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ENTRE A EUROPA DOS MERCADORES E A DOS CTDADÂOS^^

3.L3 LA CONFÉDÉRATION PAYSANNE EUROPÉENE (CPE)

3- Controle das indústrias potencialmente poluentes.

3.4. ESFERA DOS DIREITOS SEXUAIS

3.4.1 EUROPEAN W OM EN LOBBY TEWL)

O Lobby Europeu das Mulheres {The European Women's Lobby) é a maior Coordenadora de ONGs feministas da UE, com mais de 2700 organizações membros dos 15 países. Sendo criada em 1990, como órgão coordenador das atividades, propostas e informações que interessam às mulheres européias. A sua função tem muito a ver com a vigilância e o monitoramento das instituições e as atividades legislativas européias. O fundamento da organização é a procura da igualdade entre homens e mulheres:

“The EWL's goal is to eliminate all forms o f discrimination against women and to serve as a link between political decision-makers and women's organisations, who represent the majority in civil society ” (http://www.womenlobby.org/en/lef/index.html).

Os seus objetivos principais seriam estes:

• Conseguir a igualdade de trato e oportunidade para as mulheres.

• Defesa dos interesses das mulheres que moram na UE, incluindo migrantes, minorias étnicas, marginalizadas e vulneráveis.

• Envolver a mulher na cooperação entre a UE e outros países, nomeadamente, os do Leste europeu.

As organizações membros, têm a liberdade de apoiar ou não as diversas campanhas, isto diferencia a associação do Lobby. A obrigatoriedade de assumir as decisões não existe em um Lobby. Isto reduz a amplitude das reivindicações, mas permite-lhes sustentar um discurso comum:

“This minimalist platform makes it possible for a large number o f very different organisations to participate. Structure o f the EWL General Assembly Delegates from all o f

the Member States and European organisations ”

(http://www. womenlobby. org/en/lef/index. html).

Um dos grandes interesses do grupo é ampliar a informação entre as mulheres. A guia

"Igualdade da mulher jovem na Europa", "Young Women fo r Equality in Europe" insere-se

em outro projeto "Mobilising Young Women fo r Equality" desenvolvido pelo EWL. O seu objetivo é apoiar a integração das mulheres jovens nas políticas de desenvolvimento nacionais. Pensam que será um útil instrumento para conseguir a equidade nas políticas de nível europeu. Outro objetivo e integrar as mulheres nos processos de decisão e de criação tanto das políticas europeus quanto dos trabalhos do EWL.

(http://www.womenlobby.Org/en/action/projets/youngwomen.html#Description)

Propostas

• Propõem, explorar o Tratado de Amsterdão como campo de igualdade de oportunidades de gênero.

• Continuar com a sua labor educativa para as novas gerações não forem discriminatórias. • Usar análises metodológicas que tenham em conta o gênero como elemento (estatísticas

por exemplo).

• Facilitar a inserção da mulher jovem no mundo econômico político e social

• E finalmente, formar e capacitar as mulheres mediante um grande canal e informação que possibilite às mulheres jovens conhecerem o que existe para mudá-lo: "Young

women need to know what already exists and they need to know how to use i f \

http://www.womenlobby.org/en/action/projets/egalite.html

Carta de Direitos

Julga-se a Carta um grande instrumento para garantir os direitos da mulher na Europa:

"The Charter represents real progress in recognising, by its very existence, the need fo r a legal instrument protecting fundamental rights at the European Union level. The EWL believes that these common values for European countries should be considered as a positive step in a process towards achieving real protection o f fundamental rights for all those in the European í7n/o«”(EWL 2000).

No entanto, acha-se que a Carta esquece um pouco a perspectiva de gênero, a qual deveria ser mais sublinhada. Além disso, existe o problema da fi-aqueza legal da carta aprovada o que dificulta a aplicação da mesma. Critica-se que no artigo quatro, referido a tortura, violência e as perseguições, não se falasse explicitamente da violência contra a

mulher^^, sobretudo no caso das mulheres de países terceiros que sofrem tortura sexual. Também, a ambigüidade sobre o controle feminino da fertilidade e da gravidez, ou o combate contra as discriminações de gênero, que deveria ser mais forte no artigo 21:

“The EWL recognises nevertheless the significant improvements made, but underlines that the issue o f multiple discrimination faced by women is still not tackled in this final version.

Worzen are very often exposed to double or multiple discrimination, first as women and secondly due to their ethnic origin, their religion or belief, their disability, their age and/or their sexual orientation. Any measure aiming at tackling discrimination on a given ground should integrate the gender dimension as well, i.e. take into consideration the specific needs and problems o f women. This would also be in conformity with the principle o f gender mainstreaming”(EWL 2000)

Muito grave é a inexistência de um artigo que garanta certos direitos elementares como o direito à moradia, ou a um salário mínimo, no artigo 34. No que diz respeito à saúde pública, reclamam um tratamento adequado para as mulheres.

Medidas concretas devem conseguir a paridade real na representação democrática, levando em conta a infraparticipação da mulher, e isto teria de ser salientado na Carta:

“Proposal o f the EWL: Chapter V “Citizenship”, insert new article “Parity Democracy”: L Parity democracy, meaning an equal representation o f women and men in the organs and institutions o f the Union, constitutes a fundamental principle for both the European

integration and the institutions o f the Union.

2. Positive measures should be taken in order to favour an equal access o f women and men to governmental and Community bodies, as well as political parties. ”(EWL 2000).

Avaliação.

Ao contrário do que é pensado, a igualdade sexual entre homens e mulheres não ter-se- ia conseguido. O gênero deveria ser incluído nas diferentes áreas políticas comunitárias, educação, juventude, cooperação, treinamento, pesquisa, desenvolvimento. Só com as mulheres estando em todas as áreas, poder-se-á lutar contra a discriminação.

Acham muito positiva à UE e à sua legislação porque têm caminhado muito para a igualdade legal, e porque criam um marco supranacional onde esta igualdade pode ser mais forte, embora alguns países (Escandinávia) sejam mais progressistas do que a UE. Isso explicaria a rejeição da juventude á UE em esses países. E por quê não tomar o seu exemplo?:

^'A proposta da EWL foi está, sublinhamos os trechos não aceitados: “Prohibition o f torture and inhuman

tr e a tm e n t‘No one shall be subjected to torture or to inhuman and desradins treatment. This includes any kind o f sender related violence such as amons others female senital mutilations, rape, violence in the home, forced m^rriase. “honour” killinss. also when executed within the family. ” (EWL 2000)

“Even i f equality is not achieved and women continue to fight to improve the situation, why not consider Scandinavian countries as models and driving forces that the EU should follow? ” http://www.womenlobbv.org/en/action/Droiets/egalite.html

Valora-se a inserção da igualdade de gênero nos artículos 2 e 3 do Tratado de Amsterdão, e também a possibilidade de participar na tomada de decisões com a constituição do EWL em elemento de referência, o que permite que essas decisões tenham mais em conta às mulheres.

A desigualdade no aceso ao trabalho e o desemprego, muito mais alto para as mulheres, continuam a ser os problemas a resolver. Criticam, também o mantimento da discriminação pela gravidez e outras derivadas do sexo. A violência domestica é um cancro que atinge a todas as sociedades, sem importar o grau de desenvolvimento econômico, cultural ou legal, sendo elemento de exploração continuada. Reclamam-se medidas que reduzam este problema.