• Nenhum resultado encontrado

nu ito sobre isso Eu gostaria de sair por minha conta, com ■ mm | KTinissão, é claro, e imagino que precisaria de alguns favo­

No documento A Formação de Um Líder - LeRoy Eims.pdf (páginas 98-104)

102 A FORMAÇÃO DE UM LÍDER

res de sua parte. Posso ir e pensar a respeito durante alguns dias?".

Mas não! Neemias havia feito sua lição de casa e sabia exa­ tamente o que o projeto demandava: cartas para os governa­ dores dalém rio; uma carta para o guarda das matas do rei; sol­ dados e alguns cavaleiros. Ele havia feito sua lição de casa.

Planeje o trabalho

Quando você recebe uma nova responsabilidade, uma das pri­ meiras coisas que deve fazer é gastar tempo descobrindo exata­ mente qual é sua missão. Deixe-me sugerir que ela se divida em dois alvos distintos, porém inter-relacionados. Um é trabalhar para fazer avançar a causa de Cristo. O outro é observar que cada membro de seu grupo tenha sua vida na dependência do Senhor e se torne um membro mais produtivo do corpo de Cris­ to.

Vamos discutir inicialmente como executar seu objetivo de levar adiante a causa de Cristo através do trabalho. Isto pode traduzir-se, por exemplo, no alvo de evangelizar a área onde sua igreja está localizada, na entrega de um folheto evangelís- tico a cada casa da cidade, e assim por diante. Você deve então repartir este alvo em unidades de trabalho e encontrar pessoas qualificadas para ocupar os pontos-chaves. Dê-lhes a autorida­ de para as ações e cheque de vez em quando para ter certeza de que elas estão centralizadas no trabalho principal.

Em nosso trabalho seguimos um plano de quatro passos cha­ mado POLA: Planeje, Organize, Lidere e Avalie. Tudo pode soar frio e técnico a menos que você pense nisso como algo prá­ tico. Digamos, por exemplo, que num sábado você e seu grupo decidiram passar a manhã limpando a igreja. Isto é um alvo. E um lindo dia, uma manhã de primavera, e há muita limpeza a ser feita.

Vocês decidem encontrar-se às nove horas, e trabalhar até o meio-dia. Os membros do grupo devem trazer rodos, baldes, Irapos de I impeza, pincéis, vassouras, esfregões, e tudo mais de que precisarão para realizar o trabalho.

ARMANDO O PALCO PARA O SUCESSO 103

Reunidos, todos têm um tempo de oração, entregando o trabalho a Deus. Então as tarefas são divididas em unidades de trabalho. Coe pega algumas pessoas e começa a trabalhar no gramado. Karen e Hank começam a lavar as janelas. Você mais outros quatro atacam o porão, limpando e preparando para jogar fora o que não serve.

Coe volta uma hora mais tarde e diz que o trabalho com a grama está indo bem — e quer saber se pode ir até o depósito pegar algumas flores para plantar. Você dá um pulo lá fora para ver como estão indo as coisas. Fica imediatamente evidente que, se eles iniciarem este projeto adicional, não acabarão a tare­ fa principal até o horário planejado, isto é, o projeto de limpeza. Então você sugere que eles mantenham a idéia inicial e então, se terminarem a tempo, façam o trabalho adicional de plantar as flores. Coe fica satisfeito com a sugestão e retorna à limpeza. A gora há um a série de outras maneiras pelas quais você poderia ter lidado com Coe. Outra pessoa poderia repreendê-lo e obrigá-lo a seguir as ordens e fazer o que foi inicialmente com­ binado. Isso teria produzido duas coisas: primeiro, teria tirado a motivação de Coe para o trabalho. Segundo, teria reprimido qualquer idéia futura que Coe pudesse compartilhar. Mais tar­ de, quando vocês estivessem trabalhando na melhor maneira de evangelizar sua vizinhança, Coe ficaria temeroso de falar, com medo de receber um "não".

Lá pelas onze horas, você faz uma ronda para ver como o trabalho está caminhando. E claro para você que Karen e Hank não conseguirão lavar todas as janelas e que sua própria equipe acabará seu serviço antes da hora. Assim, você pega dois rapa­ zes do seu próprio grupo e envia-os para ajudar os lavadores das janelas. Ao meio-dia, você reúne todos e dá uma olhada no que foi feito. Missão cumprida. As ferramentas estão recolhidas e limpas. Vocês têm uma palavra de oração juntos para agrade­ cer ao Senhor pela boa manhã, entram nos seus carros e voltam para casa.

Qualquer trabalho pode conformar-se a este modelo. Você deve pensar detalhadamente e fazer um plano. Depois, deve

104 A FORMAÇÃO DE UM LÍDER

organizá-lo de tal modo que cada membro do grupo saiba qual é o seu trabalho e a quem deve reportar-se. Então o líder deve liderar. Os líderes devem dar o exemplo. Eles devem arregaçar as mangas e entrar em ação. Avaliações periódicas devem le­ var a correções no processo. Ao final do trabalho, é bom parar e avaliar o projeto como um todo e ver onde coisas poderiam ter sido aprimoradas. Isto conduz a um planejamento melhor no futuro.

Agora vam os olhar com um pouco mais de cuidado dois destes p on tos: seleção de p e sso a s-ch a v e e seu p ró p rio envolvimento como líder.

Primeiro, seleção. O melhor pintor nem sempre é a melhor pessoa para supervisionar os pintores. Aquele que lidera o pro­ jeto deve ser apto para pintar, mas além disso deve ser o tipo de pessoa que inspira os outros a fazer o melhor e mantém o espírito de equipe em alta.

Antes de escolher seus doze discípulos, Jesus orou toda a noite (veja Lc 6:12-13). O apóstolo Paulo disse a Timóteo: "E o que de minha parte ouvistes, através de muitas testemunhas, isso mesmo transmite a homens fiéis e também idôneos para instruir a outros" (2 Tm 2:2). Ele estava à procura de pessoas fiéis com alguma habilidade para ensinar.

Um momento pelo qual aguardo é aquele em que alguém começa a cham ar a atividade do grupo de "nosso trabalho". Esta é a evidência de que a pessoa está envolvida. Quando gen­ te nova se junta ao grupo, é um tipo de espectador — obser­ vando o que está acontecendo. Depois de um tempo começa a participar um pouco mais. O seu alvo é conduzir esta pessoa de espectador a participante e, finalmente, a alguém que está envolvido. E nesse último grupo que você vai procurar suas pessoas-chaves para encabeçar projetos.

Esteja certo com relação à pessoa que você tem para a tare- fa-chave. A prendi isso do m odo mais difícil. Geralm ente é mais fácil levar uma pessoa a um cargo de liderança do que tirá-la de lá. Paulo disse: "A ninguém imponhas precipitada­ mente as mãos. Não te tornes cúmplice de pecados de outrem. Conserva-te a ti mesmo puro" (1 Tm 5:22).

ARMANDO O PALCO PARA O SUCESSO 105

Isto se refere à ordenação de líderes, e é um bom conselho. Mais tarde veremos algumas qualidades a serem observadas na seleção de pessoas-chaves que ajudem a realizar trabalhos em grupo.

Agora, falemos a respeito de seu próprio envolvimento no trabalho que você lidera. É preciso arregaçar as mangas e lan­ çar-se ao trabalho com o restante do grupo? Com certeza! O poder do exemplo não pode ser menosprezado. Pedro disse aos líderes da igreja primitiva: "Pastoreai o rebanho de Deus que há entre vós, não por constrangidos, mas espontaneamen­ te, como Deus quer; nem por sórdida ganância, mas de boa vontade; nem como dominadores dos que vos foram confia­ dos, antes tornando-vos m odelos do rebanho" (1 Pe 5:2-3). Nós também devemos ser "m odelos", e não "senhores". Os cristãos já possuem um Senhor.

Envolva-se no trabalho que você espera que os outros fa­ çam. Uma vez aceitei dar aula na escola dominical durante o verão. Um dos meus objetivos era aum entar a freqüência à classe, que estava por volta de vinte alunos, que vinham à es­ cola dominical com certa regularidade.

Por dois ou três domingos, eu os encorajei a trazer alguém na semana seguinte. Ninguém trouxe. Então, comecei a fazer disso um Foco de Oração. Durante um dos meus momentos em oração, o Senhor me revelou por que ninguém estava tra­ zendo convidados para a classe: Eu não estava.

Com ecei a pensar com o poderia encontrar algum rapaz daquela idade para trazer à classe. Num domingo, notei um grupo de jovens soldados perambulando no parque próximo à igreja, e o Senhor me deu uma idéia.

No domingo seguinte, eu, minha esposa e nossas duas cri­ anças fomós à escola dominical meia hora mais cedo. Passea­ mos pelo parque e convidamos alguns desses jovens para vir à escola dominical conosco. Não há nada que pareça mais ino­ fensivo hoje que um m arido, esposa e duas crianças. Assim, alguns deles vieram. Eles não tinham nada mesmo para fazer.

106 A FORMAÇÃO DE UM LÍDER

Quando chegou o momento de apresentar os visitantes, apre­ sentei os quatro rapazes que tinham vindo comigo.

Isto continuou por alguns domingos, até que um dos mem­ bros da classe me perguntou onde eu estava encontrando aque­ les rapazes. Eu lhe contei sobre minha atividade antes da escola dominical. Ele ficou interessado e perguntou se poderia acom­ panhar-nos. Nós nos encontramos no domingo seguinte, espa­ lhados por diferentes partes do parque, e conseguimos convi­ dar um bom número de rapazes. Alguns outros membros da classe incorporaram a idéia e começaram a fazer o mesmo.

No final do verão, grande número de rapazes havia encon­ trado o Senhor, e nossa classe alcançou uma freqüência de 180 pessoas por semana. Eu aprendi uma simples lição. Meu traba­ lho foi ensinar a classe e oferecer a eles liderança. Isto é sumari­ ado em Provérbios 4:11: "No caminho da sabedoria te ensinei, e pelas veredas da retidão te fiz andar".

Além de ver a missão cumprida através de seu grupo, é pre­ ciso que haja também um trabalho profundo na vida de cada membro do grupo. O verdadeiro teste para sua liderança é constatar se outros líderes estão ou não se desenvolvendo à medida que você os lidera. O desenvolvimento do caráter de Cristo nas pessoas por quem você é responsável é um de seus objetivos primordiais. Por causa da importância deste ponto, ele é discutido mais detalhadamente no capítulo 11.

Estas foram algumas dicas — na maioria das vezes aprendi­ das do modo mais difícil — de como com eçar seu trabalho e levá-lo adiante. Creio que eles serão de grande valia para você à medida que crescer na verdadeira liderança espiritual.

No documento A Formação de Um Líder - LeRoy Eims.pdf (páginas 98-104)