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ELEMENTOS-CHAVE DA COMUNIDADE

5. DAR VOZ A VÓS: ELEMENTOS-CHAVE

5.1 ESCOLA PROFISSIONAL

O impacto observado pela formação ministrada na EP 1 é absolutamente notório, estando a escola de tal forma enraizada na comunidade que quase se confunde com ela, sendo difícil discernir onde acaba uma e começa outra. Trata-se de uma comunidade particular em que uma catástrofe natural obrigou a que centenas de pessoas fossem realojadas e, estando asseguradas as necessidades básicas, cedo se sentiu a necessidade de uma escola profissional que permitisse transmitir às gerações mais novas os conhecimentos dos progenitores e promover condições para que pudessem ter um percurso profissional satisfatório. A escola presta todos os serviços possíveis à comunidade e constitui-se como uma oportunidade para os jovens, concretamente para os jovens-adultos que, pela idade, já não conseguiam vaga nas escolas do ensino geral. Melhor do que saberíamos dizer, transcrevem-se extratos ilustrativos dos discursos dos elementos-chave (EC):

- “A comunidade nasceu com a escola. A escola profissional nasceu com a comunidade. É um caso um

pouco particular, este. A comunidade precisou de uma escola profissional para poder crescer, para poder ter a segurança no trabalho, o saber fazer, os próprios da comunidade a ensinar a saber fazer aos seus próprios filhos.” (EC 1)

- “…as nossas estradas estavam super estragadas, mas foram os alunos da escola de formação profissional

que arranjaram, foram eles que arranjaram. Por exemplo, em termos das carteiras da escola, são eles que fazem, bancos das Igrejas são eles que fazem. As nossas plantas, essas árvores que temos dentro do bairro eles é que tomam, eles é que cuidam. (…) Educar a população também a fazer as pequenas machambinhas, mas com a ajuda deles, eles é que ensinam a comunidade e assim a população passa já a ter as verduras dentro do seu próprio quintal (…) chega o inverno, não precisamos já de pegar num cesto para ir ao mercado comprar alface, comprar couve, tomate, já temos nos nossos quintais.”

(EC 6)

Quando os entrevistados foram questionados acerca dos aspetos que consideram que a EP deveria melhorar, as referências concentram-se essencialmente no pedido de que se aumentasse a capacidade da escola para poder acolher mais alunos, tal como ilustrado nas palavras seguintes: “A escola o que precisa

de melhorar, talvez aumentando mais as salas. Não é melhorar, é aumentar. Aumentando as salas, porque ainda temos mais filhos, temos mais filhos e temos a carência, temos o problema de vagas quando chega o fim do ano.” (EC 5)

5.2 ESCOLA PROFISSIONAL 2

Já na EP 2, apesar de geograficamente próxima da EP 1, o panorama com que nos deparámos foi bastante diferente. Trata-se de uma escola com menos condições materiais, onde se percebia que o ensino profissional parecia constituir-se apenas como uma segunda opção para aqueles alunos que não conseguiam vaga no ensino geral. Nesta escola as entrevistas terminavam recorrentemente com pedidos de material para a escola e também para os recémgraduados, de modo a que fossem apoiados no início do seu percurso profissional. A falta de material na escola e a falta de trabalho das empresas acolhedoras de estagiários parecem comprometer um pouco a qualidade do ensino prático que, por esse motivo,

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acaba sendo menos valorizado. Das entrevistas aos elementos-chave transpareceu também algum desconhecimento sobre a escola. Transcrevem-se de seguida extratos dos discursos dos entrevistados:

- “O que devia ser melhorado era a parte material, por exemplo, a ferramenta mesmo de bate-chapa.

Eles não têm ferramentas suficientes. E no nosso caso [empresário] também temos a mesma dificuldade de ferramenta.” (EC 1)

- “…os outros alunos vêm-se inscrever aqui por falta de lugar, não vêm com todo o coração.” (EC 4) Pese embora o exposto, o balanço está longe de ser negativo e são apontadas diversas vantagens da EP, destacando-se o possibilitar que os graduados apliquem os conhecimentos aprendidos e iniciem o seu próprio negócio. As palavras do elemento-chave 2 exprimem bem esta realidade: “Nas outras escolas é só

pegar no livro e estudar e saber escrever. Mas esta escola pega no livro, estudar e saber escrever e ler e serviço nas mãos, está a ver, isso é muito importante. Uma pessoa que saia daqui da escola, amanhã vai abrir ali uma oficina, amanhã vai abrir ali uma carpintaria, logo ele já é pintor. Está a ver, isso é muito importante.” (EC 2).

5.3 ESCOLA PROFISSIONAL 3

A EP 3 apresenta características particulares pois funciona em regime de alternância, segundo o qual os alunos estão metade do mês na escola e metade do mês em casa, com tarefas para executar, pelo que a articulação com a família/comunidade é uma constante. A Escola aumentou recentemente a sua oferta formativa tendo começado a lecionar o curso de carpintaria, cuja primeira graduação ocorreu no ano anterior à recolha de dados, sendo ainda precoce a observação de eventuais mudanças provocadas por esta nova valência. A tradição da EP reside por isso no curso de agropecuária, única oferta formativa até então, um curso que, na falta de recursos financeiros que permitam um investimento significativo, por exemplo, na compra de uma bomba de água, fica à mercê das condições climatéricas. Isto faz com que os impactos na comunidade sejam poucos visíveis, já que a falta de água não permite a observação de melhorias na agricultura. Outro fator que condiciona a existência de mudanças na comunidade é o facto de uma percentagem significativa de alunos ser oriunda de outras comunidades e mesmo províncias, pelo que depois da graduação regressam às origens. Adicionalmente, outra parte de alunos locais vê-se na necessidade de, após a graduação, sair da comunidade para poder prosseguir estudos ou para trabalhar, nomeadamente em zonas baixas junto a rios onde os terrenos não sofram de seca. Não obstante, as entrevistas realizadas transpareceram uma forte valorização da EP, sendo um dos fatores responsáveis, e também responsável pelo acolhimento de tantos alunos provenientes de outras comunidades, a existência de um Internato gerido pelo pulso de Irmãs religiosas. Seguem-se alguns extratos exemplificativos:

- “Aqueles que vão ser formados ali, alguns até vêm de outro distrito, então, depois da sua graduação,

vão para lá, já ficam longe de nós. Não conseguimos ver a prática, ver realmente o que é que acontece. Porque são poucos, para lá, para não dizer, são inexistentes, as pessoas com um raio de um quilómetro em relação à escola. Nessas podíamos ver o que é que está a acontecer realmente.” (EC 2)

- “O máximo [melhor curso] é a carpintaria porque pode estudar aqui, quando recebe diploma sair

daqui, pode ir trabalhar de qualquer maneira, em casa ou nas outras empresas. Agora a agropecuária neste momento está a sofrer em chuva, a rega não tens, não tem bomba para a rega.” (EC 4)

- “Ensino geral ensina ali, sai dali, só tem estudo na cabeça, mas de trabalho de mostrar com a mão não

tem.” (EC 4)

- “Porque a vida daqui de Moçambique quando não tem a arte de trabalhar, de ajudar, quase sempre

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5.4 ESCOLA PROFISSIONAL 4

Mais à semelhança da EP 1, nesta Escola transpira-se satisfação e orgulho. Os dois aspetos mais valorizados são as boas instalações e equipamentos da escola e a formação humana e rigorosa a cargo de Padres Católicos que dirigem a escola. Para além disso, as condições circundantes são o mais favoráveis possível, já que recentemente diversas grandes empresas decidiram investir na comunidade onde a escola se situa, pelo que a esmagadora maioria dos graduados ou está lá empregada ou trabalha por conta própria, uma vez que o bairro cresceu exponencialmente e a necessidade de diversos serviços é constante. Transcrevem-se extratos significativos do discurso dos entrevistados:

- “…os padres são aqueles que exigem mesmo (…) Eles partem de como é que alguém pode ser

ensinado, eles têm toda essa paciência enquanto os outros não, só espera trinta dias para receber o que é meu, sabem ou não sabem não me interessam. Os padres não, os padres gostam de ver um homem que automaticamente se formou e valeu a pena formar este homem. Isso aí marca a diferença imediatamente.” (EC 1)

- “Os aspetos mais fortes na minha opinião são a abertura que a escola tem em relação ao mercado

de emprego, essa cooperação que faz com as outras empresas, isso é muito bom, porque eles podem juntos saber qual é o perfil do graduado que o mercado laboral deseja ou precisa. E nessa cooperação então facilita a colocação dos graduados depois, por momento vão cooperando, ver o que as empresas gostam, ganham muita proximidade, confiança, então facilita logo a colocação desses graduados. Este é o que eu considero um dos maiores pontos positivos.” (EC 4)

Um aspeto que se destaca como uma melhoria que seria benéfico implementar é o de envolver ainda mais as empresas no processo de formação dos alunos, para além do momento formal do estágio. De facto, foi surpreendente a recetividade que os empresários entrevistados demonstraram em receber alunos mais frequentemente, nomeadamente em visitas de estudo nas quais poderiam complementar a formação dos alunos ao nível dos mais recentes avanços tecnológicos, que a escola, apesar de bem equipada, não tem possibilidades de acompanhar. Estes entrevistados mostraram-se também disponíveis e interessados em participar nos momentos de defesa do projeto final dos alunos. Transcrevem-se alguns excertos ilustrativos:

- “Se eles [EP 4] quiserem demonstrações daquilo que eles lá não podem fazer, eu estou aberto. Demonstrações

técnicas práticas daquilo que eles não podem fazer. Inclusivamente, uma vez por semana, duas vezes por mês, se eu tiver aqui uma equipa numa tarde, eu não me importo de perder uma tarde.” (EC 2)

- “…eu ia lá [defesa da prova final dos alunos] torcer por aquele que eu gosto, que já foi meu instruendo.

(…) Porque interessava-me chegar lá e assistir a eles fazerem a prova. Se calhar, eu estando lá seria mais emotivo para eles.” (EC 2)

5.5 ESCOLA PROFISSIONAL 5

Todos os entrevistados da EP 5 exprimem discursos muito positivos sobre a Escola, os seus alunos/ graduados e os seus professores. Transparecem conhecê-la bem e manter contactos frequentes. Salientam a vantagem do ensino profissional e desta EP em específico sobre outras escolas, pela qualidade da formação que ministra e por considerarem que abre portas à empregabilidade, o que se reflete na cada vez maior procura de alunos. Seguem extratos dos discursos dos elementos-chave:

- “Bem, os alunos agora e os encarregados de educação têm a visão que quando você agora não tem um

aluno ou um filho que estuda não tem rendimento nenhum. Tem que estudar e aprender um serviço: ou é pedreiro, ou é carpinteiro, ou é qualquer coisa. Sem estar assim, não dá nada.” (EC 1)

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- “Na Escola Profissional agora, o aluno depois de concluir o seu nível aqui no nosso Moçambique ele teve

direito a um emprego. Basta ter um certificado da Escola Profissional e as empresas já sabem que este é um aluno que minimamente vem preparado para o efeito. Muito diferente da Escola Geral. Porque da Escola Geral precisa de passar por alguns cursos para ele se poder aperfeiçoar numa nova empresa.”

(EC 4)

Apesar das referências tão positivas por parte dos entrevistados, ao procurar averiguar a existência de eventuais mudanças na comunidade decorrentes da formação ministrada pela EP, reviveu-se uma contrariedade semelhante à referida na EP 3: também aqui a maioria dos alunos provém de outras comunidades e mesmo nos casos minoritários em que isso não acontece, depois da graduação procuram zonas mais favoráveis para trabalhar, pelo que se dispersam e na comunidade restam poucos sinais de mudança. Seguem exemplos ilustrativos:

- “Os alunos daqui são provenientes de outros distritos. São poucos os residentes aqui. (…)

Acabando o seu curso, eles voltam aos seus destinos.” (EC 3)

- “…posso-lhe dar uma certeza: depois da formação, eles [graduados] não ficam aqui. (…) Fogem daqui. Também porque alguns que estão a estudar aqui também não são daqui. (…) A maioria, 70%. Então, daqueles que estão a formar, a tendência é de procurar o valor mais alto porque esta população não tem dinheiro. (…) Agora, se ele for para [o local X], naturalmente terá um salário bom.” (EC 5)

6. CONCLUSÃO

O primeiro aspeto que sobressai da análise destes 25 discursos é a sua heterogeneidade entre escolas. Podemos destacar as Escolas 1 e 4 pelos relatos mais significativos ao nível de mudanças provocadas na comunidade e na vida dos graduados e suas famílias e, por outro lado, as Escolas 2, 3 e 5 com menos referências a mudanças. Não obstante as referidas divergências, nenhum dos entrevistados efetuou um balanço negativo, ou mesmo neutro, em relação à prestação da respetiva escola profissional, pendendo a balança, sem vacilar, para o lado positivo.

Consideramos, pois, em consonância com a acima referida abordagem das Capabilidades de Sen e Nussbaum, que a frequência do curso profissional faculta aos jovens recursos que permitem o aumento das oportunidades e das possibilidades de escolha, dotando-os de maior liberdade e capacidade para virem a alcançar aquilo que valorizam. Esta condição potencia o bem-estar das famílias e reflete-se também, em última instância, na comunidade no seu todo. Parece-nos que a formação das Escolas Profissionais de Moçambique está assim a cumprir uma das principais funções da educação, de acordo com o relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação para o século XXI (Delors, 1996): contribuir para que os jovens fiquem munidos de ferramentas que lhes permitam assumir o controlo do seu destino e do seu desenvolvimento, capacitando-os para contribuir para o progresso da sociedade em que vivem.

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