. Eu gostei da disciplina e da professora. Aí quando a Maria Antonia [Melo Cabral] entrou para Secretaria de Educação, já sabia que eu gostava, e me chamou para assumir a Divisão de Educação Especial.”

Vinculado intrinsecamente à filosofia que orientava as ações do Projeto Rondon, estava a realização de atividades de colaboração com as populações da comunidade atendida, atividades estas realizadas por estagiários dos mais variados cursos, como os de Fonoaudiologia, Fisioterapia, Educação Física e Psicologia, que se deslocavam a Boa Vista para a realização de estágios nos momentos finais do curso.

Essa atuação dos estagiários surge frequentemente nas entrevistas realizadas com os profissionais do então embrionário serviço de Educação Especial, não só pelo trabalho que aqui desenvolvem , mas também porque alguns destes estagiários serão convidados a retornar ao território quando formados, para assumirem postos de trabalho nos diferentes espaços públicos em implantação, o que efetivamente ocorria. No exemplo apresentado pela professora Maria Mirna:

“...entrou e foi embora, o Alves que era o fisioterapeuta. Até fisioterapeuta a gente conseguiu pelo projeto Rondon. Ele veio terminando o curso dele, para estagiar aqui e a gente já acertou e ele veio quando terminou o curso dele.”

Parte expressiva dos serviços se estabeleceu com a colaboração de fonoaudiólogos, fisioterapeutas, psicólogos e educadores físicos que aqui estiveram estagiando e que retornaram à Boa Vista depois de concluída a formação, vindo a integrar as equipes técnicas e gestoras da Educação Especial. Um exemplo dessa situação, é o caso da professora Rosana Magalhães, também participante em nosso trabalho de pesquisa, com papel expressivo na implantação de serviços relacionados à audiocomunicação.

Há que se considerar, ainda, que a UFSM era uma instituição já com tradição no campo da Educação Especial, que ofertava cursos de extensão na área desde o ano de 1962, cursos estes que vieram a ser transformados em Cursos de Estudos Adicionais, em 1964 e em Habilitação, no âmbito do curso de Pedagogia, em 1974. Já em 1976, efetiva-se a criação do Curso de Educação Especial, na forma de Licenciatura Curta, destinado à formação de professores para deficientes mentais 46 . Não encontramos, entretanto, registros da transferência – naquele período - de Licenciados em Educação Especial da UFSM para Roraima.

Outra interferência dessa presença dos estagiários da UFSM, que perpassa o relato dos professores entrevistados, é que estes passam a aguardar as ações e orientações desses profissionais, na expectativa de que estes apresentem caminhos definidores do seu trabalho como docentes. Se considerarmos o fato de que, como terapeutas e clínicos de campos diversos, era sob esta lógica que orientariam os professores, pode-se identificar a forma como se inicia a perversa lógica de substituir a atividade pedagógica, até então feita por professores capacitados para o exercício da docência, por tentativas de aplicação de atividades terapêuticas para as quais os professores não estavam efetivamente qualificados, recebendo apenas instruções aligeiradas e pontuais.

Apesar desse encaminhamento no sentido da construção de práticas clínico- terapêuticas, o volume de profissionais de formação nestas áreas que se deslocaram a Roraima, sejam vindos de Santa Maria ou de outras localidades, foram sempre em quantidade reduzida em relação à demanda local, não gerando uma pressão pela criação de novos postos de trabalho além dos já existentes nas secretarias de educação e saúde ou consultórios particulares. Ainda na atualidade, poucos são os profissionais associados aos atendimentos terapêuticos em Educação Especial que podem obter sua formação no próprio Estado de Roraima47.

46 As informações relativas à constituição do curso de Licenciatura em Educação Especial encontram-se

disponíveis no site da Universidade Federal de Santa Maria <http://coralx.ufsm.br/revce/ceesp/2002/02/editorial.htm>

47

O Curso de Psicologia iniciou-se na UFRR em 2006. Há cursos de Psicologia e Fisioterapia oferecidos em faculdades particulares, mas ainda não se registra qualquer iniciativa nos campos da Fonoaudiologia ou Terapia Ocupacional .

No âmbito da Pós-Graduação inicialmente se buscou oferecer cursos que possibilitassem a formação local de docentes aptos a protagonizarem a implantação de cursos de ensino superior. Como relata a professora Maria Antonia Melo Cabral:

“Funcionava esse convênio com a Universidade Federal do Ceará que a gente trouxe essa Especialização, para começar a formar o pessoal em Metodologia do Ensino Superior. Na primeira turma participou a Ilma Xaud, eu, o Laymerie (Ramos). Era uma Especialização em Metodologia do

Ensino Superior. Porque a intenção era de encaminhar a implantação dos cursos de ensino superior via essa Fundação de Educação Ciência e Cultura, a FECEC.

Além deste, cursos de Pós-Graduação Lato Sensu foram experiências raras e limitadas que só vieram a expandir-se ao final dos anos 1990, realizados em sua maioria por empresas privadas de outros estados, e que apresentavam um foco no campo da Educação, em especial a Gestão Escolar e áreas vinculadas à Educação Especial e Psicopedagogia.

4. EDUCAÇÃO ESPECIAL EM RORAIMA:PRIMEIRAS INICIATIVAS DE

CONSTITUIÇÃO DOS SERVIÇOS DOS ANOS 1970 A 1983

A constituição dos serviços de atendimento especializado em Educação Especial em Roraima dá-se, como a maior parte dos serviços sociais que nas terras de Makunaima se desenvolvem, como ação exclusiva da iniciativa governamental. Uma peculiaridade que envolveu esta região desde o início de sua colonização foi a adoção de políticas de ocupação sempre com forte protagonismo das lideranças do momento. Esta política paternalista é fato que pode ser observado em vários momentos históricos, que se estende até a atualidade e se destaca na Educação Especial.

Embora a presença de pessoas com deficiência já aparecesse em relatos do início do século XX, não encontramos registros de ações de atendimento educacional a essas pessoas nos primeiros anos deste período. Parte dos documentos das ordens religiosas que aqui atuaram ainda não se encontram acessíveis aos pesquisadores, podendo, no futuro ocorrer o encontro de fatos novos no tocante a esta situação.

De maneira geral, a presença de pessoas com deficiência entre os povos indígenas – grupo populacional majoritário nesta região no período inicial de ocupação - é, corriqueiramente, no discurso do senso comum, tomada como inexistente. Atribui-se às comunidades indígenas a prática do extermínio dessas pessoas no ato do nascimento. Os dados do Censo Escolar 2010 que anteriormente apresentamos (Tabela 04, p. 78) já nos traz indícios de que esta perspectiva carece de maior investigação.

Se trouxermos nosso olhar para um período anterior, podemos verificar que, nos relatos de Koch-Grünberg (2003) referentes à expedição que realiza entre 1911 e 1913 entre Roraima e o Orinoco, encontramos registros que demarcam a presença de diferentes situações de indígenas com deficiência, um indício da existência de um cotidiano em que outras práticas em relação às pessoas com deficiência se fazem presentes.

Em seu texto, o autor faz referência à informação quanto à existência de dois indígenas da etnia Yekuana albinos. Refere-se ainda a um “Guinaú mudo [que] perdeu a fala quando criança, por causa de uma doença, e só consegue balbuciar alguns sons, mas que são entendidos pelas pessoas que vivem com ele.” (KOCH-GRÜNBERG, 2003, p. 238); a um Xamã cuja mulher, embora cega, realiza várias das atividades cotidianas da tribo (idem, p. 243) e a um Baré mestiço que nasceu sem braços e executa todas as atividades do dia a dia com os dedos dos pés (idem, p. 371).

Em todos estes relatos, um ponto comum é o fato de estas pessoas serem apresentadas como adultos ativos, partícipes da vida da comunidade, envolvidos em atividades produtivas e relacionamentos familiares, apesar de, em outro momento do texto, o autor fazer referências ao fato de não ser comum a atenção e o cuidado com pessoas com deficiência entre os índios e à intenção (não concretizada) da família Baré de matar o menino nascido com deficiência física por entenderem que este seria “filho de um mau espírito” ou Maguari (KOCH- GRÜNBERG, 2003).

Nas entrevistas com as professoras que consideramos pioneiras na realização de processos de educação especial em Roraima, aqui nascidas ou que para cá migraram ainda crianças, encontramos memórias da existência de colegas com limitações físicas, em salas de aula de escolas comuns, na década de 1940. Uma das professoras que se tornaria inclusive uma referência no âmbito da educação especial, tem em seu histórico a paralisia infantil, com perceptível comprometimento em sua mobilidade e seguiu uma trajetória de formação escolar e de convivência social sem maiores restrições. Neste caso, no entanto, os casos que foram relatados, restringem-se a limitações de mobilidade ou amputações sem maiores danos no âmbito cognitivo ou comportamental.

Em relação à educação especial, seu surgimento ocorre no âmbito da Divisão de Educação e Saúde do então Governo Territorial que posteriormente se tornará a Secretaria de Educação e Cultura (SEC). O vínculo inicial destes serviços é o Departamento de Assistência ao Educando, setor responsável pelas ações de assistência no tocante à alimentação, transporte, saúde, fornecimento de material escolar e demais serviços complementares de apoio à permanência dos alunos nos espaços escolares. É nesse Departamento que inicialmente se instala uma Coordenação de Educação Especial.

Os serviços desenvolvidos pela Coordenação de Educação Especial que, posteriormente viria a tornar-se uma Divisão de Educação Especial, já diretamente vinculada à SEC, passam por fases diversas, que acompanham o desenvolvimento e a reformulação de concepções que a própria área atravessa em nosso país. Para melhor compreensão do processo vivenciado, neste trabalho utilizaremos a seguinte periodização:

 Primeiras iniciativas: compreende o período entre os primeiros anos da década de 1970 a 1983 quando são iniciadas as atividades, com o recrutamento da clientela potencial do serviço, a constituição de um corpo inicial de professores e técnicos sem qualificação específica na área ou com qualificação limitada, atuando ainda em espaços improvisados;

 Implantação de serviços especializados: entre 1984 e 1990, na vigência da política de territórios federais, tem-se a construção de espaços especialmente destinados ao atendimento das atividades da Educação Especial e a ênfase na capacitação de equipes tanto com investimento maciço na formação de professores quanto na captação de profissionais de áreas diversas, de forma a compor equipes multiprofissionais qualificadas. Além disso, iniciam-se os processos de categorização da clientela por modalidade de deficiência em espaços diferenciados e se fortalecem as práticas de integração de alunos na rede regular de ensino.

 Estruturação de serviços: de 1991 a 2001, quando vivenciamos a transformação de Roraima em Estado da Federação e a ênfase se dá na busca de construção de práticas pedagógicas, aperfeiçoamento de processos e profissionalização dos serviços em consonância com as práticas preconizadas na Política Nacional de Educação Especial então vigente e em fase de transição entre as perspectivas de Integração e Inclusão de pessoas com deficiência no ensino regular.

Nos documentos aos quais tivemos acesso e nas entrevistas realizadas há um uníssono na afirmativa de que até meados da década de 1970, em Roraima, não existiam quaisquer ações ou instituições destinadas à educação, saúde ou assistência social que considerassem o atendimento específico às pessoas com deficiência, seja na esfera privada, seja na esfera governamental.

Os primeiros registros de ação neste campo ocorrem diretamente vinculados ao sistema responsável pelo gerenciamento da educação ora como iniciativa de seus gestores ora como iniciativa de técnicos atuantes na área. É, no entanto, uma década efervescente para o território:

Em 1970, registra Freitas (1993), em razão das políticas públicas implantadas, Roraima e Boa Vista já apresentavam mudanças visíveis: a capital se transformando em canteiro de obras, com centenas de novas casas e bairros novos, além de um campus universitário da Universidade de Santa Maria, Rio Grande do Sul. Migrantes chegavam a toda hora, em busca de novas oportunidades. Técnicos vinham se incorporar à administração, beneficiados com a gratuidade de moradia, água, luz e transporte urbano, além da saúde pública grandemente melhorada. A população iniciaria um aumento exponencial, superado apenas pelo território de Rondônia...só havia eleição para um deputado federal e para as duas câmaras de vereadores, a da capital e a de Caracaraí. (SANTOS, 2004, p. 134)

Vivia-se o período denominado como a “fase aeronáutica”, (1964 – 1985) em que os governadores indicados para o cargo eram servidores do Ministério da Aeronáutica, normalmente entre seus representantes de alta patente. Freitas (1993, p.160) refere-se a este período como um momento em que a permanência mais longa dos governadores no cargo trouxe a possibilidade de que estes tivessem “maior tempo para organizar, planejar e realizar”. Além disso, a liberação de recursos passa a obedecer a um orçamento-programa e a proceder de fontes diversas de financiamento. Como destaca Santos (2000, p. 12), uma medida fundamental deste período foi,

Incluir os Territórios Federais no Fundo de Participação dos Estados, Distrito Federal e Territórios (FPE) a partir de 1968. Referida transferência constitucional é uma das chaves explicativas da viabilização do modelo de Território Federal, na medida em que assegurou fluxo contínuo, regular e expressivo de recursos destinados ao financiamento das intervenções do Governo Federal no espaço territorial federal.

Outro quadro que se altera significativamente neste período é o da construção de uma infraestrutura de transportes, comunicações e energia. Concretiza-se a conexão terrestre entre Manaus e Boa Vista em 1977 e, a ampliação das despesas por parte do setor público, dirigidas à implantação de uma estrutura de equipamentos administrativos voltados à prestação de serviços de saúde, saneamento, segurança e educação, impulsiona a economia local. No destaque dado por Santos (2004, p. 122), a instabilidade política do Caribe, e a posição geográfica estratégica de Roraima, teriam contribuído para:

Apressar a abertura da BR 174 e deslocar vários contingentes militares para a fronteira com a Guiana e a Venezuela. A seguir, o governo passou a montar em Roraima uma infraestrutura física, com a construção de edifícios públicos e milhares de casas residenciais, mudando o perfil da capital e do território. Essa mudança foi facilitada pela pré-existência de uma estrutura administrativa oriunda do tempo do Estado Novo.

Esta expansão populacional vem acompanhada, evidentemente, da necessidade de ampliação de serviços sociais diversos, em especial os de educação, objetivando a formação de pessoas aptas a contribuir com o desenvolvimento local. Para isso, a estabilidade na condução da administração pública que sob a égide da política militarista tinha o

desenvolvimento como tônica, trouxe importante contribuição. Este é o contexto que apresentaremos a seguir.