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Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais (1920-1933) Maj Int Fábio da Silva Pereira

No documento EsAO Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais (páginas 39-58)

Comandantes

O p rim ei ro com anda nte

Tenente-coronel João Baptista Machado Vieira

* 22/12/1870, no Rio Grande do Sul. Praça na Escola Militar de Porto Alegre (1887). Combateu a Revolta Federalista e a Re

-volta da Armada (1893). Alferes de Artilharia (1893); 2º tenente (1894); 1º tenente (1897); capitão (1905). Comandou o Forte Coimbra e participou da comissão de levantamento das fronteiras no então Estado de Mato Grosso (1908-1910). Major (1915); tenente-coronel (1919). Diretor da Fábrica de Pólvora sem Fumaça em Piquete – SP (1922); coronel (1922). Diretor de cartuchos e artefatos de guerra (1924). Atuou junto aos legalistas nas Revoltas de São Paulo (1924). General de brigada (1928). Chefe da Missão Militar Brasileira na Europa (1928). + 26/2/1949.

Comandou a Escola de 31 de agosto de 1920 a 29 de abril de 1922

Facilitou os primeiros trabalhos da MMF, providenciando recursos materiais aos alunos e ao Corpo de Instrutores Fran

-ceses chefiados pelo coronel Barat. Deixou o legado do trabalho em conjunto entre alunos e instrutores na difusão das doutrinas e dos novos regulamentos do Exército. Exaltou a tenacidade e a harmonia de seus precursores, liderados pelo major Franco Ferreira.

Major José Maria Franco Ferreira

*12/4/1876, na República do Paraguai. Praça no 4º BI e ingresso na Escola Militar da Capital Federal (1891). Combateu a Revolta Federalista e a Revolta da Armada (1893). Alferes de cavalaria (1894); 2º tenente (1894); 1º tenente (1902); capitão (1909); Designado para o 10º Regimento de Hussardos, em Stendal (Alemanha - 1910); major (1918);

tenente-coronel (1920); tenente-coronel (1924); general de brigada (1931); general de divisão (1934). + 17/8/1946.

Comandou a Escola de 8 de abril de 1920 a 30 de agosto de 1920

Nomeado pelo ministro da Guerra para ser o comandante da EsAO com a nobre missão de conduzir os destinos do aperfeiçoamento dos oficiais do Exército Brasileiro, conciliou com maestria a sua vasta experiência adquirida nos combates do início da Primeira República, na sua estada com o Exército alemão e a orientação dos oficiais da Missão Militar Francesa (MMF), que estavam sob a coordenação do general francês Maurice Gustave Gamelin.

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Tenente-coronel José Appolonio da Fontoura Rodrigues

* 9/2/1871, no Rio Grande do Sul. Praça no 3º Regimento de Cavalaria (1890); Cadete de 1ª classe na Escola Militar do Rio Grande do Sul (1890); alferes-aluno de artilharia (1893). Combateu a Revolta Federalista e a Revolta da Armada (1893-1894) a bordo do Vapor Itaipu, com as funções e soldo inerentes aos de aspirante a oficial da Marinha; 2º tenente (1894); 1º tenente (1907); capitão (1909); major (1918); tenente-coronel (1921); designado para a comissão de reavaliação do regulamento

de material bélico (1922); coronel (1923); + 17/2/1936.

Comandou a Escola de 1º de maio de 1922 a 10 de setembro de 1923

Espírito organizador, disciplina, ordem, amor ao trabalho e coragem sempre foram os seus atributos. Louvado diversas vezes pelo ministro da Guerra Setembrino de Carvalho pela competência com que agiu, imprimindo ao estabelecimento que em boa hora dirigiu, a sua ação moralizadora e honesta, por se conservar fiel ao governo por ocasião dos acontecimentos de 4 e 5 de julho de 1922.

Tenente-coronel Carmério Gondim

* 8/2/1877, no Ceará. Praça pela primeira vez no 11º Batalhão de Infantaria, com destino à Escola Militar do Ceará (1892). Cabo (1893). Praça pela segunda vez no 34º Batalhão de Infantaria com destino à Escola Militar do Ceará (1894). Combateu a Revolta Federalista e a Revolta da Armada (1893). 2º sargento (1894); seguiu para concluir os estudos na Escola Militar do Rio Grande do Sul (1897) e na Escola Militar do Brasil (1898). Alferes-aluno (1900); alferes de infantaria (1905); aprovado no Curso de Estado-Maior (Bacharel em Matemática e Ciências Físicas) (1907). Transferido para a arma de engenharia (1908); 1º tenente; trabalhou na Estrada de Ferro Central do Brasil (EFCB) (1908) e no Ministério de Viação e Obras Públicas, para servir como auxiliar de comissão das linhas telegráficas de Mato Grosso ao Amazonas (1909-1910). Capitão (1912); chefe das obras de implantação do Colégio Militar de Barbacena (1912); assumiu o comando do 5º BE (Mato Grosso), depois repassando o comando no mês seguinte ao coronel Cândido Mariano da Silva Rondon, sendo assim, o seu Subcomandante (1915); participou de reformas nos fortes de Coimbra e dos aquartelamentos de Porto Murtinho e Cuia

-bá (1918-1919); major (1920); tenente-coronel (1923); reserva remunerada (1931); coronel (post mortem 1954). + 29/11/1954.

Comandou a Escola de 23 de outubro de 1923 a 14 de fevereiro de 1928

Permaneceu por quatro anos e quatro meses no comando da Escola. Participou diretamente dos esforços para transformar as dependências do 1º Regimento de Artilharia Montada (1º RAM) – atual 15º Regimento de Cavalaria Mecanizado (Escola). Enfrentou dificuldades no início do seu comando por atos coletivos de muitos praças do seu contingente. 1 Esses atos levaram a processos e a condenações de alguns deles. Realizaram-se

grandes serviços de terraplenagem para uniformizar o terreno em frente à Escola. Mais tarde esse local deu origem ao atual jardim e o pátio de formaturas da EsAO. Deixou preparado uma instalação para o ensino do Jogo de Guerra, auxiliado com recursos humanos do 2º Regimento de Infantaria, posto à disposição da EsAO para a organização concreta de uma posição defensiva no terreno. As perturbações da ordem pública, consequentes das revoltas de São Paulo e Norte da República, muito prejudicaram a boa marcha dos traba

-lhos escolares. Passou o comando em situação bem diferente daquela que recebeu: a questão das faltas disciplinares graves, que sucederam frequentemente, estava positivamente resolvida, pois atravessou largos períodos sem repreensão e a “Escola de Adivinhação e Ocultismo” foi transformada em um Estabelecimento de ensino concreto e proveitoso.

1 Ao se encerrar o 1º ano dos trabalhos escolares (1923) e com a minha presença, um oficial aluno, em discurso, perante autoridades e membros da MMF, disse que isto (a EAO, grifo nosso) era uma

Escola de Adivinhação e Ocultismo. Pouco antes, outro oficial aluno tornou-se passível de punição por questões com membros da MMF, ainda. Em consequência da maneira porque se providencio tais emergências, foram solucionadas satisfatoriamente esses casos e mais sete queixas contra mim apresentadas por oficiais, sargentos e um praça. Foram expulsos diversos soldados por incapa

-cidade moral para o serviço do Exército. (Boletim Interno nº 38, de 14/2/1928).

Tenente-coronel Oscar de Almeida

* 12/12/1877, no Rio Grande do Sul. Praça, no 1º Regimento de Cavalaria, Capital Federal (1893). Combateu a Revolta Fede

-ralista e a Revolta da Armada (1893 -1894) a bordo do Vapor Santos. Seguiu para concluir os estudos na Escola Militar do Rio Grande do Sul (1897) e na Escola Militar do Brasil (1898); aspirante a oficial de artilharia (1901); 2º tenente (1907); 1º tenente (1908); participou da Campanha do Contestado (1914-1915); secretário geral da Fábrica de Pólvora sem Fuma

-ça (Piquete - SP) (1915); capitão (1917); major (1923); tenente-coronel (1926); coronel (1929); comandou interinamente a 2ª Brigada de Artilharia (1934). + 7/11/1936.

Comandou a Escola de 7 de março de 1928 a 18 de fevereiro de 1929

Administrou a EsAO, conservando, melhorando e ampliando os resultados das gestões passadas. Trabalhou com harmonia na Direção de Estudos da MMF, chefiada pelo Ten Cel René Corbé.

Coronel Luiz Gonzaga dos Santos Sarahyba

* 21/6/1873 no Rio de Janeiro. Praça na Escola Militar da Capital Federal (1891). Combateu a Revolta Federalista e a Revolta da Armada (1893). Alferes de infantaria (1898); curso de Estado-Maior (1905); 1º tenente (1908); capitão (1913); serviu no Exér

-cito alemão (1915-1916); major (1921); tenente-coronel (1924). Atuou junto aos legalistas nas Revoltas de São Paulo (1924); coronel (1928). + 3/8/1948.

Comandou a Escola de 14 de maio de 1929 a 22 de dezembro de 1930

Procurou em seu comando priorizar o ensino em sinergia com a instrução militar em cumprimento ao regulamento

publicado (Lei de Ensino - 1929). Em consequência, entraram em funcionamento na EAO as aulas das Categorias A e B. São alunos desta Escola tenentes, capitães (Categoria A) e Oficiais Superiores (Categoria B). Dessa forma, a EAO permeou os conhecimentos táticos na maior parte da oficialidade de carreira que ainda não havia passado pelo processo de aperfeiço

-amento militar.

Coronel José Maria Franco Ferreira

O coronel já teve a sua vida militar apresentada no comando anterior.

Comandou a Escola de 23 de dezembro de 1930 a 17 de maio de 1931

Durante o seu breve comando, deu continuidade às atividades em andamento na Escola, decorrentes da nova Lei de Ensino. Nesse sentido, as linhas mestras do ensino orientado pela MMF priorizavam a adaptação às situações inéditas, a exigência do raciocínio para solucionar problemas táticos, o estímulo à flexibilidades de raciocínio e o apoio merito

-crático ao esforço individual do militar no seu autoaperfeiçoamento, apoiados em um método prático e coerente. Deu início ao planejamento das aulas das Categorias A e B no ano de 1931, onde implantou o lema “União, Disciplina e Trabalho”. Inaugurou um conjunto de fotografias históricas alusivas aos 18 do Forte de Copacabana, em particular às ações protagonizadas nessa história por Joaquim Távora em 5 de julho de 1924.

Coronel Alvaro Octávio de Alencastre

* 15/11/1875, no Rio Grande do Sul. Praça no 11º Regimento de Cavalaria, vinculado à Escola Militar do Rio Grande do Sul (1892). Combateu a Revolta Federalista e a Revolta da Armada (1893 - 1894). Alferes-aluno (1899); aspirante a oficial de infantaria (1905); 1º tenente (1905); capitão (1914); major (1920); adido militar do Brasil na Argentina (1920); tenente-coronel (1924); comandante do 28º Batalhão de Caçadores e comandante da Escola de Aviação Militar (1924); tenente-coronel (1927). Um dos fundadores do Instituto de Geografia e História Militar do Brasil (IGHMB) (1936). + 1/2/1945.

Comandou a Escola de 11 de julho de 1931 a 4 de abril de 1933

Os estudos na EsAO foram interrompidos pela eclosão da Revolução Paulista de 1932. Com a extinção da Escola de Aperfeiçoa

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Coronel João Baptista Mascarenhas de Moraes

* 13/11/1883, na Paraíba. Praça na Escola e de Tática do Rio Pardo (1899); transferido para a Escola Militar do Brasil, no Rio de Janeiro (1900); aspirante a oficial de artilharia (1905); 2º tenente (1907); 1º tenente (1910). Trabalhou na comissão de limites entre o Brasil e a Bolívia (1910 – 1914); capitão (1918). Posto à disposição à Embaixada do Brasil nos Países Baixos (1918) - serviu como oficial às ordens do general francês Maurice Gustave Gamelin, que seria chefe da Missão Militar Francesa no Brasil em 1919. Participou ao lado dos legalistas nos acontecimentos de 4 e 5 de julho de 1922 (movimento tenentista). Major (1923). Atuou junto aos legalistas nas Revoltas de São Paulo (1924). Tenente-coronel (1928); presi

-diu a Comissão de Estudos do Regulamento do Serviço de Campanha para a Artilharia (1929); coronel (1931); chefe de gabinete do Departamento de Pessoal da Guerra (1932). Nesse mesmo ano, foi favorável aos paulistas na Revolução Cons

-titucionalista de 1932, fato que o manteve em prisão domiciliar até que o movimento fosse debelado. Comandante da Escola Militar do Realengo (1935-1937), onde atuou ao lado dos legalistas por ocasião da Intentona Comunista de 1935. General de brigada (1937); comandante da 9ª Região Militar (1937); comandante da 1ª Artilharia Divisionária (1938); comandante da 7ª Região Militar (1940); general de divisão (1942); comandante da 2ª Região Militar (1942); nomeado comandante do Teatro de Operações do Mato Grosso - Teatro de Operações “M” - (1943); nomeado em ato secreto por decreto presidencial comandante da 1ª Divisão de

Infantaria Expedicionária (6/12/1943), constituindo-se, assim, o cerne da Força Expedicionária Brasileira (FEB) no Brasil e na Itália, função q u e

exerceu até o final da Segunda Guerra Mundial (1945); comandante do 1º Grupo de Regiões Militares (1946). Passou à reserva remunerada em 1946, sendo promovido a general de exército R/1 em 17/6/1948 e promovido a marechal reformado em 10/12/1951. Retornou ao serviço ativo em 1951 para a função de Inspetor Geral do Exército (1952); chefe do Estado-Maior das Forças Armadas (1953). Retornou à reserva em 1954, participando ativamente da comissão de repatriação dos restos mortais dos combatentes da FEB que então jaziam no Cemitério Militar de Pistóia, na Itália (1957-1960), trabalho este que culminou com o translado da quase totalidade dos militares que deram as suas vidas no Teatro de operações da Itália para o Monumento Nacional aos Mortos da Segunda Guerra mundial, no Rio de Janeiro. + 17/9/1968.

Comandou a Escola de 9 de março de 1934 a 25 de julho de 1935

Com a adoção da nova sistemática de ensino, dedicou-se para melhorar as condições de realização das atividades teóricas e práticas entre as armas (infantaria, cavalaria, artilharia e engenharia). Esta última, voltada estritamente às necessidades castrenses, desvinculando aos demais ramos da engenharia civil; tudo em consonância com a Lei de Ensino Militar de 1929 e aplicada à Escola Militar do Realengo desde 1930. Com sua presença constante nas instruções e com profundo senso de justiça, atuou na mentalidade dos alunos para desenvolver o sentimento de fidelidade à disciplina e lealdade aos superiores hierárquicos, despertando-lhes a disciplina consciente. Entregou o comando da Escola das Armas para comandar a Escola Militar do Realengo.

A Escola das Armas (1934-1945)

Coronel Heitor Augusto Borges

* 27/4/1884, no Rio de Janeiro. Praça na Escola Militar do Brasil (1899), aspirante a oficial de infantaria (1905); 2º tenente (1907); 1º tenente (1915); capitão (1920). Atuou junto aos legalistas nas Revoltas de São Paulo (1924); major (1926); tenente-coronel (1930); comandante do 2º Regimento de Infantaria (1930); coronel (1932). Atuou junto aos legalistas na Revolução Constitucionalista em São Paulo (1932); general de brigada (1935); comandante da 9ª Brigada de Infantaria (1935). Presidiu o Inquérito Policial Militar da Intentona Comunista (1935-1937). Comandante da 1ª Divisão de Infantaria (1939). Presidente do Clube Militar (1939); general

de divisão (1943). Presidente da União dos Escoteiros do Brasil (1951). Reformado como marechal (1961) + 28/1/1961.

Comandou a Escola de 27 de julho de 1935 a 18 de fevereiro de 1936

Em seu comando, o coronel Heitor Augusto Borges destacou-se por seu dinamismo e elevada cultura intelectual. Orien

-tou o seu trabalho sempre para o aperfeiçoamento do ensino profissional, envidando esforços notáveis para manter a disciplina e harmonia que permitiram a Escola das Armas chegarem a excelentes provas finais e apreciáveis progressos. Em período difícil para a ordem pública (episódios da Intentona Comunista – 26 e 27 de novembro de 1935), o coronel Heitor Bor

-ges conduziu-se com muito critério e uma perfeita noção das suas responsabilidades, circunstância que o recomenda ao apreço dos seus chefes e a confiança dos seus subordinados. Isso garantiu a continuidade do aperfeiçoamento militar com elevados níveis de operacionalidade dos seus alunos no ano de 1935.

Coronel Alcides de Mendonça Lima Filho

* 30/9/1888, no Rio de Janeiro. Praça na Escola Militar do Brasil (1904); aspirante a oficial de artilharia (1909); 2º tenente (1912); 1º tenente (1916); capitão (1919); major (1927). Adido Militar do Brasil na Argentina (1930); tenente-coronel (1931); coronel (1933); chefe da 1ª Seção do Estado-Maior do Exército (1933); general de brigada (1939). + 9/10/1939.

Comandou a Escola de 19 de fevereiro de 1936 a 9 de março de 1939

Nos seus mais de três anos de comando, foi responsável por dinamizar e consolidar a proposta de ensino (Lei n° 189, de 16 de janeiro de 1936), que buscava a integração entre as armas e o aperfeiçoamento de oficiais e sargentos com exercícios teóricos levados ao terreno, onde as novas táticas, técnicas e procedimentos eram difundidos e compartilhados através dos manuais escolares elaborados na própria Escola das Armas.

Coronel Glycério Fernandes Gerpe

* 27/8/1883, no Rio Grande do Sul. Praça na Escola Preparatória e de Tática de Porto Alegre (1900); aspirante a oficial de artilharia (1906); 2º tenente (1909); 1º tenente (1911); capitão (1919). Atuou junto aos legalistas nas Revoltas de São Paulo (1924); major (1928); tenente-coronel (1931); coronel (1936). Chefe da 4ª Seção do Estado-Maior do Exército. + 7/2/1949.

Comandou a Escola de 9 de março de 1939 a 25 de janeiro de 1941

O coronel Glycério Fernandes Gerpe dedicou-se ao ensino e à proporção de melhores condições de pesquisa aos alunos, promovendo uma reforma nas instalações e a implantação da Biblioteca da Escola das Armas. Como resultado, ampliou-se as perspectivas culturais dos instrutores e dos alunos, os quais tiveram acesso a uma vasta bibliografia sobre os assuntos militares em sinergia com a conjuntura política nacional e mundial.

Coronel Arthur Joaquim Pamphiro

* 21/3/1886, no Rio de Janeiro. Praça na Escola Preparatória e de Tática do Realengo (1903); aspirante a oficial de engenharia (1909); 2º tenente (1911); 1º tenente (1917); capitão (1921); major (1929); tenente-coronel (1935). Oficial de Gabinete do Estado

--Maior do Exército (1936); comandante do 1º Batalhão de Transmissões (1938); coronel 1940. +22/8/1942.

Comandou a Escola de 25 de janeiro de 1941 a 5 de março de 1942

Diante da conjuntura de transformações advindas da Segunda Guerra Mundial ora em curso, visto que a Escola das Ar

-mas absorvia, anualmente, um grande número de oficiais em seus corpos discente e docente, foi decidido pelo ministro da Guerra que a instituição de ensino seria fechada provisoriamente, até que a conjuntura nacional e mundial voltasse à normalidade. Dessa forma, por meio do Aviso n° 387- Exct-1, de 11 de fevereiro de 1942, o ministro da Guerra extinguiu o comando da Escola. Foi determinado também que o contingente de militares que permaneceria na Escola das Armas ficaria sob o comando do capitão José Soledade Neves, subordinado diretamente ao Centro de Aperfeiçoamento e Especialização de Realengo (CAER).

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A Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais (1945-atual)

General de brigada Nicanor Guimarães de Souza

* 20/12/1896, em Mato Grosso. Praça na Escola Militar do Realengo (1913); aspirante a oficial de artilharia (1917); 2º tenente (1918); 1º tenente (1919); capitão (1921); major (1931); tenente-coronel (1937); coronel (1942); comandante do CAER (1946); ge

-neral de brigada (1946); diretor de Ensino do Exército (1949); criador do Estabelecimento Ge-neral Gustavo Cordeiro de Farias (EGGCF) (1949); general de divisão (1952); general de exército (1958); reformado como marechal (1962).+ 13/4/1969.

Comandou a Escola de 20 de setembro de 1945 a 11 de junho de 1946

Com o fim da Segunda Guerra Mundial, houve a necessidade de uma reconfiguração do ensino militar brasileiro. Com isso, por meio do Decreto-Lei no 7.888, de 21 de agosto de 1945, estabeleceu-se que a Escola das Armas seria extinta e que a Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais seria recriada em seu lugar, voltando ao seu funcionamento normal com instrutores experimentados no maior conflito bélico mundial. Dentre as novas mudanças que surgiram, cabe apontar que o curso de aperfeiçoamento para sargentos, que antes era realizado na Escola das Armas, passou a ser realizado na Escola de Sargentos das Armas, instituição de ensino criada por meio do mesmo decreto. Além disso, os oficiais do Serviço de Intendência e do Serviço de Saúde (médicos) também passariam a ser aperfeiçoados na EsAO.

Coronel Nilo Horácio de Oliveira Sucupira

* 20/2/1897, no Rio de Janeiro. Praça na Escola Militar do Realengo (1914); aspirante a oficial de infantaria (1918), 2º tenente (1918); 1º tenente (1922); capitão (1929); major (1936); tenente-coronel (1940); comandante do Batalhão Escola de Infantaria; coronel (1943); comandante da Guarnição de Unidades Escola (1946); Adido Militar do Brasil no Peru (1950); general de brigada (1952); general de divisão (1955); comandante da 9ª Região Militar (1956); diretor geral de ensino (1958) general

de exército (1960); chefe do Estado-Maior do Exército (1959) reformado como marechal (1960). + 21/6/1983.

Comandou a Escola de 12 de junho de 1946 a 9 de novembro de 1948

O coronel Sucupira, militar designado para promover na prática a nova estruturação da EsAO, comandou-a por mais de dois anos e meio, e a dedicação de seu esforço e de seu trabalho profícuo bem espelham a produtividade daquela escola. Com uma vas

-ta experiência na área do ensino, priorizou a prática de exercícios no terreno, aprovei-tando os conhecimentos dos oficiais que regres

-saram do Teatro de Operações da Itália. Foi o organizador da Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais na sua nova e aproveitável fase.

Coronel Joaquim Justino Alves Bastos

* 9/9/1900, em Mato Grosso. Praça na escola Militar do Realengo (1917); aspirante a oficial de artilharia (1919); 2º tenente (1920); 1º tenente (1921); Atuou junto aos legalistas nas Revoltas de São Paulo (1924); capitão (1928); major (1935); tenente-coronel (1941); comandante do Centro de Preparação dos Oficiais da Reserva de Porto Alegre (CPOR/PA) (1943); coronel (1945); comandante do Re

-gimento Escola de Artilharia (1945); general de brigada (1952); general de divisão (1956); embaixador do Brasil no Paraguai (1961); general de exército (1962); comandante do IV Exército (1963); comandante III Exército (1964). + 7/3/1990.

Comandou a Escola de 17 de fevereiro de 1949 a 9 de outubro de 1952

No seu período de comando, o general de brigada recém-promovido pautou-se pelos seguintes princípios: constante presença nas alas e nos locais de instrução, valendo-se da interferência pessoal no decorrer das sessões de instrução; a adoção rigorosa das novas técnicas de ensino, com invariável utilização da discussão dirigida, bem como a preponderância absoluta de trabalhos objetivos e inteira proscrição de longas palestras doutrinárias e teóricas; a eliminação do estudo de quaisquer pontos ou questões secundárias, para que o tempo fosse todo aproveitado no conhecimento e na aplicação do principal e mais moderno na técnica e tática militar; introdução no currículo escolar de numerosas aulas de cultura básica ou geral, indispensável ao oficial dos nossos dias. As aulas propostas de geografia, geopolítica, psicologia, pedagogia, didática, organização política nacional etc., que seriam ministradas por espe

-cialistas civis e militares, foram quase todas canceladas devido ao encurtamento do curso. Nossa gloriosa experiência da FEB, tantas vezes erroneamente relegada para segundo plano, seria nesta Escola – e assim tem sido – estudada cuidadosamente e carinhosamente. Às vezes, foram chamados elementos de fora da Escola para a reconstituição daquelas admiráveis jornadas. Cabe aqui a menção ao acidente fatal de alguns integran

-tes em 1949. Em seu comando ocorreu um acidente no morro do Jaques, no interior do Campo de Instrução de Gericinó (CIG), onde uma granada de mor

-teiro 81 milímetros explodiu prematuramente durante o exercício no terreno na manhã do dia 18 de maio de 1949. Tal tragédia resultou em sete militares mortos e quarenta militares feridos, entre eles o próprio comandante da EsAO.

*O número de feridos refere-se aos casos mais graves. O general Joaquim Justino Alves Bastos escreveu em seu livro de mémorias, Encontro com o tempo: "Mais de oitenta oficiais resultaram feridos, no dramático momento" (BASTOS, 1965, p. 147)

General de brigada José Dantas Arêas Pimentel

* 8/1/1953, no Rio Grande do Sul. Praça no 56º Batalhão de Caçadores; cabo (1915); 3º sargento (1916); 2º sargento (1917); aluno da Escola Militar do Realengo (1918); aspirante a oficial de cavalaria (1921); 2º tenente (1921); 1º tenente (1922); capitão (1931); major (1938); instrutor-chefe do Curso de Cavalaria da Escola Militar; Adido Militar do Brasil na Bolívia (1941); tenen

-te-coronel (1943); coronel (1945); chefe de gabinete da Secretaria geral do Ministério da Guerra (1946); comandante do CPOR/PA (1948); general de brigada (1952); diretor de Remonta (1956); general de divisão (1956); general de exército (inatividade) (1956). + 20/7/1980.

Comandou a Escola de 8 de janeiro de 1953 a 13 de abril de 1954

Seus esforços para que a estrutura da Escola de Aperfeiçoamento fosse ampliada obtiveram ótimos resultados: a construção dos pavilhões que abrigam atualmente o auditório e os cursos (Pavilhão General Tasso Fragoso) e que abriga a Companhia de Comando e Serviços (Pavilhão General Franco Ferreira).

General de brigada Oscar Rosa Nepomuceno da Silva

* 25/6/1899, no Rio Grande do Sul. Praça na Escola militar do Realengo (1917); aspirante a oficial de infantaria (1919); 2º tenente (1920); 1º tenente (1922); capitão (1930); major (1937); tenente-coronel (1941); coronel (1944); general de brigada (1952); diretor de Pessoal da Ativa (1958); general de divisão (1958); 1º subchefe do Estado-Maior do Exército (1960); membro da Comissão Militar Mista Brasil – Estados Unidos (1960); chefe do Departamento de Produção e Obras (1963). + 20/11/1966.

Comandou a Escola de 22 de abril de 1954 a 1º de janeiro de 1957

Os seus esforços para construir as novas instalações foram extraordinários. Os pavilhões General Tasso Fragoso e Gene

-ral Franco Ferreira, constituíram melhoramentos de grande vulto para o funcionamento da Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais. Destaque, também, pela austeridade com que passou os recursos ao seu sucessor, fato que possibilitou a compra do mobiliário das novas instalações.

General de brigada Ignácio Freitas Rolim

* 16/8/1899, no Rio Grande do Sul. Praça na Escola Militar do Realengo (1918); aspirante a oficial de infantaria (1921); 2º tenente (1921); 1º tenente (1922); atuou junto aos legalistas nas Revoltas de São Paulo (1924); capitão (1931); major (1938); tenente-co

-ronel (1943); comandante do 20º Batalhão de Caçadores (1945); co-ronel (1947); comandante do 18º Regimento de Infantaria (1948); Adido Militar do Brasil na Argentina (1952); general de brigada (1955); comandante da Infantaria Divisionária/3

(1956); general de divisão (1961); general de exército (1963). + 29/3/1970.

Comandou a Escola de 8 de março de 1957 a 18 de janeiro de 1960

No ramo do ensino, as principais dificuldades foram referentes à escolha e designação dos instrutores. Anualmente, repe

-tiam-se as penosas tarefas para este fim. A escola vale pelos instrutores que possui e, infelizmente, nem sempre é possível obter aqueles que as responsabilidades deste Estabelecimento exigem. Estas dificuldades têm aumentado consideravelmente em vista o elevado custo de vida que impossibilita aos oficiais a permanência no Distrito Federal (RJ) e o obriga a procura nas guarnições onde haja Vila Militar.

EsAO • 100 anos aperfeiçoando oficiais para o Brasil e as Nações Amigas

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General de brigada Emílio Maurell Filho

* 31/5/1900, no Rio Grande do Sul. Praça na Escola Militar do Realengo (1918); aspirante a oficial de artilharia – 1º lugar ge

-ral da turma (1921); 2º tenente (1921); 1º tenente (1922); atuou junto aos legalistas nas Revoltas de São Paulo (1924); capitão (1929); major (1937); adido militar brasileiro no Paraguai (1938); tenente-coronel (1941); integrou a Força Expedicionária Brasileira (FEB); coronel (1946); general de brigada (1954); Assessor militar junto à Embaixada Brasileira do Brasil na Organização das Nações Unidas (1957); assistente de comando da Escola Superior de Guerra (1960); general de divi

-são (1960); diretor de Serviço Militar (1962); comandante da 1ª Região Militar (1962); 2º subchefe do Estado-Maior do Exército (1962); chefe do Núcleo de Comando da Zona de Defesa Sul (1963); chefe do Estado-Maior do Exército (1964); general de exército (1964). + 28/10/1977.

Comandou a Escola de 5 de fevereiro de 1960 a 4 de julho de 1960

Manteve as diretrizes fixadas pelo general Rolim. Designado para assumir a Diretoria de Aperfeiçoamento e Especialização (DAE), passou o comando com menos de seis meses à frente da EsAO.

General de brigada Aluízio de Miranda Mendes

No documento EsAO Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais (páginas 39-58)