A Vida Interior do Líder
2. Isso me dom ina?, isso me escraviza? A partir desse versículo (1 Co 6:12), concluí que qualquer coisa que se torna um hábito
que não posso quebrar deve ser abandonada. Tenho amigos que hoje são escravos de cigarros, licores e drogas. Paulo disse: "Eu não me deixarei dominar por nenhuma delas" (1 Co 6:12).
3. Isso fa z outros tropeçar? "E deste modo, pecando contra os irmãos, golpeando-lhes a consciência fraca, é contra Cristo que pecais. E, por isso, se a comida serve de escândalo a meu irmão, nunca mais comerei carne, para que não venha a escandalizá- lo" (1 Co 8:12-13). Minha atitude levará outros a abandonar a fé? Talvez eu possa lidar com isso, mas outros não serão afeta dos ao ver-me fazendo isso? Eles não terão problemas? Minhas ações os levarão a uma situação difícil? Nenhum homem é uma ilha. O que faço é visto e algumas vezes copiado por outros. Posso ser o único exemplo de um cristão que alguém tem. As sim sendo, devo pensar nos outros quando tomo decisões sobre minhas atividades.
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4. Isso glorifica a D eus? "Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra cousa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus" (1 Co 10:31). Essa ação específica glorifica a Deus? Obser ve a primeira pergunta na declaração de fé de Westminster. "Qual o principal propósito do homem?" A resposta: "O prin cipal propósito do homem é glorificar a Deus e alegrar-se Nele para sempre". Eu e você devemos viver nossa vida para o lou vor da Sua glória. Portanto, devo perguntar a mim mesmo: Posso fazer isso para a glória de Deus?
Essas três passagens bíblicas têm resistido ao teste do tem po. Elas contêm princípios duradouros do Deus que a tudo co nhece e que é todo-amor.
A pergunta que Ele faz é, então: O que há no seu interior? A fachada exterior deve refletir a vida interior. Os líderes devem m anter um cam inh ar santo diante do seu povo e ap licar freqüentemente 1 João 1:9: "Se confessarmos os nossos peca dos, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda a injustiça".
Humildade
Outra característica vital ao considerar a vida interior do líder é a humildade. De uma situação na qual a maioria ficaria satisfei ta se apenas sobrevivesse, Daniel foi elevado a um lugar de poder e influência. Sob sua liderança o reino prosperou, e ele deu ao rei instruções e orientação. Apesar de tudo isso, ele per m aneceu um humilde servo de Deus. Em m uitas ocasiões, quando poderia ter exaltado a si próprio, Daniel não hesitou em dar todo o crédito ao Senhor.
Daniel respondeu: "O mistério que o rei exige, nem encantadores, nem magos, nem astrólogos o podem revelar ao rei; mas há um Deus nos céus, o qual revela os mistérios, pois fez saber ao rei Nabucodo- nosor o que há de ser nos últimos dias. O teu sonho e as visões da tua cabeça, quando estavas no teu leito, são estas: Estando tu, ó rei, no teu leito, surgiram-te pensamentos a respeito do que há de ser depois disto.
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A quele, pois, que revela m istérios te revelou o que há de ser. E a m im m efo i revelado este m istério, não porqu e haja em mim m ais sabedoria do que em todos os viven tes, mas para que a in terpretação se fiz e s s e saber ao rei, e para que en ten desses as cogitações da tua m ente" {Dn 2:27-30).
Um espírito humilde é a marca registrada da pessoa usada por Deus. Ele requer isso de Seus servos. "Eu sou o Senhor, este é o meu nome; a minha glória, pois, não a darei a outrem, nem a minha honra, às imagens de escultura" (Is 42:8). Quando Seu povo se desvia do caminho e começa a orgulhar-se, Deus tem um modo de trazê-lo de volta ao caminho direito e estreito.
Certo verão tive o privilégio de visitar um campo missioná rio no exterior. Um dos missionários contou-me uma história fascinante.
Quando saiu de sua terra para o ministério, considerava-se um presente de Deus para o mundo e em especial para o país ao qual havia sido enviado. Sua atitude básica era: "Esperem até que eu chegue aí. Mostrarei a vocês! Tão logo me instalar, colocarei todos nos trilhos e farei com qLie as programações fun cionem". Assim ele chegou e iniciou seu trabalho.
Não é preciso dizer que sua atitude para com os colegas de ministério não os cativou. Eles viram seu espírito soberbo e se desm otivaram . Pior de tudo, Deus observou seu com porta mento e não recompensou seus esforços. Nada deu certo. To dos os seus planos visionários transformaram-se em pó. A Bí blia diz:
"Rogo igualm ente aos jovens: sede subm issos aos que são mais velhos; outrossim , no trato de uns com os outros, cingi-vos todos de hum ilda de, porqu e D eus resiste aos soberbos, contudo aos hum ildes concede a sua graça. H um ilhai-vos, portanto, sob a poderosa m ão de Deus, para qu e ele, em tem po oportuno, vos exalte" (1 Pe 5:5-6).
Deus resiste, e não abençoa, ao soberbo, e Ele é a pessoa per feita para resistir a você!
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A história teve um final feliz, no entanto. O homem reconhe ceu seu erro, arrependeu-se de seu pecado e começou a cami nhar humildemente com Deus. E sua vida tornou-se uma bên ção. "Ele te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o Senhor pede de ti, senão que pratiques a justiça, e ames a mise ricórdia, e andes humildemente com o teu Deus?" (Mq 6:8).
Muitas passagens tratam deste assunto. Aqui estão algumas cruciais.
Provérbios 6:16-17: "Seis cousas o Senhor aborrece... olhos altivos, língua mentirosa, mãos que derramam sangue inocen te". Note o que está no topo da lista.
Provérbios 8:13: "O temor do Senhor consiste em aborrecer o mal; a soberba, a arrogância, o mau caminho".
Por que Deus se opõe com tanta veemência ao orgulho? Se ria essa uma diretriz sem propósito estabelecida por ele? Não, é claro que não. Como tudo mais nas Escrituras, quando o Se nhor tenta nos amoldar a Seus padrões, é visando o nosso pró prio bem. O caminho para uma vida plena e feliz é tirar os olhos de nós mesmos e viver para os outros. Os líderes só prospera rão se cam inharem com esse espírito. O orgulho é uma das principais ferramentas do diabo para manter nossos olhos em nós mesmos e desviá-los dos outros.
Quando você olha só para si mesmo, torna-se insensível às necessidades alheias. Acaba passando a vida m achucando, ofendendo, usando e abusando dos outros, talvez sem nem se quer ter consciência. Observo essa atitude na vida de pessoas em posição de liderança e é trágico assistir ao seu declínio.
Filipenses 2:3-4: "Nada façais por partidarismo, ou vanglo ria, mas por humildade, considerando cada um os outros supe riores a si mesmo. Não tenha cada um em vista o que é propri amente seu, senão também cada qual o que é dos outros".
Um exemplo claro do efeito corrosivo do orgulho pode ser visto na vida de Uzias, um dos reis de Judá (2 Cr 26:3). A princí pio, a atitude básica de seu coração era pura. "Nos dias em que buscou ao Senhor, Deus o fez prosperar"(v. 5). Ele se tornou
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fam oso e bem -sucedido. "O s am onitas deram presentes a Uzias, cujo renome se espalhara até à entrada do Egito, porque se tinha tornado em extremo forte" (v. 8). Ele organizou exérci tos poderosos e Deus o abençoou.
Aí começou o princípio de sua queda. "Mas, havendo-se já fortificado, exaltou-se o seu coração para a sua própria ruína, e cometeu transgressões contra o Senhor, seu Deus, porque en trou no templo do Senhor para queimar incenso no altar do in censo" (v. 16). O problema? Ele não consegriiu lidar com o su cesso. Foi vencido pelo orgulho. E Deus o feriu com lepra.
Os líderes precisam ser capazes de definir e comunicar seus objetivos e assim determinar o melhor caminho a seguir para alcançar esses alvos. O orgulho é o maior de todos os inimigos nesse momento.
Quando as pessoas estão cheias de orgulho, não conseguem enxergar a melhor maneira de realizar seus propósitos, pois só conseguem ver o que lhes traz maior honra e reconhecimento. Por alguma razão, o orgulho as cega para que não encontrem o melhor caminho. A mente delas recusa-se a ter discernimento, vendo somente o que o seu orgulho quer que veja. E isto tem conseqüências mortais.
O rei Nabucodonosor também caiu por causa disso. "Quan do, porém, o seu coração se elevou, e o seu espírito se tornou soberbo e arrogante, foi derribado do seu trono real, e passou dele a sua glória" (Dn 5:20).
Por outro lado, Isaías retrata o tipo de pessoa usada por Deus.
"Assim diz o Senhor: O céu é o meu trono, e a terra, o estrado dos meus pés; que casa me edificareis vós? E qual é o lugar do meu repou so? Porque a minha mão fez todas estas cousas, e todas vieram a exis tir, diz o Senhor, mas o homem para quem olharei é este: o aflito e aba tido de espírito e que treme da minha palavra" (Is 66:1-2).
Ouvi Billy Graham dizer em inúmeras ocasiões que ele dá toda a glória a Deus por qualquer coisa que venha a ser realiza
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da através de seu ministério. E ele declara enfaticamente que, se tocar nessa glória, estará morto.
Um espírito soberbo, portanto, é mortalmente perigoso para os líderes. Ele mata sua eficiência para Deus, pois gera duas ter ríveis doenças na alma. A primeira é a ignorância. O orgulho tor na a pessoa auto-suficiente e intocável e fecha seus olhos para as próprias necessidades, levando-a a ignorar bons conselhos e recomendações de outros.
Por toda a Escritura, Deus chama nossa atenção para o tre mendo valor de um conselho. "Onde não há conselho fracas sam os projetos, mas com os muitos conselheiros há bom êxito" (Pv 15:22).
Aconselhamento espiritual, contudo, deve ser o que tem em seu âmago o interesse do Senhor. Ou seja, o que é melhor para o reino de Deus. Muitos buscam conselho somente com os que têm opinião semelhante; outros ficam decepcionados porque não conseguem receber conselhos imparciais. Conselhos, mes mo quando dados por alguém que ama você de verdade e está interessado em seu melhor, podem estar totalmente errados.
Lembro-me de haver discutido isso com G. Christian Weiss, respeitado missionário que era também estadista. Ele me disse que nunca teria ido para o campo missionário se tivesse ouvido os conselhos de seus amigos e parentes. Eles achavam que ele estava jogando sua vida fora. Eles o amavam e desejavam o me lhor para ele.
Os líderes devem ter esses exemplos diante de si quando estiverem dando e recebendo conselhos. Devem ser maleáveis, porém não ingênuos. Devem pesar bem as palavras que ouvem à luz da Bíblia e do bem-estar do reino de Deus. Seu coração deve manter-se aberto aos outros. "Não havendo sábia direção, cai o povo, mas na multidão de conselheiros há segurança" (Pv 11:14).
A segunda doença causada pelo orgulho é a insegurança. Lí deres com os olhos sobre si mesmos têm uma preocupação ex cessiva sobre o que os outros pensam sobre eles. Estão constan temente avaliando a si mesmos, e comparando seu desempe
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nho com o dos outros. A Palavra de Deus declara que isso é to lice e falta de sabedoria. "Porque não ousamos classificar-nos ou comparar-nos com alguns que se louvam a si mesmos; mas eles, medindo-se consigo mesmos e com parando-se consigo mesmos, revelam insensatez" (2 Co 10:12).
Em vez de descansar na bênção que é saber que "Deus dis pôs os membros, colocando cada um deles no corpo, como lhe aprouve", líderes inseguros estão constantemente preocupados com o que os outros pensam deles. Isso os torna menos eficien tes no ministério, porque seus olhos não estão mais fixos nos objetivos. Seus companheiros tornam-se uma ameaça, mais do que uma ajuda.
Como resultado, eles caem em dois extremos. Ou tentam impressionar com planos ambiciosos e grandes programas, fei tos para provar o que podem fazer, ou retiram-se à inatividade. Se iniciam tais programas, é provável que o façam induzidos pela energia da carne, e eles por fim fracassarão. Recordo ter visto um homem agindo assim, com trágicos resultados. Foi como observar uma grande fábrica, produzindo com força to tal. A poeira se espalhava, as máquinas faziam barulho, as pes soas estavam ocupadas, mas nada saía da linha de produção. A insegurança dos líderes levou-os a uma avalanche de ativida des, que carecia da bênção de Deus.
O outro extremo, é claro, é o medo do fracasso, que leva à paralisia. Ao contrário de admitir suas fraquezas e caminhar pela fé, eles acabam não fazendo nada. O apóstolo Paulo reco nheceu suas limitações, mas encontrou nelas um recurso em seu serviço para Cristo: "Por causa disto, três vezes pedi ao Se nhor que o afastasse de mim. Então, ele me disse: A minha gra ça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de Cristo " (2 Co 12:8-9). Um espírito hu milde na vida do líder é uma força poderosa nas mãos do Deus Todo-poderoso.
Como um líder deve manter esse espírito diante do Senhor? Há muitas coisas envolvidas, é claro, mas uma se destaca. Para
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caminhar humildemente diante de Deus, um líder precisa viver uma vida de genuíno louvor. No céu, os seres que circundam o trono de Deus clamam: "Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus Todo-poderoso" (Ap 4:8).
Se os líderes viverem nesse espírito de louvor, estarão cons cientes de sua própria pecaminosidade e fraqueza. Mas essa consciência não será fruto de uma introspeção doentia. Virá de um coração cheio de louvor a Deus por Sua santidade e poder. Isso, por sua vez, pode ser usado por Deus para impeli-los à fé e à confiança na promessa: "Tudo posso naquele que me forta lece" (Fp 4:13).
F é
A terceira característica vital na vida interior de um líder é a fé. A Bíblia diz: "De fato, sem fé é impossível agradar a Deus, por quanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam" (Hb 11:6). Constantemente ouvimos que Deus busca em Seus seguidores fé semelhante à de uma criança. Por quê? O que está envolvido aqui? Discutiremos quatro aspectos.
Primeiro, fé significa crer que D eus proverá. "E o meu Deus, segundo a sua riqueza em glória, há de suprir, em Cristo Jesus, cada uma de vossas necessidades" (Fp 4:19). Minha primeira tarefa como obreiro cristão foi em Pittsburgh. Cheguei com o dinheiro contado. Nosso orçamento era apertado e tínhamos muitas necessidades.
Nossa casa seria bastante utilizada em nosso ministério, mas a sala não possuía móveis, com exceção de uma escrivaninha em frente à janela. Assim minha esposa, o jovem pastor Ken Smith e eu decidimos orar por necessidades específicas de nos sa sala. Oramos por duas mesas grandes, mais uma de café e uma cadeira para o canto.
No dia seguinte, o telefone tocou. Um homem perguntou por Ken e disse: "Rev. Smith, não sei se o senhor se lembra de mim, mas outro dia conversamos e o senhor deu seu testemu nho lá no centro da cidade. Bem, estou sendo transferido para
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Buffalo, Nova Iorque, onde consegui um emprego muito bom. Decidi desfazer-me de grande parte de meus móveis, mas há algumas peças das quais não consigo livrar-me. Espero que não se ofenda, mas pensei que talvez pudesse usá-las. Será que verá utilidade nessas duas mesas grandes, mais uma de café e uma cadeira de canto?"
Ken deixou cair o telefone. Depois pegou-o de volta e res pondeu que iríamos buscar os móveis imediatamente. Aluga mos um trêiler e à tarde a sala já estava mobiliada.
Vivíamos no lado norte da cidade, e era difícil chegar até a universidade que ficava no lado leste. Eu gastava oito horas por dia no câmpus testemunhando aos estudantes e realmente pre cisava de um carro. Ray Joseph, um jovem seminarista, e eu nos reuníamos regularmente às 5 da manhã nas quartas-feiras para orar por nossa vida e ministério. Certa manhã, pedimos especi ficam ente que Deus provesse um carro para levar-m e ao câmpus.
Na noite da quarta-feira, o telefone tocou. Era uma senhora da Primeira Igreja Presbiteriana, que ensinava numa classe de adultos. Ela disse que um dos homens da classe, Bill Newton, havia comprado um carro e queria dá-lo a quem necessitasse de um. Sua classe havia ouvido que eu trabalhava na universidade e queria saber se eu gostaria de usar o carro. Eu lhe disse que na verdade esse era um motivo de oração.
Ela respondeu: "Suas orações foram respondidas!".
Bill e Edie Newton não somente nos doaram o carro, como também toda a classe arrecadou mais 150 dólares para o conser to do motor e providenciou seguro de um ano, licenciamento e ainda por cima um tanque de gasolina.
Eu havia mudado para Pittsburgh vindo da Costa Oeste e logo descobri que minhas roupas estavam um pouco fora de estilo para o nível de prestígio daquela escola do Leste. Os estu dantes vestiam ternos cinza-escuro, gravatas-borboletas cinza e pretas, além de sapatos e meias pretas. Toda segunda-feira jan távamos em casas diferentes e pregávamos o evangelho.
No meio desse mar depreto eu SLirgia como u m a .írvorede
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florida e um par de sapatos amarelos. Assim, comecei a orar com respeito ao meu guarda- roupas. Dentro de uma semana, Deus providenciou um terno escuro que me serviu perfeita mente. Na semana seguinte, Ken Smith e eu estávamos ajudan do a uma senhora idosa com alguns trabalhos domésticos. Ao terminar o serviço, já estávamos saindo quando ela enfiou uma caixa de papelão debaixo do meu braço. A caminho de casa, abri o pacote e descobri um par de sapatos pretos que eram exa tamente o meu número.
Outra necessidade minha era a de um relógio. O meu havia sido quebrado naquele verão por alguns garotos, na escola bí blica de férias que eu havia liderado em minha cidade natal de Neola, Yowa. Por não ter relógio, eu às vezes me atrasava para os compromissos e sabia que isso desonrava ao Senhor. Então orei.
Uma noite ministrei para uma classe bíblica de sábado à noi te, que havia com eçado por intermédio do ministério do dr. Donald G. Barnhouse. Na quarta-feira seguinte, um membro daquela classe veio à nossa casa com um presente de agradeci mento. Era uma caixa do tamanho de um livro, e eu fiquei mui to alegre. Mas quando abri, descobri que não era um livro e sim um relógio de pulso, um Ômega automático que tenho até hoje. Para mim, como jovem líder cristão em uma cidade estranha, Deus mostrou de várias maneiras e em vários momentos que estava pronto, disposto e apto a suprir minhas necessidades.
Fé também significa crer que o que fizerm os para Deus prospera rá. "Ele é como árvore plantada junto a corrente de águas, que, no devido tempo, dá o seu fruto, e cuja folhagem não murcha" (SI 1:3).
Nossa propriedade tem um riacho que atravessa toda a sua extensão, cercado por capim, árvores e flores silvestres. O jar dim de minha esposa, seu orgulho e alegria, também dá para o riacho. Ela cuida do jardim constantemente. Quando uma planta parece estar enferma, ela a alimenta com água ou ferti lizante. Contudo, ela não se agacha para cuidar das árvores e arbustos do riacho que crescem a esmo. Seus olhos estão cons-
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tantemente nas coisas q u e ela plantou. A Bíblia ensina que não somos plantas selvagens crescendo aqui e ali. Somos "árvores plantadas" por nosso Pai Celestial. Estamos sob o Seu cuidado e proteção constante, cercados pelos rios do Seu amor, miseri córdia e graça.
O salmista enfatiza esta verdade novamente: "Ele não per mitirá que os teus pés vacilem ; não dorm itará aquele que te guarda. E certo que não dormita, nem dorme o guarda de Isra