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D ireção: dê a eles projetos especiais que os ajudem a suprir necessidades específicas ou estimulem seus dons e habilida­

No documento A Formação de Um Líder - LeRoy Eims.pdf (páginas 159-166)

Atendendo às Necessidades do Grupo

4. D ireção: dê a eles projetos especiais que os ajudem a suprir necessidades específicas ou estimulem seus dons e habilida­

des. Familiarize-se com livretos devocionais e guias e dê a eles para que leiam e discutam com você posteriormente.

Através dessas horas com você, a vida dessas pessoas poderá ser afetada de modo tremendamente efetivo. Mas ocorrerá tam­

ATENDENDO ÀS NECESSIDADES DO GRUPO Kit

bém outra coisa. Outros no grupo notarão o crescimento deles, sua maior dedicação e familiaridade com a Bíblia. Isso desenca­ deará neles fome e desejo de experimentar a mesma coisa.

Há alguns anos eu tinha a responsabilidade de liderar um grupo de jovens nas noites de domingo. Comecei a comparti­ lhar com eles os princípios do crescimento espiritual e da matu­ ridade cristã.

Após alguns meses, um rapaz chamado Jerry desenvolveu real interesse pelas coisas de Deus. Ele me cercava de vez em quando fazendo perguntas que revelavam um coração sensível para com as coisas de Deus.

Sugeri que nos encontrássemos aos domingos pela manhã, antes da escola dominical, para um tempo especial de oração e estudo. Ele tinha tarefas que terminavam às 8h30. Assim, esse era o horário em que nos encontrávamos. Fazíamos um estudo pessoal e de memorização da Bíblia, e ele começou a fazer sua hora devocional com o Senhor.

Jerry cresceu como capim. Em pouco tempo, outros na classe notaram seu comportamento e começaram a indagar o que es­ tava acontecendo. Quando expliquei, eles quiseram fazer a mesma coisa. Logo tínhamos uma turma de garotos mostrando muitas das características de um verdadeiro discipulado.

Jerry com eçou a ajudar outro moço, e em pouco tempo o processo de multiplicação ocorria por todo o grupo. A idéia está contida em 2 Timóteo 2:2: "E o que de minha parte ouvistes, através de muitas testemunhas, isso mesmo transmite a ho­ mens fiéis e também idôneos para instruir a outros".

Depois de me reunir com uma pessoa para treiná-la a viver uma vida santa e testemunhar de maneira efetiva, fico satisfeito quando ela me diz que levou alguém a Cristo?

Não, fico feliz, mas não satisfeito. Quero que ela não somen­ te possa levar alguém a Cristo, como também passe adiante os princípios do crescimento cristão.

Quando ela começa a fazer isso, fico satisfeito?

N ão, fico feliz, mas ainda não satisfeito. Quero que ela "acompanhe" essa outra até que esta última possa levar mais alguém a Cristo.

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Agora estou satisfeito?

Não, quero que essa outra pessoa, por sua vez, possa repetir o processo com mais alguém.

Estou satisfeito agora? Sim, porque essa será a evidência cla­ ra para mim de que a pessoa a quem ajudei inicialmente captou a idéia por inteiro.

Deixe-me ilustrar. Digamos que eu tenha ajudado Karen em sua vida cristã, e um dia ela leva Coe a Cristo. Eu agora sei que Karen atingiu a m aturidade, pois pode levar outra pessoa a Cristo, mas ainda não sei se ela sabe como acom panhar essa pessoa.

Só quando Coe amadurecer e finalmente levar outra pessoa a Jesus é que saberei por certo que Karen é capaz de treinar Coe para levar outros a Cristo e segui-la até o ponto em que possa seguir sozinho e fazer o mesmo. Assim, quando Coe disser para Karen "Levei alguém a Cristo", saberei que meu treinamento com Karen foi efetivo.

Neste caso, foi LeRoy para Karen, para Coe, para Sam. Por­ tanto, até que eu veja Sam, não estou certo de que realmente te­ nha feito meu trabalho com Karen. Se você entender o conceito, isto tornará sua liderança mais efetiva e produtiva, além de fa­ zer seus sonhos mais ousados. Medite por um tempo em 2 Ti­ móteo 2:2. Peça a Deus que multiplique sua vida.

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Comunicação

A

comunicação é uma parte vital da liderança. Os líderes freqüentemente devem fazer anúncios, ensinar lições, apresentar palestrantes ou dar breves palavras. De uma manei­ ra ou de outra, eles estarão tentando transmitir alguma coisa a outros.

Como se preparar para isso? Como organizar suas idéias de tal modo que elas façam sentido para seus ouvintes? Existem regras gerais a ser seguidas que o ajudarão a cumprir seu obje­ tivo? Deixe-me começar repartindo uma experiência pessoal.

Minha esposa e eu está vamos caminhando pela rua de uma pequena cidade em Iowa numa manhã de domingo a 14 anos atrás. Eu tinha um emprego junto a uma companhia de trens, o qual me obrigava a visitar freqüentemente várias cidades na li­ nha, e Virgínia tinha vindo passar o final de semana comigo. Nós estávamos livres, sem nada para fazer e, conforme íamos andando, ouvimos os sinos de igreja.

Por brincadeira eu disse: "Vamos à igreja".

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"Eu não sei", respondi, "m uita gente vai, e nós não temos nada para fazer até o almoço".

"Está bem ", ela retrucou: "Aonde iremos?"

"Sei lá. que tal aquela ali?", apontei para uma, do outro lado da rua.

Deste modo, entramos e sentamos. Era natural que nos sen­ tíssemos um pouco deslocados, mas logo nos ajeitamos para ver o que aconteceria. Estávamos prestes a ter a grande surpre­ sa de nossas vidas. Quando o pastor entregou o sermão, ambos ficamos bastante interessados. Não foi o assunto que chamou nossa atenção — embora mais tarde viéssemos a saber que ele estava pregando o evangelho. O que atraiu nosso interesse foi o modo como ele pregava. Duas coisas se destacaram: ele sabia sobre o que estava falando, e ele acreditava no que dizia.

Virgínia e eu havíamos ido à igreja antes e ouvido outros pregadores. Mas este era o primeiro pastor que possuía as duas qualidades. Alguns dos que havíamos ouvido pareciam saber sobre o que estavam pregando, mas falavam sem convicção — não pareciam querer dizer o que diziam. Outros falavam com muita determinação, mas pareciam não saber sobre o que fala­ vam.

Imperativos no falar

Ao refletir sobre este incidente no correr dos anos, estas duas coisas destacam-se mais e mais como vitais na comunicação.

Primeiro, conheça o seu assunto. Para estabelecer confiança na mente de seus ouvintes, você deve estudar e preparar-se cuida­ dosamente.

Faça a lição de casa. Se a platéia percebe que você realmente tem idéia do seu tópico e que está compartilhando apenas parte de tudo o que sabe, desenvolverá um sentimento de confiança e credibilidade. Ela acreditará em você.

Segundo, acredite no que está dizendo. Naturalmente, o primei­ ro ponto leva ao segundo. Você mesmo deve estar convencido antes de tentar convencer a outros. Esta é uma das coisas que tornaram o ministério de Jesus fora-de-série. Sobre ele foi dito

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que "porque ele (as) ensinava como quem tem autoridade e não como os escribas" (Mt 7:29). Os escribas eram como alunos de primário recitando uma lição; Jesus falava com tamanha convic­ ção e autoridade que impressionava seus ouvintes.

Outro incidente no Novo Testamento reforça esta verdade. Paulo e Barnabé, ao ministrar em Icônio, "entraram juntos na sinagoga judaica, e falaram de tal modo, que veio a crer grande multidão, tanto de judeus como de gregos" (At 14:1).

Observe as p a la v r a s falaram de tal modo. Não era apenas o que

disseram; era também o modo como diziam.

A lição é clara. O Espírito Santo está mostrando que a maneira

como com unicam os a m ensagem está relacionada à forma como ela é recebida. Um orador insensível, sussurrando com voz monótona, em breve despertará o seu sono. Bem, acredite em mim, o pastor daquela igreja muitos anos atrás não me pôs para dormir. Ele prendeu minha atenção. Sabia sobre o que es­ tava falando! E acreditava no que dizia.

Conteúdo das mensagens

Está bem, você diz, estou convencido. Mas como elaborar uma discussão que seja ao mesmo tempo interessante e objetiva? Ao ouvir oradores que comunicam com eficiência, tenho aprendi­ do sobre ambas as coisas.

Primeiro, pregue a Palavra. Com isso não quero dizer apenas que o que você falar tem de estar baseado na Bíblia. Mais que isso, sua palavra deve ter conteúdo bíblico. Textos bíblicos dão à mensagem tempero, sabor e poder. O Espírito Santo toma sua espada (veja Ef 6:17) para penetrar consciências e sondar cora­ ções. "Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e m edulas, e é apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração" (Hb 4:12).

O Espírito Santo toma Sua Palavra e a utiliza para derrubar muros de resistência à obediência e à fé. "Não é a minha palavra fogo, diz o Senhor, e martelo que esmiuça a penha?" (Jr 23:29). Assim, certifique-se de temperar generosamente sua mensa­ gem com a Palavra de Deus.

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Você aprende o segundo aspecto importante da comunica­ ção com a vida de Jesus: contar histórias. Use ilustrações. Jesus foi um mestre entre os contadores de histórias.

"Ninguém jamais falou como esse homem." "Eis que o semeador saiu a semear."

"Um a mulher tinha uma moeda." "Um homem tinha dois filhos." "O reino de Deus é como..."

Use sua ilustração ou história para ajudar os ouvintes a en­ tender a idéia que você quer comunicar e o texto da Escritura que está sendo utilizado. Deixe-me demonstrar.

Fui convidado a falar sobre como tornar a Palavra de Deus parte integrante de nossa vida. Uma das colocações foi que de­ vemos aprender a meditar nas Escrituras. "Quanto amo a tua lei! É a minha meditação, todo o dia!" (SI 119:97). Compartilhei a seguinte ilustração.

Se você viesse à nossa casa de noite, conversaríamos por um tempo, e então eu poderia perguntar se você gostaria de ver o restante da casa. Ao descer para o subsolo, eu deixaria as luzes apagadas e lhe daria uma vela para que você olhasse ao redor. Você observaria cômodo após cômodo no escuro, e logo volta­ ria para o andar de cima.

"O que você viu?", eu perguntaria.

"Bem , eu vi uma sala com uma mesa de pingue-pongue, outra sala para a família, um quarto, e uma sala que parecia um pequeno gabinete ou biblioteca."

"Certo!", eu diria. "Isso é exatamente o que há lá embaixo." Então desceríamos juntos, acenderíamos as lâmpadas, sen­ taríamos confortavelmente e observaríamos a sala da família. Logo se tornaria evidente que um decorador havia trabalhado na sala. Você notaria o cuidadoso equilíbrio de cores entre pare­ des e móveis. Pergunta: Você viu a sala da família quando esta­ va só com a vela? Resposta: Sim. Mas será que você a viu real­ mente? Não, você só a viu realmente quando acendeu as lâm­ padas, sentou-se e gastou tempo até permitir que a beleza da sala se revelasse.

c o m u n ic a i; a o iw

Isto ilustra a diferença entre ler e meditar na Palavra. Muitas vezes ler a Palavra pode ser como passar correndo por uma casa com uma vela nas mãos, olhando aqui e ali, capturando apenas um relance disto ou daquilo. Mas a riqueza da Palavra — sua profundidade, beleza, maravilha e majestade — só vêm quan­ do separamos tempo para sentar, meditamos sobre ela e deixa­ mos que o Espírito Santo a revele para nós

Assim sendo, eis aqui um padrão: 1. Defina: Medite na Palavra. 2. Escolha o texto bíblico: SI 119:97.

3. Crie uma ilustração: A história da vela, para mostrar a di­

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